Cevnautas, além do assunto momentoso(ixi!), vale o exemplo do relato de alguém que foi para um congresso no estrangeiro. Já pensou se a turma da Educação Física tambem encarasse esse tipo de colaboração?  Laercio

Repensando o Futuro da Comunicação Científica

No  último dia 9 de março, foi realizado um colóquio na Stanford University denominado Colloquium on Rethinking the Future of Scientific Communication, ou seja, em português, Colóquio “Repensando o futuro da Comunicação Científica”, organizado por Nader Rifai, Michael Keller e John Sack. Seguem abaixo um resumo da proposta do evento e um breve relato dos resultados das discussões.

O formato de comunicar informações científicas por meio de revistas profissionais mudou muito pouco desde o século XIX. No entanto, os recentes avanços na tecnologia da informação têm revolucionado a pesquisa e descoberta da informação científica. Assim, nem a migração do papel para a publicação eletrônica, nem a explosão de ferramentas de mídia social, alterou significativamente o formato de apresentação básica das descobertas científicas. Em comparação, a popular imprensa passou por uma transformação para uma melhor apresentação e complexa comunicação ao leitor, em geral, cujas expectativas sobre como encontrar e utilizar as informações agora podem ser significativamente diferentes do que eram há apenas alguns anos atrás. Por que  os periódicos científicos não poderiam ser submetidos a essa mesma transformação? Como podemos obter vantagens das tecnologias existentes e outras, como olhamos para o futuro da comunicação científica?

A fim de abordar estas questões, a Clínical Chemistry,  as Bibliotecas da Universidade de Stanford, e a Editora HighWire Press organizaram uma reunião no campus da Stanford University, no mês de março, próximo passado, com 19 empresas da indústria editorial,  bibliotecários, editores, estudantes de pós-graduação, e líderes das indústrias de tecnologia e comunicação foram convidados. Uma ampla gama de tópicos foram discutidos e que vão desde o desejo de um maior acesso aos dados, juntamente com uma melhor capacidade de filtrar informações e fazer anotações eletronicamente, com os méritos e limitações do processo de revisão por pares e da transição do formato atual publicação estático para um formato interativo. A singularidade deste exercício é a participação da Editora HighWire Press, a plataforma líder de publicação eletrônica (e-Publishing), que facilita a difusão digital de quase 1700 revistas, como  Science, Journal of Biological Chemistry,  British Medical Journal, Genome Research e Journal of Cell Biology.  A editora HighWire Press,  portanto, tem a capacidade de transformar algumas dessas idéias em realidade e, potencialmente, mudar a maneira de como acessamos e comunicamos a informação científica.

Um sumário executivo  dessas discussões poderá ser visto em: https://lib.stanford.edu/files/Colloquium.Summary.Final_.pdf

Alguns relatos interessantes são apresentados no sítio onde consta o sumário executivo do evento, tais como:

Rick Luce expôs uma proposta para resolver a questão  da revisão por pares mediante o estabelcimento de  uma proposta em que a comunicação científica aberta seja realizada em dois estágios e que isto poderia produzir melhores métricas para medir o impacto e a qualidade da publicação. Para implementar essa idéia, ele propõe o desenvolvimento de um sistema aberto até o momento da publicação.

David Rosenthal também mostrou preocupação com a revisão por pares, dizendo que o peer review precisa de ajuda. Ao comentar problemas relacionados à revisão por pares, cita que alguns artigos de ponta, citados dez vezes ou mais que outros artigos, não significa que tais artigos sejam úteis. A mera presença nas principais revistas não é um indicativo de utilidade. Rosenthal diz que os revisores não são bons em detectar fraudes grosseiras. Conclui dizendo sobre a necessidade de um  mecanismo de anotação melhor que o modelo de blog – necessário para conectar comentários a um texto específico.

Pelo que se pôde depreender dos registros existente sobre o evento, a preocupação maior não era com a questão do Acesso Livre, mas, principalmente sobre os desafios para aperfeiçoar e inovar a coimunicação científica.

FONTE: http://kuramoto.blog.br/2012/05/25/repensando-o-futuro-da-comunicacao-cientifica/

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