Cesar Cielo chegou a Copenhague na noite de terça-feira e teve poucas horas para descansar da viagem. Logo cedo, o campeão olímpico, mundial e homem mais rápido do planeta nos 100m livre foi convocado para uma entrevista coletiva com outros atletas brasileiros e alvo da imprensa americana. Uma das jornalistas questionou se o nadador teria chegado tão longe em sua carreira se não estivesse treinando nos Estados Unidos.

-  Foi uma escolha pessoal ir pra Auburn, para tentar coisas novas e aprender coisas novas. Mas é possível se criar um campeão no Brasil. Eu tenho um amigo que é recordista mundial, que nunca saiu do país pra treinar e nem mesmo fala inglês. Você tem que estar onde acredita que vai desempenhar seu melhor papel - disse Cielo, referindo-se a Felipe França, ex-recordista mundial dos 50m peito.

Cesão, que durante a apresentação pessoal lembrou que era "aquele cara que sempre aparecia chorando no pódio", já esperava por perguntas escorregadias. Diz ter consciência de que nessa reta final pela sede dos Jogos de 2016 as pessoas vão tentar buscar os pontos fracos, como costumam fazer em outras situações. Mas ele quer dar sua contribuição para que a candidatura do Rio seja escolhida. Abriu mão dos treinos em São Paulo, embora admita não ser o ideal, mas já conseguiu autorização para treinar no centro olímpico de Copenhague durante três horas diárias.    

- Não é facil. Mas não é nada perder uma semana de treino para levar as Olimpíadas para o Brasil. Estou aqui para representar a natação e o meu país.  Vamos torcer porque seria um marco para o Brasil. A natação está na melhor fase da história. O Brasil é uma potência no esporte, ainda não reconhecida. Se a gente pode ter a Copa de 2014, por que não pode ter as Olimpíadas de 2016? Meu objetvo agora são os Jogos de 2012, mas claro que tenho idade para estar nos de 2016. Vou estar lá onde quer que sejam realizados - afirmou o nadador.

Comentários

Por Guilherme Tucher
em 1 de Outubro de 2009 às 16:24.

Rennan, acredito que o principal benefício que teve foi o de participar de um processo esportivo onde o esporte faz parte de uma política esportiva real. Os EUA tem condições de formar equipes A, B, C e D de qualidade para disputar qualquer competição internacional. Vide o que fazem com o Pan Americano.

Guilherme

Por Ulisses de Assis Franklin Gomes
em 8 de Outubro de 2009 às 15:56.

Com o comprometimento que ele tem nos treinamentos,trabalhando sempre com responsabilidade e muito prazer,e principalmente sendo monitorado por um otimo profissional concerteza ele chegaria sim ao mesmo nivel se fosse treinado no Brasil. Essa é minha opinião em relação essa polêmica.

ULISSES


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