Qual a realidade com que nos deparamos?

A Educação Física Escolar está sob a fiscalização do CREF, com amparo de medida judicial.Nesse sentido, o CREF/SP exigiu o registro de todos os professores no Sistema e vem fiscalizando a atuação profissional. Só que essa fiscalização tem sido truculenta, desnecessária e com o único objstivo de buscar quem não tem CREF. Efeito Polícia.

Sabemos que o professor de Educação Física lida com várias adversidades na escola, principalmente em escolas públicas e de periferia. Entre elas, podemos citar a falta de material, falta de comprometimento da direção, falta de espaços adequados, violência... Mas, sabemos também que o professor das outras disciplinas também passa por muitas adversidades nas suas atividades docentes.

Infelizmente, essa é uma realidade da escola brasileira.

Qual a necessidade para a área?

Diante de tantos problemas, o professor de Educação Física necessita de um espaço para que possa trazer suas dúvidas e problemas; onde possa estar amparado legalmente para se defender e garantir sua ação docente com qualidade.

O que o CREF/SP pode fazer?

Respeitando essa realidade escolar, temos a intenção de criar um espaço dentro do CREF/SP somente para atender aos professores de Educação Física da Educação Básica, com atendimento especializado. Esse atendimento passa pela orientação jurídica ao professor, para ter respaldo em uma demanda judicial, como nos casos de assédio, agressão e discriminação,

não confundindo-se com atendimento jurídico trabalhista (sindicatos).

Passa pela qualificação desse professor, com a oferta de cursos, fóruns e palestras específicas para a Educação Física Escolar, com profissionais renomados da área, contribuindo para uma Educação Física de qualidade. Passa, principalmente, pela valorização do professor de Educação Física escolar, por meio de encontros com redes de ensino e sistemas educacionais. Temos a intenção de conseguir a validação dos cursos oferecidos para a pontuação para promoção nas Secretarias de Educação. Passa, ainda, pela regulamentação da ação dos professores, no tocante a: responsabilidade quanto a atestados de saúde; professores polivalentes X professores de Educação Física; obrigatoriedade da Educação Física em toda a Educação Básica; e outros temas necessários.

Essa temática não se esgota aqui. Assim, novos temas poderão ser adicionados, para que possamos refletir e discutir, buscando a excelência que a Educação Física escolar merece.

CHAPA MUDA+ CREFSP > Claudia Stefanini (São Paulo) Sidnei Noda (São Bernardo do Campo) Eduardo Augusto Carreiro (São Paulo) Eden Carlos de Jesus (São José dos Campos) Alexandre Romero (Santo André) Valentim Vieira (Salto de Pirapora) Marcelo Jaime (São Paulo) Fernando Cattai (Santo André) Gilberto Marques de Freitas Guimarães Jr. (São Paulo) Artur Hashimoto Inoue (São José dos Campos) Roberto Francine Jr. (Ubatuba) Mauro Betti (Bauru) Kazuo Nagamine (São José do Rio Preto) Anderson Dias de Lima (Americana)

Comentários

Por Daniel Carreira Filho
em 6 de Agosto de 2015 às 12:16.

Prezados colegas

Qual a justificativa para a intervenção do CREF no seio escolar?

Se esta for a proposta, professores de educação física escolar obrigatoriamente vinculados ao CREF, não seria lógico que todos os demais docentes fossem obrigados a este vínculo.

Qual a razão da APEOESP, Centro do Professorado Paulista, Conselho Estadual da Educação, Registro de docente?

Formar o docente para inserção na Educação Básica nunca foi preocupação das instituições de ensino superior, vide os modelos fracassados de 3 + 1 e agora, bacharelado concomitante com licenciatura que não forma para a escola. Apenas o interesse das instituições particulares de ensino.

Parece-nos claro que o exercício da docência na Educação Básica não é objeto de fiscalização de nenhum conselho, aliás, para ser docente é necessário a apresentação da licenciatura, desde o seio da escola até os órgãos fiscalizadores da educação brasileira, não conselhos.

Se assim o fosse, os Conselhos Regionais de Química, Biólogos etc... não deveriam assim agir. Mas, não o fazem, inclusive o de Química enfrentra problemas com a diferenciação entre Químico e professor de Química, inclusive aqueles que concluem seus cursos na modalidade a distância.

Por fim, qual o propósito de criação do CONFEF, fiscalizar a profissão, qual? Certamente não é a do docente.

Ademais, quando estávamos na educação superior vimos ações do CREF no sentido de obrigar registro destes docentes no Conselho e, em algumas IES, pressão descabida para tal filiação.

Docência na educação básica merece, sim, atenção especial e coerente como, talvez, a atual legislação para as licenciaturas conquiste. Embora, também, tenhamos dúvidas pois abre uma brecha legal que repete o 3 + 1, agora 4 + 1000 horas. (o bacharel em EDF poderá fazer um curso de 1000 horas após a conclusão do primeiro e terá a habilitação).

Vamos ver o futuro, ele dirá se caos ou progresso

 

Por João Omar Gambinï
em 18 de Agosto de 2015 às 17:02.

Na realidade professor, o que a chapa Muda+ CrefSP propõe é retomar o diálogo e o entendimento para que, no caso de São Paulo, onde a situação se judicializou, consigamos mudar a forma de relacionamento entre as organizações no cumprimento da lei. Não queremos criar ou reforçar qualquer papel de ingerência sobre a escola e a educação, mas enquanto Conselho Profissional que deve cumprir a lei é melhor buscarmos um entendimento, com o apoio e suporte do MPF, entre todas as organizações envolvidas. Grato pela participação com suas posições e informação muito importante. Att. João Gambini - Conselheiro do CREFSP e apóio as propostas da  chapa Muda+ CrefSP

Por Samuel Genovez de Avelar
em 19 de Agosto de 2015 às 17:40.

Atualmente a situação não favorece o diálogo, acredito que seja a única forma de resolver esta questão... As atuações truculentas a imposição do registro que é legal, não deveria ser feita desta forma... Acredito que se deve conquistar o Profissional, fazer ele intender e passar a querer se registrar... Aqui no meu estado, as academias não são trabalhas na sua totalidade... Entrar com truculencia nas escolas não seria a melhor opção.


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