O Sport: Laboratório de História do Esporte e do Lazer/UFRJ está com uma nova página:
http://historiasport.wordpress.com/

 

 

Comentários

Por Roberto Affonso Pimentel
em 7 de Novembro de 2013 às 11:59.

Meu caro Coriolano,

Já diversas vezes tentei penetrar no mundo da História no meio acadêmico. Continuarei a tentar enquanto tiver forças. Já recebi criítica em um dos meus livros que também trata da história de um bairro de Niterói - Villa Pereira Carneiro -  de uma diplomada na matéria afirmando que a história deve ser escrita somente por quem tem competência e estudos, i.e., os diplomados em universidades. Ao invés de me reprimir, confesso que cada vez mais tenho confiança em minhas críticas (também posso fazê-las) ao comportamento dos historiadores diplomados.

O interessante é que eles podem, acham que têm todo o direito - e os outros simples mortais, não! É uma pena, e sugere até que os que não estã comprometidos com tais pensamentos façam uma campanha ética para sanar tais desvios de comportamento. Talvez uma boa parte dos novos historiadores venham a pensar com maior clareza.

Dito isto, volto ao meu périplo para o mundo acadêmico que continuo a imaginar que seja exclusivo de poucos, até que a aposentadoria ou a expulsória se lhes apresente. Ele é impenetrável, exlusivo, e trata possíveis invasores como bárbaros, uma ameaça que deve ser extirpada. Estou tentando buscar obras, trabalhos acadêmicos sobre o voleibol no Brasil e tenho encontrado as maiores dificuldades. Penso até que não tenho capacidade para alavancar uma bibliografia sobre o assunto.

Entrei no sítio que sugere acima, fui à Memória, e na janela de busca nada encontrei sobre Voleibol. O interessante que apesar de estarmos em um país sob a égide da cultura futebolística machista, poucos se lembram que o segundo esporte mais praticado e apreciado pelo público é o vôlei. E, especialmente, pelas mulheres. E, além, dada a modernidade de conceitos, do público gay. Já realizei várias tentativas de apresentar a História que produzi e em vão. Há um silêncio que só comprova o que já pensava.

É uma pena que pessoas sejam assim com tanto estudo e capacidade. O que não os torna sensatos. Afinal, a universidade não deveria estar a serviço da sociedade?

Abraço.


Para comentar, é necessário ser cadastrado no CEV fazer parte dessa comunidade.