Resumo

Existe, na literatura, a busca por testes simples e baratos para determinar a intensidade equivalente à máxima fase estável do lactato sangüíneo (MFELS). A velocidade crítica (VC) tem sido um dos métodos indiretos utilizados para determinar a MFELS. No entanto, os poucos estudos que utilizaram a VC no remo, não verificaram sua validade para estimar a MFELS. Assim, esse estudo teve como objetivos verificar a validade da VC para determinar a velocidade da MFELS e analisar seu valor preditivo para o desempenho no remo. Para isso, onze atletas de remo do sexo masculino foram submetidos a três estímulos até a exaustão para a identificação da VC. Uma prova de 2000 m no ergômetro de remo foi usada como critério de desempenho. Posteriormente, os sujeitos realizaram um teste contínuo na VC, sendo mensurada a concentração de lactato sangüíneo (LA) no decorrer do teste. Durante o teste contínuo na VC, a LA aumentou linearmente do repouso (2 ± 0,2 mmol.L-1) ao décimo minuto (10,9 ± 3,7 mmol.L-1), com valores ligeiramente superiores (11,6 ± 2,3 mmol.L-1) no momento da exaustão (10,4 ± 3 min), demonstrando que a VC não corresponde à MFELS. A correlação encontrada entre a VC e a velocidade média na simulação da prova dos 2000 metros (r = 0,87; p < 0,001) demonstra a possibilidade de sua utilização para predizer o desempenho. Contudo, é importante ressaltar que estão sendo correlacionados dois valores de desempenho, sendo que um deles foi determinado com base em distâncias similares daquela da prova.

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