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Laércio

Saiba quais benefícios estão por trás da inclusão digital na terceira idade
1 DE MARÇO DE 2017 08:00
QUALIDADE DE VIDA
Pode parecer simples, mas ao utilizar as novas tecnologias, como computador e smartphone, os usuários podem conquistar mais autonomia e conhecimento na rotina

Ouvir músicas, conversar com os amigos e ler notícias online. Estas são algumas das ações que podem ser executadas no mundo virtual. Apesar de serem configuradas como “jovens”, elas vêm ganhando aderência da terceira idade, que não fica para trás e consegue dar conta do recado. Segundo Antonia Lis de Maria Martins Torres, pesquisadora do Laboratório Multimeios da Faculdade de Educação (Faced) da Universidade Federal do Ceará (UFC), esse público é curioso para se inserir e participar dessa sociedade em rede. “É oportuno também pontuar que os idosos convivem com gerações diversas, sejam filhos, netos ou bisnetos, e sentem que precisam acompanhar a linguagem das Interfaces Digitais Interativas (IDI)”, explica.

De acordo com uma pesquisa da Telehelp, empresa de teleassistência dedicada à terceira idade, de 2015, 66% dos idosos brasileiros que acessam a internet usam o e-mail com frequência e, desses, 95% também utilizam o Facebook, deixando o Instagram com 19%. “No caso das redes sociais, a postura dos idosos remete muitos às conversas de ‘calçada’ de outrora, que foram paulatinamente transferidas para o ciberespaço. Assim, caso queiram, podem partilhar ganhos e perdas que a vida foi dando ao longo dos anos.” Não é à toa que 97% dos usuários na faixa dos 60 anos possuem e manuseiam celulares, número que diminui para 25% no segmento de 90 anos.

Com essa realidade, Antonia Lis de Maria conta que algumas pessoas têm dificuldades de interagir com as novas tecnologias. “Diferentes das crianças, os idosos têm certa resistência ao uso das tecnologias pelo simples medo de errar ou mesmo danificar algum aparelho.” Além disso, determinados usuários também acabam carregando o mito de que a aprendizagem só acontece em tempos/espaços definidos, como na infância ou adolescência. “Afirmo que é perfeitamente possível combater esse medo sim, deixando o campo de desejo e da persistência aflorarem.”

Por isso, a pesquisadora ressalta que é fundamental esquecer os velhos tabus para lançar-se ao novo, conquistando o uso consciente dessas tecnologias. “A verdade é que há infinitas oportunidades para que todos possam aprender em tempos e lugares diferenciados”, conclui. Afinal, o mais interessante é perceber o sentimento de imersão/pertencimento da terceira idade na era digital.

Os desafios da educação digital
Com 62 anos de idade, a funcionária pública aposentada Maria Gorett Costa sempre se dedicou aos estudos. E na área “virtual”, não poderia ser diferente. Tudo teve início quando seu filho lhe deu um computador de presente, no qual serviu como incentivo para aprender os segredos da informática. “Há dois anos recebi esse desafio de interagir com as novas tecnologias. Confesso que não foi fácil, mas superei, aos poucos, cada etapa.” No meio dessa jornada, ela contou com o suporte e apoio de todos os familiares, perguntando sempre quando tinha algum tipo de dúvida.

Para ela, o maior benefício da inclusão digital foi conquistar mais autonomia e conhecimento na rotina. “É muito bom não depender dos outros para fazer determinadas coisas. Com o computador, consigo resolver diversas questões, como fazer orações, escutar músicas e aprender a tricotar”, revela entusiasmada.

Um passo de cada vez!
Se você não se adaptou às novas tecnologias, não tem problema. A pesquisadora Antonia Lis de Maria Martins Torres selecionou cinco dicas que podem lhe ajudar nesse momento de aprendizagem. É importante ressaltar que os primeiros contatos com a máquina precisam ser feitos em um ritmo mais lento e as atividades devem ser repetidas mecanicamente. Confira:

Esteja disposto a aprender, lembrando que as experiências da vida são sempre frutos de grandes aprendizados;
Não tenha medo de errar. Entenda que o erro faz parte de qualquer processo de aprendizagem;
É importante estar sempre mexendo, explorando, experimentando, lembrando que a máquina é produto do homem e não contrário;
Peça ajuda sempre que precisar. Quando tiver dúvida, há sempre alguém disposto (a) para orientá-lo (a);
Tenha paciência consigo e encontre um sentido nesse uso. Caso contrário, será apenas mais um aparelho de consumo social.

FONTE: http://blog.opovo.com.br/ativaidade/saiba-quais-beneficios-estao-por-tras-da-inclusao-digital-na-terceira-idade/

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