EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR EM BARRA DO CORDA: Currículo Base Comum e Diversificada e sua Avaliação

 

DELGADO, Leonardo de Arruda*

 

RESUMO

A Educação Física Escolar (EFE) como componente curricular obrigatório na educação em Barra do Corda, segundo o artigo 130 – O, da lei orgânica municipal, tem passado por inúmeros entraves, dicotômicos com relação a teoria e prática na escola, o que leva na maioria das vezes a uma visão equivocada do quem vem a ser  Educação Física. A referida lei necessita de maiores especificações, com relação ao currículo que incide nos processos de constituição da identidade e legitimação no espaço escolar. Este artigo tem o objetivo abordarmos criticamente o currículo a necessidade de uma  proposta  curricular  municipal  de Educação Física  como forma de política, contemplando os desafios de legitimação ético-política, curricular, interdisciplinares e didáticos.

 Palavras-chaves: Educação Física.  Currículo. Barra do Corda.  Pesquisa.

 

  1. INTRODUÇÃO

                   A Educação Física em Barra do Corda, tem passado por inúmeros entraves, dicotômicos com relação a teoria e prática na escola, o que leva na maioria das vezes a uma visão equivocada do quem vem a ser  Educação Física.

                   Esse artigo é fruto das discussões iniciadas na disciplina estágio I, na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com a professora Silvana Martins de Araujo, coordenadora do GEPPEF (Grupo de Pesquisas Pedagógicas em Educação Física), de onde veio a provocação, que nos ajudou a refletir sobre a inserção da Educação Física no currículo escolar, objeto de estudo, sua legalidade e legitimidade, o que nós levou a pesquisa sobre o currículo da Educação Física frente à atual LDB, baseada em propostas de atividades que  problematizassem  questões  locais  de Barra do Corda.

                   Para legitimar a Educação Física configurando-a como Componente Curricular no Município de Barra do Corda, foi realizado um estudo, baseado nos preceitos legais, buscando também resgatar aspectos da história local e como está influenciou o processo de formação profissional na área.

                   O nosso trabalho consiste de uma pesquisa aplicada do tipo descritiva, cuja proposta metodológica de coleta de dados desenvolveu-se por meio de uma combinação de pesquisa bibliográfica, documental e de campo.

                   A pesquisa documental consistiu na analise das Leis e Estatutos de Barra do Corda, Constituição Federal, Lei de diretrizes e Bases da Educação, Parâmetros Curriculares Nacionais e Pareceres e Resoluções do CNE e documento preliminar da base nacional comum.

 

  1. LEGALIDADE DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

                   A Educação Física, presente no âmbito escolar desde 1851, com a Reforma Couto Ferraz, que a tornou obrigatória nas escolas do município da Corte, foi somente em 1996, através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB - lei n.º 9394/96), no artigo 26.º, parágrafo 3°, que a Educação Física passou a vigorar legalmente como um componente curricular da Educação Básica, configurando-se assim como uma disciplina com características e fins educativos, ou seja, passou a “integrar a organização curricular escolar”, que aliada aos demais componentes, deveria proporcionar a formação cultural do aluno por meio da seleção, organização, sistematização e problematização de seus conteúdos. A referida lei tem então, o importante papel mudar os rumos que a Educação Física, contudo, a obrigatoriedade em cursá-la enquanto componente curricular ocorreu somente em 2001, com a Lei 10.328, de 12 de dezembro, que adicionou o termo obrigatório ao componente curricular da Educação Básica, condição esta novamente modificada em 2003 com a Lei 10.793, de 1º de dezembro, que embora tenha mantido sua obrigatoriedade,  concedeu algumas facultatividade ao  aluno:

§ 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno:

I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas;

II – maior de trinta anos de idade;

III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à prática da educação física;

IV – amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de 1969;

V – (VETADO)

VI – que tenha prole.

 

                   E em seu Art. 27, Inciso IV, esta lei rege que “Os conteúdos curriculares da Educação básica observarão, ainda, as seguintes diretrizes: promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais.”

                   Com o lançamento dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN´s), pelo Ministério da Educação e Cultura, a Educação Física (EF), novamente é concebida como componente curricular responsável por introduzir os indivíduos no universo da Cultura Corporal do Movimento, que contempla múltiplos conhecimentos produzidos e usufruídos pela sociedade a respeito do corpo e do movimento.

                   Especificamente direcionados para a Educação Física no Ensino Fundamental, o livro 7 (1997)[1]  dos  PCN´s elaborado para os anos iniciais e o livro 8 (1998)[2] para os anos finais propõem  a  estruturação  dos  conteúdos  em  três blocos -  a) esportes, jogos, lutas e ginástica; b) atividades rítmicas  e  expressivas;  c)  conhecimento  sobre  o  corpo; devendo  este  último  estar  articulado  aos  demais.

                   Sob o ponto de vista constitucional, o acesso à educação é um direito do cidadão e um dever do Estado, logo a Educação Física como parte integrante do currículo escolar,  também se torna um direito de todos aqueles que usufruem da escola(independente de cor, raça, etnia, classe social e gênero), do mesmo modo que as demais disciplinas da  Base  Nacional Comum da Educação Básica.

                   O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998a) integra a série de documentos dos Parâmetros Curriculares Nacionais elaborados pelo Ministério da Educação e do Desporto. Entre os conteúdos da educação infantil temos os movimentos, que foram divididos em dois blocos: 1) Expressividade e 2) Equilíbrio e Coordenação, funcionando então como uma ponte com as aulas de educação física.

                   Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil:

O movimento humano, portanto, é mais do que simples deslocamento do corpo no espaço: constitui-se em uma linguagem que permite às crianças agirem sobre o ambiente humano, mobilizando as pessoas por meio de seu teor expressivo (BRASIL, 1998a, p.15).

[...]“a  organização  dos  conteúdos,  para  o  trabalho  com movimento deverá respeitar as deferentes capacidades das crianças em cada faixa etária, bem como as diversas culturas corporais presentes nas muitas regiões”

 

                   Os PCN’s para o Ensino Médio (BRASIL, 1998b), abordam que o professor de Educação Física deverá dar continuidade ao que foi desenvolvido no Ensino Fundamental, pois, o aluno do Ensino Médio após freqüentar, ao menos, onze anos de escolarização deve possuir sólidos conhecimentos sobre a cultura corporal. Dessa forma, nesse nível de ensino, a Educação  Física  deve  pautar-se  numa  “melhor  compreensão  e  utilização  das  formas  de expressão  utilizando  gestos  e  movimentos,  seus  significados,  suas  técnicas  e  táticas”

(BRASIL, 1998b, p.57).

                   Segundo os PCNs (BRASIL,  1998b),  a  Educação  Física  para  o  Ensino  Médio  tem como objetivo preparar o aluno como cidadão, aprimorar seus conhecimentos como pessoa humana,  com  formação  ética,  autonomia  intelectual  e  crítica,  tendo  ampla  visão  dos conhecimentos  tecnológicos  e  os  processos  teóricos  e  práticos.  Além  disso,  essa  disciplina deve fornecer aos alunos um parecer da importância das atividades físicas em seu cotidiano.

                   A  atividade  física  no  Ensino  Médio  deve  chegar  ao  aluno  com  um  objetivo  e significado, tornando-se assim uma prática interessante e com fundamentos, para que o aluno venha  a  tornar  isso  como  hábito  saudável,  assimilando-o  como  parte  de  seu  cotidiano (BRASIL, 1998b).

                   Em 1998, após grande disputa política, foi criado o Conselho Federal de Educação Física – CONFEF Lei nº 9696/98 -, uma entidade civil sem fins lucrativos, com sede e foro na cidade do Rio de Janeiro, destinada a orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício das atividades próprias dos Profissionais de Educação Física.

                   Entre 28 de março e 01 de abril de 2010, é realizada a Conferência Nacional de Educação (CONAE), com a presença de especialistas para debater a Educação Básica. O documento fala da necessidade da Base Nacional Comum Curricular, como parte de um Plano Nacional de Educação.

                   A Resolução n.7, de 14 de dezembro de 2010[3], fixa as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos a serem observadas na organização curricular dos sistemas de ensino e de suas unidades escolares.

                   De acordo com esse parecer a professora da classe do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, formada em pedagogia, poderá também lecionar as aulas de Educação Física e Artes, do mesmo modo que faz com a Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, Geografia e História. O único componente curricular que não poderá lecionar é a língua estrangeira, cabendo ao licenciado.

Art. 31 Do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, os componentes curriculares Educação Física e Arte poderão estar a cargo do professor de referência da turma, aquele com o qual os alunos permanecem a maior parte do período escolar, ou de professores licenciados nos respectivos componentes.

§ 1º Nas escolas que optarem por incluir Língua Estrangeira nos anos iniciais do Ensino Fundamental, o professor deverá ter licenciatura específica no componente curricular.

 § 2º Nos casos em que esses componentes curriculares sejam desenvolvidos por professores com licenciatura específica (conforme Parecer CNE/CEB nº 2/2008), deve ser assegurada a integração com os demais componentes trabalhados pelo professor de referência da turma.

                   O CONFEF questionou o Conselho Nacional de Educação (CNE) a respeito do Artigo 31 da Resolução CNE/CEB n° 7, de 14 de dezembro de 2010. Em resposta, o CNE encaminhou ofício n° 12/CEB/CNE/MEC 2013 informando que o assunto está sendo tratado na Câmara de Educação Básica, através do projeto de Lei da Câmara nº 116, de 2013, altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional - LDB, para dispor sobre a formação dos professores de educação física na educação básica.

“Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional” dispondo que a educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica a ser ministrado, exclusivamente, por professor habilitado em curso de licenciatura em Educação Física, com prática facultativa ao aluno; determina que os conteúdos curriculares da disciplina educação física na educação básica serão ministrados exclusivamente por professores habilitados em curso de licenciatura em Educação Física; fixa aos sistemas de ensino prazo de 5 (cinco) anos, a contar da publicação desta Lei, para implantar o disposto nela.

 

                   A Resolução n. 2, de 30 de janeiro de 2012, define as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.

                   A Portaria n. 1.140, de 22 de novembro de 2013, institui o Pacto Nacional de Fortalecimento do Ensino Médio (PNFEM).

                   A Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2014, regulamenta o Plano Nacional de Educação (PNE), com vigência de 10 (dez) anos. O Plano tem 20 metas para a melhoria da qualidade da Educação Básica e 4 (quatro) delas falam sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNC).

                   Entre 19 e 23 de novembro DE 2014 é realizada a 2ª Conferência Nacional pela Educação (Conae), organizada pelo Fórum Nacional de Educação (FNE) que resultou em um documento sobre as propostas e reflexões para a Educação brasileira e é um importante referencial para o processo de mobilização para a Base Nacional Comum Curricular.

                   Entre 17 a 19 de junho acontece I Seminário Interinstitucional para elaboração da BNC. Este Seminário foi um marco importante no processo de elaboração da BNC, pois reuniu todos os assessores e especialistas envolvidos na elaboração da Base. A Portaria n. 592, de 17 de junho de 2015, Institui Comissão de Especialistas para a Elaboração de Proposta da Base Nacional Comum Curricular.

                   Em 30 de julho de 2015 é lançado o Portal da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que apresenta ao público o processo de elaboração da BNCC e estabelece canais de comunicação e participação da sociedade neste processo.

                   Com a conclusão da primeira fase em 15 de março, a segunda versão da BNCC deve ficar pronta no início de abril para, então, ser submetida a novas consultas. Dessa vez, nada de internet: o documento revisado será avaliado por um “grupo de leitores críticos” e discutido em seminários das secretarias estaduais e da União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação (Undime). O prazo legal para que o texto seja entregue ao Conselho Nacional de Educação vai até junho.

 

  1. ASPECTOS HISTÓRICOS E LEGITIMIDADE DA EDUCAÇÃO FÍSICA EM BARRA DO CORDA

                   Inicialmente representada quase que exclusivamente, pela ginástica militar e esporte na escola, teve como importante marco histórico os JEBC (Jogos Escolares de Barra do Corda), que teve inicio no ano de 1979, criados pela Prefeitura Municipal, pelo então prefeito Sr. Alcione Guimarães Silva, tendo o colégio Nossa Senhora de Fátima, como a primeira escola campeã, dos jogos, onde manteve-se campeã até o ano de 1981, pendendo o titulo para o Centro Educacional Cenecista de Barra do Corda – CNEC.

                   Com relação à história da Educação Física e Esporte de Barra do Corda é importante citar, os anos 1989 a 1992, administração de Darci Terceiro, como sendo a figura publica que mais incentivou o esporte em Barra do Corda, entre suas principais ações temos a construção do Estádio Leandro Claudio da Silva e Ginásio Municipal, próximo a maçonaria, inicio da liga cordinha de futebol e primeira capacitação para instrutores de educação física, com o objetivo de implantação de varias modalidades esportivas, como basquetebol, handebol e atletismo. A Administração Darci Terceiro, além da revitalização das praças de Barra do Corda, foi muito importante para nossa cultural, além da musica popular cordinha (Festival de Musica Popular Cordina – FEMUC), também incentivou outras atividades, como bumba meu boi e carnaval de rua.

                   Barra do Corda, participou dos Jogos escolares maranhense pela primeira vez, no governo do Sr. Avelar Sampaio, nos anos de 2000 e 2001, conseguindo medalhas na capoeira, atletismo e ciclismo. Em 2002, o professor Antônio José Gonçalves da Conceição – SEDUC, veio a Barra do Corda, capacitar professores de Educação Física, participaram dessa formação Betânia Ferreira, Vanuza Nunes, João Monteiro, Irapuru Iru, Rosane Sena e outros.

                   O GABA (Grupo Angoleiros da Barra) realizou, em dezembro de 2005, o primeiro seminário que se propôs debater sobre "a Educação Física e a prática da Capoeira, buscando instrumentalizar o aprendizado da Capoeira com fundamentos práticos e pedagógicos da Educação Física sem contudo, deixar de ter a clareza de que tais elementos são apenas alguns dos variados aspectos do rico universo que se constitui a capoeira na atualidade". Esse primeiro trabalho teve como principal incentivador o professor Irapuru Iru Pereira, grande amigo, que muito contribui em prol da educação física e esporte de Barra do Corda.

                   Em março de 2006, tem inicio o projeto Aquabarra, a primeira escola de natação de Barra do Corda, que funcionou até 2015 na Associação Atlética Banco do Brasil, na avenida Eliezer Moreira, no Bairro INCRA, a escola foi filiada a FMDA em 2007.

                   Em Barra do Corda no dia 18 de setembro de 2009, foi implantado  o Conselho Municipal de Educação, tendo como  Presidente a Profº Marinete Moura da Silva Lobo, Rebeca Ribeiro Pinto, como Vice presidente e Francimar Gomes Araújo como Secretária. Conselho Pleno: Ana Klébia da Silva Santos, Antonio Verbet Coelho, Cleidiane Cordeiro M. Santos, Elisângela dos Reis Sousa, José de Ribamar dos Santos Lobo, Rita de Cássia Pereira Pinto, Roseânia dos Santos de Santana, Rosângela de Almeida Silva, Susie Oliveira Silva. No entanto, as questões que envolvem o campo e suas particularidades nunca foram discutidas de fato pela Secretaria Municipal de Educação.

                   Em 2009, com as contribuições dos professores Wildson Araújo e Alysson Avelar realizamos uma capacitação com professores de Educação física da rede publica municipal, na ocasião contávamos em Barra do Corda, com apenas com seis profissionais de Educação Física, com objetivo de participarmos do JEM’s.

                   Foi observada na ocasião a necessidade de formação de professores de educação física. Devido à impossibilidade política e administrativa do ensino público dessa disciplina, tivemos que optar pelas instituições particulares (IESB de Teresina) em 2010, tivemos a oportunidade de ser coordenador da primeira turma de extensão universitária em educação física, concluindo os trabalhos em 2012, com a organização de uma mini maratona, com saída na pousada do rio corda e chegada na concha acústica, professora Ogenilda Galvão, bairro Tresidela.

                   Na administração de Manoel Mariano de Sousa (Nenzim), em março de 2010, foi fundado o Cordino Esporte Clube, sendo o mesmo campeão do "Copão Maranhão do Sul", torneio intermunicipal da região. Entusiasmados, os dirigentes e a prefeitura resolveram profissionalizar a equipe, conquistado no mesmo ano uma vaga para a 1ª divisão do Campeonato Maranhense.

                   Em 2012, Barra do Corda, volta a participar do Jogos Escolares Maranhense, depois 11 anos, onde tivemos a oportunidade de participar, como técnico da seleção maranhense de natação nos jogos escolares da juventude nos anos de 2012 e 2013, e Barra do Corda, passou a ser referencia na natação brasileira, sendo homenageada por Sérgio Silva, representante da CBDA (Confederação Brasileira de Natação), no Milton Medeiros em Manaus/AM no ano de 2014.

                   No final de 2012 a Lei Orgânica do Município de Barra do Corda (LOM- nº10/2012) promulgada em 1990 foi alterada pela emenda 010/2012, de 25 de junho de 2012, foram incluídos vários complementos ao artigo 130 de “A” a “P”, estruturando o sistema municipal de ensino, que partir de então passou a contar obrigatoriamente, com a organização administrativa e técnico pedagógica do órgão municipal de Educação, bem como projetos de lei complementares como o plano de carreira do magistério municipal; o Estatuto do Magistério Municipal; a organização da gestão democrática do ensino público municipal; o Conselho Municipal de Educação (CME) e o Plano Municipal Plurianual De Educação (PME).

                   O artigo 130-O, trata da Educação Física, como obrigatória nos estabelecimentos municipais de ensino e nos particulares que recebam auxilio do município.

Art. 130-O. O Município orientará e estimulará por todos os meios a educação física,  que  será  obrigatória  nos estabelecimentos  municipais  de  ensino  e  nos  particulares  que  recebam  auxílio  do  município.  (Incluído pela Emenda à  LOM  nº 10/2012, de 25 de junho de 2012)

 

                   Em 2013, fui convidado a participar na elaboração do Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em Educação Física da FIED (Faculdade IEDUCARE) em Tianguá/CE, aprovado pelo MEC em 2014. No ano de 2013, tivemos em Barra do Corda a primeira turma de especialização em Educação Física, pelo ISETED (Instituto Superior de Educação, Tecnologia e Desenvolvimento Social) e em 2015 participamos da elaboração da Proposta Pedagógica do Curso de Licenciatura em Educação Física da UNICENTRO (Unidade de Ensino Superior do Centro do Maranhão) em Barra do Corda.

                   Mesmo após a formação dos primeiros professores de Educação Física em Barra do Corda a EF continua exercendo uma prática pautada apenas nas modalidades esportivas futebol e voleibol, durante todos os anos de ensino Fundamental, onde os alunos praticam as  atividades que  mais gostam, sem qualquer intervenção pedagógica.

                   A falta de condições física e de materiais e desconhecimentos dos outros professores sobre EF, causam diversos dilemas e incertezas, deixando o professor dependente do clima que está fazendo naquele dia, forçando-o a utilizar locais alternativos que causam reclamações dos outros professores por causa do barulho, provocado pelas aulas.

                   No Ensino Médio as aulas de EF na escola acabam tendo as mesmas características das aulas ministradas no Ensino Fundamental, com o agravante da escassez de professores formados, muitos autores da EF, entre eles Caparroz (2007b), apontam que os fatores presentes na prática pedagógica tornam os aspectos do cotidiano escolar extremamente complexo, formando uma teia que se relaciona com os seguintes aspectos: condições financeiras e salariais dos professores, auto-culpabilidade  pelo  fracasso  escolar,  relações  sociais  no  cotidiano escolar,  burocratização/intensificação  do  trabalho  pedagógico,  diversidade  das expectativas  que  o  professor  deve  atender  em  relação  ao  trabalho  docente,  controle externo sobre o trabalho docente, formação e desenvolvimento cultural dos professores, imaginário  social  sobre  a  EF  na  escola,  elaborações/proposições  acadêmicas  sobre  a EFE, espaço escolar como espaço de formação docente, ambiente organizacional/físico e  social  da  escola,  imaginário  do  professor  em  relação  à  sua  prática  pedagógica, contradições  geradas  e  enfrentadas  pela  tensão  entre  um  ideal  crítico-transformador e uma realidade conservadora, papel do professor, ética, responsabilidade, compromisso e condições sociais.

                   Outro marco importante para Educação Física em Barra do Corda, foi o concurso público realizado em 2014, mas aonde os professores só foram efetivados no segundo semestre de 2015, foi criado também o setor de esporte educacional.

                   Do dia 24 de junho de 2015, foi aprovado o Plano Municipal de Educação-PME de Barra do Corda para o decênio 2015/2025, pela lei n° 784, que tem como Coordenação de Educação Física Escolar o professor Sérgio Luís Silva Reis. Entre as metas relacionadas com educação física podemos citar:

[...]7.12.  Garantir  o  esporte  e  o  lazer,  com  suprimento  de  material  esportivo  adequado,  considerando,  também, aqueles  que  favoreçam  vivências,  diálogos  e  reflexões  para  afirmação,  compreensão  e  respeito  de  diferentes culturas e identidades.[...]

[...]8.20.  Promover a articulação dos programas da área da  educação, de âmbito local e nacional, com os de outras áreas, como saúde, trabalho e emprego, assistência social, esporte e cultura, possibilitando a criação de rede de apoio integral às famílias, como condição para a melhoria da qualidade educacional.

(PME de Barra do Corda – 2015-2025, 2015, p.67 e p.69)

 

                   Em março de 2016, a Prefeitura de Barra do Corda, através da Secretaria Municipal de Educação promoveu a Semana Pedagógica relativa ao ano letivo de 2016 dando ênfase a Base Nacional Comum Curricular.

                   No caso especifico da Educação Física, a gestão atual do prefeito Erick Costa destacou a importância da atividade física como forma de promoção da saúde, através da Academia da Saúde (maio) e Centro de Reabilitação Municipal de Barra do Corda (julho) de 2015 com relação as atividades esportiva se restringiu apenas ao futebol, Gincana Cultural e os Jogos Escolares de Barra do Corda.

 

  1. A BASE NACIONAL COMUM E ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DA EDUCAÇÃO FÍSICA EM BARRA DO CORDA

 

                   Se por um lado a legalidade da Educação Física como componente curricular é indiscutível,  com relação a legitimidade, sua  importância  não  é  a mesma  de  outros  componentes  curriculares,  o  que  fica  claro  com  as  situações  em  que  é facultativa ao aluno em alguns caso. Nesse processo a Educação Física se torna  atualmente uma disciplina sem muito valor na escola por parte dos gestores e outros professores.

                   Para legitimar a Educação Física como componente curricular, muitos professores vêm empreendendo esforços para tratar das práticas corporais na escola como fenômeno cultural dinâmico, diversificado, pluridimensional, singular e contraditório, assegurando aos/às estudantes a construção de um conjunto de conhecimentos necessários à formação plena do cidadão. Nessa perspectiva o aluno deve ser convidado a refletir sobre o conteúdo que lhe é dado, passando a conhecer melhor as atividades de ensino aprendizagem, vivenciadas, que  são objetivadas e cuidadosamente planejadas.

                   Apesar de ter sido iniciado, as primeira discussões sobre a organização curricular no município de Barra do Corda, a realidade nos mostra que esse processo não ocorre conforme o esperado,  pois  apesar  da  legislação  nacional  incluir  a Educação Física legalmente, legitimamente continua sendo uma disciplina, que não possui uma organização estruturada dos seus conteúdos, gerando dúvidas, com métodos de ensino desarticulados, sem seguir uma sequência lógica, acabando por muitas vezes,  segundo  Santos  et  al  (2009, p. 93) à margem do projeto pedagógico das escolas.

Apesar de a Educação Física ser justificada na escola pela LDB, percebe-se que a disciplina é marginalizada, discriminada, desconsiderada, chegando muitas vezes a  ser  excluída  dos  projetos pedagógicos de algumas escolas. Esse fato ocorre porque a Educação Física não está sendo trabalhada de forma coerente, por conta de práticas e conteúdos que não colaboram na educação dos indivíduos.

(SANTOS et al, 2009, p. 93).

 

                   De acordo com SOUZA (2015) a Educação Física Escolar deve problematizar, desnaturalizar e evidenciar a multiplicidade de sentidos/significados que os grupos sociais conferem às diferentes manifestações da cultura corporal de movimento, não se limitando, apenas, a reproduzi-las.

                   Oliveira (2012, p. 10), realiza alguns apontamentos acerca da necessidade do material e Livro Didático de Educação Física, no sentido de uma sistematização e organização didática dos conteúdos:

Devido a essa falta de organização de conteúdos, o que é ou deve ser ensinado acaba ficando por conta daquilo que o professor de EF tem mais domínio, fazendo das suas aulas e/ou da sua prática pedagógica uma mera reprodução daquilo que ele vivenciou em boa parte da sua vida escolar (ou mesmo práticas esportivas extra escolares),  seja  como  aluno  ou  como  atleta  ou  como  praticante  de  alguma  atividade esportiva, e que por fim, também, acaba resumindo a EF a práticas esportivas somente.

Nota-se que a EF, apesar das mudanças que a lei trouxe, não é reconhecida como um componente curricular. Algumas escolas, principalmente da rede pública de ensino, não exigem dos professores de EF o plano de curso, a ementa a ser ensinada no decorrer do  ano  letivo,  como  acontece  com  as  demais  disciplinas,  deixando  clara  a marginalização  da  mesma  dos  projetos  pedagógicos  da  escola.  Os professores da disciplina,  muitas  vezes,  são  vistos  como  recreadores,  mecânicos,  eletricistas, organizadores de quadrilhas e festas em datas comemorativas, isso porque muito desses mesmos  professores  não  colocam  em  prática  o  saber  que  deve  ser  ensinado  na  EF escolar,  dando  a  entender  que  a  disciplina  não  colabora  em  nada  com  o desenvolvimento dos alunos e/ou da escola.

A falta de clareza e organização por parte dos professores acerca do que deve ser ensinado nas aulas de EF fazem com que a disciplina avance no tempo, mas não com o tempo, utilizando -se de um modelo tecnicista, militarista dos anos 1960 e 1970, uma EF voltada  ao  treinamento  esportivo  com  professores  treinadores  e  colecionadores  de troféus e medalhas.

 

                   Nesse sentido, O Livro Didático na Educação Física abrirá novos olhares e novas possibilidades no que se refere à prática pedagógica, todavia a sua utilização deve passar um processo de uma readequação de seu papel, devido às mudanças profundas e extensas na forma do homem produzir e organizar a sua prática social.

 

  1. PARTE DIVERSIFICADA DO CURRÍCULO

                   Desde a Lei de Diretrizes de Bases de 1971 ficou estabelecido que os currículos do ensino básico (nível fundamental e médio) deveriam possuir dois núcleos: um comum, obrigatório a todo o país, e outro chamado de parte diversificada (PD), baseada em propostas de atividades que problematizassem questões locais e de cada aluno. 

                   No entanto, muitas escolas tem, como é o caso de Barra do Corda, tem preenchido a carga horária destinada à PD com disciplinas que fazem parte do núcleo comum como é o caso de filosofia, por exemplo.

                   Segundo o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro[4], a definição do currículo de uma rede ou escola deverá ter 60% orientado pela BNC (Base Nacional Comum) e os outros 40% deverão ser dedicados à chamada parte diversificada, na qual o sistema poderá contemplar as regionalidades e a diversidade cultural local, definida por meio do Projeto Político Pedagógico de cada escola.

                   De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica, a parte diversificada de currículo, é um conjunto de temas obrigatórios que, ao permear os conteúdos trabalhados, promove a interdisciplinariedade, com os temas transversais, enriquece e complementa a base nacional comum, prevendo o estudo das características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da comunidade escolar. Perpassa todos os tempos e espaços curriculares constituintes do Ensino Fundamental e do Médio, independentemente do ciclo da vida no qual os sujeitos tenham acesso à escola. É organizada em temas gerais, em forma de áreas do conhecimento, disciplinas, eixos temáticos, selecionados pelos sistemas educativos e pela unidade escolar, colegiadamente, para serem desenvolvidos de forma transversal. A base nacional comum e a parte diversificada não podem se constituir em dois blocos distintos, com disciplinas específicas para cada uma dessas partes.

                   Essas diretrizes postulam que, os conteúdos curriculares que compõem a parte diversificada do currículo serão definidos pelos sistemas de ensino e pelas escolas, cabe aos órgãos normativos do sistema de ensino expedir orientações quanto aos estudos e atividades correspondentes à parte diversificada, de acordo com a legislação vigente, de modo a complementar e enriquecer o currículo, assegurando a contextualização dos conhecimentos escolares diante das diferentes realidades.

                   Na parte diversificada do currículo do Ensino Fundamental, será incluído, obrigatoriamente, a partir do 6º ano, o ensino de, pelo menos, uma Língua Estrangeira Moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar que poderá optar, entre elas, pelas Línguas Inglesa ou Espanhola, nos termos da Lei nº 11.161/2005. É necessário esclarecer que língua indígena ou outras formas usuais de expressão verbal de certas comunidades não podem ocupar o lugar do ensino de Língua Estrangeira moderna.

                   O Parecer CNE 15/98 é explícito sobre o tema na seção 4.6: a parte diversificada poderá ser desenvolvida por meio de projetos e estudos organicamente integrados ao currículo, superando a visão do projeto como atividade “extra” curricular e dando identidade à instituição.

                   O desenvolvimento da parte diversificada não implica profissionalização, mas diversificação de experiências escolares com o objetivo de enriquecimento curricular ou mesmo aprofundamento de estudos. O principal objetivo da parte diversificada é trabalhar o conhecimento das áreas de forma contextualizada, privilegiando atividades de práticas sociais e produtivas.

                   Na parte diversificada podem ser incluídas disciplinas de livre escolha das escolas e dos sistemas de ensino, conforme os interesses e as possibilidades de execução. Não há delimitações temáticas para essa última parte: é possível optar por ministrar Conhecimentos, históricos, geográficos e culturais de Barra do Corda, Pesquisa e Projetos Educacionais, Informática e Cultura Digital, Meio Ambiente Economia e Áreas da Produção e Orientação Educacional e Profissional. Um excelente são os projetos que serão desenvolvidos pelo IFMA campos de Barra do Corda, Projeto parabéns, Terra querida!, Projeto de palestras sobre Empregabilidade, Empreendedorismo, Estágio e Carreira e Projeto de Curso de Língua Estrangeira (Inglês) para alunos/servidores/terceirizado.

                   Cabe salientar que a parte diversificada  não  deve constituir  um bloco de disciplinas separadas da base comum, mas ser com ela integrada, enriquecendo-a, não sendo vista como um  conjunto  de  projetos  extracurriculares[5].  A  parte  diversificada  deve  permitir  às  escolas formularem currículos com identidade própria.

 

  1. AVALIAÇÃO

                   Na avaliação preliminar sobre a temática do artigo, movimento que monitora e acompanham as políticas públicas de educação, estão céticos, com relação a contribuição da BNCC para a flexibilização e a interdisciplinaridade no ensino médio.

                   "A forma como está disposto na plataforma ainda parece muito disposto nas caixinhas das disciplinas. Vamos ter que começar a ouvir os especialistas em currículo", disse Falzetta. Além disso, Todos esperam mais detalhes sobre como será a análise e incorporação das sugestões recebidas pelo site da BNCC.

                   Com relação ao termo gênero, que foi retirado tanto do PNE, quando do PME de Barra do Corda após pressão de líderes religiosos e outros setores conservadores os especialistas apontam que os estudantes possam se desenvolver "sem discriminação por etnia, origem, idade, gênero, condição física ou social, convicções ou credos".

                   Na sequência, o BNC lista os temas diversos: "identidade étnico-racial e racismo; gênero, sexualidade, orientação sexual e homofobia; gravidez e aborto; problemas socioambientais relativos à preservação da biodiversidade e estratégias para desenvolvimento sustentável; problemas relativos ao uso de biotecnologia, tais como produção de transgênicos, clonagem de órgão; terapia por células-tronco."

                   Os especialistas justificam a preocupação com os temas a partir da necessidade de contextualização das demandas as quais são submetidos os estudantes no mundo contemporâneo.

 

CONCLUSÃO

                   Com base nas informações apresentadas, podemos concluir que é inestimável a referencia central da BNCC para a estruturação dos conhecimentos em Educação Física. Este documento deverá organizar manifestações da cultura corporal: brincadeiras e jogos; esportes; exercícios físicos; ginásticas; lutas; práticas corporais alternativas; práticas corporais de aventura; práticas corporais rítmicas.

                   No entanto, os apontamentos finais deste  trabalho, colocam para Educação Física Escolar de Barra do Corda alguns desafios que precisam ser superados:

                   Legitimação ético-política da Educação Física: formular um sentido para a Educação Física articulada à função social da escola, no contexto de uma sociedade democrática e republicana;

                   Estruturação Curricular: explicitar e organizar os conhecimentos pelos quais o componente curricular é responsável, bem como formular progressões com maior grau de complexidade e maior densidade crítica no decorrer dos anos escolares;

                   Interdisciplinaridade: possibilitar o diálogo com os conhecimentos produzidos/trabalhados nas demais áreas e componentes curriculares;

                   Didática da Educação Física: elaborar estratégias para ensinar e avaliar os conteúdos em uma perspectiva coerente aos propósitos da Educação Física como componente da área das Linguagens.

 

REFERENCIAL

 

ARAUJO, Raffaelle Andressa dos Santos. A Educação Física Na Formação Inicial: Prática pedagógica e currículo”. São Luís: 360° Gráfica e Editora, 2014, p.72 – 85.

 

BRACHT, Valter. A Educação Física no Ensino Fundamental. ANAIS DO I SEMINÁRIO NACIONAL: CURRÍCULO EM MOVIMENTO – Perspectivas Atuais Belo Horizonte, novembro de 2010.

 

BRASIL, Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação. Resolução CEB nº. 2, de 7 de abril de 1998. Brasília, DF, 15 abr. 1998. Seção 1, p. 31. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rceb02_98.pdf>. Acesso em: 29 jul. 2008.

 

______. Lei  n.  9.394,  de  20  de  dezembro  de  1996. Estabelece  as  diretrizes  e  bases  da  educação  nacional. Presidência  da  República  –  Casa  Civil  –  Subchefia  de Assuntos Jurídicos, Brasília, DF, 1996.

 

______, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Livro 7 - Educação Física. Brasília: MEC/SEF, 1997.

 

______.  Ministério  da  Educação  e  do  Desporto.  Secretaria  de  Educação  Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998a.

 

______ Ministério da Educação e do Desporto.  Parâmetros Curriculares Nacionais/ Ensino Médio:  Linguagens,  Códigos  e  suas  Tecnologias.  Secretaria  da  Educação  Média  e Tecnológica. Brasília. 1998b.

 

______, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Livro 8 - Educação Física. Brasília: MEC/SEF, 1998.

 

______. Conselho Nacional da Educação, Câmara da Educação Básica. Resolução nº 4/2010, de 13 de julho de 2010.  Brasília, 2010a.

_____. Câmara da Educação Básica. Parecer CNE/CEB nº 11/2010, de 07 de julho de 2010. Brasília, 2010b.

 

_____. Conselho Nacional da Educação, Câmara da Educação Básica.  Resolução CNE/CEB nº 07/2010, de 14 de dezembro de 2010. Brasília, 2010c

 

BRASIL.  Lei  n° 10.328,  de  12  de  dezembro  de  2001. Presidência da República. Casa Civil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10328.htm>. Acesso em: 19 abr. 2016.

 

BRASIL.  Lei  n° 10.793,  de  1º  de  dezembro  de  2003. Presidência da República. Casa Civil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.793.htm>. Acesso em: 19 abr. 2016.

 

BARRA DO CORDA. Prefeitura de Barra do Corda Secretaria Municipal de Educação. Plano Municipal de

Educação 2015 – 2025. Disponível em: <http://www.sinproesemmabdc.com.br/arquivos/leis/PME%20BDC%20sancionado.pdf>. Acesso em: 19 abr. 2016.

 

BRANDI, Carmem Elisa Henn. O Novo Ensino Médio e a Educação Física. Caderno de Ed. Física. M. C. Rondon. v.3. n°2. p.79-87. 2001

 

BRANDI, Carmem Elisa Henn. A nova política para o ensino médio: um estudo da educação física a partir das novas diretrizes e dos novos projetos pedagógicos. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Campinas, v. 24, n. 3, p. 71-86, maio, 2003.

 

CAPARROZ,  F.  E.  Entre  a  Educação  Física  na  escola  e  a  Educação  Física  da escola. 3ª. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2007a.

 

CAPARROZ, F. E. A prática pedagógica da  Educação Física Escolar: desafios entre o ideal e o real. Congresso Paulistano de Educação Física Escolar, 2007b.

 

METZNER, Andreia Cristina. Leis e Documentos que regem a Educação Física escolar brasileira: uma breve apresentação. Revista Hispeci & Lema On Line — ano III – n.3 — nov. 2012 — ISSN 1980-2536 unifafibe.com.br/hispecielemaonline — Centro Universitário UNIFAFIBE — Bebedouro-SP

 

OLIVEIRA, Russel Petresson B.; SILVA, Brianna Costa Macedo; SANTOS, Leonardo dos. Livro didático, organização curricular e Educação Física escolar: notas preliminares. In: IX SEMANA DA EDUCAÇÃO FÍSICA DA UFS, 2012, São Cristóvão/SE. Anais..., 9, Universidade Federal de Sergipe/UFS, 10 a 13 abril 2012, (cd-rom).

 

ROCHA, Sytiane Silva Coutinho. Educação do Campo: Uma Análise Dos Princípios Norteadores das Políticas Públicas no Município de Barra do Corda. Blog, Barra do Corda: Educação e Realidade em Foco, out. 2011. Disponível em: < http://sytiane.blogspot.com.br/>. Acesso em: 19 abr. 2016.

 

SANTOS, Luiz  Anselmo Menezes  et al. (org.).  Programa de Ementas e Conteúdos para  a  Educação  Básica:  Componente  Curricular  Educação  Física  –  Universidade Federal de Sergipe, 2009.

 

SANTOS, Moisés Charles Ferreira Dos; BRITO, Nhádya do Nascimento & BARROS, Isnande Mota. A EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL DE 1º AO 5º ANO: uma análise da realidade nas escolas municipais de Imperatriz/MA. 5º Encontro Internacional da Sociedade Brasileira de Educação Comparada. Belém do Pará. Período 09 a 11 de maio de 2012.

 

SOUZA, Marcelo. A Educação Física na Base Nacional Curricular Comum - BNC. Linkedin, set  2015. Disponível em: < https://www.linkedin.com/pulse/educa%C3%A7%C3%A3o-f%C3%ADsica-na-base-nacional-curricular-comum-bnc-marcelo-souza >. Acesso em: 19 abr. 2016.

 

SILVA JUNIOR, V.P; SAMPAIO,   Tânia M. V.  Os conteúdos das aulas de educação física do ensino fundamental: o que mostram os estudos? R. bras. Ci. e Mov 2012;20(2):106-118.

 

 


* Coordenador pedagógico no Instituto Superior de Educação Tecnologia e Desenvolvimento ISETED em Barra do Corda/MA e professor da rede publica estadual e municipal de Barra do Corda.

[1] BRASIL.  Parâmetros  Curriculares  Nacionais: Educação  Física  Séries  Iniciais.  Brasília:  MEC/SEF, 1997.

[2] BRASIL.  Parâmetros  Curriculares  Nacionais: Educação Física Séries Finais. Brasília: MEC/SEF, 1998.

[3] BRASIL, Ministério Da Educação Conselho Nacional De Educação Câmara De Educação Básica. Resolução CNE/CEB nº 07/2010, de 14 de dezembro de 2010. Brasília, 2010

[4] TODOS PELA EDUCAÇÃO. MEC abre consulta pública sobre texto preliminar da Base Nacional Comum.

16 de setembro de 2015. Disponível em: <http://www.todospelaeducacao.org.br/reportagens-tpe/35185/mec-abre-consulta-publica-sobre-texto-preliminar-da-base-nacional-comum/> Acesso em 25 de março de 2016.

[5] O Parecer CNE 15/98 é explícito sobre o tema na seção 4.6: a parte diversificada poderá ser desenvolvida por meio de projetos e estudos organicamente integrados ao currículo, superando a visão do projeto como atividade “extra” curricular e dando identidade à instituição.

 

Comentários

Por Leonardo de Arruda Delgado
em 21 de Maio de 2016 às 06:56.

Na verdade professor o trecho citado é justamente uma  critica a falta de professores de educação física. Com relação às mulheres Barra do Corda,  por duas vezes teve mulheres a frente do poder executivo municipal, que muito contribuíram para Educação Física, o senhor está correto em sua analise, fico muito feliz por sua contribuição.

Por Roberto Affonso Pimentel
em 20 de Maio de 2016 às 08:48.

Leonardo,

                  Um professor afeta a eternidade, ele nunca sabe em que ponto cessa sua influência.

Creio já ter escrito algo neste CEV em favor da educação em Barra da Corda, inclusive oferecendo-me para compartilhar experiências na´área da EF a partir do ensino fundamental e, por extensão, no ensino médio. Lembrando que atuações nessas faixas de idade marcam a vida adulta de qualquer indivíduo. 

Destaco o texto exarado no currículo acima... 

[...] Em março de 2016, a Prefeitura de Barra do Corda, através da Secretaria Municipal de Educação promoveu a Semana Pedagógica relativa ao ano letivo de 2016 dando ênfase a Base Nacional Comum Curricular. No caso especifico da Educação Física, a gestão atual do prefeito Erick Costa destacou a importância da atividade física como forma de promoção da saúde, através da Academia da Saúde (maio) e Centro de Reabilitação Municipal de Barra do Corda (julho) de 2015 com relação as atividades esportiva se restringiu apenas ao futebol, Gincana Cultural e os Jogos Escolares de Barra do Corda.[...]

Parece que a monocultura futebolística tem muitos adeptos - ou eleitores - entre os cordinos. Não creio que as meninas se interessem tanto pela prática do futebol, sendo assim, sugiro que para melhorar as coisas lancem uma mulher candidata à prefeitura no próximo pleito. Com certeza, sua visão feminina será mais abrangente e determinante. Não consegui apurar a população feminina, mas creio que seja preponderante no município que tem uma população estimada de 85,161 hab. (IBGE, 2015)

Outro problema, disponibilidade de material e equipamentos - para a prática de outros esportes parece ser a tônica do município. Nesse mister, haja imaginação e criatividade, pois somente os locais (de boa vontade) poderão atenuar ou resolver.

Mas o fato maior está na construção do currículo escolar, em que a EF seja, senão preponderante, mas imprescindível.    

Para compartilhar ideias com pessoas interessadas en renovar e inovar currículos no Brasil é que me debrucei durante anos acompanhando o que fazem os nossos gestores (sic?) governamentais a palpitar com os encastelados nos gabinetes ministeriais . Felizmente, há indivíduos que almejam modificar e ampliar o coneito de educação e se esmeram em conhecer o que realizam outras sociedades no mundo para suas crianças.

Visite o Procrie - www.procrie.com.br - e se quiser saber mais a respeito do meu projeto - um Manual de Engenharia Pedagógica destinado a professores e gestores escolares, em que proponho diretrizes e metodologia em temas como Cultura, Educação, Esporte e Lazer aplicáveis a partir do fundamental.

Boas leituras... Aguardo-o!

Por Roberto Affonso Pimentel
em 20 de Maio de 2016 às 15:41.

E mais... visitem no Procrie 

Valor do Brincar, Atividades Físicas para Crianças

Interdisciplinar: Matemática, Leitura, Oralidade, Interpretação - Projetos em Grupos, Monitoria - Residência Pedagógica, Cursos - Praxia Inovadora e Criativa - Design Instrucional

Sinopse...

Encontro com pais e pedagogas

Em maio próximo, estou convidado a realizar um encontro com os pais e responsáveis na reunião programada da Escola Marly Cury, uma das mais tradicionais instituições de Niterói. Inclusive, minha neta ali estuda e meu primogênito, – doutor em física e destacado professor do CAp (UFRJ) – também frequentou seus bancos. A instituição promove a Educação Infantil a partir dos 3 anos de idade e até o Fundamental II (10-11 anos). Faço esse destaque com orgulho e gratidão, pois entre seis educandários contatados, foi o único que abriu suas portas para ouvir-me. O tema da “reunião de pais” é uma das rotinas pedagógicas e, na oportunidade, ofereço à direção  uma contribuição discorrendo sobre o valor e a importância das “atividades físicas” na educação integral das crianças. Isto se faz necessário, pois desenvolvo projeto oferecendo às escolas novas diretrizes curriculares e um imprescindível estágio supervisionado para professores da Educação Física. Quiçá para outras disciplinas, uma vez que tem viés de interdisciplinaridade. Penso inicialmente em matemática e leitura/interpretação, com estímulos para currículos baseados em projetos, trabalho em Grupos e Monitoria.

Estágio supervisionado e sua importância 

Leia mais...http://www.procrie.com.br/2016/04/19/valor-do-brincar-atividades-fisicas-para-criancas-26527

Foto: 1º Curso de Treinadores de Vôlei de Praia no Brasil, CBV. Aula de Iniciação, prof. Roberto Pimentel. 

As campeoníssima Isabel, Rosely e Ana Richa estavam presentes entre as alunas.  

Local: Escola de Ed. Física do Exército (EsEFex). 

Duas perguntas norteadoras balizaram a investigação:

  1. É possível mudar a percepção dos novos professores sobre a educação física nos estágios (obrigatórios)?
  2. A metodologia empregada pelo professor da disciplina é fator de mudança?

Como objetivo indagava-se:

“Seria possível introduzir nas escolas uma visão diferenciada de atividades físicas a partir da proposta dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) em um curso novo da disciplina Educação Física?”

Foto: alunos de escola privada em São Gonçalo, Grande Rio, divertem-se durante o recreio, sem a presença de qualquer professor. Os "de fora" aguardam sua vez de participar. 

Roberto Pimentel - [...] Permitimo-nos divagar sobre seu texto, dando sequência e reforço ao nosso trabalho, pois quando “sairmos do papel” estaremos corroborando, divulgando e desenvolvendo a necessidade de inovarmos e ampliar horizontes educacionais. A fase que se inicia nestes momentos é essencialmente de caráter prático, isto é, verdadeiramente “entramos na quadra”, a nossa sala de aula, e para a qual estão TODOS convidados.

Profª Maria Teresa – O que observamos na Educação Física, já consolidado, são os alunos vivenciarem na extensão experiências não escolares – as atividades de academias, clubes, danças, Ppersonal trainer, treinadores de escolinhas entre outras. A sociedade respalda tudo isso porque a televisão incentiva essa reprodução (vendem-se artigos esportivos, vende-se canal especifico, dá audiência na TV etc.). Há muito tempo vêm se ouvindo reclamações sobre a má qualidade das aulas de Educação Física na rede escolar, acarretando o desinteresse dos alunos (…) em 2007, revelavam-se que os professores se encontram despreparados e desmotivados, os alunos são abandonados nas quadras, os programas são reduzidos apenas a aulas de futebol, o esporte escolar continua sendo elitizado e reprodutor e, ainda, totalmente desvinculado do projeto educacional. Essa disciplina é tratada como um caso a parte dentro da escola, com suas aulas na maioria das vezes fora do horário normal (e os professores até gostam) e com pouquíssimas chances de ser incluída na interdisciplinaridade escolar. De forma geral, o declínio da Educação Física é global e a maioria das diretrizes de Educação Física não são cumpridas e muitos professores não conhecem esses documentos. Há muito, minha preocupação é com a criança que ainda não adquiriu seu desenvolvimento motor a contento para essa pressão de participação ou eliminação! E para concluir:[...]

Boas leituras... e interpretações!

  

 

Por Roberto Affonso Pimentel
em 21 de Maio de 2016 às 10:10.

Leonardo,

 Você acaba de abrir uma nova Comunidade cujo assunto diz respeito à esta. Além disso, certamente sem querer, duplicou a postagem, o que prejudica o acompanhamento de debates e comentários. Sugiro que traga para cá, pois facilitará o encadeamento das discussões e compartilhamento de ideias.

Já tenho um rascunho nesse sentido que, em seguida, postarei aqui.

 

Por Roberto Affonso Pimentel
em 21 de Maio de 2016 às 10:10.

Leonardo,

 Você acaba de abrir uma nova Comunidade cujo assunto diz respeito à esta. Além disso, certamente sem querer, duplicou a postagem, o que prejudica o acompanhamento de debates e comentários. Sugiro que traga para cá, pois facilitará o encadeamento das discussões e compartilhamento de ideias.

Já tenho um rascunho nesse sentido que, em seguida, postarei aqui.

 

Por Roberto Affonso Pimentel
em 21 de Maio de 2016 às 10:10.

Leonardo,

 Você acaba de abrir uma nova Comunidade cujo assunto diz respeito à esta. Além disso, certamente sem querer, duplicou a postagem, o que prejudica o acompanhamento de debates e comentários. Sugiro que traga para cá, pois facilitará o encadeamento das discussões e compartilhamento de ideias.

Já tenho um rascunho nesse sentido que, em seguida, postarei aqui.

 

Por Leonardo de Arruda Delgado
em 22 de Maio de 2016 às 09:28.

OK

Por Leonardo de Arruda Delgado
em 22 de Maio de 2016 às 09:30.

Segunda Versão da Bncc  

São Luís, 06 de maio de 2016.

 

UNIÃO DOS DIRIGENTES MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO DO MARANHÃO – UNDIME MA

 

Ofício Circular nº 04/2016

 

 

Assunto: Quadro Organizativo para discussão e análise da Segunda Versão do documento da Base Nacional Comum Curricular – BNCC.

 

 

Prezadas (os) Dirigentes Municipais de Educação,

 

A União dos Dirigentes Municipais de Educação – UNDIME/ MA em parceria com a Secretaria de Estado da Educação – SEDUC, vem através deste informar que o Ministério da Educação - MEC publicou a 2ª (segunda) versão do documento da BNCC, com o objetivo de que continue sendo analisadas e construídas coletivamente, com a participação de todas as comunidades escolares da rede municipal de ensino, inclusive aquelas que ainda não efetivaram suas contribuições e cadastros.

Ressalta-se que o documento da BNCC em 2ª versão com 676 (seiscentas e setenta e seis) páginas encontra-se no link do Portal da BNCC – basenacionalcomum. mec.gov.br.

Desta maneira, encaminhamos anexado, a Vossa Senhoria, um Roteiro em quadro organizativo, para acompanhamento e registro de dados decorrentes da análise do referido documento, realizada pelas escolas. Tais dados de análise roteirizada devem ser reencaminhados para o endereço eletrônico da UNDIME-MA undime_saoluis_ma@yahoo.com.br   impreterivelmente até 20 de maio.

Para que o momento de discussão da Segunda Versão do Documento da BNCC seja garantido em todas as escolas municipais do Maranhão, sugere-se que o dia 16 (dezesseis) de maio seja um marco na discussão da BNCC, sendo este reservado para tal fim, como “O dia D” de modo que todas as escolas municipais voltem-se somente à análise documental nesse dia.

Para maiores informações, disponibilizamo-nos pelo e-mail undime_saoluis_ma@yahoo.com.br e pelo telefone setorial (98) 2109-5427.

Cordialmente, agradecendo pelo vosso apoio, subscrevemo-nos.

 

 

 
   

 

 

 


Maria Gorethi dos Santos Camelo

Presidente da UNDIME-MA

gorethicamelo@gmail.com

             (98) 984112844

Por Leonardo de Arruda Delgado
em 22 de Maio de 2016 às 09:38.

Link para segunda versão da BNCC -

http://www.aquabarra.com.br/iseted/sistema_academico/biblioteca/midias/MEC_BNCC_versao2_abr2016-1.pdf

Por Leonardo de Arruda Delgado
em 22 de Maio de 2016 às 10:50.

Em 30 de julho de 2015 é lançado o Portal da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que apresenta ao público o processo de elaboração da BNCC e estabelece canais de comunicação e participação da sociedade neste processo. Ele ficou disponível para envio de sugestões até 15 de março e recebeu mais de 12 milhões de contribuições de instituições, educadores e público em geral.

Com a conclusão da primeira fase em 15 de março de 2016, a segunda versão da BNCC, foi publicada no dia 03 de abril de 2016, o documento tem a meta de determinar conteúdos mínimos que os alunos das 190 mil escolas do país terão que aprender a cada etapa da educação básica. O documento revisado será avaliado por um “grupo de leitores críticos” e discutido em seminários das secretarias estaduais e da União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Para a Educação Física a plataforma indica Valter Bracht, como consultor. O prazo legal para que o texto seja entregue ao Conselho Nacional de Educação vai até junho de 2016, segundo a lei do Plano Nacional de Educação. A segunda versão da BNCC precisa agora ser submetida a seminários nas redes estaduais e municipais de ensino. Depois disso, a partir das contribuições dos seminários será elaborada a versão final que será, enfim, discutida e votada no Conselho Nacional de Educação (CNE).


Para comentar, é necessário ser cadastrado no CEV fazer parte dessa comunidade.