Senhores (as) venho colocar em pauta um assunto que foge aos olhos da comunidade esportiva, mas que em minha opinião tem que começar a ser discutido e entendido. O mundo sofreu profundas mudanças do início do século passado onde a maioria dos esportes foi organizada, onde as principais entidades de administração do desporto internacionais e nacionais foram fundadas.

Hoje, após 100 anos deste movimento mundial, pouca coisa foi alterada no sistema de controle do esporte. Muitas Federações ainda administram apenas e tão somente campeonatos e isso de alguma maneira passou a ser tão previsível e fácil de ser realizado que em locais como São Paulo a proliferação de Ligas e Associações que administram "campeonatos" já está chegando a raia do incrontolável.

Muitas destas ligas e associações são criadas por ex-arbitros das modalidades que insatisfeitos com as políticas de suas Federações e com a impossibilidade de criar uma oposição respeitada e concorrer de forma democrática nas eleições das mesmas, criam Associações e Ligas paralelas. Algumas delas com o simples intuito de criar mercado para árbitros, formar novos árbitros para atuar exclusivamente nestes mercados paralelos, atendendo a uma fatia de mercado que necessita do serviço por preços populares e não condizentes com as taxas consideradas razoáveis para quem exerce esta função.

Qual seria o modelo atual? Um mundo onde as pessoas não tem mais tempo para freqüentar clubes esportivos, onde os próprios clubes não nutrem mais interesse em manter o esporte de competição. Onde a internet e os sites produzidos com seus programas super elaborados de atendimento resolvem todos os problemas sem que as pessoas precisem sequer falar com alguém. Onde um dos primeiros empregos básicos da sociedade é o tele marketing?

Além disso, o papel dos clubes esportivos para a sociedade está distorcido, haja visto que a maioria destes clubes não paga IPTU e mesmo assim não aceita incluir nas poucas equipes esportivas mantidas os famosos "sócios militantes".

Sinto que o assunto poderá, de alguma forma, mexer com o mercado de esportes e de certa forma criar novos paradigmas para que o Brasil posso caminhar de maneira mais sólida para os seus novos desafios: COPA DO MUNDO DE FUTEBOL E JOGOS OLÍMPICOS DO RIO DE JANEIRO. Minha preocupação é com o que virá depois de 2016. Será que vamos nos consolidarmos com o LEGADO destes Mega Eventos, ou vamos enfrentar o "The Day After" amargando as oportunidades perdidas nestes seis próximos anos de construção destes novo paradigma? 

Creio que o assunto é amplo e podemos conduzir as informações obtidas neste fórum para construir um NOVO MODELO DE E.A.D. 

José Arthur F. Barros

Maio/2010

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