Cevnautas,

A notícia é de Portugal, mas, como é sobre mamíferos da nossa espécie, os dados por aqui devem ser parecidos.

Incentivo a quem tem essas informações do Brasil a postar no comentário desta nota. Referência vale.

Laércio

Não fazer exercício sai caro. Imagina quanto?
Estimativas são da Organização Mundial de Saúde e DGS. Além do impacto financeiro, mais exercício poderia salvar 1500 vidas por ano

Marta F. Reis
marta.reis@newsplex.pt

A Organização Mundial de Saúde estima que o custo anual da inatividade física no país ronda os 900 milhões de euros. Dados divulgados pela Direção Geral da Saúde alertam que este montante equivale a 9% do orçamento do Ministério da Saúde para 2017.

De acordo com o artigo divulgado pela DGS, a inatividade física é "um importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças, tais como a diabetes, a depressão, as doenças cérebro-cardiovasculares, oncológicas e respiratórias, e estão disponíveis desde 2016 estimativas para os seus custos a nível mundial".

O risco de mortalidade diminui à medida que aumenta o tempo de prática de atividade física, alerta mesmo a Direção Geral da Saúde. Cerca de 20-25 minutos por dia de atividade física moderada por dia chegam para ter algum efeito protetor. São 150 minutos por semana em atividades como caminhadas em passo rápido, a prática de um desporto, aulas de dança, exercício físico no ginásio, ou corrida.

Prevenir o sedentarismo

A análise, do diretor do Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física, Pedro Teixeira, salienta que as contas da OMS para Portugal tiveram por base dados de um Eurobarómetro publicado em 2004 e que revelou que 72% dos adultos portugueses “nunca” ou “raramente” fazia exercício ou desporto, e apenas 23% cumpre as recomendações da OMS e faz pelo menos 150 minutos de exercício moderado por semana.

Já no Inquérito Nacional da Saúde de 2014, apenas 20% dos inquiridos com mais de 15 anos referia praticar exercício físico pelo menos três vezes por semana. Noutro estudo nacional, citado no mesmo artigo, a atividade física dos portugueses foi avaliada diretamente com um aparelho eletrónico usado à cintura (acelerómetro) e apenas 21% dos adultos atingia o valor atualmente recomendado pela OMS.

De acordo com o Programa Nacional de Promoção da Atividade Física, considerando estes fatores, estima-se que, em Portugal, a inatividade física seja responsável por:

·         8% dos casos de doença das coronárias;
·         11% dos casos da diabetes do tipo II;
·         14% dos casos de cancro da mama;
·         15% do cancro colorretal.

Relativamente à percentagem da mortalidade atribuída à inatividade física no nosso país, está estimada em 14%, assinala a DGS. “Ou seja, se a atividade física se generalizasse a toda a população, uma em cada 7 mortes poderia ser evitada anualmente. Como eliminar a inatividade física é um cenário improvável, se o Estado português conseguir uma redução de 10% na sua prevalência – meta assumida para 2025 – poderão ser evitadas cerca de 1.500 mortes todos os anos”.

O Programa Nacional de Promoção da Atividade Física revela que num artigo da revista “Lancet” publicado em 2016, o custo total da inatividade física em Portugal foi situado entre 210 milhões e 460 milhões de euros, incluindo custos diretos e perdas de produtividade com mortalidade prematura. Contudo, apenas se consideraram custos diretos relativos a 5 das 22 doenças e condições que a atividade física comprovadamente previne. "E muitos custos indiretos não puderam ser estimados (ex. absentismo, custos com apoio familiar ao doente), como os próprios autores reconhecem. Mais importante, foi considerada uma prevalência de inatividade física para Portugal de 35%, um valor muito reduzido face à realidade", assinalam os autores.

O Programa Nacional de Promoção da Atividade Física conclui, por isso, que “a estimativa de 900 milhões de euros para o custo da inatividade em Portugal não deverá estar longe da realidade. Face ao progressivo aumento dos custos de saúde nos próximos anos, justifica-se mais do que nunca o investimento na prevenção do sedentarismo, com o esperado impacto no bem-estar individual, na prevalência das doenças não-transmissíveis, na mortalidade e na economia”.

FONTE com fotos e links:  https://sol.sapo.pt/artigo/548720/nao-fazer-exercicio-sai-caro-imagina-quanto-

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