Resumo

O objetivo desta pesquisa foi verificar a reprodutibilidade e a validade cruzada do Teste de Caminhada da Milha (TCM), proposto por Kline et al. (1987), como preditor do consumo máximo de oxigênio (VO2máx), em mulheres com idade entre 70-79 anos. A pesquisa contou com uma amostra não-probabilística intencional constituída por 30 idosas saudáveis de Florianópolis/SC. A coleta de dados foi dividida em três etapas: 1) aplicação de questionários sociodemográfico, de prontidão para Atividade Física (PAR-Q) e do nível de Atividade Física (IPAQ). Mensuração de variáveis antropométricas e execução da primeira avaliação do TCM, além da familiarização com a esteira ergométrica e analisador de gases para medida direta do VO2máx (K4 b2 - COSMED) para o teste de exercício cardiopulmonar (TECP); 2) realização do TECP, seguindo o protocolo do tipo rampa, com intensidade de trabalho de 2,4 km.h-1 a 5,6 km.h-1 e inclinação de 0% a 15%; 3) realização do segundo TCM. Foram utilizados os critérios de validação cruzada sugeridos por Lohman (1992) e as análises foram realizadas nos programas SPSS (v. 7.5) e MedCalc (v. 9.1), adotando-se um nível de significância de 5%. Com relação à reprodutibilidade, as equações generalizada (EG) e específica para mulheres (EEM) apresentaram um alto Coeficiente de Correlação Intraclasse - CCI=0,942 e 0,948 (p < 0,001) para o VO2máx e baixo erro padrão de estimativa (entre 1,14 e 1,48 ml O2.kg-1.min-1). Quanto à validade, houve subestimação do VO2máx predito (EG=17,11±5,97 ml O2.kg-1.min-1; EEM=17,15±4,99 ml O2.kg-1.min-1 vs VO2máx medido=26,67±3,53 ml O2.kg-1.min-1) (p < 0,001) pelas duas equações do TCM, além de baixos valores de correlação entre VO2max medido e predito (r=0,488 e 0,471). As equações apresentaram um erro constante alto (-9,56 e -9,53 ml O2.kg-1.min-1), havendo apenas 16,7% de concordância entre os métodos. Desta forma, o TCM se mostrou reprodutível, contudo, não válido para estimar o VO2máx de idosas ativas com idade entre 70 e 79 anos.

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