Resumo

Isto sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra. Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo. O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo... Todas as criaturas respiram em comum – os animais, as árvores, o homem... Somos parte da terra e ela é parte de nós.

(Excertos da Carta do Cacique Seattle ao presidente dos EUA, Franklin Pierce, 1854).

Se você já construiu castelos no ar, não tenha vergonha deles. Estão onde devem estar. Agora, dê-lhes alicerces. (Henry David Thoreau, 1817-1862).

A deterioração do ecossistema é inseparável da crise civilizacional. Como a universidade é uma instituição cuja razão de ser é a elevação humana, ela não pode deixar de agir pelo desenvolvimento de uma nova cultura de preservação e aperfeiçoamento das bases da vida em todo o planeta. Trata-se do imperativo de uma mudança radical implicando direitos e deveres de todos nos cuidados permanentes de sustentação das boas condições de vivência e sobrevivência do homem. A crise civilizacional global é uma expressão da deterioração do sistema social em estreita relação com a degeneração ecológica. Antes que seja tarde demais, são urgentes e prioritárias profundas mudanças de sentido ético, político e econômico, uma nova cultura que realmente cuide do planeta terra como a casa em que todos moramos. As dificuldades são gigantescas, pois se trata de agir sobre modelos de vida humana perversos e profundamente arraigados na história de conflitos, destruições e cultivos do ódio, atualmente exacerbados pelo neoliberalismo.

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