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Divertida, mas ainda pouco conhecida, escalada indoor reúne o melhor de muitas atividades físicas
Publicada em 16/10/2010 às 17h39m

RIO - Imagine uma atividade que pode lhe proporcionar um corpo definido, na medida certa. Mais força, resistência, flexibilidade, equilíbrio e coordenação motora. De bônus, combate o estresse e proporciona uma sensação ímpar de realização e prazer. Pois ela existe. E a maioria das pessoas a vê, equivocadamente, como algo impossível. É a escalada, inclusive a indoor, muito mais acessível, já que é oferecida em ginásios e academias. Aproveitamos que este mês acontece a Mostra Internacional de Filmes de Montanha (que na verdade inclui uma série de outras atividades) para falar um pouco sobre a escalada indoor. Somos fãs, vale experimentar.

O professor de educação física e treinador do Centro de Escalada Limite Vertical Fábio Muniz diz que a atividade proporciona uma capacidade de concentração muito superior à das demais. Além disso, trabalha o controle do medo e a superação de limites. "A toda hora é preciso fazer movimentos diferentes, pensar na via que se quer subir, usar diferentes músculos, superar desafios. A escalada trabalha também muito o equilíbrio", observa Muniz. Como resultado, a pessoa passa conhecer melhor o próprio $. O trabalho de força é fundamental, já que é preciso suportar o próprio peso.

O professor de educação física e instrutor de escalada da Proforma, Flávio Aguiar, destaca que, longe de ser estressante como muita gente pensa, a atividade oferece relaxamento e controle da ansiedade. "Para lidar com o desafio mental e o esforço físico que a escalada exige, nosso corpo libera adrenalina, depois endorfina. Essas substâncias oferecem uma sensação única de prazer, de satisfação", diz Aguiar. E não é preciso ser um homem-aranha para entrar nesse estado de graça. $professor conta que muita gente chega à academia pensando que jamais conseguiria subir o muro. Puro engano. "Mesmo quem tem medo de altura consegue", afirma Aguiar. Ele acrescenta que há alunos que escalam para relaxar, por mais contraditório que isso pareça. Alguns contam que, ao subir o muro, deixam as preocupações de lado.

Se você se animou a experimentar, saiba que a atividade incluiu também exercícios preparatórios, que ajudam a melhorar o condicionamento de forma geral, com trabalho de força, equilíbrio e flexibilidade.

Assista ao vídeo na notícia

Comentários

Por Dimitri Wuo Pereira
em 18 de Outubro de 2010 às 14:34.

Amigos e amigas

Bom saber que a reportagem foi com duas pessoas que entendem da modalidade e também tem formação em educação física. O Fábio Muniz e o Flávio Aguiar são escaladores experientes do Rio de Janeiro (berço da escalada brasileira) e sáo formadores de opinião com respaldo acadêmico sobre o assunto.

A escalada indoor (paredes construídas pelo ser humano) tem como característica sustentar ou manter o corpo pendurado e apoiado contra a força da gravidade em situações de verticalidade. Nessa prática a aplicação da força transfere-se gradualmente dos MMII para os MMSS quanto mais a inclinação do ambiente torna-se negativa, isto é, com ângulo menor que 90 graus.

Mas ressalto que o conjunto força - coordenação - equilíbrio, é essencial para permanecer em paredes indoor. Explico-me:

A força que precisamos exercer nessa situação refere-se a preensão manual para o agarre das mãos, que é uma combinação das contrações musculares dos flexores dos dedos e outros músculos da região com o atrito entre as polias, articulações e tendões desses músculos.

A coordenação é a triangulação entre MMSS e MMII procurando posições entre três apoios para que o quarto seja liberado ao movimento. Aqui a determinação do centro de gravidade próximo aos pontos de apoio, a extensão dos cotovelos para utilizar a força a musculatura dorsal e o posicionamento lateral do corpo em relação à parede favorece os movimentos mais coordenados e uma aplicação de força eficaz

O equilíbrio na escalada será a conjunção da força com a coordenação multimembros de forma a posicionar o corpo para uma decisão de movimento em equlíbrio estático quando se pretende maior precisão de movimentos mesmo com maior gasto energético ou para o movimento em equilíbrio dinâmico no qual a velocidade de execução melhora a distância que se pretende atingir, com menor gasto energético, pois o tempo de movimento é menor, mas perdendo-se a precisão do agarre das mãos.

Espero ter ajudado na discussão aberta a partir da entrevista

Dimitri


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