Após acompanhar o desempenho de nossos brasileiros na NBA, e vê-los jogar no Mundial, fica a ilusão ou lição: jogar na NBA não significa que nossos jogadores são "EXCELENTES JOGADORES". São meros coadjuvantes. Como vários outros estrangeiros.Poucos minutos de quadra. Sem autonomia para decidir. A NBA não é a melhor escola. Com a globalização da NBA a impressão que fica é que qualquer "UM" joga por lá. Será que meu pensamento está errado? Como sonhar que o Anderson Varejão fosse um cestinha no Mundial, mas se na NBA é um mero "fazedor de corta-luz", "reboteiro" e "cavador de faltas ofensivas" por parte dos adversários? Como sonhar que o Leandrinho seja o "homem da seleção" se na NBA seu desempenho é oscilante e não tem poder de decisão? Uma coisa que ele "desaprendeu" é converter lances livres. Conseguiu um "cacoete" de esfregar as mãos sem parar para arremessar o lance livre. Ops, me perdoem, qualquer jogador da NBA tem que ter uma marca registrada. O Guilherme não é um bom lateral, não tem chute; não é pivô, pois ficou baixo para a posição. Faz de tudo um pouco. Mas é pouco para a Seleção. Me perdoem mais uma vez: o Tiago Spliter precisa aprender muita coisa ainda. Tomara que tenha sucesso e tempo de quadra na NBA. O Marquinhos, Alex, Nezinho e JP foram limitados no Mundial. Mas temos o Marcelinho Machado. Não é um Oscar ou Marcel, mas pelo menos chuta todas, e seja o que Deus quiser. Temos o Marcelinho Huertas, este sim, chamou a responsabilidade, foi para o sacrifício, pois não tinha reserva a altura. Mas os da NBA, que decepção. Quantos erros. Tirando os milhões de dólares, será que compensa jogar lá? Aí entra o Scola. Será que não tinha ninguém para pará-lo? Deitou e rolou. E tivemos que ver os hermanos comemorar. Que este vídeo seja passado pela eternidade a todos os jogadores que vestirem a camisa da Seleção Brasileira, para que façam de tudo para que isto não se repita. Como é duro perder. Principalmente para a Argentina. Vejam os dizeres do Ruben Magnano pós jogo: "Estou triste pela derrota, mas feliz com o desempenho do Brasil. A imagem que fica é de uma equipe lutadora e solidária. O time jogou bem, mas infelizmente não conseguimos vencer". Vocês não acham que ele deveria ter mantido uma base na quadra? Mas, apesar de ficar de fora novamente, temos que acreditar no nosso basquete. Leandrinho, Varejão e Spliter sejam mais fominhas na NBA. Decidam mais. Chutem mais. Arrisquem mais. Aos outros treinem, treinem, treinem, treinem. Precisamos que vocês estejam em "ponto de bala" para nos representar. Amamos nossa Pátria e queremos o melhor para ela. Torço de corpo e alma pelo nosso Basquete. Temos um longo trabalho pela frente e um caminho a percorrer até 2012.

Comentários

Por Rafael Gandhi Sarro Camilo de Godoi
em 11 de Setembro de 2010 às 17:20.

Em alguns pontos concordo com você. É sábio pensar que o Varejão sempre foi, e será apenas um jogador voluntarioso. Seja jogando pela seleção ou na NBA, o Varejão sempre terá a mesma função. Isto em hipótese nenhuma o torna menos importante para a equipe...o fato de não ser tão pontuador não significa que seu jogo seja desprezível. Ele domina alguns fundamentos que são de suma importância para se chegar a vitória, como os fundamentos de defesa e rebote.

Já em relação ao Leandrinho penso o mesmo que você. Depositar todo o poder de decisão em apenas uma jogador se torna meio inocente, ainda mais no nível que se é jogado o basquete mundial. O Leandrinho é um ótimo atleta de altíssimo nível, porém há a necessidade de se refletir quanto ao seu poder de assumir um momento decisivo. Isto não significa que ele não seja capaz, somente não foi preparador para tal função.

Na NBA ele era apenas um mero sexto homem, onde não se sentia sobrecarregado com a função de ter que levar o time nas costas ao contrário no Brasil, onde era cotado como um dos pilares. Por mais que ele tivesse consciência da sua função na seleção, talvez não estivesse muito habituado com a função.

Houve oscilações de rendimento por parte da seleção neste mundial. Depois da performance perante o EUA, com certeza todos esperavam uma ótima atuação no mundial. Eu mesmo sonhava estar entre os as 5 ou 4 melhores seleções.

Por Carlos Alex Martins Soares
em 30 de Setembro de 2010 às 16:14.

Cada vez mais me convenço que o mal do basquete brasileiro reside em três pontos:

  • não sabemos marcar, por causa do nosso ímpeto ofensivo;
  • não sabemos jogar coletivamente: Oscar e Huertas, individualistas ao extremo, são louvados como se fossem grandes exemplos;
  • jogo centrado em um ou dois jogadores.

A história mostra que depois de 1978 o Brasil vem em queda constante - era Oscar. Antes disso, muitos pontuavam e tínhamos títulos. Não importa se Oscar esta no Hall da Fama, se é o maior pontuador olímpico (os times campeões nos jogos olímpicos que ele foi cestinha não chegam aos pés dele). O que importa é que todo o time titular tem que pontuar... Contribuir com 10 pontinhos e suar muito na defesa... Veja Espanha e Argentina nos últimos anos... Raramente eles saíam de quadra com um jogador fazendo 35 e outros menos de 20. Se Ginobilli estivesse na Turquia e Oberto em boas condições, Scola faria menos pontos, mas os outros dois fariam seus 20 pontinhos - já são 60...

Varejão, Splitter e Nenê são mais que reboteiros. Sabem marcar pontos, mas para isso precisam receber a bola em condições de jogar 1x1. Splitter mostrou isso nas finas da LEB, de onde saiu como MVP.


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