Sei que não adianta mais ficar reclamando. Sei também que agora é o momento de apoiar a seleção, que não tem culpa pela situação do país.

Recebi esta mensagem traduzida (em partes) de um amigo que mora na França. Independente de ser totalmente verdade ou não,  é preocupante a imagem que o Brasil passa ao estrangeiro depois que aceitou receber um evento tão grande. Antes era tudo "eu acho", "eu ouvi falar", mas agora os gringos começaram a inteirar-se das verdades que ocorrem no país.

Podem começar as porretadas...

Nunca a imprensa internacional revelou tanta podridão,  tipo escândalo. (a matéria está "inacessível" no Brasil)
A edição da revista FRANCE FOOTBALL de 28/01/14 

http://www.relay.com/france-football-mardi/peur-sur-le-mondial-numero-3537-sport-66234-21.html

trouxe a capa toda escura, onde se lê “Peur sur le Mondial” (algo como: “Medo do Mundial”). Na letra “O” colocaram uma tarja negra. O subtítulo diz: "Atingido por crise econômica e social, o Brasil está longe de ser o paraíso imaginado pela FIFA para organizar uma Copa do Mundo; a menos de 5 meses do mundial, o país é uma terrível fonte de angústia".

ALGUNS FATOS DIVULGADOS:

> A FIFA não pediu ao Brasil para sediar a Copa, foi o país que fez a proposta;
> A corrupção no Brasil é endêmica, do povo ao governo;
> A burocracia é cultural, tudo precisa ser carimbado, gerando milhões aos cartórios;
> Tudo se desenvolve à base de propinas.
> O alto escalão do governo anterior está preso por corrupção, mas artistas e população fazem campanhas para recolher dinheiro e inocentá-los.
> Hoje, tudo que acontece de errado no Brasil, a culpa é da FIFA; antes era dos EUA e já foi de Portugal; o brasileiro nunca se sente culpado de nada;
> O brasileiro dá mais importância ao futebol do que à política;
> A carga tributária do país é altíssima: maior do que a da França; 
> os serviços públicos são péssimos, comparáveis aos do Congo;
> a Presidente brasileira parece estar alienada da realidade e diz que será o melhor mundial de todos os tempos: melhor que o do Japão, dos EUA, da França, da Alemanha. 
> Enquanto ela pensa assim, a FIFA fala em maior erro estratégico da história da instituição;
> Em 2013, os brasileiros saíram às ruas para se manifestar: pela primeira vez se viu movimento tão grande no país acostumado à inércia. Mas o governo considerou os protestos como badernas e reprimiu o movimento com violência. Foram 2 mortos, mais de 2 mil feridos, mais de 2 mil prisões. Ninguém responsabilizado...

OBRAS:

- O Brasil foi o país que teve mais tempo na história de todos os mundiais para prepará-lo: 7 anos, mas foi o mais atrasado.
- O Francês Jérome Valcke, secretário geral da FIFA criticou o Brasil pelos atrasos. O governo brasileiro disse que não conversaria mais com Jérome Valcke;
- A França, que teve apenas três anos, finalizou as obras um ano e 2 meses antes;
- A África do Sul teve 5 anos e terminou com 5 meses de antecedência;
- A pouco mais de 3 meses da Copa, o Brasil ainda precisa completar mais de 15% do previsto;
- O custo do “Stade de France” foi de 280 milhões de Euros (o mais caro da França), uma vergonha se comparado ao “Olimpiastadium” sede da final da Copa da Alemanha em 2006, que consumiu menos de 140 milhões de Euros;
- Mas perto do Brasil, isso é nada: cada estádio custou, em média, meio bilhão de euros, grande parte financiado com recursos públicos, por mais que o governo alegue ter usado recursos privados;
- As empreiteiras ganham muito e há muita corrupção para os políticos;
- Na França, os Estádios são multi-uso, servem para competições olímpicas, jogos de rugby e são centro de lazer, com lojas e restaurantes nos dias da semana. No Brasil são só para jogos;
- Em São Paulo, há 2 estádios, Morumbi e Pacaembú, mas construíram um terceiro estádio (Itaquerão), a 23km do centro da cidade e sem metrô até lá;
- O ex-presidente Lula, torcedor do Corinthians, empenhou-se pessoalmente na construção desse estádio. Exceto seus correligionários, ninguém acredita que ele foi movido por amor ao “Timão”. Lula é amigo pessoal de Marcelo Bahia, diretor da Odebrecht, vencedora da licitação. O novo estádio tinha previsão de custo inicial de 300 milhões de Euros, mas já ultrapassou o valor de 500 milhões --um dos mais altos da história. 
> A atual presidente garantiu que faria um trem-bala, nos moldes do TGV Francês, interligando quatro cidades-sede: SP-RJ-BH-Brasilia. A promessa está gravada em redes sociais. 
> Em 2009 foram aprovados 13 bilhões de Euros no PAC, uma soma gigantesca de dinheiro, suficiente para construir um TGV de Paris a Cabul, no Afeganistão. Nunca se viu orçamento tão alto;
- Nenhuma das cidades-sede tem metrô até o aeroporto;
- Para os taxistas não há cursos de inglês financiados pelo governo, mas parece que para as prostitutas, sim. 
- Metrôs não funcionam bem, não cobrem nem 10% das cidades ou simplesmente não existem.
- O sistema de ônibus é complicadíssimo e ineficiente.
- O aeroporto da imensa cidade de São Paulo tem capacidade de receber vôos inferior ao aeroporto de Orly.
- Os preços de passagens aéreas dispararam. Por trajetos de 400km chegam a cobrar 1.000 Euros, ida-e-volta.
- Alugar carros é caríssimo;
- Faixa de pedestre não serve para nada, não espere que os carros parem. Atropelam, matam e fogem;
- Apesar do Brasil ser auto-suficiente em petróleo e estar do lado de países da OPEP, como Venezuela e Equador, a gasolina é uma das mais caras do mundo, e de péssima qualidade, misturada com etanol e solvente de borracha. E inexiste fiscalização nos postos.

SAÚDE:

- Nos últimos 10 anos o número de leitos em hospitais públicos caiu 15%. O Brasil importou médicos de Cuba, já que não tem competência para formar médicos no próprio país. Acredite: existe um programa governamental para isso.
- O Brasil gasta apenas 4% do seu PIB com saúde e 12% com pagamentos de funcionários públicos. Nos últimos anos o gasto com funcionários cresceu. E com saúde, encolheu.
- A França gasta 12% com saúde e 4% com funcionalismo.

HOSPEDAGEM:

- Paris é a cidade mais visitada do mundo, com quase 20 milhões de turistas / ano. São Paulo é menos visitada que a pequena Benidorm na Espanha, ou que a cinza Varsóvia, na Polônia ou a poluída Chenzuen na China. Perde também para Buenos Aires, Cuzco e outras cidades sul-americanas.
- Está na 68å posição das "mais visitadas" do mundo. No entanto, um hotel em São Paulo custa, em média 40%, a mais do que se hospedar em um equivalente em Paris.
- Leve adaptador de tomada. O Brasil adotou um sistema que só existe lá, gerando milhões para algumas empresas.

TELECOMUNICAÇÕES:

- Minuto de celular mais caro do mundo. O sinal é péssimo: um dos piores do mundo. 4G não existe na maioria das cidades.
- A internet é lenta e caríssima. Para o Brasil chegar ao padrão do Iraque deveria dobrar o investimento em banda larga. 

SEGURANÇA:

- No Brasil há mais assassinatos que na Palestina, no Afeganistão, Síria e no Iraque JUNTOS.
- No Brasil há mais assassinatos que em toda a AMÉRICA DO NORTE + EUROPA + JAPÃO + OCEANIA.
- A guerra do Vietnã matou 50.000 pessoas em 7 anos. No Brasil se mata a mesma quantidade em um ano.
- Ano passado foram 50.177 segundo o governo; segundo ONGs, superam 63.000 mortes.
- Todo brasileiro conhece alguém que foi assassinado.
- Não leve o cartão de crédito: você pode ser vítima de uma espécie de sequestro "relâmpago”.
- Não use relógios, máquinas fotográficas, celulares, pulseiras, brincos, colares, anéis, bolsas caras, bonés caros, óculos caros, tênis caro, etc… vista-se da forma mais simples possível.
- Não ande pelas ruas após as 22hs.
- Só faça câmbio em bancos ou casas autorizadas. Existe uma grande quantidade de moeda falsa e estrangeiros são alvo fácil.

CONCLUSÃO:

- O que falta no Brasil é educação. Os números são assustadores, mesmo quando comparados com seus vizinhos sul americanos.
- O Brasil tem uma porcentagem de universitários menor que o Paraguai;
- A Argentina tem 5 prêmios Nobel, a Colombia 3, o Chile 3, a Venezuela 1, a Colombia 4, o Brasil??? Zero!
- Entre as 300 melhores Universidades do mundo, não tem nenhuma universidade brasileira.
- No Brasil há 33 milhões de analfabetos funcionais.
- Ano passado surgiram 300 mil novos analfabetos.
- No ranking da ONU de 2012, o Brasil, que já estava mal colocado, caiu mais 3 posições, e hoje é o número 88 no mundo. (A França é 5.)
- Mas o brasileiro está muito feliz de ser pentacampeão de futebol. Nos corredores da FIFA já se admite que foi o maior erro da história da Instituição eleger o Brasil como sede.

Comentários

Por Mateus Augusto de Oliveira Machado
em 3 de Junho de 2014 às 11:00.

Concordo com cada palavra dita nesta reportagem, os problemas citados, são realmente preocupantes, sou brasileiro, mas ainda sim sei distinguir o certo do errado, e vejo várias coisas erradas na preparação e gestão desta Copa do Mundo. Espero sinceramente estar enganado e que esta copa seja melhor do que esperado por todos, gostaria muito de ter o orgulho de dizer que o meu país sediou uma ótima Copa do Mundo.

Por Laercio Elias Pereira
em 10 de Maio de 2014 às 09:26.

Cevnautas, Prof Edison,

Eu ia escrever alguma coisa propondo uma goleada na França como vingança, como a gente fazia no time de futsal do SESI de São Caetano quando o adversário era metido a besta, mas, na busca, achei esse texto do UOL:

Agora é de verdade. Revista francesa detona a Copa no Brasil
Do UOL, em São Paulo
07/03/201417h21

Desta vez é verdade. Um mês depois da polêmica gerada por um texto falso atribuído à revista France Football que criticava fortemente a organização da Copa do Mundo no Brasil, o site da revista esportiva francesa "So Foot" publicou uma extensa reportagem sobre a preparação do Brasil para o Mundial. O texto, carregado de sarcasmo e humor ácido, mostra a que veio já no título: "Viva a Bagunça Brasileira!" (Vive Le Bordel Brésilien!). Em francês, a palavra bordel serve tanto para designar casas de prostituição quanto uma grande bagunça.

A reportagem divide as cidades-sede em três grupos: as que realmente deveriam estar sediando a Copa e que valem a viagem, mas que nem por isso estão livres de problemas (Les villes où ça devrait le faire), as sedes em que inevitavelmente a Copa será uma bagunça ("Les villes dans lesquelles ce sera forcément le bordel"), e aquelas onde o melhor mesmo é deixar para ver os jogos pela televisão ("Les villes dans lesquelles on verra peut-être un match, mais à la télé de préférence").

No primeiro grupo, estão Fortaleza, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre. Nessas cidades, a revista identifica problemas menores, como problemas de conexão com a internet e falhas nos telões no estádio do Beira-Rio, na capital gaúcha. Já sobre Brasília, a reportagem destaca o alto custo de construção do Estádio Nacional Mané Garrincha, em uma cidade que não possui clubes de expressão no cenário nacional.

Já no segundo grupo, o da bagunça inevitável, estão São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Natal. O Aeroporto do Galeão (RJ) é descrito como "indigno de uma capital turística": "Edifícios degradados, pistas saturadas nas altas estações e paralisação das atividades em cada chuva forte prometem grandes doses de diversão", ironiza a publicação.

Sobre São Paulo, a reportagem afirma ser a cidade "irmã da Cidade do México e prima do Cairo (capital do Egito)", centros urbanos conhecidos mundialmente pelo trânsito caótico. Já Salvador teria um trânsito difícil na hora do rush. "Considerando que o estádio [Arena Fonte Nova] fica em uma região central da cidade, vai haver sofrimento".

Finalmente, no grupo das cidades em que seria melhor ver os jogos pela TV, estão Cuiabá, Manaus e Curitiba. O aeroporto da capital mato-grossense é descrito como "um campo de barro". "[O aeroporto] é do tamanho de uma cozinha, mas há que um lindo papagaio pintado na parede. Nenhuma grande nação vai jogar em Cuiabá. E depois dizem que o sorteio é aleatório". Já Curitiba é tratada como a "grande emoção pré-Mundial", com a dúvida até o último minuto sobre se o estádio estará ou não pronto a tempo.

A reportagem critica não só a situação dos estádios, aeroportos e infraestrutura em todas as 12 cidades-sede brasileiras. Sobrou também para a Fifa, para o seu presidente, Joseph Blatter (descrito como alguém que, no Brasil, nunca havia colocado os pés fora do Copacabana Palace), e para o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke. A revista afirma que o turista que vier à Copa vai encontrar: filas em todos os lugares, voos atrasados chegando às cidades dos jogos após o término das partidas e torcedores enfurecidos por perderem o espetáculo.

O texto continua: "Nenhuma cidade-sede tem capacidade de entregar a tempo o trio de obras 'estádio + aeroportos + obras de mobilidade urbana'. No caso dos aeroportos, os processos de licitação das obras só foram lançados após as eleições de 2010. Quanto à mobilidade urbana... não se moderniza um país em seis meses, especialmente um país como o Brasil. E por mobilidade urbana entende-se os meios mais básicos de transporte: vias de acesso a locais turísticos, estradas, corredores de ônibus, metrô e trens urbanos etc. Logo, serão os seus pés os que farão a maior parte do trabalho."

De acordo com a reportagem, parte da culpa para que se tenha chegado à marca dos 100 dias para o início da Copa na situação em que se chegou é também da entidade que comanda o futebol mundial. "A Fifa, do seu lado, é prisioneira de um Brasil com quem ela briga/late/chicoteia a cada semana, como se tivesse tratando com uma criança, com um sentimento vago de que é tarde demais".

Sobrou até para o "jeitinho brasileiro": "Joseph Blatter, então, agora se mostra chocado: 'Nenhum país teve tanto tempo para se preparar quanto o Brasil', e ele está certo. Errado ele estava em 2007 [quando o Brasil foi escolhido como sede da Copa], ao impor ao país um "padrão Fifa" que estava distante demais de sua realidade, e que culturalmente não sabe dizer não. Mas sabe dizer, porém, quando já tarde demais, "desculpe, mas teremos que fazer alguns arranjos".

A reportagem foi publicada no dia 3 de março. No dia seguinte, a revista publicou novo texto sobre o Brasil e a Copa, desta vez destacando as manifestações que varreram o país em junho do ano passado, durante a Copa das Confederações, apontando que o povo brasileiro está insatisfeito com o alto custo da preparação do país para a Copa, majoritariamente custeados pelos cofres públicos.

FONTE: http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/03/07/revista-francesa-detona-a-copa-no-brasil-viva-o-bordel-brasileiro.htm

Por Edison Yamazaki
em 15 de Maio de 2014 às 00:10.

Laércio,

A Copa vai ser um sucesso. Não pode ser diferente. O problema maior que sinto nos comentários com os japoneses é o medo da violência urbana. Não passa um dia sequer sem que eu não precise responder alguma coisa relacionada a isso.

O texto dos franceses não irreal, e para falar a verdade é bem esclarecedora. Mesmo assim, tomara que eles seja goleados nos três jogos iniciais. rsrs

Por Rodney Rodrigo de Souza
em 16 de Maio de 2014 às 17:28.

Após ler o texto vejo que a maioria dos estrangeiros já tem conhecimento do que esperam eles na copa na Brasil, concordo plenamente que o Brasil ainda não esta preparado para receber esse grande evento, mais apesar de tudo não estar do devido jeito que se esperava o Brasil ainda merece um pouco respeito por pelo menos tentar, espero sinceramente que a copa seja melhor que todo mundo esta falando para que possamos ter orgulho não apenas de ser campeões mais de ter recebido bem os turistas e de ter-lhes oferecido uma grande experiência aqui no Brasil para que voltem futuramente para nosso país.

Por Adália Táci Pereira Mendes
em 22 de Junho de 2014 às 14:35.

Realmente o Brasil tem problemas crônicos de corrupção e má gestão de recursos, mas vejo a Copa do Mundo de 2014 uma forma de investimento no esporte e cultura.  O povo  Brasileiro esta perdendo valores muito importantes como patriotismo, pelo menos no futebol este sentimento é instigado basta ver todos os jogos com ingressos esgotados.

O Brasil tem um grande potencial e as mudanças devem ser múltiplas desde uma reforma política ate as pessoas, no jeito que elas se enxergam o pais e se comprometendo a mudá-lo. 

Por Luiz Roberto Nuñes Padilla
em 7 de Julho de 2014 às 14:12.

Prezados Colegas: Em Porto Alegre, diversos torcedores foram assaltados e, pior, no restante da cidade, fora do perímetro do estádio, e em todo estado, os assaltos aumentaram... Ademais dos crimes, violência e corrupção, e esse viaduto desabando? Contudo, a mídia fala de futebol... Sorte do Neimar não ter sido mais um viaduto que desabou nele, não acham? Bota uma imobilização e, claro vai sentir dor e desconforto, ficará bom. Mas e as vítimas de mais esse desabamento que a imprensa nem está falando? E os familiares dos falecidos? E os (ir)responsáveis pela tragédia?

O Brasil, dos quartos de hotel sem janela a US$ 250 (R$575) a diária, onde o iPhone (e quase tudo mais!) custam mais caro do que em todo o resto do mundo, onde os mesmos carros são vendidos pelo dobro do preço de quando comercializados no exterior, possui um PIB per capita de US$ 11.340 e sediou a mais cara Copa do Mundo da história, estimada em US$ 11,3 bilhões.   Sediar a Copa do Mundo em um país com infra-estrutura calamitosa, hospitais em ruínas, e um sistema educacional precário?   "A Copa trará um número suficientemente grande de turistas para estimular a economia e compensar todos estas gastos governamentais! Logo, não há com o que se preocupar!"   O próprio governo, o maior interessado em inflar esses números, estima as receitas geradas por turistas em aproximadamente US$ 3 bilhões. Ou seja, ainda faltarão US$ 8,3 bilhões para fechar o rombo.   E a perda de produção? A Federação do Comércio de São Paulo estima, em decorrência de feriados e da dispensa de trabalhadores para acompanhar os jogos da Seleção, prejuízos de produção de US$ 14 bilhões só naquele estado. No RS, arrecadação do ICMS no despencou 4% em maio. Arrecadação federal de maio sobre abril despencou 16,3%.      Os prejuízos dos gastos públicos e os da redução da produção somados passam de US$ 22,3 bilhões. Dividido pela população total, cada um pagaria US$ 112,00 em um país onde 11% da população vive com menos de US$ 2 por dia.   Contudo, apenas uma parcela vai pagar: a classe média e os pobres, os mais severamente atingidos pela carestia dos alimentos e de bens essenciais, cada vez mais caros porque a Copa do Mundo causou aumento de demanda por bens e serviços: em decorrência, a inflação de preços “oficial” acumulada em 12 meses chegou a 6,4%. A real, é muito maior! O Jornal Zero Hora, alinhado ao governo petista, reajustou preços de assinaturas em 8,7%.     Políticos desviaram dinheiro de impostos para construir estádios de serventia alguma, exceto para lucro das empreiteiras construtoras. Manaus, cidade cujo Índice de Desenvolvimento Humano coloca-a em 850ª entre as brasileiras, possui agora um estádio que custou US$ 300 milhões (quase R$ 700 milhões), e que, após a Copa do Mundo, não será utilizado em sua capacidade tornando-se um elefante branco, gerando elevados custos de conservação. Desperdício de dinheiro dos pagadores de impostos.   Orgulhemo-nos! Vivemos no Brasil, o país mais caro do mundo; só as ricas Noruega, Suécia e Suíça onde a contrapartida de serviços públicos tornam viver lá mais barato, e pela disfuncional Venezuela superam-nos em custos de vida... Nesse ranking, estamos no topo!   Da Copa, ainda não se conhece o campeão, contudo, o legado sabe-se de antemão: uma tremenda dívida: http://padilla-luiz.blogspot.com.br/2014/04/copa-de-futebol-desperta-torpor.html       https://www.facebook.com/photo.php?fbid=683020941752401&set=a.542815175772979.1073741831.181442475243586&type=1&theater    

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