Resumo

Em todos os níveis de prática da Ginástica Artística (GA) o corpo assume formas e posições variadas nos diversos equipamentos, cujos movimentos desafiam as leis da física. A prática e o sucesso na GA requerem certo grau de "coragem e ousadia" pois, desde tenra idade, os praticantes realizam façanhas em que o medo é desejável mas, se em nível elevado, pode prejudicar e limitar o progresso na modalidade. Neste sentido, o intuito do presente estudo foi investigar as estratégias utilizadas pelos profissionais para lidar com o medo na GA. Assim, entrevistamos 40 profissionais de Educação Física que atuam na GA nas categorias de base: iniciação, pré-infantil, infantil e infanto-juvenil (masculino) em clubes, escolas e academias no Estado de São Paulo. Para o tratamento dos dados utilizamos a técnica de análise de conteúdo (BARDIN, 2001). Pudemos constatar que o ambiente de prática, a atuação pedagógica do profissional e a orientação adequada aos praticantes são essenciais para enfrentar e quebrar a barreira do medo e, assim, obter sucesso. Entretanto, o sucesso não se pauta apenas nos resultados ou medalhas, ou na realização a todo custo, mas na superação de desafios, na sensação de vencer obstáculos cada vez maiores, de sentir que é capaz.

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