A escolha do Rio de Janeiro como cidade sede dos Jogos Olímpicos de 2016 reacendeu um debate muito antigo - embora um tanto quanto adormecido ultimamente - entre os professores de educação física no Brasil e que diz respeito ao papel tanto do professor quanto do esporte no interior das instituições de ensino, principalmente, nas públicas.

Entra Olimpíadas, sai Olimpíadas, os frequentes fracassos brasileiro nas mesmas são sempre justificados em função da precariedade com que se desenvolvem as aulas de educação física nas escolas. Professores desmotivados, escolas sem estruturas, alunos e alunas evadindo das aulas, falta de material esportivo, são os motivos mais comuns arrolados por todos os que pensam o esporte olímpico e enxergam a escola como a base da pirâmide esportiva.

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Espero visita e comentários de vocês sobre o ponto de vista abordado.

Comentários

Por Manoel Ferreira de Araújo Neto.
em 5 de Novembro de 2009 às 19:46.

Caro, colega Welington. Gostei de eu texto, ele resume bem os fatores que acarretam no mau desempenho do Brasil nas olimpíadas, eu já senti na pele a granda dificuldade de desenvolver um bom trabalho com meus alunos, entre eles posso citar: falta de material esportivo, espaço físico, pouca carga horária, enfim, condições mínimas para um trabalho que possa descobrir talentos, infelzmente a realidade é essa.

Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 7 de Novembro de 2009 às 09:10.

Ola, entro na roda...

trabalhei com esporte de competição, quando ainda em Curitiba. Tinhamos um acordo com a Escola Técnica, e eles usavam nossa pista para treinamento e os alunos do Atletismo competiam pelo clube. Ambos ganhavam.

Vim para o Nordeste, e aqui, aquela epoca quase todos os estados, e ainda assim permanece no Maranhao, não havia o esporte clubistico,apenas o escolar. Aqui, precisamos ’ligar’ escolas a clubes esportivos, para atuar no sistema federado, para lem do esporte escolar. Acabou esse acordo. A politica partidaria acabou com o esporte escolar. As escolas publicas fora abandonadas a propira sorte, inclusive a Federal. As prioridades passaram a ser outras, pois o dinheiro que chega a escola não dá para a educação fisica. Por anos, comprei de meu dsalario o material que usava para dar as minhasn aulas... e era professor de um CEFET...

As escolas particulares viram na pratica esportiva uma possibilidade de aumentar os lucros, oferecendo ’escolinhas de esportes’... os pais passam a pagar para seu filho representar a escola... minhas filhas competiam no esporte federado, em natação, mas todas as despesas, de uniformes, passagens, estadias, e pagamento do professor e suas despesas nas viagens, saia do bolso dosm paitrocinadores, não do clube, ou da escola.

Minhas filhas deixaram de competir. Para participar do esporte escolar, mesma coisa... tinhamos que pagar aulas extras de educação fisica para o professor-tecnico; a escola mudava de uniforme todo ano, pas eramos nos quem pagavamos e era obrigatorio o uso e aquisição na propria escola... assim como no clube... esse é o esporte por aqui.

E depois, reclamam de que regrediu... quem acompanhou as trapalhadas da Secretaria de Estado, este abno, com relação aos jogos em Poços de Caldas...

Escrevi que o ’atletismo no Maranhao, ainda existe?’ e reebi inumeras criticas, de que não estava fazendo a minha parte. Mas estava ajudando an um grupo de corredores a formar um ’calendario’ de corridas de rua, e tentou-se oficializar; a Federação pediu R$ 2.000,00 reais para autorizar, mais R$ 400 de taxa de arbitragem, mais o pagamento de 10 árbitros oficiais, a R$ 50,00 para cada árbitro, pagos por fora... e não teriam qualoquer despesa... fez-se apenas a primeira corrida... os patrocinadores/promotores desistiram... e seriam pelo menos uma corrida ao mes... ah, ninguem da Federação apareceu no dia...   e depois reclamam... o grupo, esta apenas correndo pelas ruas, para melhoria da saude, e reunindo-se aos domingos, na beira da praia, para correr, pelo simples prazer...

Não vi mais qualquer resultado do Maranhao em eventos regionais, ou nacional, exceto o Codo, mas este não compete mais por aqui... nos jogos escolares, nenhuma noticia sobre as competições... apenas volei, basquete, onde os clubes das elites disputam...

E nquerem fazer esporte olimpico? 

Por João Batista Freire
em 11 de Novembro de 2009 às 11:24.

Aposto o que vocês quiserem que, se a Educação Física Escolar fosse maravilhosa, isso não beneficiaria o esporte olímpico, porque uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa. Claro que estou falando de uma Educação Física como disciplina escolar, que ajuda a educar para a vida. É absolutamente degradante a ideia de fazer da Educação Física celeiro de atletas.

Por Luciano de Lacerda Gurski
em 11 de Novembro de 2009 às 16:42.

Olá colegas,

É extremamente preocupante o discurso que tenta se impor na escola sempre que se aproxima um evento esportivo. Aliás, tenta-se responsabilizar a escola por tudo, menos pelo que é função dela... As crianças são sedentárias e obesas, então a escola deve promover a prática de atividade física... O país vai mal nas olimpíadas, então deve-se investir na escola... Na escola que eu acredito, se a Educação Física fosse forte, as olimpíadas perderiam um grande público, pois os alunos teriam condição de perceber que o esporte, principalmente aquele rotulado de alto rendimento, não é tão benéfico assim, e que o dinheiro direcionado, dinheiro público diga-se de passagem, a esses mega eventos poderia e deveria ser investido em politicas públcias compromissadas com a classe trabalhadora, e não a interesses de mercado e de institições como a esportiva... Para onde foram os 45 bilhões do pan? Qual o retorno social desse investimento? O Ministério público, a população e eu queremos saber...

Se a escola não está formando atletas, para mim é sinal de que ela está tomando o caminho certo, que com certeza não é a formação de atletas, ou está tão falida que o impacto de suas ações torna-se quase nulo. Prefiro sonhar, quem sabe acreditar, na primeira...

abraço!

Por João Batista Freire
em 13 de Novembro de 2009 às 09:10.

Luciano: a gente sai de casa para assistir a um bom filme, um concerto de piano, uma ópera, uma exposição de pintura, etc. Ou seja, valorizamos a arte e pagamos por ela, em alguns casos, bastante. A arte nos arrebata e, às vezes, custa caro. O esporte também pode ser visto assim, como arte. Eu pagaria para ver o Usain Bolt correr, pagaria pela arte que ele apresenta nas pistas. Acho o espetáculo esportivo uma arte tão boa quanto qualquer outra. O problema, portanto, não é o esporte, porque ele pode, até, ser veículo belíssimo de educação. O problema são as distorções; pagar duzentos milhões de dólares ou euros, não sei, para um Cristiano Ronaldo é uma afronta, um crime. Pagar uma fortuna para um Ronaldinho Gaúcho não jogar é um desperdício. Gastar rios e rios de dinheiro com Olimpíadas é outra afronta num mundo que, em boa parte, morre de fome. Escreve aí: os responsáveis pela Copa 2014 vão empurrar com a barriga as obras até que, às vésperas da Copa, na urgência, pedem verbas e mais verbas complementares. E, para não passar vexame, o governo dá. É sempre assim que o dinheiro no Brasil vai para o ralo.


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