O Plano Brasil Medalhas 2016 investirá R$ 1 bilhão a mais em ações para que o país fique entre os melhores colocados nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro

O plano Brasil Medalhas 2016, que foi lançado nesta quinta-feira (13) pela presidenta Dilma Rousseff e pelo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, tem como objetivo colocar o Brasil entre os 10 primeiros países nos Jogos Olímpicos e entre os cinco primeiros nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

fonte: http://www.brasil.gov.br/noticias/arquivos/2012/09/13/veja-lancamento-do-brasil-medalhas-2016

Comentários

Por Laercio Elias Pereira
em 15 de Setembro de 2012 às 19:10.

Guuilherme, Cevnautas,

   Na verdade não temos um plano; temos um anuncio de verbas.

   Quem tiver notícia sobre o andamento do plano, por favor, escreva aqui.

    Por enquanto o texto é:

"Ministério do Esporte, comitês, confederações e entes públicos elaborarão, em conjunto, um Plano Esportivo e de Investimento, que deverá ser aprovado até dezembro de 2012. A formalização dos convênios com confederações e entes públicos, além da lista de atletas inscritos no Programa Pódio, deverá ser finalizada em janeiro de 2013."

    Laercio

 

 

 

Por Roberto Affonso Pimentel
em 16 de Setembro de 2012 às 09:23.

Professores,

Tal como na pasta da Educação, o governo tem e aplica dinheiro, mas não sabe como fazê-lo. Os dirigentes esportivos - Federação e Confederação - e o próprio ministério muito menos. No Congresso deputados e senadores tentam aprovar a lei de não permanência em tais cargos após reeleição. No ensino, apesar do avanço nos gastos, nada representa como ganho, pois está longe de se traduzir em excelência.

"Só dinheiro não basta. Na última década, o Brasil foi o vice-campeão em aumento de recursos para a educação, só perdendo para a Rússia, mas continua entre os últimos na sala de aula".(Revista Veja, Gabriele Jimenez, 19.9.2012). No artigo, ainda são ressaltadas observações de Maria Helena Guimarães, presidente da Fundação Seade: "A única maneira de despertar o interesse de nossas melhores cabeças pela sala de aula é implantando um regime de meritocracia. (...) Outro, que não requer dinheiro, mas uma radical mudança de mentalidade: os cursos de pedagogia devem começar a formar gente verdadeiramente preparada para alçar o Brasil ao ranking que importa - o da excelência."

Vejam propostas de uma Formação Continuada para professores em

http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie/  e www.procrie.com.br/novosumario/

Por Guilherme Tucher
em 24 de Setembro de 2012 às 19:46.

Lamentável...

Por Guilherme Tucher
em 17 de Setembro de 2012 às 17:10.

 

Laércio, tem razão. Mas o título é de Plano (rsrsrsr).

Roberto, suas considerações, como bem destacou, também se aplicam ao esporte. Percebo várias boas iniciativas: bolsa atleta – municipal, estadual e federal, bolsa técnico, construção de quadras, patrocínio, jogos escolares estaduais, olimpíadas escolares, investimentos e investimento. Mas todas isoladas. Seria o mesmo que acreditar que apenas os ingredientes do bolo são suficientes para fazê-lo. Deixá-los sobre a mesa a sorte do acaso não mudará muito o panorama que temos. Que eu tenha conhecimento, nenhuma delas pensa o esporte como um todo. Nenhuma delas se preocupa com uma formação integrada – uma sequência mais ou menos lógica de formação e participação esportiva do indivíduo da iniciação ao alto rendimento. E que leve em consideração “os esportes” e os vários “Brasil”. Não somente sudeste e sul.

Sabemos que este é um trabalho demasiadamente complexo. Mas precisamos tentar. E também não acredito que para janeiro de 2013 teremos grandes novidades. É pouco tempo para pensar uma coisa tão complexa. Precisamos de uma gestão profissional do esporte em nosso país. Precisamos de especialistas para se dedicar a isso e fazer a engrenagem rodar. Depois é só aparar as arestas.

E devemos ampliar os investimentos do capital privado no esporte. Sem o investimento público a maior parte das modalidades não sairia do lugar. O próprio plano destaca a grande participação das estatais. Precisamos é de um plano de massificação esportiva. Assim, as empresas privadas brigarão para associar sua marca a ao esporte.

Por Roberto Affonso Pimentel
em 17 de Setembro de 2012 às 18:02.

Caro Guilherme,

Ainda viverá bastante para constatar que o que depender do Governo nada vai funcionar. Muito menos dos engajados e empoleirados em Confederações, Federações e outras instituições. Creio que herdamos isto dos nossos colonizadores, onde o problema é o mesmo. Tomara que encontremos alguma exceção neste mundo de incompetência e politicagem.

A França nos dá um exemplo magnífico para que transformemos tudo isto que está aí e que só resulta "em faz de conta" e corrupção. Existe uma instituição no país que prepara os futuros dirigentes públicos, tal qual um regime universitário levado a sério e com resultados magníficos. Quer ser político? Cumpra as regras de aprendizado do curso. Como acha que é no Brasil? Um jovem despreparado, sindicalista do ABC paulista, que desceu de paraquedas em Brasília deve estar decidindo sobre o que achamos deva ser realizado no Brasil. Agora, p.ex., vamos aprender a "relaxar e a gozar" na cultura. Assim é demais e, como dizia o Ruy, "tenho vergonha de ser honesto".   

O quê fazer, então? Ficar parado esperneando e dizendo que o Governo tem que fazer ou botar a mão na massa? Se ele não fizer, pelo menos tentamos transmitindo-lhe algumas poucas ideias até que a paciência se esgote. Mas, enfim, tentamos. Pensando desse modo, pus-me uma vez mais em combate.

Veja minha inserção recente em "DF terá Ed. Física no Primeiro Ciclo do Primeiro Grau..." e minha disposição em colaborar. O que vai acontecer no futuro próximo não sabemos. Manterei todos informados, aconteça o que acontecer.

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Prezado Roberto Pimentel,

Percebemos em seu contato a clara intenção em contribuir para uma educação de qualidade, encaminhamos suas observações para o conhecimento do Setor Responsável, onde receberão a devida atenção.

ACv. Atenciosamente - Ouvidoria da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal

De: ouvidoria@se.df.gov.br [faleconosco@distritofederal.df.gov.br]

Enviado: segunda-feira, 17 de setembro de 2012 15:26

Para: Ouvidoria Geral - SE

Assunto: Fale Conosco

Senhores, Tomei conhecimento sobre a implantação da Educação Física no ensino Fundamental. Tenho condições de colaborar para que o programa seja o melhor possível. Peço que visitem http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie/ um site exclusivamente voltado para a Educação. Vejam também www.procrie.com.br/novosumario, onde desenvolvo trabalhos pertinentes voltados para a Formação Continuada de professores. Atenciosamente,

Por Edison Yamazaki
em 18 de Setembro de 2012 às 02:28.

Roberto,

Espero que tenha sucesso em ajudar a Educação Física no DF.

Tenho uma opinião bastante parecida com a sua, só que sou um pouco mais pessimista. Sei que isso não resolverá nada, mas é a maneira como me sinto quando falo em Educação Física no Brasil. Saí daí exatamente por sentir uma excessiva desvalorização do profissional.

 

Guilherme,

Como você mesmo diz: são planos.  O grande problema brasileiro é os planos ficam somente nos planos. Espero que eu esteja enganado e que o esporte brasileiro consiga dar uma passo a mais.

Leio você falar sobre incentivos de empresa privadas, mas lamento lhe informar que os grosso dos empresários brasileiros não tem uma visão tão humana. Não se dizer se a lei existente retorna, de alguma maneira, as empresas que investem no esporte. O que sei é que tudo ficou mais deteriorado. Acho que assim, todos saímos prejudicados. O que mata o Brasil é a política do fazer por fazer, sem organização e planos à longo prazo. Pode ser falta de dinheiro, mas é falta de capacidade também. Admiro vocês que continuam lutando para melhorar o esporte brasileiro levando juntos várias crianças, que com suas energias e sonhos podem amenizar, um pouco que seja, a difícil vida brasileira.

Abraços,

Por Roberto Affonso Pimentel
em 18 de Setembro de 2012 às 11:47.

Edison, perdôe-me discordar da mensagem direcionada ao Guilherme quando escreve: (...) " a difícil vida brasileira."

Esqueceu-se que "Deus é brasileiro"? E se Deus é por nós, quem será contra?  Creio que aqui é o melhor dos mundos para se viver até prova em contrário. A tarefa maior é gerarmos e educarmos filhos que não queiram levar vantagem em tudo. Além disso, mandar para a cadeia  corruptos e corruptores. Se amanhã ou depois conseguirmos ajeitar a infraestrutura e educação no País, além da saúde pública, aí sim estaremos no paraíso. Por enquanto está bem para alguns, mas pode melhorar para muitos. Assim, quem aqui estiver que contribua para tal com denodo e esperança. 

Por Edison Yamazaki
em 19 de Setembro de 2012 às 10:32.

Roberto,

Tenha certeza de que o Brasil é um país lindo, melhor ainda quando visto de longe, como é o meu caso.

Não tenho nada contra o Brasil como país, pois não há como não elogiar suas belezas naturais, a liberdade, o clima, a fantasia e o otimismo. O grande problema brasileiro é o pouco valor que se dá à educação de base. Aqueles anos que vão do pré-primário até o colegial. É disso que me refiro quando disse: a difícil vida brasileira.

Só se tudo mudou bastante, mas na época em que aí vivia tudo era conseguido com grande esforço, com grande dispendio de energia. Uma energia que poderia ser utilizada para resolver problemas mais graves. Abrir ou fechar uma empresa era um verdadeiro transtorno. Exigiam carimbos e autenticações para tudo. Até atestado de vida era necessário em alguns casos. Na área esportiva tudo era ainda mais difícil. Cansei de bater em porta em porta atrás de pequenos patrocínios (uniformes, taxas de árbitragens, lanches, etc) para que os garotos pudessem se divertir um pouquinho. Nas reuniões entre os participantes para definir datas e regulamentos era um caos. Eu lembro com clareza de que muitas vezes, somente eu fazia parte da Educação Física, enquanto todos os outros eram sócios apadrinhados pelos presidentes que ganhavam o direito de votar e dar palpites em coisas que sequer ouviram falar.

É nessa parte também que me refiro à "difícil vida brasileira".

Perdão pela minha má expressão.

 

Por Laercio Elias Pereira
em 20 de Setembro de 2012 às 07:25.

Cevnautas,

    Com distância respeitosa do poeta, parafraseio: Vai, Larécio, ser contra a opinião dos seus amigos na vida.

    Essa choradeira e muxoxos dos colegas de Educação Física, que apareceram com o Brasil Medalhas, dão conta do nosso subdesenvolvimento & sofreguidão piedosa. Periga jogarmos a criança com a água do banho. Vejo a olimpíada de atletismo - extra-curricular - como uma possibilidade de enriquecimento da temporada de atletismo na escola - como fazem as olimpíadas de matemática, português, robótica, ciências ...  que são realizadas sem prejuízo das disciplinas na escola. Pelo contrário: ajudam.

   Todos estudamos e aplicamos a pedagogia do Listello, que trabalha com a participação de todos, confere? Basta aplicarmos na olímpiada, pois!

   As eternas reivindicações sobre as condições de suporte da EF nas escolas estão sendo devidamente encaminhadas pelas nossas Associações Profissionais? Todos pagamos a nossa APEF municipal ou estadual esse ano, certo? Ou a gente faz uma reclamação folgadamente pessoal e não se envolve com nada coletivo?

   O perigo aparece com depoimentos de professores sofridos que, pelo jeito, fazem o que querem nas escolas (sim, podem ser os que mais trabalham). Sem qualquer compromisso com um plano de trabalho orientado pelas secretarias de educação - se não tem, estamos na luta para ter? - e, o que é pior, desconhecendo absolutamente o projeto pedagógico da sua escola.

  No Blog do João Freire

http://blog.cev.org.br/joaofreire/2012/nao-somos-cacadores-de-talentos/

   E no Blog do Cruz

http://josecruz.blogosfera.uol.com.br/2012/09/ministro-aldo-rebelo-veja-a-realidade-e-o-tamanho-do-problema/

parece que a turma está usando o Brasil Medalhas mais como muro de reclamações do que como uma oportunidade que oferece a chance de mostrarmos serviço e, de quebra, provarmos como é possível fazer direito.

   Laércio

 

 

 

Por Guilherme Tucher
em 20 de Setembro de 2012 às 09:10.

 

Amigos, peço desculpas pela demora no meu retorno.

Em todos os nossos discursos fica claro o remorso que temos com a condição política do país – que nos afeta na saúde, educação e no esporte (se não é que estamos falando da mesma coisa!). Isso porque muitas vezes acreditamos, e como o Edilson comentou, gastamos mais tempo para acertar o que já deveria estar pronto, e não conseguimos sair do lugar. Acredito que isso aconteceu com todos nós.

Mas infelizmente (em parte ou no todo) a culpa é nossa. Como vocês também disseram.  Alguns reclamam - mas não agem. Outros já desistiram – sempre foi assim, você acha que conseguirá mudar alguma coisa? Outros ainda tentam – mas a maré contra é grande, não conseguem sair do lugar. Como um amigo uma vez me disse: que é bom (caráter e profissional) tem emprego. Não consegue tempo para se envolver com politicagem. A politicagem resta para quem não tem compromisso, para quem só se envolve quando o benefício é pessoal ($$) e alega que é para o bem de todos e a felicidade geral da nação.

Lembro-me de uma amigo entusiasmado com a realização do Pan no Rio em 2007. Ele considerava a chance da educação física. As coisas iriam mudar! Mudou? O Pan passou e as pessoas não mudaram. As pessoas que mudam as coisas, não ao contrário.

O que me consola (talvez) é saber que nosso país ainda é novo. Nossa Constituição capenga é de 1988 – tem coisas que até hoje não são cumpridas. O primeiro presidente eleito assumiu em 1990! Ainda temos muitos respingos do passado. A regulamentação da nossa profissão foi em 1998. Talvez já tenhamos andado bastante. Mas concordo que não o suficiente. Não tenho tanto contato com outros profissionais. Mas ao meu ver, nos mobilizamos muito mais. Precisamos de ações coletivas.

Guilherme

(Laércio, desanimo ou sigo em frente? Afinal, o Roberto espera que eu viva bastante. rsrsr)

Por Laercio Elias Pereira
em 20 de Setembro de 2012 às 10:18.

Opa, Guilherme,

      CONTINUA! O primeiro passo é acompanhar a APEF-RIO. A sua associação profissional está no bom caminho? Laercio

Por Edison Yamazaki
em 21 de Setembro de 2012 às 02:29.

Sabe o que são 1 bilhão de reais a mais por algumas medalhas que podem nem chegar? As Olimpíadas no Brasil são mais importantes do que as Olimpíadas em outro país? Então, por que esse dinheiro todo somente agora? O Ministério do Esporte enriqueceu de uma hora para outra?

Lí a matéria do João Freire e do Cruz, e parece que estamos todos buscando uma solução há muito tempo.

Não acho que o Laércio esteja totalmente errado, mas chega uma hora que cansa a beleza. Sabe o que é ficar martelando, trabalhando, buscando saídas, enfrentando reuniões com quem não se interessa pelo esporte, buscar patrocínios e ainda ouvir críticas de leigos desocupados? Uma hora cansa.

O que acontece é que planos existem aos montes e os políticos não me deixam mentir. O que não existe de jeito nenhum é colocar esses planos em prática de maneira descente, sem roubalheiras, subornos, desvios de objetivos, politicagem barata. Cria-se uma evento esportivo para os estudantes e no ano seguinte já está cancelado por falta de verbas ou outra desculpa qualquer. E os aluno, como é que ficam?

"Lá pelo final dos anos 70 chamei a atenção de um colega da Educação Física, um ótimo profissional, estudioso e  motivado,  porque ele lavou os banheiros feminino e masculino da escola num final de semana, além de limpar todo o almoxarifado onde estavam guardados os materiais para as aulas de EF. Ele dizia que fazia tudo isso para que os alunos pudessem frequentar a escola de maneira mais digna. Eu lhe disse que agindo assim nunca o professor de Educação Física seria valorizado porque os professores de matemática, inglês, português, etc nunca limparam sequer a sala de aula. Encontrei-o por esses dias via Internet. Hoje ele trabalha como representante comercial e está longe do nosso meio. Acho que os demais professores daquela época devem estar lecionando até hoje."

O descaso com a categoria tem muito da nossa culpa, talvez pela omissão, talvez pelo comodismo e até pela falta de interesses políticos, tão importantes numa hora dessa. Acho até que os professores de EF com vocação política ou que possuem a paciência necessária para enfrentar e lutar contra burocracias deveriam buscar cargos públicos (vereador, senador, governador, etc) para tentar ajudar a mudar o panorama atual.

 

Por Guilherme Tucher
em 22 de Setembro de 2012 às 08:14.

Amigos, matéria que ilustra um pouco esta discussão: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,fracassos-em-londres-receberam-milhoes-,928284,0.htm

Por Edison Yamazaki
em 23 de Setembro de 2012 às 21:13.

Não é querer jogar carniça aos corvos, mas deêm um lida na matéria do José Trajano do ESPN.

http://espn.estadao.com.br/post/282993_nao-fujam-da-raia-exigimos-respostas

Torço pelo Brasil e tomara que eu tenha orgulho de dizer que sou brasileiro depois de 2016.

 

Por Edison Yamazaki
em 25 de Setembro de 2012 às 02:01.

Sabe o que mais me impressiona? É que aqui, somente eu, Laércio, Roberto e você trocamos algumas palavras e opiniões. Onde será que estão os outros que trabalham e vivem do esporte?

Copa do Mundo é um evento importantíssimo. Para o brasileiro, talvez maior do que as Olimpíadas. Sabemos que será complicadíssimo a organização por falta de aeroportos, hotéis e até centro de treinamentos. Se a África do Sul conseguiu, o Brasil também conseguirá, mas a que custo? E depois? E os estádios para onde irão?

As Olimpíadas é o maior evento esportivo do mundo, de uma certa maneira, mostra um pouco dos valores de um país. Quem assistiu Londres deve ter tido uma idéia da complexidade na organização. Arco e flexa, triatlon, remo, canoagem, ciclismo, pólo aquático, equitação, tiro, etc., esportes que não estamos acostumados a ver, nem participar, tudo num estado só. Mais de 100 países, mais de 10 mil atletas.

Parece que são mais 3 mil cevnautas, onde está a participação? Laércio... chama o pessoal para particpar!!

Por Roberto Affonso Pimentel
em 25 de Setembro de 2012 às 07:58.

Que plano é este? Só agora o ministro Aldo Rebelo tenta explicar à população o inexplicável. O COB, orquestrado pelo ministério, publicou nota similar. Tal como o Lula no caso do mensalão, nada sabia a respeito... A vergonha permanece e o que acontecerá daqui para a frente? Quem estará no comando que até então era o COB?

Pelo visto Sua Majestade relaxou e dispensou o seu principal agente James Bond durante os jogos e dessa forma tropas inimigas se infiltraram para roubar informações sigilosas. Lembram-se da abertura?

Há muito que a Olimpíada deixou de ser conduzida por princípios éticos, tornando-se puro negócio e, como tal, sujeito às leis do mercado. Portanto, valeria à pena investir tanto para nos "enriquecermos" de medalhas? Nâo seria mais conveniente educar verdadeiramente nossos filhos para que tais fatos jamais se repitam? Tudo isto me faz recordar o velho Rui:

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”. (Senado Federal, RJ. Obras Completas, Rui Barbosa, v. 41, t.3, 1914, p.86)

 

 

Por Guilherme Tucher
em 25 de Setembro de 2012 às 10:57.

Edilson, ficamos alienados com a quantidade de tarefas que precisamos fazer todos os dias. Viramos trabalhadores braçais (não mais intelectuais, criativos, críticos). Por vezes não temos mais tempo para pensar, argumentar...está tudo no automático. Inclusive aceitar os erros do passado como normais para o hoje. Afinal, sempre foi assim.

Me recordo de dois grupos de estudo que tentei administrar por email. Um com técnicos de natação e outro com técnicos de polo aquático. O máximo que recebia de resposta era um "ciente". Mas sem integração. Sem participação. Todos muito ocupados. Ocupados para lutar por seus direitos e por algo melhor. É melhor deixar do jeito que está e garantir o meu - a maioria pensa.

E os anos vão passando...

Por Guilherme Tucher
em 25 de Setembro de 2012 às 11:00.

Roberto, ontem mesmo citei essa frase (exatamente essa) de Rui Barbosa para um amigo meu. Esse nosso problema de "hoje" é antigo.

Por Edison Yamazaki
em 25 de Setembro de 2012 às 23:19.

Gilherme,

Tenho certeza de que todos estão ocupado. Trabalhando, buscando algum trabalho e resultados. Mas não acredito que entre 3 mil cevnautas não existam sequer dez pessoas que debater um tema tão importante. Não só por esse plano de medalhas, mas pela maneira como são definidas as coisas relativas ao esporte no Brasil.

Sei que a participação dos brasileiros, de um modo geral, é baixa quando o assunto é educação e cidadania. Talvez se o título fosse: "maneiras de fortalecer seu bumbu para o verão" ou "cinco maneiras de vencer na vida", teríamos uma centena de opiniões.

Como agravante temos que os profissionais da Educação Física são mais sonhadores, mais preocupados com a estética, pouco politizados e que aceitam qualquer trabalho num hotel 5 estrelas durante o verão. Baixa auto estima, pouca ambição profissional e consequentemente baixo valor como educador. Um círculo cruel que vem se repetindo há tempo.

Ontem, estive com o técnico de futebol da Universidade Internacional de Osaka e ele me perguntou se o Brasil teria condições de organizar a Copa e as Olimpíadas. Ele me disse que todos estão preocupados porque o Brasil não organiza um grande evento há muito tempo. O pessoal do alto escalão de algumas indústrias japonesas é que levantam essas questões. Esse pessoal tem ido diversas vezes ao Brasil e voltam dizendo sobre os aeroportos, transporte, hotéis e principalmente dos custos para se viver no país. Dizem que além da baixa qualidade em alguns serviços, o preço são mais altos que os grandes centros europeus e até do que Tóquio ou Osaka. Os empresários não participam de nenhum comitê esportivo, mas voltam falando sobre as dificuldades que o Brasil possui. Aí, saí nos jornais e todo mundo fica preocupado. Acho que somente a Dilma e o Rabello é que estão tranquilos porque descobriram os Jogos "ontem".

Acho que esse tema que você levantou (Plano de Medalhas) precisa ser discutido, não para mudar os rumos que o governo quer dar aos investimentos, para que possam entender o por quê do esporte e a educãção esportiva estar sempre na rabeira de tudo. Não dá nem para citar o Rui Barbosa, tenho até medo.

 

 

Por Guilherme Tucher
em 27 de Setembro de 2012 às 08:15.

Edilson, (infelizmente) tem razão. Ainda temos uma grande maioria assim. Mas um dia muda...

Li recentemente sobre a mobilização de alguns adolescentes que criaram páginas na internet para denunciar os problemas de suas escolas públicas. As reclamações/pedidos vão de desde infraestrutura até a compra de livros para a biblioteca.

Talvez percamos um pouco desta "vontade" ao longo do nosso "crescimento"...

Por Edison Yamazaki
em 27 de Setembro de 2012 às 19:38.

Olha só o que começou a acontecer com o Plano Brasil de Medalhas. A briga por algumas fatias do bolo já começou e o "dono do dinheiro" parece começar a fraquejar.

A matéria saiu no portal Yahoo! na parte de esportes.          

http://br.esportes.yahoo.com/noticias/atletas-cidadania-critica-recuo-governo-plano-brasil-medalhas-203603777--spt.html

Adiantando... nada contra o plano que é necessário. O que coloco em discussão é a maneira de como tudo isso será feito.

Cadê o pessoal para participar?

Por Laercio Elias Pereira
em 27 de Setembro de 2012 às 20:01.

Pessoal,

      Aproveitando a deixa do Edison, vale a pena visitar o portal dos Atletas.

     http://www.atletas.org.br/

     Vamos entabular alguma parceria com o CEV?

Ó o "nosso jogo" lá:

"Como é nosso jogo

A Atletas vem atuando em duas causas principais: Esporte e Oportunidades para a Juventude, com metas claras e resultados a serem atingidos.

A estratégia da organização é estimular e monitorar políticas públicas junto a governos e com apoio da iniciativa privada, meios de comunicação e sociedade, para que ações concretas em prol do desenvolvimento do país sejam cumpridas, sempre por meio de três grandes linhas de ação:

Advocacy
Incentivo ao estabelecimento e cumprimento de metas concretas na área social, e o acompanhamento de legislação e políticas relacionadas às causas escolhidas.

Investimento em conhecimento
Apoio ou correalização de pesquisas e estudos sobre as causas como forma de aprofundar e qualificar o debate sobre os temas.

Mobilização e comunicação
Realização de eventos para jornalistas, formadores de opinião e governos; e campanhas de comunicação que ajudem a divulgar e mobilizar diversos setores sociais."

 

     Laercio

Por Guilherme Tucher
em 28 de Setembro de 2012 às 09:09.

Realmente o plano é necessário e parece que foi bem redigido. Exigir uma gestão profissional e metas claras de gestão são uma exigência no mínimo razoável. Querer o sucesso do esporte e vê-lo desta maneira. E deve ser mantida!   Mas este deveria ser apenas o ponta pé para a independência em relação ao dinheiro público. O comité olímpico americano não tem qualquer verba pública. Precisamos massificar o esporte para que as empresas privadas "briguem" para associar seus nomes ao esporte de formação, lazer, educacional e de rendimento.

Por Guilherme Tucher
em 28 de Setembro de 2012 às 09:11.

Realmente o plano é necessário e parece que foi bem redigido. Exigir uma gestão profissional e metas claras de gestão são uma exigência no mínimo razoável. Querer o sucesso do esporte e vê-lo desta maneira. E deve ser mantida!   Mas este deveria ser apenas o ponta pé para a independência em relação ao dinheiro público. O comité olímpico americano não tem qualquer verba pública. Precisamos massificar o esporte para que as empresas privadas "briguem" para associar seus nomes ao esporte de formação, lazer, educacional e de rendimento.

Por Guilherme Tucher
em 28 de Setembro de 2012 às 09:19.

Realmente o plano é necessário e parece que foi bem redigido. Exigir uma gestão profissional e metas claras de gestão são uma exigência no mínimo razoável. Querer o sucesso do esporte e vê-lo desta maneira. E deve ser mantida!   Mas este deveria ser apenas o ponta pé para a independência em relação ao dinheiro público. O comité olímpico americano não tem qualquer verba pública. Precisamos massificar o esporte para que as empresas privadas "briguem" para associar seus nomes ao esporte de formação, lazer, educacional e de rendimento.


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