ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO – 2

dom, 22/07/12  por leopoldovaz |  categoria Atlas do Esporte no Maranhão

ATLAS DO ESPORTE DE SÃO LUIS DO MARANHÃO -  LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ

 DefiniçãoClusters Esportivos – Casos de cidades ou regiões que se tornaram pólos de influência sócio-econômica que deu surgimento a uma variedade de práticas esportivas e de lazer:

 São Luís do Maranhão

1612 – fundada em 08 de setembro como uma colônia francesa – França Equinocial.

1616 – retomada pelos portugueses

1621 – o Maranhão é separado do Brasil, tornando-se um estado colonial respondendo diretamente a corte de Lisboa

1640-43 – invadida pelos holandeses no período

1644 – novamente retomada pelos portugueses se constituiu a cabeça do Estado Colonial do Maranhão

1823 - “anexada” ao Império Brasileiro.

Desde então recebeu as denominações de “Manchester brasileira”; “Atenas brasileira”; “Jamaica brasileira”; e hoje, “apenas brasileira”.

 As manifestações do lúdico e do movimento têm seus primeiros registros ainda no período colonial. Promovidas pela Igreja, as festas se constituíam a única distração daquela gente brutalizada pelo abandono da Metrópole, a saber, além da procissão de “Corpus Cristhis”: a de São Sebastião, em janeiro; a do anjo Custódio, em julho; a da Senhora da Vitória, em novembro e a da restauração de El-Rei, em dezembro.

 1679 – JOGO DA ARGOLINHA – é a primeira manifestação esportiva encontrada em São Luís. Foi jogado quando da chegada do primeiro Bispo ao Maranhão. Nas festas promovidas, fizeram-se várias representações de encamisadas a cavalo jogando-se, as canas e o a argolinha

 [As encamisadas constituíam-se, outrora, um cortejo carnavalesco que saía às segundas-feiras, com seus componentes vestidos de longas camisas e mascarados de branco, fazendo momices. Primitivamente foi ataque de guerreiro, onde os soldados punham camisas sobre as couraças como disfarce. Depois, mascarada noturna, com archotes. Tornou-se desfile, incluído nas festividades públicas". CÂMARA CASCUDO, 1972, p. 368]

[A argolinha é encontrada desde o século XV em Portugal e, de acordo com GRIFI (1989), a corrida dall'anello - corrida do arco - consistia de corrida a cavalo, lançado a galope, durante as quais os cavaleiros deviam enfiar a lança ou a espada em um arco suspenso. Vencia quem conseguia enfiar o maior número de arcos. Originária de antiquíssima justa, desde o século XVI que se corre a argolinha no Brasil] 

 1700 – encontrou-se um opúsculo, de autoria do Padre jesuíta João Tavares intitulado “As recreações do Rio Munim do Maranhão”, escrito em 1724. Os jesuítas mantinham, em São Luís, nos arrabaldes da cidade – hoje Bairro da Madre Deus – uma “Casa de Instrução e Recreio”, destinada às recreações dos alunos do Colégio Máximo.

 [Já em 1709, o Colégio do Maranhão era Colégio Máximo. Nesse colégio funcionavam as faculdades próprias dos antigos colégios da Companhia: Humanidades, Filosofia e Teologia, e, mais tarde, com graus acadêmicos, no chamado curso de Artes. O Colégio Máximo do Maranhão outorgava graus de Bacharel, Licenciado, Mestre e Doutor, como se praticava em Portugal e na Sicília, segundo os privilégios de Pio IV e Gregório XIII.]

 DÉCADA DE 1820 – há registros de algumas manifestações de lazer, como as caminhadas, as cavalgadas, a caça, e atividades esportivas:

Bilhar Francês – havia um instalado no Teatro União já em 1822; em bares da cidade, tem-se notícias de vários – 1826 – e entre os anos de 1838 e a Proclamação da República, freqüentado pelos alunos do Liceu Maranhense; o Café Richie, desde 1902 até seu fechamento mantinha mesas, onde se realizavam campeonatos e torneios; no Clube Euterpe, fundado em 1904 – e em outros clubes fundados após essa época – também eram instaladas mesas para sua prática; como no Fabril Atletic Clube – FAC – em 1907; ainda hoje é praticado nos clubes sociais da cidade;   

Jogo da Péla (1827) – que daria origem ao law tennis – é praticado durante todo o século XIX; o law tennis aparece desde 1907, quando da fundação da FAC e de outros clubes da elite maranhense; ainda hoje o tênis é praticado nos clubes sociais;

[[1] O jogo da péla – jeu de paume – consiste em bater a bola com a mão e substituiu os “ludus pilae cum palma” romano. Na França, a bola, nascido no tardo-medievo como instrumento de contenda incruenta, torna-se momento lúdico e agonístico, aberto a todos Em Portugal, no início do século XVIII, foi introduzido o uso francês de jogar com raqueta. Conhecido já no século XII foi jogado melhor no período sucessivo, até dar vida ao atual tênis.]

1825 Em “O Censor”, edição de 24 de janeiro, Garcia de Abranches ao comentar o posicionamento político do Marques governante – Lord Cockrane – compara alguns portugueses com os desocupados do Rocio – em sua maioria caixeiros – que “pela sua péssima educação, muitos brancos da Europa são tão vis, e tão baixos, como esses mulatos que andam a espancar, a roubar e a matar, pelas ruas da Cidade…” (p. 12-13). Estaria o Censor referindo-se aos capoeiras?

Dança – em 1829 é anunciada a primeira aula, pelo italiano Carlos Carmini; a partir de 1842, aparece nos programas das escolas particulares que se abriam na cidade;

Capoeira – aparecem indícios de sua prática já em 1829, confirmada por notícia de jornal de  1835; em 1855 e anos seguintes, é proibida pela Polícia; no ano de 1874, aparece sua proibição no Código de Posturas da cidade de Turiaçú, identificada também com o nome de Carioca; em 1863, quando da inauguração da iluminação pública em São Luis, Josué Montelo registra em um romance que com os lampiões de gás altera-se a na vida da cidade com a ruas mais claras durante a noite: “Ninguém mais se queixou de ter caído numa vala por falta de luz. Nem recebeu o golpe de um capoeira na escuridão”, em 1877, aparece sob a forma de competição; outro autor, NASCIMENTO DE MORAES, em uma crônica que retrata os costumes e ambientes de São Luís em fins do século XIX e início do XX, publicada em 1915, utiliza o termo capoeiragem: “A polícia é mal vista por lá, a cabroiera dos outros também não é bem recebida e, assim, quando menos se espera, por causa de uma raparigota qualquer, que se faceira e requebra com indivíduo estranho ali, o rolo fecha, a capoeiragem se desenfreia e quem puder que se salve”.  Cumpre ressaltar que a Capoeira praticada no Maranhão é “sui-generis”, e a partir da década de 70, do século passado, tem um incremento e é introduzida, nos anos 80, nos Jogos Escolares Maranhenses; e reintroduzida em 1990 .

 DÉCADE DE 1840

1841 – aparece anúncio de que Manoel Dias de Pena se propunha  ensinar a Esgrima;

- nesse mesmo jornal aparece outro anúncio oferecendo os instrumentos – espada; com a criação da Escola de Aprendizes Marinheiros, em 1861, a Esgrima fazia parte da instrução militar dos alunos, prosseguindo até seu fechamento; os Aprendizes Marinheiros costumavam se apresentar nos eventos esportivos promovidos pelo FAC (fundado em 1907) – e em outros clubes -, participando não se jogos, especialmente do futebol, como de combates com armas brancas (baioneta, espada, florete). Aparentemente, desde a década de 20 não é praticada maisem São Luís.  

1841 - aparece anúncio de apresentação de Ginástica no Teatro de São Luís, por um discípulo de Amóros; nos anos de 1870, na casa dos Abranches, foi montada uma academia de ginástica com pesos onde os companheiros do Liceu de Dunshe de Abranches iam se exercitar; a partir de fins dos anos 1880 a elite maranhense praticava a ginástica sueca;  

1844 - Quanto à Educação Física, sua implantação se dá a partir de 1844, quando da fundação do  primeiro colégio feminino; nas escolas masculinas, só aparece a partir de 1864.

[A fidalga espanhola D. Martinha Alvarez de Castro, casou-se com Garcia de Abranches, o Censor, quando tinha 17 anos. Foi a fundadora do primeiro colégio destinado ao sexo feminino em Maranhão - o “Colégio Nossa Senhora das Graças”, mais conhecido como o Colégio das Abranches - junto com sua filha  Amância  Leonor, em 1844. Foi - ela, ou uma das filhas - a primeira professora de educação física do Brasil.]

 1880 – Há uma tentativa de implantar o Turfe, pelo inglês Septimus Summer, fundador do “Racing Club Maranhense, em 9 de agosto de 1881. Esse clube durou até dezembro daquele ano. Em janeiro de 1893, por iniciativa de Virgílio Albuquerque, no bairro do João Paulo, ergueu-se o Prado Maranhense. Decorridas umas dez programações, foi realizada a última corrida a 28 de maio de 1893. Na década de 1950, Amélio Smith e outros criadores, tentaram promover práticas hipódricas, sendo realizadas alguns “pegas” – corridas livres em um estirão preestabelecido – apenas para divertimento. Chegou a ser criada uma associação para difundir a atividade, mas também não foi adiante.

- Na passagem do século XIX para o século XX, os jovens portadores de “idéias novas”, gente vinda do meio metropolitano, inquieta e formada nele introduzem o esporte dentre suas atividades. Filhos de uma elite industrial, a exemplo de Nhosinho Santos – que estudara na Inglaterra; Aluísio Azevedo – cônsul brasileiro em Europa, Japão, e o cônsul inglês Charles Clissold) – que introduzem o esporte modernoem São Luís, com a fundação de clubes esportivos.

1900 – REMO – Em 1900, os “sportmen” maranhenses tentam implantar o chamado “esporte do muque” utilizando-se dos rios Anil e Bacanga. É fundado o “Clube de Regatas Maranhense”, por Alexandre Collares Moreira Nina. Sua pratica, com alguma dificuldade, foi até 1929.

CICLISMO - ainda nesse ano de 1900, outra modalidade começa a ganhar força em Maranhão: a 02 de setembro, eram iniciadas as atividades da “União Velocipédica Maranhense”, com seu velódromo instalado no Tívoli – Bairro dos Remédios, no local onde era o Colégio de São Luís, até pouco tempo. Como de outras tentativas de introdução de uma modalidade esportiva, durou pouco, também até o final dos anos 20. Com a criação da Secretaria de Esportes e Lazer, em 1979, sua prática voltou a ser incentivada, e sofreu um incremento com a sua introdução nos JEM’s, a partir de meado dos anos 80. 

1904 - é fundado,em São Luís, o Clube Euterpe Maranhense; como esporte, volta-se a jogar o bilhar.

1907 – JOAQUIM MOREIRA ALVES DOS SANTOS – Nhozinho Santos – introduz o futebol no Maranhão, juntamente com outras modalidades esportivas, quando da fundação do FABRIL ATHLETIC CLUB. Além do  “foot-ball association“, o “cricket“, o “crockt”, o atletismo, volta-se a jogar o tênis, agora em sua versão moderna.

1910 - desaparece o hábito de repousar nos fins de semana, substituído pelas festas, corridas de cavalo, partidas de tênis, regatas, corso nas avenidas, matinês dançantes, e pelo futebol. A “gymnástica” era praticada pelas elites, que tomavam aulas particulares, conforme se depreende de anúncios publicados nos jornais. O Euterpe, fundado em 1904, também passou a difundir outras atividades esportivas, como o “tiro ao alvo“, tênis, o tênis de mesa (ping-pong), etc. Em 31 de dezembro de 1910, o Euterpe fechou as portas.

Nesse ano, Miguel Hoerhan começa a prestar à mocidade ludovicence seus serviços como professor de Educação Física da Escola Normal, Escola Modelo, Liceu Maranhense, Instituto Rosa Nina, em diversas escolas estaduais e municipais. Funda o Club Ginástico Maranhense.

É ainda nesse ano de 1910 que o esporte em Maranhão experimenta mais uma de suas inúmeras crises. Desses desentendimentos, surgiam novas agremiações, formadas pelos dissidentes. Gentil Braga funda diversas equipes de futebol para a população pobre, criando, no final da década de 10, a Liga dos Pés Descalços, reunindo os clubes que praticavam o esporte nas ruas e praças de São Luís, em oposição à Lima Maranhense de Futebol (1917), que reunia os clubes das elites – dos industriais e comerciantes estrangeiros, especialmente ingleses com seus funcionários. A população, de um modo geral, não participava dessas atividades. Gentil Braga não concordava com a elitização dos clubes e sai do FAC, junto com um grupo de outros dissidentes que comungavam do mesmo pensamento, fundando o ONZE MARANHENSE (1911) que, além do futebol, desenvolveu outras atividades esportivas: tênis, crocket, basquetebol, bilhar, boliche, ping-pong (tênis de Mesa) e o xadrez. Surgem várias equipes para a disputa do futebol – movimento que se estende até o final dos anos 20, com a denominada “Liga dos Pés Descalços.

      Os maranhenses começavam a compreender o verdadeiro desenvolvimento não só o intelecto, mas também o físico, através da prática do esporte, com o futebol servindo como o elemento aglutinador da juventude. Os clubes começam a surgir, tornando-se cada vez mais chic e atraindo a atenção das senhoritas. O foot-ball deixava de ser uma coisa bruta. O Maranhão contava já com nove clubes constituídos oficialmente. É daquela Liga dos Pés Descalços que surgem os atuais clubes de futebol, como o Sampaio Corrêa Futebol Clube, fundado em 1927, o Moto Clube de São Luís, em 1932 e posteriormente, o Maranhão Atlético Clube.

1915 – surge nesse cenário o vice-cônsul inglês no Maranhão, Mr. Charles Clissold, um grande amante dos esportes. Junta-se aos dirigentes do FAC, incentivando a prática de vários esportes. Muitos jovens tinham feitos suas inscrições, com o clube revivendo seus grandes dias e sendo oferecidas várias modalidades, como salto em altura simples, com vara, distância; corridas de velocidade, de resistência, com obstáculos; lançamento de peso, de disco, do martelo (Atletismo); placekick (pontapé na bola, colocando-a na maior distância);  cricket; crockt ; ping-pong (Tênis de mesa); bilhar; luta de tração, etc.

1930 – consolida-se o futebol no Maranhão, com o surgimento de vários clubes. O Basquetebol tem suas próprias equipes, disputando inúmeros campeonatos; o Voleibol é praticado desde o início dos anos 30, nas praias; o Motociclismo surge com toda a força, com a fundação do Ciclo Moto Clube de São Luís. 

1940 – considerada como a melhor fase dos esportes em Maranhão, com os clubes de futebol destacando-se nacionalmente, revelando jogadores para as principais equipes do sul, inclusive para a seleção nacional; no final desse período (1948) começa-se a praticar o futebol de salão.

1950 – surge uma geração de esportistas, tendo como espelho aquela anterior, dos anos 30 e 40; autoridades municipal, estadual e federal criam jogos escolares, em que se destaca toda uma geração de esportistas, que praticavam o Basquetebol, o Voleibol, a Natação, o Boxe, e, principalmente, o Futebol. Essa fase se estende pelos anos 60. Essa geração – a Geração de 53 – cujas atividades se estendem até a atualidade, vem a influenciar as seguintes, quando chegam ao serviço público como jovens dirigentes, criando os Festival de Juventude, que vem dar origem aos Jogos Escolares Maranhenses, nos anos 1970 –

1970 – em 1971, é criado – por Cláudio Vaz dos Santos (um dos jovens da geração de 53), auxiliado pelo Prof. Dimas – o Festival de Esportes da Juventude – FEJ -; depois substituído pelos Jogos Escolares Maranhenses; em 1979, o Governo do Estado cria a Secretaria de Esportes e Lazer, a primeira do Brasil, dirigida em seus primeiros anos pelo industrial Elir de Jesus Gomes (outro jovem da geração de 53). Atualmente, o órgão foi transformado na Gerência de Estado de Esportes e Lazer (GEEL), dirigido por outro jovem da geração de 53 – Alim Maluf Filho.        

 O esporte, em Maranhão, desde a década de 10, do século passado, está intimamente ligado com as diversas escolas – se constituindo basicamente em esporte escolar. Ex-alunos e alunos fundam as diversas equipes e disputam os campeonatos, até que na década de 50, algumas autoridades criam os Jogos Escolares. Os clubes sociais e esportivos ainda hoje se valem das equipes escolares para a disputa de campeonatos das chamadas modalidades olímpicas, para cumprimento da lei que manda que pelos três dessas modalidades sejam praticadas, para pode disputar o campeonato de futebol profissional.

 BOX - SÃO LUÍS JÁ TEVE - JOSÉ RIBAMAR MARTINS

 Nas minhas andanças em busca do passado, parei no cruzamento das ruas Grande e do Passeio, quando resolvi testar até que ponto os atuais habitantes têm intimidade com sua cidade. Perguntei a três pessoas diferentes que por ali circulavam onde ficava o Canto da Viração. Nenhuma soube dizer e estavam exatamente ali. O antigo deu lugar ao novo. Pó sinal, a origem do nome é muito controvertida. Houve até quem tentasse explicar que é assim chamado porque naquele local as pessoas costumavam se virar para conquistar parceiros amorosos. Outros dizem que é porque ali havia o mais importante cruzamento de linhas de bondes da cidade. Já tive oportunidade de conversar com pessoas antigas e ler alguma coisa a respeito, prevalecendo a opinião de que o nome se deve `a freqüente brisa (ou viração) que sopra formando redemoinhos, comprometendo o recato das donzelas de saia que por lá passavam. Acredito ser esta última a versão verídica e fico com ela.

Será que alguém ainda se lembra da primeira quadra de tênis que existiu em São Luís? Talvez uns poucos. Foi construída por ingleses que moravam e trabalhavam na capital. Ficava na beira-mar, onde hoje existe a sede do Casino Maranhense. Ao lado, de canto  com a “Montanha Russa”, existia e ainda existe  desativada  há muito tempo, uma edícula onde um maquinário processava os dejetos recolhidos de parte da cidade antes de lançá-lo ao mar. Teria sido uma das primeiras usinas de tratamento de esgotos da  capital do Maranhão. A outra fic ava na Praia do Desterro, onde  outrora existiu uma rampa e atracadouro de embarcações, em frente do antigo e movimentado armazém do “Aracati Campos”. Muito recentemente foram construídos dois modernos terminais com essa destinação no Jaracati e no Bacanga. Também foram os ingleses do Cabo Submarino (The Western Telegraph Company), que construíram nas suas instalações localizadas no Olho d’Água uma quadra de “squach”. Provavelmente foi a primeira e única que já existiuem São Luís.

Bem a propósito de coisas que já existiram em nossa tão querida “Upaon-Açú”, o jornalista Nonato Masson cita diverso, em um de seus trabalhos: um parque permanente de diversões, na Rua dos Remédios, chamado “Tívoli”, que possuía carrossel, cosmorama, tiro ao alvo, bilhares, circo, roda-gigante; o “Velódromo Maranhense”, de iniciativa de Joaquim Moreira Alves dos Santos, o popular Nhozinho Santos, que também introduziu o futebol no Maranhão;  Jardim Botânico, situado na atual Praça Benedito Leite, anteriormente chamada Praça João Velho do Vale, Praça 13 de Maio, Praça da Assembléia e, mais recentemente, apenas “Pracinha”; metrô de superfície (o primeiro do Brasil, segundo afirma), que percorria a extinta Estação de Bondes ao Anil; hipódromo, com pista de areia e grama, no João Paulo, próximo da atual feira, criado por um banqueiro  chamado João Batista Prado; Escola Agrícola de São Luís, fundada pelo presidente da província João Lustosa da Cunha Paranaguá, nas imediações do riacho Cutim; fábrica de chumbo e pregos, na Rua da Viração; Fábrica de Fósforos do Norte e a Empresa Maranhense de Cortumes Ltda., na Jordoa; Companhia Lanifícia do Maranhão, que industrializava lã e seda, na Madre Deus e, posteriormente, transferiu-se para a Rua das Crioulas, onde também fabricava casimiras; fábrica de cigarros Elba, no Caminho Grande; Escola de Aprendizes Marinheiros, que funcionou no Largo dos Remédios; jardim zoológico, inaugurado pelo governador Luiz  Domingues, em 24 de fevereiro de 1911, em espaço interno do Palácio dos Leões; Clube de Regatas Athenas, fundado pelos remadores José Teixeira Rego e Sílvio  Fonseca, com sede na Praia do Jenipapeiro, que disputava as regatas no Rio Anil.

In SÃO LUIS ERA ASSIM (minha terra tem palmeiras, já nem tantos sabiás) RELEMBRANDO LANCHAS E O MEARIM. Brasília: Equipe, 2007 (Capitulo XV, p. 67-69).

 

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