No Brasil não existe formação específica para o profissional que trabalha com esporte de aventura, segundo Costa (2005) geralmente esses profissionais se autoformam ou recebem um curso de mínima duração, oferecidos por algumas confederações esportivas ou de associações internacionais certificadoras.

Muitos desses profissionais que atuam como instrutor de esporte de aventura não são profissionais de Educação Física, mas sim formados em variadas áreas como letras, psicologia, turismo, entre outras. Normalmente esses instrutores são ex-praticantes e possuem o saber experiencial, visando que o profissional de Educação Física durante sua formação acadêmica só possui uma disciplina relacionada a esporte de aventura, a qual não supri ás necessidades que o profissional encontrará quando for trabalhar na área de esporte de aventura, será que esses minicursos oferecidos pelas confederações são o suficiente para que o profissional de Educação Física que não possuí o saber experiencial possa trabalhar como instrutor de Esporte de Aventura ?

Comentários

Por Dimitri Wuo Pereria
em 28 de Janeiro de 2017 às 10:00.

Olá estou retornando ao CEV e vejo que há boas discussões na aventura. Há uma pos graduação em Aventura em SP, que era realizada na FMU - SP e que a partir de 2017 deve ir para a FIG (guarulhos - SP), diferente de disciplinas de graduação ela permite um aprendizado mais intenso e extsno do tema, um abraço

Por Thayane da Silva Campideli
em 3 de Março de 2015 às 21:36.

Em diversas áreas da Educação Física o saber experiencial tem muita relevância uma vez que em muitas modalidades o instrutor teve como primeiro contato na atividade a função de praticante/atleta. Não significa que o intrutor de modalidades como rapel, montanhismo, escalada entre outras são formados ou estudantes de Educação Física. Se nota que é deficiente este aspécto na profissão, pois requer um pouco mais de estudos e experiências como profissional para se ter melhor bagagem para transmitir para os alunos. Apesar disso, acontece que os praticantes sentem muito mais confiança no professor que já tem uma experiência de

Por Thayane da Silva Campideli
em 3 de Março de 2015 às 21:43.

prática do que um que simplismente estudou e não vivenciou a modalidade.

Por Esther Carolina Mendes Rezende
em 28 de Março de 2015 às 22:20.

Os Esportes de aventura não diferem em termos tipológicos de outros esportes, da mesma forma que um treinador de futebol ou handebol, um personal trainer, por exemplo, precisam ter experiência na área em que atuam e uma graduação em educação física (embora não seja isso que acontece (sempre) na prática), apenas minicursos não são suficientes para o indivíduo trabalhar como instrutor, porém acrescentam ao conhecimento do profissional da educação física que já vivenciou a modalidade de maneira afinca.

Por Esther Carolina Mendes Rezende
em 28 de Março de 2015 às 22:23.

Os Esportes de aventura não diferem em termos tipológicos de outros esportes, da mesma forma que um treinador de futebol ou handebol, um personal trainer, por exemplo, precisam ter experiência na área em que atuam e uma graduação em educação física (embora não seja isso que acontece (sempre) na prática), apenas minicursos não são suficientes para o indivíduo trabalhar como instrutor, porém acrescentam ao conhecimento do profissional da educação física que já vivenciou a modalidade de maneira afinca.

  É mais uma maneira de valorizar a educação física, visto que as pessoas pensam que qualquer um pode realizar o trabalho de um profissional da área.

 

Por Isabella Cristina de Carvalho
em 4 de Abril de 2015 às 19:08.

Esther concordo com você que os esportes de aventura não diferem dos outros tipos de esportes em termos  tipológicos, porém o acesso à esses "outros" esportes é muito mais fácil, provavelmente todo adulto já passou por esses esportes quando criança, adolescente ou até mesmo na fase adulta, o que não é o caso quando se refere ao esporte de aventura. Estes "outros" esportes são mais comuns e mais vivenciados na vida escolar, o que facilita a assimilação, a compreensão e entendimento sobre eles, coisa que não acontece com o esporte de aventura. Portanto, penso que esses mínis cursos não são tão eficientes e não dão muita confiança ao profissional de educação física para trabalhar na área quando se diz respeito a esportes de aventura. 

Por Valdo Vieira
em 15 de Abril de 2015 às 09:31.

Salve pessoal, para alicerçar o debate, sugiro as seguintes leituras:http://www.confef.org.br/extra/revistaef/show.asp?id=3602 (’esporte de aventura é diferente de turismo de aventura) e também os manuais com as normas técnicas para o Turismo de Aventura, publicado pela ABNT (www.abnt.org.br). Abraços, Valdo Vieira

Por Genislei José de Oliveira
em 2 de Fevereiro de 2016 às 09:04.

O surgimento de novas modalidades de atividades físicas é um fenômeno que ocorre numa seqüência ininterrupta ao longo dos tempos no contexto da sociedade brasileira. Nesse sentido, notá-se que aquelas modalidades ligadas à natureza crescem numa proporção maior devido a diferentes fatores como a necessidade de o homem afastar-se do estresse das grandes cidades

 Nessa perspectiva, percebe-se que as modalidades de esporte de aventura e risco calculado na natureza demandam certos pré-requisitos à sua prática como o desenvolvimento de habilidades e adaptações de ordem física, psicológica, além de uma série de procedimentos ligados à integridade física e emocional do praticante e à preservação do ambiente natural.

Por Aline Senna
em 2 de Fevereiro de 2016 às 10:35.

A prática de esporte de aventura suscita pré-requisitos específicos se comparado com àquelas relacionadas às modalidades de esporte ditas convencionais (como as modalidades de esportes coletivos, natação, tênis dentre outras). Dentre essas especificações encontra-se o fator de risco que requer uma série de procedimentos de seus praticantes como a manutenção de sua integridade física e mental, o condicionamento físico, o desenvolvimento de habilidades necessárias à modalidade de aventura em questão e estratégias que visem ainda à preservação do meio ambiente.

Estas considerações reforçam a responsabilidade que pesa sobre as ações empreendidas por esses profissionais no decorrer do processo instrucional, na tarefa de proporcionar não somente o domínio da técnica, mas, sobretudo a autonomia do praticante embasada em conhecimentos necessários no momento da prática de uma modalidade de esporte de aventura em questão.

Geralmente, a condução dessas práticas no que concerne ao processo instrucional das diferentes modalidades que compõem o esporte de aventura ocorre em sua maioria pelo conhecimento resultante da vivência prática dos condutores que, de alguma forma, socializaram seus saberes entre si ou de acordo com a autorização - por meio de cursos de mínima duração - de confederações esportivas ou de associações internacionais certificadoras relativas determinadas modalidades do referido segmento esportivo.

O entendimento e a consideração por parte do condutor poderão contribuir como elementos para reflexão junto às ações e procedimentos a serem adotados ao longo do processo instrucional das diversas modalidades que se manifesta o esporte de aventura.

Sendo assim, acho que esses minicursos oferecidos pelas confederações não são o suficiente para que o profissional de Educação Física que não possuí o saber experiencial possa trabalhar como instrutor de Esporte de Aventura, pois é uma prática que exige uma certa experiêcia a mais do profissional. 

 


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