Do blog do Jose da Cruz:

21/10/2009 Acredite, clubes esnobam empréstimos do BNDES

 

Acredite, mas Internacional e Atlético do Paraná esnobam o dinheiro do BNDES e vão fazer as reformas em seus estádios para a Copa 2014 com recursos próprios, da iniciativa privada e, principalmente, com a contribuição de associados.

         Além disso, os clubes poderão reduzir os gastos beneficiando-se de isenções fiscais autorizadas pelo Confaz (Conselho de Administração Fazendária), mas ainda sem regulamentação. Quando isso ocorrer, a redução nos custos do material de construção poderá chegar a 20%.

         As informações foram passadas hoje pelos presidentes do São Paulo, Juvenal Juvêncio, do Clube Atlético Paranaense, Marcos Malucelli, e do Internacional, Vitório Carlos Píffero, em audiência na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados.

Dificuldades

Os presidentes do Inter e do Atlético-PR, principalmente, revelaram que a Fifa alterou o caderno de encargos, provocando novas exigências, tudo para evitar os problemas já verificados na organização da Copa 2010, na África do Sul. E novas mudanças poderão ocorrer nos próximos anos.

O Atlético-PR, por exemplo, terá que construir novos túneis , pois os atuais estão atrás dos gols, e a Fifa exige que a entrada dos jogadores seja pela lateral do gramado.

E, mesmo sem ter jogos programados para a noite, a Fifa quer refletores dos estádios três vezes mais potentes que os atuais.

Outro detalhe:os ônibus das delegações devem estacionar a 1,5m da entrada do vestiário. Nessa área o espaço deve ser suficiente para o retorno do veículo, sem necessidade de fazer manobras.

Obras

         O presidente do Internacional disse que no Beira-Rio já começaram a ser erguidos cinco dos 65 pilares que sustentarão a cobertura do estádio.

         A reforma total do estádio Colorado está orçada em R$150 milhões. Os recursos deverão vir da venda do estádio dos Eucaliptos, do próprio Inter, e a venda de mais  117 suítes (33 já estão vendidas).

Polêmica

         Já o presidente do São Paulo FC disse que é possível o clube se socorrer no BNDES para reformar o Morumbi. Mas no lugar de detalhes sobre essa operação, o dirigente criticou as pretensões do Governo do Distrito Federal de concorrer com a capital paulista para receber o jogo inaugural da Copa 2014.

         Juvenal Juvêncio afirmou que Brasília é uma cidade sem tradição no futebol. “Quando o São Paulo vem jogar aqui, quatro quintos do estádio é ocupado pela torcida tricolor. O mesmo ocorre com outros clubes do Rio e de São Paulo”.

         Lembrou que o estádio do Gama, também reconstruído com verbas do GDF, está sem utilização, e que o mesmo deverá ocorrer com o novo Mane Garrincha, diante da ausência de clubes locais na Série A do Campeonato Brasileiro.

Preocupado

         O deputado Silvio Torres (PSDB-SP), está preocupado com a demora do governo em definir um comitê que dialogue com todos os segmentos públicos e privados envolvidos com a organização da Copa do Mundo.

         “Eles (os dirigentes) estão sem interlocutor no governo. Até hoje não conseguiram regulamentar uma legislação do próprio governo, de isenção fiscal, para quem está reformando os seus estádios”, disse o parlamentar, que preside a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara.

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