Cevnautas do Amazonas,

Algum profissional de Educação Física aqui da comunidade está na equipe multiprofissional do Prof. Daniel?

Qualidade de vida para crianças com câncer no Amazonas será tema de pesquisa científica

De acordo com o autor da pesquisa, Daniel Xavier, o processo será realizado em parte no Brasil e em parte em Portugal pela Universidade do Minho
08 de Outubro de 2014  ACRITICA.COM

No Brasil, Daniel Xavier destaca que o câncer já representa a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos.

A prática de atividades físicas como forma de recuperar e dar mais qualidade de vida a crianças com câncer no Amazonas será tema de pesquisa de doutorado (3º Ciclo) e PHD desenvolvido pelo fisioterapeuta doutor Daniel Xavier, coordenador do serviço da Unidade de Fisioterapia Intensiva (UTI) da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon).

De acordo com Daniel Xavier, que também é autor de dois livros da área de Fisioterapia Intensiva, o processo de pesquisa científica será realizado em parte no Brasil e em parte em Portugal pela Universidade do Minho. A instituição é uma das mais tradicionais de Portugal com excelência educacional reconhecida em todos os países da comunidade europeia, além estar entre as 400 melhores do mundo.

A pesquisa “A prática da atividade física e da reabilitação oncofuncional como parte integrante do processo de reinclusão social e incremento da qualidade de vida em crianças portadoras de neoplasias", procura agregar duas das maiores áreas relacionada à saúde, reabilitação e ao bem estar. : os fisioterapeutas oncofuncionais e os educadores físicos.

No Brasil, Daniel Xavier destaca que o câncer já representa a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, para todas as regiões, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Nas últimas quatro décadas, o progresso no tratamento do câncer na infância e na adolescência foi extremamente significativo.

 Atualmente, em torno de 70% das crianças e adolescentes acometidos de câncer podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. A maioria deles terá boa qualidade de vida após o tratamento adequado. “Dentro desse contexto, a fisioterapia se torna uma aliada para as crianças diagnosticadas com a doença”, disse.

Ele destaca que o trabalho de pesquisa tem o objetivo demonstrar a relevância da associação entre a adequada prescrição de atividade física e aliada a fisioterapia oncofuncional como fatores fundamentais à reinclusão social e melhora da qualidade de vida de crianças portadoras de câncer. “Estamos preocupados principalmente em garantir após o tratamento do câncer um programa que garanta uma melhor qualidade de vida a estas crianças; um programa focado nas habilidades e funcionalidades da criança e em suas potencialidades a serem desenvolvidas e não na doença, que por si só, já devastadora”, afirmou.

A pesquisa deve contemplar a maior parte dos canceres infantis e de maior incidência no Estado. Daniel Xavier explica que inicialmente será feito uma triagem juntamente com os pesquisadores sêniors da Uminho para determinar quais tipos de cânceres infantis participarão da presente pesquisa científica. “Por se tratar de um programa que visa a implementação de um serviço específico e inédito, até onde temos conhecimento, voltado à qualidade de vida e reinsersão social da criança portadora de câncer, esperamos contemplar a maior parte de cânceres infantis”, disse.

O fisioterapeuta informou ainda que a escolha do tema envolvendo as crianças para pesquisa vem suprir uma carência nessa área. “Carecemos de algo voltado para a reinclusão dessa criança com câncer junto ao convívio familiar, junto à sociedade de uma forma geral e não só em nosso Estado mas no Brasil. Infelizmente são raros os programas que efetivamente lidam com essa classe de pacientes e buscam o que objetivamos em nosso trabalho”, disse.

Trabalho voluntário

Em Manaus, Daniel Xavier coordena um trabalho voluntário que oferece fisioterapia para crianças atendidas no Grupo de Apoio à Criança com Câncer (Gacc). Para elas, é uma chance única de melhorar os movimentos e a independência motora, perdida na maioria das vezes devido ao agressivo tratamento contra a doença. “É muito gratificante ajudar essas crianças que já tem a vida e a rotina bem atingidas por conta da doença. Pra nós, o ganho é ainda maior, porque estamos fazendo nosso papel humanitário de ajudar ao próximo”, afirmou.

Os atendimentos são feitos aos sábados, com apoio de profissionais fisioterapeutas e acadêmicos voluntários. De acordo com o Daniel Xavier, o trabalho melhora a qualidade de vida das crianças, que têm suas habilidades de movimento recuperadas. “Todas as crianças que atendemos já passaram por processos agressivos no tratamento contra o câncer. Além da quimioterapia, algumas tiveram membros amputados”, destacou.

Ele destaca que a criança que tem o diagnóstico de câncer e passa pelos tratamentos vai precisar constantemente da fisioterapia. “Dependendo do tratamento, a criança perde algumas funções de movimento, que só podem ser resgatadas com o trabalho fisioterapêutico”, disse.

FONTE: http://acritica.uol.com.br/noticias/manaus-amazonas-amazonia-Qualidade-vida-criancas-cancer-Amazonas-pesquisa-cientifica-saude-Dia_das_Criancas_0_1226277378.html
 

Comentários

Por Isabela Lemos de Lima Cascão
em 10 de Outubro de 2014 às 12:41.

No início de setembro defendi minha dissertação de mestrado, cujo título era. Educação Física escolar: tenho câncer, posso participar? .

MInha pesquisa foi desenvolvida junto à Universidade Federal de São Paulo - Unifesp e também ao Grupo de Apoio ao Adolescente e a criança com câncer - GRAACC, assim como o Instituto de Oncologia Pediátrica - IOP. 

Adotei o método da pesquisa ação e trabalhei a educação física dentro de uma escola municipal de São Paulo, com uma turma que tinha uma aluna com tumor no SNC. O objetivo do trabalho era por meio das aulas de educação física ressignificar o lugar da adolescente em tratamento oncológico.

Para além dos resultados obtidos junto a aluna investigada, o método adotado possibilitou mudanças no cenário da pesquisa de maneira que a escola passou por mudanças quanto ao entendimento e reconhecimento da doença, na intenção de dar aquela aluna o espaço que qualquer outro aluno ocupa.

Foi uma experiência rica para mim enquanto pesquisadora, para a adolescente em tratamento oncológico e para a comunidade escolar que a cerca.

A continuidade escolar para a criança em tratamento oncológico, ou mesmo para que estão curadas, é sinônimo de esperança de vida, de continuidade de desenvolvimento de projetos e possibilidades de ações.

Quando meu trabalho for publicado, anuncio aqui no grupo para compartilhar.

De toda forma estou disponível para a troca de experiências, referências bibliográficas e ideias.

Embora os alunos com câncer apresentem diversas particularidades, é importante estarmos atentos para o fato de que são alunos - crianças e adolescentes - como todos os outros e que precisam ter seu desenvolvimento integral estimulado respeitando as peculiaridades que seu tratamento impõe em determinados momentos.

Reconhecer que temos uma população nova na escola, que se difere da população da inclusão, a população dos alunos cronicamente enfermos é o primeiro passo.

Bom trabalho Daniel Xavier.

Uma abraço,

Isabela

Por Daniel Salgado Xavier
em 10 de Outubro de 2014 às 20:55.

Saudações ilustres colegas educadores físicos!

Fiquei muito lisongeado com as palavras da Prof.Isabela e por "encontrar" um site destinado à pesquisa em Manaus.

Saúdo a todos os colegas e deixo as portas abertas da Fcecon a fim de que possam conhecer um pouco mais o nosso trabalho.

Att,

Daniel Xavier

Por Daniel Salgado Xavier
em 10 de Outubro de 2014 às 20:56.

Saudações ilustres colegas educadores físicos!

Fiquei muito lisongeado com as palavras da Prof.Isabela e por "encontrar" um site destinado à pesquisa em Manaus.

Saúdo a todos os colegas e deixo as portas abertas da Fcecon a fim de que possam conhecer um pouco mais o nosso trabalho.

Att,

Daniel Xavier


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