Cevnautas que lutam (lato sensu ;-),
    Tenho tentado, sem sucesso, animar algum cevnauta das leis para uma ação de crime para quem promove ou pratica atividades das/nas rinhas de vale tudo. Bastaria, à moda do grande Sobral Pinto defendendo o preso espancado Luis Carlos Prestes http://bit.ly/saCY81,  utilizar as Lei de Crimes Ambientais (qualificando os promotores como mamíferos nativos ou exóticos):

"... crimes tipificados no art. 32 da Lei de crimes Ambientais
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Além disso, as brigas de galo estão proibidas no Brasil desde 1934, com a edição do Decreto Federal 24.645 que proíbe "realizar ou promover lutas entre animais da mesma espécie ou de espécies diferentes, touradas e simulacro de touradas, ainda mesmo em lugar privado. Milton Vasconcellos"

  Essas rinhas desafiam todo o esforço educacional das lutas marciais, como escreveu o Administrador da Comunidade Wushu <http://cev.org.br/comunidade/wushu>, Prof Alexandre Bento <http://cev.org.br/qq/alexandrebento>, na Comunidade dos Administradores do CEV.

O Fim das Verdadeiras Artes Marcais???

Saudações amigos Administradores de Comunidades do CEV!

Gostaria de dividir com todos a minha angústia em relação ao que está acontecendo com as Artes Marciais.

O capitalismo conseguirá destruir os valores contidos nestas artes há mais de 5000 anos?

Alguns devem estar se perguntando, por que o capitalismo?

Porque são poucas as pessoas que estão preocupadas com os valores éticos e morais que as Artes Marciais representam, e sim, com o ganho ou lucro que podem obter com o sensacionalismo das lutas de vale tudo.

Darei um exemplo da minha modalidade, o Wushu. Alunos chegam nas escolas querendo aprender a lutar inspirados pelas lutas de vale tudo, quando o treinamento se inicia, ele diz: Não quero aprender movimentos de mãos livres, sequências técnicas e nem armas, quero apenas lutar, aí eu faço a seguinte pergunta: Como alguém pode aprender uma Arte Marcial sem aprender a essência da mesma, é possível?

Nesta SITUAÇÃO, o instrutor responsável deveria instruir o aluno sobre os valores contidos nos treinamentos, e também, a importância dos mesmos, mas o que acaba acontecendo é o contrário, o aluno bate o pé que se não aprender a lutar irá pra outra academia, e para não perder o aluno ( e o dinheiro também ), alguns acabam ensinando apenas movimentos de luta.

Quando nos deparamos com as competições, o que encontramos, uma verdadeira pancadaria, onde não somos capazes de distinguir qual estilo cada um dos atletas está aplicando...

Muitas pessoas praticam estas artes por toda a vida e não aprendem a essências da mesma, será que com apenas alguns treinos técnicos um aluno iniciante irá absorver?

Será que estamos voltando a Roma Antiga, onde escravos lutavam até a morte para a alegria do povo?

Quais os benefícios que estas competições trazem, e mais, qual a influência das mesmas em nossas crianças?

Bom, deixo estas perguntas para reflexão de todos...

Aguardo as opiniões!!!

Comentários

Por Marcelo Loss Picolli
em 29 de Dezembro de 2011 às 16:31.

Penso que a essência das artes marciais está na "guerra", está no combate propriamente dito. Toda a parte educacional, pedagógica, espiritual, etc....  obviamente podem contribuir para a formação da criança, mas o que o MMA faz, é exatamente trazer a arte marcial para a origem.

Levando-se em conta que as pessoas que estão lutando, são treinados e estão lá por livre e espontânea vontade, não me parece que se possa comparar a Roma antiga ou nada do gênero.

Quem sabe se o professor de Wushu justifica-se de forma prática o que os alunos estão aprendendo e com qual finalidade eles estivessem mais entusiasmados com a prática da modalidade.

Em relação aos benefícios que o MMA pode trazer aos praticantes, acredito que se for bem ensinado, os mesmos que as artes marciais tradicionais.

Marcelo Loss Picolli

Faixa preta de Taekwondo - Profissional de Ed. Física.

p.s.: detesto rinhas de Galo.


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