Utilização da Goma Xantana Como Matriz Para Liberação Modificada de Extrato de Harpagophytum Procumbens

A goma xantana é um polissacarídeo hidrofílico de alto peso molecular produzido pela fermentação de carboidratos pela bactéria Xanthomonas campestris. Sua estrutura molecular consiste de uma cadeia principal de glicose com ramificações de ácido glicurônico e manose. A goma xantana forma géis termoreversíveis e podem se incorporar a hidrocolóides vegetais. O Harpagophytum procumbens, mais conhecido como a garra-do-diabo, possui heterosídeos iridóides, que são responsáveis por sua propriedade antiinflamatória, seguindo o perfil de antiinflamatório não esteroidais. Tem-se por finalidade a elaboração de um comprimido utilizando matrizes hidrofílicas, especificamente a goma xantana associada à celulose microcristalina e extrato de garra-do-diabo, analisando as proporções de cada componente, o grau de hidratação, e a possibilidade de compressão direta ou por via úmida. A formulação proposta para compressão direta consta de: 30% de goma xantana, 60% de celulose microcristalina, 0,2% de estearato de magnésio e 12,5% de extrato de garra-do-diabo, para comprimidos de 400mg. Para via úmida utilizou-se: 20% de goma xantana, 70% de celulose microcristalina, 0,2% de estearato de magnésio e 12,5% de extrato de garra-do-diabo, que foram umedecidos com 12mL de água. Foi determinado o peso médio dos compridos, obtendo-se um valor de 400,9mg e 401,5mg para via úmida e compressão direta respectivamente. Determinou-se também a perda da umidade do granulado, em estufa a 60ºC por 5 horas, obtendo-se o valor de 37,23% de perda de água. A compressão direta foi mais rápida, entretanto não possibilitou uma aparência homogênea, apresentou também dificuldade na compressão para obtenção de um peso constante, devido à compactação do pó na matriz. Enquanto que na compressão por via úmida obteve-se uma massa mais homogênea, o que possibilitou menor variação no peso dos comprimidos.