Resumo

A flexibilidade, definida como a amplitude máxima fisiológica passiva em um dado movimento articular, representa um dos componentes da aptidão física relacionada à saúde. O objetivo principal deste estudo foi comparar as avaliações subjetiva e objetiva da flexibilidade. Uma amostra de 52 jovens de ambos os sexos e experientes em atividade física, teve sua flexibilidade avaliada pelo Flexiteste; esse método avalia, separadamente, em uma escala adimensional ordinal de 0 a 4, a amplitude de 20 movimentos corporais, distribuídos em sete grandes articulações ou conjuntos articulares. Com a soma dos resultados individuais, é possível obter o flexíndice, que reflete a flexibilidade corporal. Em adendo, foi realizada, independentemente, uma avaliação subjetiva, solicitando-se ao indivíduo uma autoavaliação do seu nível de flexibilidade, dentro da categorização proposta pelo Flexiteste. Os resultados das duas formas de avaliação relacionavam-se (r = 0,73; p<0,001) e não diferiam significativamente entre si, contudo, houve uma tendência significativa para que os indivíduos mais flexíveis apresentassem uma maior margem de erro, subestimando a sua própria flexibilidade. Cerca de 25% dos indivíduos testados apresentaram diferenças superiores a 10% entre as formas de avaliações objetiva e subjetiva da flexibilidade. Estudos futuros são necessários para melhor investigar a relevância e a aplicabilidade da auto- avaliação de componentes da aptidão física, para a orientação, prescrição eaderência a programas de atividade física regular. PALAVRAS-CHAVE: flexibilidade, auto-avaliação, percepção subjetiva, aptidão física, qualidade de vida relacionada à saúde.