Cevnautas,
Em vez de curso de formação o deputado baiano que dar a autorização de execicio profissional aos treineiros e ex-atletas. Isso talvez valorize quem bateu bem escanteio ou falta a vida toda, mas desvaloriza a existência de um curso superior específico para o trabalho. Será que passa? Ninguém falou para o deputado que não é proibido aos ex-atletas estudar? Por que ele não propõe um programa de apoio ao estudo? Laércio
15/09/2014 - 17h37
Proposta torna claro que qualquer pessoa pode ser treinador de futebol
Os conselhos regionais de educação física exigem o registro do treinador, mas a lei que regulamenta a profissão dá apenas prioridade aos diplomados. A exigência do diploma exclui vários ex-atletas.
Maia: exigir o diploma prejudica o próprio futebol, que deixa de contar com o conhecimento de ex-jogadores.
A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 7113/14, do deputado Arthur Oliveira Maia (SD-BA), que explicita que qualquer pessoa pode exercer a profissão de treinador ou monitor de futebol.
O deputado conta que os conselhos regionais de educação física têm exigido o registro dos treinadores profissionais de futebol junto às instituições, para que possam exercer a profissão. “Essa exigência tem causados grandes prejuízos a profissionais que, embora com grande experiência no esporte, não possuem diploma de curso superior de Educação Física, como é o caso dos ex-atletas”, disse Maia.
Decisões judiciais têm sido contrárias à restrição, porque a Lei 8.650/93, que regulamenta a profissão de treinador profissional de futebol, dá apenas prioridade aos diplomados em Educação Física, e às pessoas que à época tinham no mínimo seis meses de atuação na área.
Tramitação
A proposta foi apensada do PL 4907/01, que também trata da profissão, e está pronto para ser votado em Plenário.
Íntegra da proposta:
PL-7113/2014 http://www.camara.gov.br/internet/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=606089
Reportagem - Marcello Larcher
Edição – Natalia Doederlein
FONTE: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/ESPORTES/474291-PROPOSTA-TORNA-CLARO-QUE-QUALQUER-PESSOA-PODE-SER-TREINADOR-DE-FUTEBOL.html
Comentários
Por
Rafael Moreno Castellani
em 18 de Setembro de 2014 às 11:31.
Fala Fessor!!
Você não replicou essa mensagem na comunidade de futebol, né? Seria interessante...
Esse é um tema polêmico e que precisa ser bastante discutido. Penso que o diploma não é garantia de conhecimento em determinadas áreas! A grande questão passa por definir critérios para dar essa autorização. Critérios que sejam, essencialmente, qualitativos. Repito... o fato de eu ter um diploma, uma carteirinha do CREF, PODE (ou não) não significar que sou mais qualificado que outro que tem anos de experiências, estágios, cursos, especializações...
Sou sim, a favor que todos façam um curso de EF, claro! Mas sou contra essa reserva de mercado.
Abração!
Por
Laercio Elias Pereira
em 18 de Setembro de 2014 às 22:13.
Opa, Rafa,
Obrigado pela levantada de bola.
Quando criamos o CONFEF (desculpe a imodéstia) sabíamos que nos países anglo-saxões não tem essa de diploma. Tem só carteirinha de certificação. Geralmente feita pelas associações profissionais. Inter-pares, pois.
No Brasil patrimonalista as profissões são defendidas por conselhos. Demoramos para criar o Conselho Federal de Educação Física. Perdemos a primeira tentativa feita por presidentes de APEFs e Diretores de Escolas de EF em 1983: http://www.confef.org.br/extra/conteudo/default.asp?id=558
Quando conseguimos, em 1989, vários setores de atividades do prof de Educação Física já estavam sendo ocupados, especialmente pela Fisioterapia (a tal "fisioterapia preventiva" já estava de vento em popa), e a Psicologia já tinha abarcado tudo como pricomotricidade. Biodança, inclusive. Gosto de citar um caso que presenciei, de um professor meu colega da EF-UFMG que foi parar na delegacia denunciado pelo CREFITO por estar dando exercicio de fisioterapia numa academia de ginástica (isso antes do CONFEF).
Acredito que cada vez mais as profissões vão exigir certificações de sociedade inter-pares. Como a OAB e algumas especialilzades de medicina já fazem.
Tenho posição corporativa com relação à minha profissão (não confundir com corporativista). Acredito que ela exige preparo muito além do que pode ter um praticante de esporte que não tenha estudado em instituição adequada (enquanto não chegamos à certificação)
Diploma e carteirinha por si só não garantem bom desempenho profissional. Podem oferecer boa formação e fiscalização do exercício profissional. Só a prática do esporte não dá nenhum dos dois.
Seguimos.
Laercio
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