“O atleta é aquele que se compraz com o esforço e o risco”, assim formulou Píndaro (521-441 a. C.), o poeta das Odes Olímpicas.

 

Repare-se na luminosa e sublime unidade dos contrários!

 
É isto que constitui o desporto e é constituinte de nós, expressão do nosso ser.

 

Os humanos, porque são e se sabem frágeis e precários, transitórios e mortais, anseiam e procuram alcançar e beber a taça do mundo. Suportam este desafio e destino, o peso do sentido da vida e a obrigação de sobrepujar a finitude da existência.

 


Os deuses, por serem eternos e omnipotentes, não necessitam de realizar feitos que concitem a admiração dos pares e projetem o seu nome para a eternidade.

 


Os humanos praticam a única coisa que é vedada aos deuses: arriscar-se à ansiedade, dúvida, tensão, derrota e desilusão. Os deuses somente sabem e podem ganhar.

 


Nós nascemos predestinados para assumir o risco de falhar, para cumprir o fado de ganhar algumas vezes e fracassar muitas outras, para aprender a suportar o insucesso, porém sem perder a face, a determinação e o gosto de insistir, treinar e competir, de intentar e ousar, de melhorar e progredir.

 

Chama-se a isto vencer, viver e existir.

 

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