Fim dos recordes?  E agora, José?

A Fina já definiu: a partir de janeiro 2010, os trajes especiais não mais poderão ser usados.
Qual é a sua opinião?
Segundo Djan Madruga “ os supermaiôs trouxeram o caos à natação mundial”.

Queremos saber o que pensa a nossa Comunidade Desportos Aquáticos (novo nome, mais abrangente): o que faremos com os 15 recordes em 24 provas? Ficarão prevalecendo?
Será quase impossível superá-los?
Criaremos uma tabela de recordes, “com e sem o maiô?”
Opine agora.
Já sabemos que o poliuretano (plástico) não mais oderá ser usado. O material terá que ser de tecido, obrigatoriamente.
Lembro tambem que o maiô de Phelps, usado em Pequim, já está ultrapassado - mas ele teve que usá-lo por força de contrato com a Speedo.
Desde quando surgiu o fast skin, em 2000 (Sidney) os maiôs vêm sendo aperfeiçoados.
Concordo que tudo isso seja um doping tecnológico, retirando a alegria e a certeza de todos os padrões de comparação na evolução natural da técnica dos nadadores.

E agora, José?

Traga e indique seus amigos para a Comunidade de Desportos Aquáticos!
Abraços,
Regis Barbosa

Comentários

Por Aymbire Lomeu Braga Neto
em 4 de Agosto de 2009 às 17:34.

Vendo do lado de mídia foi uma boa para a natação porque foi falado muito na imprensa sobre os recordes o os maiôs e isso deu um grande destaque (e ainda vai dar o que falar o pós-maiô) para o esporte. Quanto ou recordes em 2010 os nadadores terão que nadar contra os maiôs para quebrá-los rsrsrsrsr, ou seja, veremos atletas “contra maiôs” para quebrar  recordes !!!

Valeu!!!

Por Guilherme Tucher
em 5 de Agosto de 2009 às 08:01.

Não sou contra a utilização dos maiôs. Desde que todos tenham condições de utilizá-los. Apesar de todo o talento, o quanto Thorpe e Phelps já foram beneficiados com trajes feitos exclusivamente para eles.

Mas sou categoricamente contra sua utilização para as categorias inferiores. O esporte já é elitista. Um atleta que não tem condições mínimas de bancar viagens, inscrição (e etc) já é excluído naturalmente. A tendência é que isso aconteça com os trajes também. Além de tudo, para as crianças que não podem adquiri-lo, com certeza é um estresse psicológico que já influencia no resultado...

Por Aymbire Lomeu Braga Neto
em 5 de Agosto de 2009 às 08:42.

Falou e disse professor Guilherme, é isso mesmo, não tinha pensado por esse lado não, vc tem razão!!!!

Por Alvaro Ribeiro
em 5 de Agosto de 2009 às 12:12.

A competição esportiva de alto rendimento de alto rendimento PRECISA, para sobreviver nos molde como a conhecemos atualmente - o sistema de registro de récordes -, das novas tecnologias. Bane-se o traje hoje, algo virá substituí-lo. O caminho do aperfeiçoamento genético é uma alternativa. Sempre haverá competidores em desvantagem em ralação aos outros e esta diferença não está para ter seus dias contados. Pode ser o dinheiro, mas pode ser também, simplesmente - e fundamentalmente - o acesso às melhores técnicas, às melhores competições internacionais, aos melhores treinadores ou, para ir mais longe, a disposição de um biotipo mais adequado para tal ou tal modalidade/prova e, porque não, um dia ruim de um competidor. Assim, a polêmica em torno dos trajes tecnológicos faz tábula rasa de algo mais profundo (filosófico ?) : a competição esportiva de alto desempenho envolve muito mais que o só mundo esportivo. Por outro lado penso que há "desigualdades" naturalmente impostas aos competidores em número suficiente para que sintamos a necessidade de criar mais uma...


Por Regis Angrisani Barbosa
em 6 de Agosto de 2009 às 11:49.

Alvaro, amigos
Concordo quando falamos em aperfeiçoamento genético - claro, esse é o motivador principal.
Competições de alto nível sempre pedem melhores tecnicas e melhores treinadores. Certo.

Já quando falamos em artifícios, estimuladores "extra-corpóreos" fica difícil aceitarmos o uso desses maiôs. Se fosse assim poderiamos criar (já existem) sapatilhas com molas especiais para saltos em distancia e altura.

Não sei se a pressão dos lobs desses fabricantes fará com que a Fina altere sua posição.
Vamos aguardar.
Afinal, já escolheram como será a nova tabela dos recordes??
Abraços,
Regis

Por Alvaro Ribeiro
em 6 de Agosto de 2009 às 12:10.

Regis, para provocar mais um capítulo do debate, pois que você cita o salto, tomemos o salto com vara. o que dizer da evolução das matérias e tecnologias de fabricação das varas? Qual a diferença entre a vara pro salto e o maiô para a natação?

Por Guilherme Tucher
em 11 de Agosto de 2009 às 13:24.

Criador de supermaiô critica veto e fala em mudar de esporte

No momento em que começou a levar os filhos Giacomo e Edoardo para a piscina, o italiano Francesco Fabbrica, 50 anos, passou a se interessar pela natação. Com experiência na confecção de tecidos técnicos, ele resolveu desenvolver um maio e criou a Jaked, fabricante de trajes que revolucionou o esporte.

Diante da polêmica criada com a avalanche de recordes, a Federação Internacional de Natação (Fina) resolveu proibir os maiôs em poliuretano e liberar apenas os de material têxtil a partir do próximo dia 1º de janeiro. Criador do traje da moda, Fabbrica criticou a medida.

"Pretendem retroceder? Pois vão ter que retroceder 15 anos, porque em 1996 Ian Thorpe usou pela primeira vez um traje de corpo inteiro com tratamento para repelir a água. Se não se admite o progresso, então mudaremos de esporte", declarou o italiano em entrevista ao jornal Marca.

Fabbrica elogiou o Mundial de Roma, encerrado no último domingo, que registrou 43 recordes mundiais, maior número da história do torneio, e foi marcado pela utilização dos maiôs de última geração. Campeão dos 50 m e 100 m livre, o brasileiro César Cielo nadou com um traje da Arena.

"A tecnologia existe para ser usada, independente da marca que desenhe o maiô. O Mundial de Roma foi um espetáculo para o público. Parece que querem tirar da natação esse conceito de espetacularidade que todos nós conseguimos criar", declarou o empresário.

Ele admite que a peça pode trazer vantagens ao nadador, mas garante que o resultado final não depende dela. "O traje pode ser uma ajuda, de fato nós trabalhamos nisso, mas não é determinante. Podem acontecer algumas surpresas, mas no final sempre ganha o mais forte", disse.

Fabbrica criou o projeto em 2007 e realizou os primeiros testes na piscina onde seus filhos nadavam. Diante dos bons resultados, ele acelerou os trabalhos visando os Jogos de Pequim. "Nunca pensamos que poderíamos chegar nesse ponto em tão pouco tempo", afirmou.

Ele nega que seus maiôs sejam uma evolução dos trajes tecnológicos que já existiam e dispara contra os críticos. "É um problema de ignorância, no sentido de que desconhecem nossos materiais e nosso processo de fabricação. O poliuretano não é borracha", argumentou.

Fabbrica não acredita na possibilidade de todos os nadadores usarem o mesmo traje e garante que sempre são as federações e nadadores que entram em contato em busca dos seus maiôs. Ele ainda desmentiu que os Jaked têm curta vida útil e assegurou que as peças podem ser usadas em mais de 20 provas em perder a eficiência.

O nome da empresa foi inspirado em Giacomo e Edoardo. O menor, inclusive, desenhou o logotipo da organização. Apesar do começo humilde, Fabbrica não hesita ao afirmar que rompeu o equilíbrio que existia no mercado. Mesmo com a proibição da Fina, ele pretende continuar seu trabalho.

"Estamos preparados para o que vier. Desde que acabamos o Jaked 01, começamos e investigar e desenvolver novos modelos. Até que a proibição seja oficializada, devo pensar que nossos trajes são completamente legais. Provavelmente, as regras mudem em 2010, mas para nos a FINA ainda não disse nada", finalizou.

fonte: Portal Terra

Por Guilherme Tucher
em 20 de Agosto de 2009 às 21:36.

Michael Phelps nadará de jammer (e sem ser LZR) nas etapas de Berlim e Estocolmo da Copa do Mundo em novembro de 2009!

Por Guilherme Tucher
em 24 de Abril de 2010 às 17:39.

Para continuar a novela, a UOl lançou uma reportagem bem legal com o Título: Quatro meses após mudanças, "nova natação" é 2% mais lenta do que com supermaiôs.

O fim dos supermaiôs, em janeiro, fez a natação regredir no tempo. Literalmente. Após quatro meses da “Era das bermudas”, quase todas as provas na natação masculina apresentam resultados 2% acima de seus respectivos recordes mundiais.

O número pode parecer pequeno, mas representa segundos de diferença em um esporte que é definido em centésimos. E duas das provas mais afetadas por essa queda foram justamente as especialidades de brasileiro Cesar Cielo, campeão olímpico dos 50m livre e recordista mundial dos 50m e dos 100m livres.

Nas provas mais rápidas da natação, os melhores resultados do ano estão ao menos 3% mais lentos do que seus recordes mundiais. Nos 50m, o francês Fred Bousquet lidera o ranking com 21s71, 3,8% acima dos 20s91 de Cielo. Nos 100m, a situação é parecida: Alain Bernard, com 48s32, é 3% mais lento do que os 46s91 de Cielo em 2009.

A situação é parecida em todas as provas olímpicas. O UOL Esporte comparou os tempos dos atuais líderes da temporada com os recordes mundiais e constatou que a maioria das marcas dos primeiros meses da “Era das bermudas” (desde 1º de janeiro, os homens só podem nadar de bermuda, nada de trajes de corpo inteiro) está 2% acima dos recordes mundiais com supermaiôs.

2010 X RECORDES MUNDIAIS
O UOL Esporte comparou as marcas dos líderes do ranking mundial de 2010 com os recordes mundiais de cada prova. A diferença apresentada é quanto o tempo de 2010 está acima das melhores marcas da história:
PROVA DIFERENÇA
50m livre 3,8%
100m livre 3%
200m livre 4,2%
400m livre 2,2%
1500m 2,4%
100m costas 1,7%
200m costas 2,8%
100m peito 2,1%
200m peito 1,01%
100m borboleta 3,9%
200m borboleta 2,7%
200m medley 3,2%
400m medley 3,3%
  • *Recorde anterior aos supermaiôs

A maior diferença está nos 200m livre, com 4,2% de diferença entre o recorde de Paul Biedermann (1min42s00) e a marca do francês Yannick Agnel (1min46s35). As duas únicas provas em que os resultados estão dentro do círculo dos 2% são os 100m costas (1,7% separa os 52s85 de Liam Tancock do recorde de 51s94 de Aaron Peirsol) e os 200m peito (1% separa os 2min09s21 de Ryo Tateishi do recorde de 2min07s31 de Christian Sprenger). Nos 1500m, o melhor resultado de 2010 é de Ryan Cochrane (14min56s83), 2,4% acima do recorde mundial de Grant Hackett (14min34s56), pré-supermaiôs.

Consultado pela reportagem, o técnico Fernando Vanzella, do Minas Tênis, disse que os tempos mais lentos são a combinação de dois fatores: a saída dos supermaiôs e o fato de os atletas ainda não estão nadando em seu melhor nível – o principal torneio do ano em piscina longa, pelo menos para norte-americanos, brasileiros e australianos, é o Pan-Pacífico, no segundo semestre.

“É um pouco dessas duas razões. Ainda não tivemos nehuma competição internacional de nível mundial. E, sem dúvida, os atletas ainda não estão 100% preparados. É difícil fazer a comparação com esses parâmetros. Talvez, para ter uma dimensão melhor do que acontece, o resultado dos torneios preparatórios em 2008 e 2009 tivesse de ser levado em conta. Mas você tem de lembrar também que, no ano passado, nessa época você já tinha gente batendo recordes mundiais nessa época. Acho que é um pouco dos dois fatores”, diz Vanzella, que trabalha com atletas como Thiago Pereira e Joanna Maranhão.

Esses resultados já eram esperados pelos atletas. No ano passado, Cielo, por exemplo, declarou que, com a saída dos supermaiôs, seus objetivos voltavam a ser os tempos de Alexander Popov e Pieter van den Hoogenband, recordistas mundiais anteriores à era dos trajes tecnológicos (ver o quadro acima). As duas lendas da natação foram recordistas entre 2000 e 2008. Nesse quesito, também, a natação ainda não alcançou o passado. A maioria dos tempos de 2010 ainda não superou as marcas que foram recordes até 2008 – a data foi escolhida porque o primeiro supermaiô com poliuretano, o LZR Racer, foi lançado em 2008.

Por Flávio Venancio
em 3 de Maio de 2010 às 15:53.

Acho que os super maiôs não funcionam se o nadador não estiver bem treinado e com a técnica do nado bem apurada, como: a saída, a arrancada,  a forma do braço entrar na água, a puxada e uma boa chegada em fim são requesitos que ajudam muito na  hora de baixar o tempo, e na minha opinião muito em breve teremos novos recordes sendo quebrados com a utilização de novas ténicas do nado e de treinamento.

Por Guilherme Tucher
em 3 de Maio de 2010 às 20:01.

Olá, Flávio. Também creio que os tempos cairão por terra (ou melhor, por água. rsrsr). Mas estamos falando de pequenas diferenças de tempos e de super-atletas. Qualquer diferença já é muita coisa. É como pensarmos no doping: de que adiantaria se as outras variáveis não estiverem 100%?


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