Uma equipa de ouro – Diosso, Burkina Faso Tiago Carrasco, João Henriques e João Fontes

A selecção nacional dos pobres joga num campo coberto de palha, paus finos e terra. As balizas são dois ramos de árvore desalinhados, sem redes. O campo inclina-se ligeiramente para a ala esquerda. Aqui costumam disputar-se jogos épicos – sem equipamentos, caneleiras e pequenas áreas. Em jogos grandes, até se improvisa um árbitro, as linhas de cabeceira e marcas de penalti. Mas só quando os jogadores estão contentes, em “maré de ouro”. A selecção de Diosso, com renegados de todas as partes do país, costuma jogar contra as aldeias vizinhas, também de exploração ourífera. Leia em http://www.ludopedio.com.br/rc/index.php/arquibancada/artigo/473


Ronaldo e o fardo da idolatria Ronaldo Helal
01.03.2011

Ao anunciar sua despedida do futebol, Ronaldo tentou mostrar que por detrás do “Fenômeno” existe um homem comum, com dores, que tem dificuldades de subir escadas e que sofre de um distúrbio de saúde. Uma das marcas da sociedade contemporânea é justamente a tensão entre seres ordinários – a massa – e singulares – os ídolos. Ronaldo parecia querer mostrar que fazia parte dos primeiros. Não faz. Sua entrevista e seu choro foi capa nos principais jornais do mundo. Inclusive no Olé, da Argentina, que se utilizou de uma frase significativa no país: “un viejo adversario despide a un amigo”. Frase dita por um político no funeral de Perón – um mito na Argentina – em 1974. O choro de Ronaldo é humano, mas sua carreira é excepcional, assim como foi a vida política de Perón no país vizinho. Leia em http://www.ludopedio.com.br/rc/index.php/arquibancada/artigo/515


O sonho do “Eldorado” olímpico renasce nos Andes e parte para o centro do Império, onde o sol nunca se punha Alvaro do Cabo
25.02.2011

Das cordilheiras do Império incaico para a cosmopolita e cinzenta “city” londrina seguirão os reluzentes “canarinhos” em busca de um título inédito para o futebol brasileiro. Junto com o virgem campeão olímpico retorna um ancião garanhão “celeste”. Sob o abrasador sol peruano, o Uruguai cuja bandeira também venera o astro-rei retornará a uma edição dos Jogos Olímpicos após duas distantes douradas medalhas e mais de oitenta anos de abstinência. Leia em http://www.ludopedio.com.br/rc/index.php/arquibancada/artigo/513

 

Russinho, 1930: leader dos footballers do Brasil João Manuel Casquinha Malaia Santos
22.02.2011

O “Grande Concurso Nacional Monroe”, promovido pela Cia de cigarros Veado, que elegeu o “Leader dos footballers do Brasil” foi uma das maiores estratégias de publicidade ligadas ao futebol do início do século XX, dando uma demonstração inequívoca do potencial deste esporte para a propaganda. A referida companhia, ao lançar um cigarro novo no mercado – os cigarros Monroe – decidiu organizar um concurso para eleger o jogador mais popular do país. As cédulas de votação eram os maços vazios de qualquer cigarro da Cia. Veado. Leia em http://www.ludopedio.com.br/rc/index.php/arquibancada/artigo/512

Sobre o futebol brasileiro e a volta de seus ídolos Fausto Amaro Ribeiro Picoreli Montanha
16.02.2011

Nas tradicionais especulações de final de ano, o nome de Ronaldinho Gaúcho foi o mais “ventilado” na imprensa esportiva nacional (para mais informações ver o texto do Álvaro). Em um verdadeiro leilão, ele chegou a ser cogitado no Corinthians, no Palmeiras, no Grêmio, no Flamengo e no América de Teófilo Otoni (MG). Até nas redes sociais o assunto virou notícia. Ao final, ele acabou acertando com o rubro-negro carioca. Leia em http://www.ludopedio.com.br/rc/index.php/arquibancada/artigo/490

Futebol e Cinema I Luiz Carlos Sant ana
09.02.2011

Venho iniciar uma breve série de entradas sobre futebol e cinema ou, talvez melhor, futebol no cinema. Aqui iremos registrar impressões e anotações sobre essa interação que tem mais história do que inicialmente se poderia supor. Já foi bastante propalado que o cinema brasileiro ainda não reservou um espaço adequado à arte futebolística. Também parece que já temos condições de contrapor a essa opinião, levantamentos empíricos contrários. Nesse sentido foi importante o trabalho feito pelo SPORT – Laboratório de História do Esporte e do lazer PPGHC/IFCS/UFR. Levando em conta a produção desde os primórdios do cinema nacional, chegou-se a 109 filmes sobre futebol (MELO, V. A. & ALVITO, M. Futebol por Todo o Mundo . RJ: FGV editora, 2006, p. 20). Não é, proporcionalmente, pouca coisa. Nesta coluna trataremos de alguns deles. Comecemos por um dos últimos, Linha de passe (2008), da dupla Walter Salles e Daniela Thomas. Leia em http://www.ludopedio.com.br/rc/index.php/arquibancada/artigo/484

O compromisso diário com a pesquisa Paulo Nascimento
02.02.2011

“Como o Greg e eu não jogávamos nada,
nós falávamos de esporte o tempo inteiro.”

Em minha tentativa de férias, que foi da última semana de dezembro à primeira de janeiro, tive enfim a oportunidade de acessar algo da obra do comentado comediante americano Chris Rock. Foi o seriado “Todo mundo odeia o Chris” que, do pouco que soube até agora, parece ter sido inspirado na adolescência do próprio Rock, vivida no Brooklyn de meados dos anos 80. Além de pai, mãe e dois irmãos, uma personagem bastante recorrente nos episódios é Greg, o melhor amigo de Chris – que é o único estudante negro de seu colégio, lugar onde surgem boa parte dos desafios diários que o protagonista da série enfrenta em sua vida (muitos deles relacionados à sua identidade étnico-racial). Seja no colégio, em casa, desafios ou eventuais prazeres que surjam na vida de Chris, são, invariavelmente, compartilhados com Greg. Os episódios são todos narrados em primeira pessoa. Em um dos que acompanhei, Chris explicou o resultado de sua falta de habilidade para estar inserido no grupo dos esportistas com a frase que desloquei como epígrafe deste texto. Isso porque ela me pôs a pensar. Leia em http://www.ludopedio.com.br/rc/index.php/arquibancada/artigo/489

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