Cevnautas da Fisioilogia e Personal,

Segue artigo de divulgação do Dr. Daniel Frota e, para quem precisa aprofundar, como os treinadores pessoais, o endereço um artigo - de 2015 - do American Coulcil of Exercice.

Laércio

Como os hormônios são estimulados no nosso corpo pela atividade física?
16/02/2017 17h02      

Os hormônios são substâncias químicas específicas fabricadas pelo nosso sistema endócrino, com grande importância para o funcionamento adequado do nosso organismo. O exercício físico provoca respostas hormonais com influência fisiológica e psicológica. Quando realizamos um adequado exercício físico, com uma indicação profissional precisa em relação à intensidade, tipo e tempo, nossos hormônios agem em conjunto, permitindo que o indivíduo encontre a força física e mental necessária para a sua execução.

A realização de uma atividade física periódica desenvolve inúmeros benefícios, como melhoria da memória, concentração, humor e do bem-estar. O exercício também ajuda nos casos de depressão e ansiedade, diminuindo também o estresse e a tensão corporal. Além disso, ele ajuda a fortalecer os músculos e a resistência muscular, regula o intestino, baixa o colesterol, ajuda a diminuir dores crônicas, queima as calorias ajudando a perder gordura localizada, melhora a autoestima, melhora a flexibilidade, a elasticidade, a postura, ajuda a controlar a pressão sanguínea, diminui o risco de doenças crônicas, como o diabetes e a hipertensão arterial.
Abaixo listamos o mais importantes hormônios relacionados diretamente como o exercício e seus enormes benefícios:

Hormônio do crescimento: o hormônio do crescimento (GH), além de ser um potente agente anabólico, estimula diretamente a lipólise (queima da gordura). Suas concentrações se encontram elevadas durante o exercício, sendo que, quanto mais intenso for o exercício, maior a quantidade liberada deste hormônio.

Catecolaminas (adrenalina e noradrenalina): são hormônios que atuam em conjunto promovendo o  aumento da taxa metabólica, da liberação de glicose e de ácidos graxos livres no sangue, sendo que o aumento no gasto energético. A adrenalina em excesso está relacionada a mau humor, estresse generalizado, ansiedade e até a doenças cardíacas. Nas atividades físicas, a adrenalina é liberada para preparar o corpo para os grandes esforços que os exercícios necessitam. Ela acelera a queima de gordura e libera grande energia para os músculos que serão acionados. Ou seja, é essencial para o bom desenvolvimento e performance do indivíduo que está na academia dando o máximo de si. Normalmente, durante o exercício físico, a adrenalina é liberada em picos curtos para dar ao corpo a reserva necessária para aguentar as exigências que lhe serão cobradas, seja levantando pesos ou correndo.

Endorfina: hormônio produzido na glândula hipófise e que gera sensação de recompensa e bem-estar no organismo. É produzido em grande quantidade nas atividades prazerosas e está associada a relaxamento, alívio e contentamento generalizados. Ao ser liberada no corpo, a endorfina aumenta a disposição física e mental do indivíduo e melhora a resistência imunológica. Dores são reduzidas e tarefas árduas conseguem ser realizadas por mais tempo. Durante a atividade física, a endorfina é essencial para causar a sensação de prazer comum aos atletas de longa data. Ela melhora a motivação e a performance durante o treino em si, pois o indivíduo sente imediatamente os benefícios do exercício extenuante que está realizando. Causando uma explosão de euforia e força de vontade, a endorfina é essencial para a maximização dos efeitos benéficos da atividade física. Justamente por isto, muitas pessoas relatam ser “viciadas” na rotina de academia por causa desta sensação de prazer e bem-estar constantes. Porém, como é um hormônio produzido naturalmente, não há malefício do excesso de endorfina, exceto se a pessoa se exercitar muito pesadamente, o que pode levar a lesões indesejadas.

Glucagon e insulina: no exercício, à medida que os níveis plasmáticos de glicose no sangue vão diminuindo, ocorre estimulação da glicogenólise (geração de energia através do fígado) aumentando gradual da concentração plasmática de glucagon. Quanto maior a duração do exercício, maior a liberação de glucagon, sendo que, em exercícios moderados de curta duração, observa-se diminuição nos seus níveis plasmáticos. O efeito do exercício na concentração de insulina é o contrário do que ocorre com o glucagon, estando suas concentrações diminuídas no período de atividade. Os fatores que podem levar à diminuição da insulina são o aumento da velocidade de transporte de glicose para dentro das células musculares, a ação das catecolaminas e a liberação de glucagon. O exercício se torna importante por facilitar a captação de glicose e diminuir os níveis de insulina, sendo positivo para o indivíduo portador de diabetes.

* Daniel Frota é médico formado pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), em 2006, com atuação há 10 anos nas áreas de endocrinologia (Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro - 2007) e nutrologia (ABRAN - 2009). Atualmente, é pós-graduando em fisiologia hormonal aplicada e palestrante nas áreas de emagrecimento e longevidade.

FONTE com fotos e links: http://www.jornalfloripa.com.br/mundo/noticia.php?id=30651484

Mais informação (especialmente para treinadores pessoais):

8 HORMONES INVOLVED IN EXERCISE
Pete McCall  //  Fitness  //  8/10/2015

https://www.acefitness.org/blog/5593/8-hormones-involved-in-exercise

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