Cevnautas  da Biblioteca, (sim, Ciência da Informação),

A partir de segunda-feira, 9 de maio, o Projeto Inteligência Esportiva, da Universidade Federal do Paraná e Ministério do Esporte, recebe a Diretora SIRC - Intelligence Sportive do Canadá http://sirc.ca/ -, Debra Gassewitz.  

A Profa. Debra, responsável pelo conhecido SPORDISCUS, volta ao Brasil depois de dez anos. Ela participou da reunião da IASI http://www.iasi.org em Brasília quando foi palestrante no I Congresso Brasileiro de Informação e Documentação Esportiva. na mesa histórica em que estiveram os responsáveis pelos centros de documentação esportiva do Canadá, Alemanha e França.  É possível assistir ao painel aqui:  

http://cev.org.br/biblioteca/portais-centros-informacao-documentacao-esportiva-conbide-i  

A reunião contará também com  a Profa. Carmen Romsy (ex-IBICT e diretora do sistemas de bibliotecas da Universidade Católica de Brasilia), que fez propostas para a reorganização do sistema brasileiro de informação esportiva (O SIBRADID fechou em 2011) durante o Seminário do Inteligência Esportiva de 2013. O vídeo no CEV:  

http://cev.org.br/biblioteca/informacao-documentacao-cientifica-esporte-brasil  

Para comemorar o encontro, que certamente fará história, indexamos no CEV, com a ajuda da digitalização do documentalista Gonzaga, da FEF-Unicamp, a I Conferencia Sobre Documentación e Información Deportiva en Latinoamerica realizada também com uma reunião da IASI (como foi o CONBIDE1 de Brasilia) em 1980.  

Os temas trabalhos daquela reunião vão surpreender quem ainda não viu:  

http://cev.org.br/eventos/i-conferencia-sobre-documentacion-e-informacion-deportiva-en-latinoamerica/trabalhos/  

Agora vai?  

Laércio

Comentários

Por Roberto Affonso Pimentel
em 6 de Maio de 2016 às 08:34.

Excelente Laércio!

Creio que daremos um grande salto para nos livrarmos da pecha de "país sem memória".

Só nos falta criar incentivos de frequência à leitura por parte da nova geração. Isto tem início a partir de 8-9 anos, que, por sua vez, prescinde de bons mestres. Caso contrário, as obras permanecerão órfãs nas prateleiras.

Proponho-me a contribuir para modificarmos esse estado de coisas em meu novo projeto a partir da Educação Física: trabalhos em GRUPOS, de feição interdisciplinar com a Matemática e Linguagem - leitura, interpretação oral e escrita.

Incentivos à leitura devem ser propostos desde cedo, mas criando objetivos - pequenos projetos - que se delinearão no futuro à capacidade criadora dos indivíduos.

A tendência mundial se delineia nesse sentido e nossas universidades formadoras de mestres ainda não se deram conta.

Aos interessados em saber mais visitem www.procrie.com.br/

 

Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 6 de Maio de 2016 às 09:14.

MEMÓRIAS DA DOCUMENTAÇÃO ESPORTIVA NO/DO BRASIL A Documentação Esportiva no Brasil tem um nome: LAÉRCIO ELIAS PEREIRA!, o nosso Prof. Laércio – ex-professor da UFMA!!! Embora a Profa. Versezzi, da USP, tenha iniciado o trabalho, foi Laércio que se empenhou no funcionamento do SIBRADID, que acabou indo para a UGMG – de triste atuação, chegando ao ponto de proibir pesquisadores da área das ciências do esporte de fazer… pesquisa!!! – fui um dos proibidos de entrar na Biblioteca da Escola de Educação Física da UFMG, no tempo em que fiz meu mestrado em Ciência da Informação; a então bibliotecária -chefe, que também era responsável pelo SIBRADID ficou com medo de que eu viesse a assumir seu lugar na sua operacionalização…

 

A ida do Laércio para a UFMG se deu pelo fato de a sede do SIBRADID ter sido instalada lá. Depois, fui eu, para o Mestrado em Ciência da Informação, em busca de um referencial teórico melhor, para sua operacionalização… nem Laércio, nem eu, tivemos chance devido ao corporativismo das biblio0tecárias da UFMG, embora tivéssemos inúmeros trabalhos já publicados sobre Informação e Documentação Esportiva…

 

VAZ, L. G. D. ; ANDRADE FILHO, S. S. ; FERREIRA NETO, F. D. Implantação da Informática no CEFET-MA. Seminario De Informatização Da UEMA, I, 1991.

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. A produção do conhecimento na Escola de Educação Física da UFMG. ANAIS Da 45ª Reunião Anual Da SBPC, Recife, 11 a 16 de julho de 1993, Vol. 1 p. 394, A.11  Motricidade Humana e Esportes, 6- A. 11 (Resumo).

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. A produção do conhecimento na Escola de Educação Física da UFMG. ANAIS Congresso Brasileiro De Ciências Do Esporte, Belém – Pará, 06 a 10 de setembro de 1993, Universidade Federal do Pará, p. 136 (Resumo)

VAZ, L. G. D. ; PEREIRA, L. E. ; LOUREIRO, Luis Henrique. Protocolo De Indexação De Periódicos Dedicados A Educaçao Fisica, Esportes E Lazer Em Lingua Portuguesa. 1993. Software sem registro de patente

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Produção do conhecimento em Educação Física e Desportos no Nordeste Brasileiro. Jornada De Iniciação Científica Da Educação Física Da Ufma, III, São Luis, 05 a 08 de dezembro de 1995. in Revista Movimento Humano 7 SOCIEDADE, n. 5, ano II, Edição Especial. ANAIS…, p. 14-21

PEREIRA, L. E. ; VAZ, L. G. D. . Centro Esportivo Virtual – CEV. In: Lamartine Pereira da Costa. (Org.). Atlas do Esporte no Brasil. 1 ed. Rio de Janeiro: Shape, 2005, v. 1, p. 769-770.

 

Ainda em 1979, quando Laércio e eu planejávamos o que fazer na SEDEL, em uma reunião na casa dele, e ouvindo Som Brasil – com o Rolando Boldrin, e ao fundo Chitãozinho e Xororó e Pena Branca e Xavantinho, criamos um Decálogo, do que seria nossa atuação na SEDEL… Não sei onde esta esse documento, mas foi por ele que baseamos nosso trabalho desde essa época; e um deles estava a criação de um sistema (ferramenta) para disseminação de informação – dai o CEDEFEL…

 

Os Primeiros Trabalhos Acadêmicos –  Até onde nossa revisão avançou, é possível afirmar que as primeiras iniciativas acadêmicas sobre o tema tesauro e Educação Física no Brasil foram registradas em 1990, no primeiro Encontro de Pesquisadores do Maranhão (ANDRADE FILHO; PERREIRA NETO; VAZ; PEREIRA, 1990; PEREIRA; VAZ; REIS; ANDRADE FILHO; PERREIRA NETO, 1990; VAZ; PEREIRA; REIS, 1990).

ANDRADE FILHO, Santiago Sinésio; PEREIRA NETO, Francisco Dias; VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. Programa de implantação de um banco de dados bibliográfico em ciências do Esporte. In: ENCONTRO DE PESQUISADORES DO MARANHÃO, 1., 1990, São Luís. Anais… São Luís: EDUFMA, 1990. v.1, p. 47.

PEREIRA, Laércio Elias; VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; REIS, Lúcia; ANDRADE FILHO, Santiago Sinésio; PEREIRA NETO, Francisco Dias. Organização da informação em ciências do esporte veiculada em periódicos de língua portuguesa. In: ENCONTRO DE PESQUISADORES DO MARANHÃO, 1., 1990, São Luís. Anais… São Luís: EDUFMA, 1990. v.1, p. 49.

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias; REIS, Lúcia. Indexação: em busca da construção de um tesauro em ciências do esporte. In: ENCONTRO DE PESQUISADORES DO MARANHÃO, 1., 1990, São Luís. Anais… São Luís: EDUFMA, 1990. v.1, p. 50.

 

O Laércio pensava num “centro referencial” – informação sobre a informação. Hoje, vejo que já estava pensando o CEV. O Pereira sempre foi de “unir as pontas”. O que admiro é a sua capacidade de idealizar as coisas – rápido, num piscar de olhos, enquanto fala…; e a sua incapacidade de “fazer as coisas”. O negocio dele é pensar, e arranjar quem coloque em prática. Desde que o conheço – desde 1976… – foi assim. Acho que por isso nosso trabalho junto deu tão certo.

 

Esse “juntar pontas” consiste a principal atuação do Laércio. Veio da Sociologia, do jornalismo, de sempre ouvir as duas partes… Quem sabe o que e quem precisa dessa informação; como colocar os dois em contato. Isso é o CEV![1] Consiste na formação de um grande “colégio invisível”, em que aqueles que “pensam”, os que agem na ‘fronteira do conhecimento’ comunicam-se entre si, e trocam ideias antes que essas ideias – teorizações – cheguem ao  “grande público”, nós pobres mortais na ponta oposta, na sala-de-aula…

 

Eu, um professor de uma escola publica da periferia (estou no Maranhão…) consigo saber do Nélio – técnico da Maureen – um detalhe para minha aula de atletismo que estou dando para os alunos do primeiro ano do curso de design que estão fazendo educação física… Essa a grande sacada!   Tiro minhas duvidas com aquele que é o “bam-bam-bam do pedaço”!

 

Mas vai mais além, trata-se de juntar os “gatekeepers” – os sentinelas da tecnologia. Não o professor que esta se graduando, ou fazendo sua especialização, ou o seu mestrado. Mas aqueles que estão no pós-doutorado – lembro que é tão recente essa especialização em nossa área…  Aqueles que estão fazendo pesquisas de ponta, não interessando se ela esteja “nas humanas e sociais” ou nas “gias”, na área medica-biológica…

 

Alias, há cerca de 35 anos, naquele papo ao som de Pena Branca e Xavantinho, “decidimos” que trataríamos a Educação Física – ou as Ciências do(s) Esporte(s) – como da área da Antropologia, e não da Medicina…  Eu sempre preferi o termo mais tradicional, “Educação Física” e o ManoPereira sempre o das “Ciências”… acho que influencia do Manoel Sergio…

 

Criamos – Laércio e eu – um Centro de Estudos que funcionou em uma pasta de papelão que tínhamos, e era itinerante – funcionava onde estávamos – em minha casa, na casa dele, na SEDEL, na ETFM, na UFMA, na UEMA. Locais onde trabalhávamos – era um “centro virtual”, pois só existia em nossa mente – dai considerar como a base do CEV. Laércio jamais abandonou a idéia e a aprofundou… Mas fizemos acontecer…

 

A idéia surgiu da necessidade. Laércio foi para um congresso internacional de documentação esportiva acontecido na Colômbia – Medelín; por conta disso, o 2º viria para o Brasil – Maranhão… Nunca aconteceu… Como não sei se aconteceram os demais conforme programado… Mas o Heiz Guiberhienz do Convenio Colômbia-Alemanha (veio, junto com o Ulrich Jonathan – técnico da seleção olímpica de atletismo da Alemanha; viveu alguns anos da Argentina…) …chegaram a vir ao Maranhão para tratar desse assunto e vendo o trabalho de ‘organização da informação’ que fazíamos, propôs outros convênios…

 

O CEDEFEL-MA – Centro de Estudos e Documentação em Educação Física, Esportes e Lazer do Maranhão, integrado pelas UFMA e SEDEL (Laércio) e ETFM e UEMA (eu) teve uma importante e vasta produção científica… cinco trabalhos apresentados naquele I Encontro de Pesquisadores; depois, dois trabalhos na SBPC, e mais dois trabalhos apresentados nos encontros do CELAFICS, além de alguns CONBRACEs… tudo virtual, de dentro daquela pastinha…

 

Começamos a elaborar a indexação de periódicos especializados – o primeiro saiu da minha coleção da Revista Brasileira de Educação Física, editado pela SEED/MEC e feito pelo Laércio, publicado pelo MEC/SEED; depois comecei a adquirir a coleção da Stadium, um ano por mês, e a indexar – fizemos 23 anos da revista…

 

Por fim, junto com o pessoal da ETFM[1], criamos um banco de dados, utilizando (dinossauro) DBase, depois o DBase III, e utilizando Clipper e DBase III Plus; o LTI da EB-UFMG – Luizinho – ajudou muito na fase final, com os programas e as ferramentas computacionais[2]; lembro que a Escola de Engenharia da UFMG tinha acesso, já, à Internet; fizemos nossos endereços e começamos a utilizá-la; depois já era possível o acesso através do LTI-EB e por fim, da EEF/SIBRADID… Chegamos a ter 5.013 artigos indexados, de 13 revistas dedicadas em português/Brasil…

 

O principal problema era o resgate da informação; dai termos desenvolvido empiricamente, um tesauro – somente eu dominava, pois era o responsável pela catilografia(gração) (hoje, seria digitação); começamos com aquelas fichinhas de referência bibliográfica, que se aprende nos cursos de iniciação a pesquisa, depois passamos a utilizar um COBRA 286 – o máximo da tecnologia da época; e poderia haver consulta on line via MANDIC – quem lembra? era pré-internet, só depois (final de 92) havia acesso via internet….

 

Os artigos eram indexados com ate cinco palavras-chave, que poderiam ser recuperadas, remetendo ao artigo; e por autores:

  • ATLETISMO – CORRIDAS – VELOCIDADE – TREINAMENTO – TECNICA – numa ordem hierárquica, da mais ampla para a mais especifica – recuperável por qualquer uma das palavras…
  • BASQUETEBOL – FUNDAMENTOS – PASSES – PASSE DE PEITO – TREINAMENTO
  • EDUCAÇÃO FISICA – METODOLOGIA DE ENSINO – JOGOS PRE-DESPORTIVOS – JOGOS COM BOLA – MINI-HANDEBOL

 

Assim, descobrimos depois, poderia vir a ser um tesauro – cheguei a apresentar um trabalho na UFMG sobre isso…; tomamos conhecimento da IASI; depois, do trabalho de uma bibliotecária da USP, o que levou o Laércio para a UFMG – estava-se implantado o SIBRADID -; e depois, eu, para o Curso de Mestrado em Ciência da Informação…

 

A então bibliotecária da EEF/UFMG, responsável pelo núcleo do SIBRADID – já mudara a bibliotecária e entrara a Jane – ficou com medo de perder o emprego e de todas as formas, boicotou nosso trabalho… Migrei para outra área, não fiz minha dissertação em documentação esportiva e a proposta de um tesauro, mudei o rumo de meus estudos e fui trabalhar com produção do conhecimento na área tecnológica…  fim!

 

Ainda tenho esse material, em disquete de 8! (quem lembra?) e depois em cinco de 3 1/2! O máximo da tecnologia – caros…; perdi o arquivo, junto com um com-puta-dor que tinha – um 286! Perdi na mudança de tecnologia, para um 386!!! E nunca mais vi quando fui para um 486… Mas ainda guardo os artigos em casa, brigando com o mofo e as traças e cupins… Tenho alguns dos índices em papel…

 

Depois, vi trabalho semelhante sendo apresentado pelo Victor Melo, junto com a Fernanda… Estava-se reinventando a roda… Quem manda trabalhar na periferia? (Maranhão…)

 

Agora, quase 35 anos depois – começamos em 1979!!! Voltamos a ouvir falar em tesauro em educação física…

 

Há um trabalho da década de 40 do século passado, proposto pela biblioteca da USP não levado a efeito – acréscimo à CDD; depois outro na década de 80, da Stela Vercesi, dando continuidade àquele trabalho da década de 40, também na biblioteca da USP, com novos acréscimos à CDD; o do Tubino, sobre terminologia aplicada; a nossa proposta, do fim dos anos 80 inicia dos 90 – que seria cotejada com o tesauro da IASI via SIBRADID… Como Mestre (Capoeira e em Administração) André Lacé disse, repete-se sempre o PRIMEIRO, a cada nova tentativa…

 

i simpósio paulista de educação física (cev)

I Simpósio Paulista de Educação Física  De 20-07-1940 até 22-07-1940 Programa I SEÇÃO – Educação Física no Ensino
  • Maria Lucia Sampaio Pinto – A Educação fisica no ensino.
  • Inezil Penna Marinho – A Educação Física nos estabelecimentos de ensino secundário, emface dos preceitos legais que o regulamentam.
  • Alaor Pacheco Ribeiro – Projeto de reorganização do Serviço de Educação Física no ensino profissional do stado
  • Mario Miranda Risa – Ensino secundário oficial do Estadode São Paulo.
  • Cezar de Afonseca e Silva – Sugestões para a resolução do problema da educação física nos estabelecimentos de ensino.
  • Inezil Penna Marinho – Que exigências devem satisfazer, quanto à Educação Física, os estabelecimentos que desejam obter a inspeção peliminarw
  • Ermida Vial Ribeiro – Educação física infantil.
II SEÇÃO – Ensino sa Educação Física

 

Os alemães são muito organizados… O artigo que falei que foi um dos primeiros a tratar do assunto, não com um tesauro, mas com um vocabulário controlado – lembrei do termo! – que estávamos construindo, a partir do estudo da Stella Vercesi publicada na revista Paulista de Educação Física vol.3, n. 4, jun 1989. Deu um bocado de trabalho achar, pois tive que mexer nos artigos acumulados nesses quase 35 anos de estudos – mais curiosidade, vejo agora, sobre o assunto – dos quais nos dedicamos uns 10 anos efetivamente…

 

Lembrando: Em 1979 foi criada a Secretaria de Desportos e Lazer do Maranhão – SEDEL – a primeira do Brasil, com um Departamento de Estudos e Pesquisas; Laércio era assessor especial; eu estava na Coordenação de Esportes, depois passei a assessorar o assessor… Sai em 1981 – voltei para a Secretaria de Educação, mas continuei prestando ‘consultoria’ – isto é, trabalhando sem receber…

 

Logo em 1980 a I Conferencia Latino-americana de Informação e Documentação Esportiva – a segunda seria em São Luis, em 1981… O Laércio foi um dos representantes do Brasil – fez uma exposição sobre o CBCE e sobre o CEDEFEL-MA – ai que ele passou a existir… Foi ‘inventado’ para esse encontro, na Colômbia

 

O problema seguinte – O CEFEL-MA e a SEDEL-MA, junto com a UFMA, UEMA, e CEFET-MA seriam os responsáveis pela organização do evento – seja, Laércio e eu… Mas… Não tínhamos pesquisas… Passamos a incentivar alguns professores a produzirem alguma coisa para apresentar no ano seguinte… Foi o inicio da pesquisa em Educação Física e Esportes no Maranhão[1]…

 

O Indice da Revista Brasileira de Educação Física e Desportos saiu em 1983, assinada pelo Laércio (a coleção utilizada, do n. 1 ao 50, foi a minha…); garimpávamos os números que faltavam… Especialmente os últimos; dai já procurávamos unificar a linguagem – controlar o vocabulário – com revisões constantes dos termos de indexação…

 

A seguir, fizemos o Índice da Revista Stadium, da Argentina – passei a adquirir as revistas, já encadernadas, com os números correspondentes ao ano, de uma livraria de Curitiba… Ate que a Receita Federal se intrometeu – uma época em que estavam proibidos gastos em dólares no exterior – importação particular; tive que levar as notas fiscais, de que as havia adquirido em dinheiro da época, brasileiros – nem lembro mais qual era – e com a nota fiscal emitida por uma empresa brasileira; todo mês era a mesma coisa; e nessa época, já passara a assinar a revista, recebendo os números mensalmente. Já havíamos esgotados os números publicados; diante dessa dificuldade – e a malha fina que se seguiu, não mais renovei a assinatura e ficamos nos primeiros 23 anos da revista…

 

Depois, já num trabalho do CEDEFEL-MA, começamos a reunir outras publicações, muitas doações, algumas aquisições, e outros empréstimos – não devolvidos… E indexamos 13 revistas dedicadas… Algumas feitas já em 1992/93, quando já estava no Mestrado, e antes da proibição de entrar na Biblioteca da Escola de Educação Física – veja só, um pesquisador proibido de entrar numa biblioteca de uma universidade publica para fazer… Pesquisa!

 

Alguns artigos publicados pelo Boletefe – jornal de parede editado pelo Laércio – sobre a produção da pesquisa na educação física da UFMG perturbaram… Esses dados foram transformados em informação e viraram artigos apresentados em congressos…

 

Ainda era o CEDEFEL-MA funcionando em Belorizonte…

 

Fiz um trabalho sobre o SIBRADID, para uma das disciplinas do Mestrado em Ciência da Informação do qual a Bibliotecaria-Chefe da EEF-UFMG não gostou e o corporativismo das bibliotecárias fez o resto – o curso era na Escola de Biblioteconomia…

 

Cessaram, assim, os trabalhos referentes à construção do tesauro em educação física e esportes… Nem ao mesmo me matriculei na disciplina, extra, que poderia fazer no curso de graduação da EB/UFMG – não fui aceito! E laércio acabou se aposentando do Serviço Público, lá mesmo pela UFMG… o sonho, acabara…

 

Sobre a Conferencia de Medellin – foi de 4 a 7 de fevereiro de 1980. Lá foram representados vários centros:

Espanha – INEF;

Paulo Medina – Centro de Documentação e Informação do ISEFL (1971/72) (Portugal?);

Juan Angel Maañon – a informação e documentação esportiva na Argentina;

Jesus Diaz Zurita – idem, Venezuela;

Eduardo Garraez – idem, México;

Alberto Pereja Castro – Centro de documentação e informação desportiva do Instituto de Ciência s do Esporte – Colômbia

 

Há um tópico que fala do glossário e da terminologia técnica: glossário consiste em um catalogo ou vocabulário de palavras técnicas, obscuras ou em desuso, com definição ou explicação detalhada de cada uma delas. A unificação de critérios e fator fundamental para o resultado que se espera obter donos leitores, portanto, o uso de termos técnicos que criam confusão e/ou dupla interpretação, exige uma definição clara e completa.

 

Ha uma Declaração de Medellín sobre a informação e documentação desportiva na América Latina. Assinam-na, pelo Brasil: Laércio Elias Pereira (SEDEL-MA) e Manfred Loecken (SEED/MEC) -ps. adido cultural  ( ?) da Alemanha que prestava consultoria à SEED/MEC na época (eh isso, Laércio?)

 

Do/pelo Brasil:

  • Laércio Elias Pereira – O CBCE – inicia em 1968: olimpíada escolar Tijucurru Clube – São Caetano; 1972 I Simpósio de esporte escolar; CELAFISCS; 1977 Congresso Brasileiro de Medicina Desportiva; os professores de educação física não poderiam se filiar à Federação Brasileira de Medicina Desportiva – surge a idéia do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte – VI Simpósio de esporte escolar 1978 e criado o CBCE
  • Laércio Elias Pereira – Centro de Estudos e Documentação em Educação Física, Desportos e Recreação do Maranhão –     cedefel
  • Renate V. H. Sindermann – Documentação e Informação do esporte no Brasil –      CEDIME (Porto Alegre) – Inicia em 1974 –  CEDIME – Centro de Documentação e Informação em medicina desportiva – Porto Alegre – DeRose, Henrique
  • Maria Licia Bastos Marques e Manfred Loecken – Situação atual da documentação em ciências do desporto no Brasil: ( Bibliotecaria-chefe da EEF-UGMG) – ate cinco anos atrás – produção, coleta, organização e difusão da informação bibliográfica em ciência do desporto era desconhecida (1975)
  • Maria Licia Bastos Marques – Documentação para ciência do desporto – um problema brasileiro; – artigo Suplemento Apoio do Boletim Informativo da Escola de Educação Física da UFMG (ano 1, n. 3)

 

Dos acordos (2) – 1981 – II Conferencia en São Luis –Maranhão – Brasil!!!!

Educacio Fisica y Deporte – n.2, ano 2, maio 1980 – Órgão oficial do Instituto de Ciências do Desporto – Universidade de Antioquia – Convenio Colombia-Alemanha; I Conferencia sobre Documentação e Informação Desportiva na America Latina; Literatura Desportiva latino-americana; Declaração de Medellín

 

O Processo de Tradução do SIRCThesaurus – Entre os anos de 1994 e 1996, a professora Hagar Espanha Gomes coordenou a primeira tradução do Tesauro do SIRC para o português brasileiro, para ser usado pelo Sistema Brasileiro de Documentação e Informação Desportiva (SIBRADID) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

 

Criação da Lista Cevtesauro- Em 2007, Laércio Elias Pereira, Rafael Guimarães Botelho e Cristina da Cruz de Oliveira criaram e coordenaram a lista de discussão Tesauro em Educação Física e Esportes (cevtesauro), que surgiu como lista privada no Centro Esportivo Virtual (CEV). No início de 2008, a lista foi aberta à comunidade científica. O escopo principal da lista era retomar a ideia de Criação do Tesauro Brasileiro em Educação Física e Esporte e, ao mesmo tempo, verificar a demanda de inscrições na lista. Como houve apenas uma inscrição na lista, decidimos convidar alguns participantes. Durante o período ativo da lista, que reuniu um total de 15 pessoas, o fluxo de informação gerado foi de 20 mensagens, enviadas por quatro participantes (os três coordenadores e o professor Leopoldo Gil Dulcio Vaz). Isto, decerto, nos levou a interromper a lista temporariamente e a repensar a melhor estratégia para disseminação do tema em âmbito nacional.

 

Iniciativas Acadêmicas sobre o Tema Tesauro e Educação Física –  Em dezembro de 2008, foi realizada a oficina Tesauro em Educação Física e Esportes (MOURA, 2008), como parte do segundo Congresso Brasileiro de Informação e Documentação Esportiva (CONBIDE).

No dia 27 de abril de 2009, foram apresentadas as palestras Tesauros internacionais existentes em Educação Física, por Rafael Guimarães Botelho e Critérios a considerar para a construção de tesauros e aplicação à área da Educação Física, por Cristina da Cruz de Oliveira. Elas foram transmitidas por sistema de videoconferência desde a Universitat Autònoma de Barcelona, na Espanha, e fizeram parte do programa do segundo Encontro de Gestão da Informação e do Conhecimento em Acervos Esportivos no Estado de São Paulo.

 

ALGUNS TERMOS:

Documentação: “Representar é um conceito associado à descrição de aspectos que identificam materialmente os documentos (catalogação) e ao processo/produto da condensação de conteúdos (indexação). (KOBASHI, 1996, p.11)

A representação temática de documentos também é elaborada dentro de normas estabelecidas. No ambiente de unidades de informação, essa representação é realizada de duas maneiras:

Na indexação: com o uso de tesauri, listas de cabeçalhos de assuntos e esquemas de classificação.

Na classificação: com o uso de tabelas de classificação bibliográfica (esquemas).

A indexação de assuntos envolve duas etapas principais:

Análise conceitual: implica em decidir do que trata um documento

Tradução: envolve a conversão da análise conceitual num conjunto de termos de indexação (padronizados)

Existem 3 tipos de vocabulários controlados:

Esquemas de classificação bibliográfica

Listas de cabeçalhos de assuntos

Tesauro  (Lancaster,1993)

Um vocabulário controlado é essencialmente uma lista de termos autorizados, elaborada dentro de uma estrutura semântica. Essa estrutura se destina a:

Controlar sinônimos

Diferenciar homógrafos

Reunir ou ligar termos cujo significado apresentem uma relação mais estreita.  (Lancaster,1993)

 

 

Educacio Fisica y Deporte – n.2, ano 2, maio 1980 – Órgão oficial do Instituto de Ciências do Desporto – Universidade de Antioquia – Convenio Colombia-Alemanha; I Conferencia sobre Documentação e Informação Desportiva na America Latina; Literatura Desportiva latino-americana; Declaração de Medellín

VAZ, L. G. D. ; ANDRADE FILHO, S. S. ; FERREIRA NETO, F. D. Implantação da Informática no CEFET-MA. Seminario De Informatização Da UEMA, I, 1991.

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. A produção do conhecimento na Escola de Educação Física da UFMG. ANAIS Da 45ª Reunião Anual Da SBPC, Recife, 11 a 16 de julho de 1993, Vol. 1 p. 394, A.11  Motricidade Humana e Esportes, 6- A. 11 (Resumo).

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. A produção do conhecimento na Escola de Educação Física da UFMG. ANAIS Congresso Brasileiro De Ciências Do Esporte, Belém – Pará, 06 a 10 de setembro de 1993, Universidade Federal do Pará, p. 136 (Resumo)

VAZ, L. G. D. ; PEREIRA, L. E. ; LOUREIRO, Luis Henrique. Protocolo De Indexação De Periódicos Dedicados A Educaçao Fisica, Esportes E Lazer Em Lingua Portuguesa. 1993. Software sem registro de patente

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Produção do conhecimento em Educação Física e Desportos no Nordeste Brasileiro. Jornada De Iniciação Científica Da Educação Física Da Ufma, III, São Luis, 05 a 08 de dezembro de 1995. in Revista Movimento Humano 7 SOCIEDADE, n. 5, ano II, Edição Especial. ANAIS…, p. 14-21

PEREIRA, L. E. ; VAZ, L. G. D. . Centro Esportivo Virtual – CEV. In: Lamartine Pereira da Costa. (Org.). Atlas do Esporte no Brasil. 1 ed. Rio de Janeiro: Shape, 2005, v. 1, p. 769-770.

 

 

CINTRA, Ana Maria Marques et. al.  Para entender as linguagens documentárias.  São Paulo: Polis, APB, 1994.  72p.  (Coleção Palavra-chave)

KOBASHI,, Nair YUmiko.  Análise documentária e representação da informação.  INFORMARE – Cad. Prog. Pós-Grad, Ci. Inf., Rio de Janeiro, v.2, n.2, p. 5-27, jul./dez. 1996.

LANCASTER, F. W.  Indexação e resumos: teoria e prática.  Brasília: Briquet de Lemos, 1993.

RIVIER, Alexis.  Construção de linguagens de indexação.  Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG, Belo Horizonte, v.21, n.1, p.56-99, 1992.

ENCONTRO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO EM ACERVOS ESPORTIVOS NO ESTADO DE SÃO PAULO, 2., 2009, São Paulo. Anais… São Paulo: Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação, 2009. Disponível em: <http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/esportes/servicos/biblioteca/0038>.

MOURA, Maria Aparecida. Tesauro em Educação Física e Esportes – Coord. Sibradid/ECI UFMG [Oficina]. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO ESPORTIVA, 2., 2008, Belo Horizonte. Programação… Belo Horizonte: UFMG, 2008.

Visite: Biblioteconomia – Centro Esportivo Virtual
http://cev.org.br/comunidade/biblioteca/


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