Cevnautas da Etica,

Os gatos continuam sujando os pódiuns. Laercio

Impostores foram campeões fingindo ser deficientes em vergonha do esporte

Do UOL, em São Paulo 24/10/201506h00   Os Jogos Paraolímpicos de 2000 tiveram um escândalo que manchou o esporte. Uma seleção formada por mentirosos enganou a organização e conquistou a medalha de ouro. O caso aconteceu no basquete masculino para portadores de deficiência mental. A Espanha levou a melhor e se tornou campeã com folga. Mas havia um detalhe: apenas dois jogadores tinham deficiência. Os demais eram impostores.  

A denúncia foi feita por um jornalista que acompanhou toda a farsa de perto. Afinal, o repórter Carlos Ribagorda era um desses jogadores. Treinou durante cinco meses com o restante da equipe e disputou as Paraolimpíadas de Sydney, na Austrália. Ao fim do torneio, relatou tudo em detalhes.  

Segundo a reportagem de Ribagorda, vencedora de um prêmio de jornalismo investigativo em 2001, a farsa existia desde 1998. Ele diz que algumas flexões de braço foram suficientes para que entrasse no time. Atestados falsos foram usados para validar a presença dos impostores, inclusive nas Paraolimpíadas.  

O jornalista contou ainda que na primeira partida da Espanha, diante da China, o técnico pediu que os jogadores diminuíssem o ritmo: "Rapazes, vamos desacelerar ou vão descobrir que vocês não têm nenhuma deficiência", relatou Ribagorda.  

Ele ainda publicou que pelo menos outras três equipes da Espanha também contavam com atletas irregulares, acusando natação, atletismo e tênis de mesa de entrarem na farsa. "Passei cinco meses treinando sem nenhum jogador com deficiência por perto. Os dois que realmente tinham condições de estar ali só chegaram depois", contou.  

Quando o caso veio à tona, as autoridades determinaram a devolução das medalhas e de 160 mil euros destinados como subsídio, além de uma multa de 5,4 mil euros ao presidente da confederação espanhola. "Acho que as pessoas viram tudo isso como uma oportunidade de viajar de graça para a Austrália. E havia um certo orgulho de representar a Espanha", descreveu Ribagorda, o mentiroso infiltrado na seleção.  

Fonte com fotos e links: http://olimpiadas.uol.com.br/noticias/2015/10/24/selecao-de-mentirosos-foi-campea-ha-15-anos-em-caso-que-envergonhou-esporte.htm

Comentários

Por Roberto Affonso Pimentel
em 24 de Outubro de 2015 às 18:48.

Boa Laércio!

Seria interessante - não tenho ainda certeza - e para isto um bom jornalista investigativo poderia descobrir, que se verificasse a correspondente seleção brasileira de voleibol em recentes atuações. Sua composição deixou-me dúvida.

Imagino que tudo é possível no Brasil, especialmente em se tratando de somar medalhas.

Seria também louvável que pulicássemos artigos do professor José Manuel frequentemente, para educar - ÉTICA - nossos futuros gestores e profissionais. Creio que o que está por aí está muito comprometido, salvo raríssimas exceções.

Por Laercio Elias Pereira
em 25 de Outubro de 2015 às 09:58.

Opa, Roberto,

Vamos instalar o primeiro "gatômetro esportivo" da paróquia no CEV!

Já sabemos que ele vai pegar gatos nos esportes paralímpicos. 

Será que os atletas civis promovidos para ganhar medalhas nas competições militares vão enroscar na catraca? E os nômades das cidades que ganham medalhas nos Jogos Abertos do Interior?

Laércio

PS: Vamos aumentar a busca para incluir mais publicações sobre ética e esporte aqui na biblioteca da Comunidade.

 

Por Marielly Gomes Silva
em 16 de Janeiro de 2016 às 23:24.

É necessário que a fiscalização no esporte seja mais rigorosa.

O esporte é para todos, e é inaceitável que impostores, que não sabem competir de maneira justa, estraguem uma área tão bonita do esporte.

Ética é o que precisa se exigir!


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