Gostaria de usar esse debate para compreender como as aulas de Educação Física apresentam condições de acessibilidade e de inclusão para alunos com deficiência visual em escolas públicas.

Comentários

Por Roberto Affonso Pimentel
em 3 de Janeiro de 2014 às 10:33.

Leandro,

Para se lidar e promover o bem-estar de qualquer indivíduo necessitado de cuidados especiais, há que entendê-lo e até vivenciar suas dificuldades para melhor auxiliá-lo. No caso de deficiência visual, saber qual o grau de comprometimento é indispensável. Não sei se na cidade em que mora existe uma Associação de Amparo aos Cegos (em Niterói, www.afac.org.br/‎). Caso tenha, procure instruir-se com os terapeutas ocupacionais e, se possível, frequentar por algum tempo o seu trabalho no dia a dia. São profissionais especializados em prover pessoas com deficiência visual a serem independentes em seus afazeres. No caso da educação física, busque conselhos com treinadores ou facilitadores de atletas paraolímpicos (agora, paralímpicos). As ANDEFs espalhadas pelo País poderão ajudá-lo. A de Niterói é uma das maiores: http://www.andef.org.br/home/index.php/

Inicialmente, entre nos respectivos sítios da web e organize-se para as pesquisas. E boa sorte! Quando estiver satisfeitos com suas pesquisas, volte a este CEV e retrate o que conseguiu. Estaremos todos aguardando.

Feliz Ano Novo!

Por Maria Marta Conrado
em 3 de Janeiro de 2014 às 15:27.

Segundo a Sociedade de  Assistencia aos Cegos SAC, a  Educação Física é a primeira porta que o cego pode usar para prevenir deficiência secundária, aumentar o seu círculo de amizade, derrubar as barreiras discriminatórias. Praticando natação, atletismo, futebol, etc. Leva o organismo aumentar suas capacidades motoras, cardio-respiratórias, posturais...

Por Leandro Stampini
em 13 de Janeiro de 2014 às 22:02.

A inclusão de deficientes visuais tem sido um grande desafio para os professores de Ed. física. Mas acredito que incluir modalidades como Ginástica (artística, rítmica, geral) ou algumas modalidades de Yoga, seriam uma ajuda aos deficientes. Poderia serem feitas algumas dinâmicas com toda a turma com materiais como bolas que produzem sons ao rolar e algumas bandagens.

Por Maxiano Dâmaso Martins
em 18 de Janeiro de 2014 às 14:27.

 A inclusão é um processo que acontece gradualmente, com avanços e retrocessos isto porque os seres humanos são de natureza complexa e com heranças antigas, têm preconceitos e diversas maneiras de entender o mundo. a sociedade aprendeu a ser mais inclusiva, compreensiva e solidária com a deficiência. Hoje, as crianças com deficiência frequentam a escola, saem a rua, brincam, vivem como uma criança dita “normal” No entanto, ainda temos um longo caminho a percorrer para que todas as pessoas se sintam integradas e apoiadas por todo o mundo. no ambiente escolar ,cabe ao professor organizar suas aulas de forma dinamica ,afim de promover a interaçao de todos,contruindo assim um ambiente alegre e participativo.

Por Maria Marta Conrado
em 16 de Janeiro de 2014 às 23:33.

  A aprendizagem da criança com deficiência visual deverá ser sistematizada e estruturada, de forma que a criança aprenda a informação completa sobre o conceito a ser aprendido. Hall (1981) complementa afirmando que um dos componentes cognitivos que pode ser observado diferente na criança com deficiência visual é a construção de imagens mentais. O desenvolvimento dessas representações mentais deve ser estimulado, já que são partes integrantes do desenvolvimento dos processos cognitivos.

    De acordo com os estudos de Vygotski (1997) a deficiência visual cria dificuldades para a participação em muitas atividades da vida social, mas, por outro lado, mantém a principal fonte de conteúdos de desenvolvimento: a linguagem. Ao fazer essas afirmações, o autor concordava com outros autores russos de sua época, para os quais a utilização da linguagem se constituía no principal meio de superar as conseqüências da deficiência visual.

Por Gustavo Vilela Crispim
em 17 de Janeiro de 2014 às 10:44.

Essa iniciativa se faz necessária e importante para os deficientes,a disciplina de Necessidades Especiais vivênciadas no Curso de Educação Física nos mostra um pouco desse trabalho mais acho que esse assunto deveria ser tratado de forma especial com uma carga horária maior,pois,no decorrer das vivências iremos nos deparar com a todo momento com alunos com essa determinada deficiência.

Por Roberto Affonso Pimentel
em 17 de Janeiro de 2014 às 16:50.

Professores e Professoras,

Vejam o que realmente precisam, claro, segundo a minha visão (sem trocadilho) e de especialistas na área de Educação. Cito trecho retirado do Blog do Arlindo, meu amigo Arlindo Lopes Corrêa, um especialista em Educação, intitulado Prioridades na Educação de Qualidade para o Brasil. Veja a íntegra em www.arlindolopesc.blogspot.com             

  (...)     Autonomia para o Autodidatismo

“Reforçando (...) um conceito que se deve lançar e difundir, nestes tempos de educação a distância em grande crescimento, tanto do lado da oferta quanto da demanda, é o conceito de 'autonomia para o autodidatismo'. Trata-se daquele estado em que a pessoa já sabe e pode, por si só, buscar conhecimento de modo apropriado, sem recorrer à educação escolarizada, presencial. A partir da conquista desse estado de ‘autonomia para o autodidatismo’ a pessoa ganha a capacidade de multiplicar as possibilidades, ao seu alcance, de acesso ao conhecimento em geral, tendo em vista o arsenal tecnológico disponível no mundo atual e que pode ser usado, com ou sem adaptações, para fins educacionais. O momento em que esse estado é alcançado, varia de pessoa para pessoa, em função de inúmeras variáveis, sendo mais relevantes o nível de  escolaridade concluído e a qualidade da educação recebida até então. Admitido esse conceito, o corolário é que sob o aspecto do indivíduo, a educação é mais prioritária antes que ele adquira essa autonomia. Ou seja, nos seus anos iniciais, especialmente na fase de alfabetização, a seguir no restante do ensino fundamental  e só depois no ensino médio.

Outro ponto a ressaltar, nestes tempos de supremacia avassaladora das TIC (tecnologias de informação e comunicação) é que um dos objetivos específicos da educação deve ser o de fomentar, logo em seus anos iniciais, a busca dessa autonomia libertadora, para que a pessoa possa centrar sua educação em seus reais interesses e motivações, personalizando-a. É a educação para a liberdade, em que os alunos vão livrar-se das ‘xaropadas’ de professores que não dominando os conteúdos pertinentes e não tendo como ensinar verdadeiramente, passam a doutrinar os estudantes com o politicamente correto e todo o repertório ideológico que serve de álibi para encobrir suas deficiências de formação. Problema comum dos corpos docentes de muitos países, especialmente da América Latina, Brasil inclusive. Adquirida essa autonomia, o estudante já não dependerá tanto, para sua formação, da educação escolarizada, presencial, muitas vezes massificadora, projetada para atender a um ‘aluno médio’ que só existe em teoria”.

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Ao que me parece, tanto se aplica em nossas pretensões de aprendizado - não depender de outrém - como para transmitir aos nossos alunos, independentemente se têm ou não necessidades especiais. Pelo menos foi o que constatei na Associação de Cegos e na APAE, onde frequentei o time discente e docente por alguns anos.

Quem puder, faça um estágio pedagógico. Só não vai ficar mais rico, todavia sua vida tomará um novo rumo emocional. Creio que vale a pena!

 

Por Thaís Lima Gonçalves
em 21 de Janeiro de 2014 às 10:14.

Trazer presente as muitas discussões sobre a importância da inclusão e integração do aluno com deficiência física no âmbito da escola regular e nas aulas de Educação Física é muito importante. Cabe ao profissional auxiliar o deficiente para a realização de tarefas, adaptando as atividades para que estes possam realizá-las.  Hoje no contexto social em que vivemos as pessoas com deficiência são consideradas incapazes e ineficientes. Pensando nessa problemática a Educação Física quer resgatar uma educação para todos, principalmente no que se refere aos alunos com deficiência, conhecer suas possibilidades e vencer seus limites, facilitando a sua participação sempre que possível nas aulas de Educação Física, promovendo a interação entre todos os alunos. 

Por Thaís Lima Gonçalves
em 21 de Janeiro de 2014 às 10:21.

Na escola, "pressupõe, conceitualmente, que todos, sem exceção, devem participar da vida acadêmica, em escolas ditas comuns e nas classes ditas regulares onde deve ser desenvolvido o trabalho pedagógico que sirva a todos, indiscriminadamente" (Edler Carvalho, 1998, p.170).

 Segundo Bueno e Resa (1995), a Educação Física Adaptada para portadores de deficiência não se diferencia da Educação Física em seus conteúdos, mas compreende técnicas, métodos e formas de organização que podem ser aplicados ao indivíduo deficiente. É um processo de atuação docente com planejamento, visando atender às necessidades de seus educandos.

Portanto, a Educação Física na escola se constitui em uma grande área de adaptação ao permitir, a participação de crianças e jovens em atividades físicas adequadas às suas possibilidades, proporcionando que sejam valorizados e se integrem num mesmo mundo.

O Programa de Educação Física quando adaptada ao aluno portador de deficiência, possibilita ao mesmo a compreensão de suas limitações e capacidades, auxiliando-o na busca de uma melhor adaptação (Cidade e Freitas, 1997). 

Por Milla Miriane Vieira
em 21 de Janeiro de 2014 às 14:31.

Uma das funções sociais da escola é promover a interações entre todos os alunos e, principalmente na aulas de educação física na qual espera-se um maior contato entre eles. O professor deve planejar suas aulas, adaptando-a tanto para os alunos deficientes, seja essa deficiência visual, auditiva, motora, quanto para alunos não deficientes. Para que nas atividades uns possam ajudar aos outros, e todos possam participar sem exceção. Porém, esses professores devem receber informações desde a sua formação para que quando houver a situação não se sentirem incapazes de lidar com essa problemática, tratando todos igualmente, porém com suas limitações.


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