Cevnautas,

   É muito bom ler um artigos desses, némesmo? Laércio

Domingo, 7 de agosto de 2011 - 11:28

Punindo inocentes
O Equívoco no cancelamento do JOER – Por Franklin Vieira dos Santos


Manifestando-me sobre o cancelamento do JOER, primeiramente gostaria de dizer da importância do evento em minha vida. Para mim o JOER sempre foi mais do que uma competição, por isso prefiro tratá-lo como um evento.

Fui atleta de handebol, no Colégio Barão do Solimões, tendo disputado o JOER entre os anos de 1978 a 1982. Por conta do contato com o esporte, optei por ser Professor de Educação Física, tendo formado na UNIR no ano de 1992. Depois, me formei Direito (UNIR, 1997) e atualmente sou Juiz de Direito na Comarca de Porto Velho. Ainda me considero um atleta do Handebol.

Não me manifesto como profissional do direito, mas na condição de cidadão, Professor de Educação Física e atleta de handebol.

Apesar de não exercer a Educação Física como sonhei outrora, não poderia furtar-me em afirmar que a competição é extremamente importante, não apenas no âmbito esportivo, mas também na formação da cidadania, pois uma quantidade imensa de participantes do JOE, seus familiares e vários profissionais envolvidos, no curso da preparação e durante a realização do evento, recebem valores que extrapolam a formação esportiva.

O JOER é maior do que se imagina e quem de qualquer forma esteve envolvido sabe do que estou falando.

De qualquer forma, sou absolutamente contrário ao cancelamento da competição.

Não tenho dúvidas que devem ser implementadas melhorias para um melhor aproveitamento dos recursos disponibilizados, bem como para afastar e punir as pessoas que se aproveitam do evento para subtrair dinheiro público ou angariar outra modalidade de vantagem. Melhorar sempre é possível e recomendável.

Todavia, a escolha pelo cancelamento do JOER frusta o sonho de inúmeros adolescentes que veem neste evento uma oportunidade de destacar-se, verem-se reconhecidos, não apenas local onde vão competir, mas até mesmo no próprio colégio onde estudam, no bairro onde moram e na cidade onde nasceram ou residem.

Se pudesse, mostraria ao Governador Confucio que a escolha feita foi inadequada.

O caminho mais razoável seria realizar a competição, estudar uma melhor forma de realizar as futuras competições de forma mais proveitosa, otimizando os recursos utilizados e punindo pessoas que tenham praticado eventuais atos indevidos.

O cancelamento da competição pune diretamente aqueles que são absolutamente inocentes e acreditaram num evento que, apesar de constantemente ter sido indevidamente utilizado para promoção pessoal, não tem qualquer natureza política.

O JOER não pertence a qualquer grupo político, pois já vem de há muito tempo e sua grandeza ultrapassou vários grupos políticos.

Governador Confucio, conhecendo a Vossa seriedade, rogo que modifique a decisão tomada e realize a competição neste ano, modificando-a para os anos posteriores deixando as pessoas envolvidas previamente informadas sobre o procedimento a ser adotado para os anos vindouros.
Repito.

O cancelamento frusta o sonho de toda uma geração de adolescente que ano a ano vem se preparando para o ponto culminante.

Tenho autoridade neste ponto, pois fui atleta de handebol, participei do Joer por vários anos e reconheço a importância do evento na construção de um homem justo, também  trabalhando em busca de torná-lo perfeito.

*FRANKLIN VIEIRA DOS SANTOS, é nascido em Porto Velho. Estudou no Colégio Murilo Braga, Barão do Solimões e Major Guapindaia. Formou-se em Educação Física (UNIR, 1992), tendo sido professor de educação física no Colégio Getúlio Vargas. Formou-se em Direito (UNIR, 1997). É Juiz de Direito desde 2001 e atualmente titular da 3ª Vara Criminal da Capital. Também é Professor de Educação Física, Professor Universitário, com Mestrado em Poder Judiciário (FGV, Rio: 2010) e, acima de tudo, atleta e apaixonado por handebol.

FONTE: http://bit.ly/mZYp8F

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