Uma questão que me parece ser muito atual foi postada num blog. Originariamente, indagava-se: “Como ser um bom professor de voleibol”? Digo originariamente, porque desejo desmembrá-la em duas: 1º) Como ser um bom professor?  2º) Como ensinar bem o voleibol (ou qualquer desporto)?

Sabemos todos das dificuldades e os problemas na formação de professores neste País. Todavia, penso que o foco da questão pode ser desviado para esse tema que, como perceberão, muito poderá nos enriquecer a todos. Os beneficiados? Certamente os nossos alunos, milhões de brasileirinhos.   

 

Assim, após ter colocado para debate aspectos da Iniciação ao Voleibol, quero despertar a atenção agora para o principal interveniente do processo - o professor - a quem se espera cumpra a missão a que abraçou voluntariamente. Deixemos de lado, por instantes, as questões econômicas, administrativas etc. Proponho nos atermos às realizações práticas que conduzam à solução de tantos problemas. Quem sabe é o que está faltando, isto é, possamos descobrir uma "saída" para tantas mazelas na educação. Uma boa dose de criatividade e, aí está, encontramos a solução que buscávamos. É uma atitude nova para encararmos a profissão tirando proveito de cada dificuldade. 

 
Um esclarecimento: não vejam aqui qualquer pretensão em avaliar quem quer que seja, mas debater o que vem a ser um “bom professor” (de voleibol, ou ...). E o assunto pode ser vinculado ao debate que vem sendo mantido numa das comunidade da CEV a respeito da valorização do docente. 

 

Aguardo todos vocês que têm interesse em evoluir neste campo. De minha parte, estou fazendo o possível para contribuir para a melhora do ensino no Brasil. Acabo de enviar proposta para desenvolvimento de projetos nessa área - formação continuada de docentes - para algumas prefeituras (Niterói, Maceió). 

Roberto Pimentel.

 

 

Comentários

Por Cláudio José Reis de Brito
em 3 de Setembro de 2009 às 14:09.

Caro Professor Roberto Pimentel,

Esta foi uma pergunta feita por um desconhecido e que o levou até meu blog, de onde acabei me interessando em buscar a melhor resposta. Como em tudo na vida vejo que o amor e a dedicação pelos alunos devam estar acima de qualquer interesse pessoal, não que deixemos de  buscar  o nosso conforto ou conquistas pessoais, mas que possamos entender que isto faz parte de um processo que o tempo irá recompensar. Antes devemos buscar gostar demais do que fazemos, procurando ler e estudar as melhores maneiras de trabalhar em prol dos nossos alunos, fazendo com que eles fiquem apaixonados pelo que praticam. Imagino que dedicação total e interesse pelo fazer é o mais importante.

Como ensinar um bom voleibol ou qualquer outro desporto é procurar vivenciar de todas as maneiras o desporto, deixando de lado a visão de torcedor ou de jogador e procurar entender que estamos ali como ponte para nossos alunos, onde estaremos passando da melhor maneira e mais prática os benefícios do esporte e tentando fazer eles alcançarem os seus desejos, sejam de jogar em uma seleção ou de brincar de jogar. A metodologia deve estar associada com o nível de prática dos alunos. Posso estar errado com meu pensamento mais vem dando certo comigo aqui em São Luís. Temos muitos alunos em nossas escolinhas e estamos a quatro anos recuperando o voleibol masculino na cidade com o projeto dos Festivais de Volei. Temos também os torneios da Amizade onde usamos como preparação para nossos alunos de competição. Nos festivais começãmos com tres contra tres e depois colocamos seis contra seis. Procuro dar bastante dinamica nas aulas com muitos movimentos e deslocamentos para não desistimular os alunos.

Atéa próxima

Claudio Brito 

Por Roberto Affonso Pimentel
em 4 de Setembro de 2009 às 17:35.

Meu bom Professor Cláudio,

Agradeço seus comentários, excelentes por sinal. Você falou inicialmente em (...) vejo que o amor e a dedicação pelos alunos devam estar acima de qualquer interesse pessoal..." de onde extraio que os seus sentimentos estão devidamente envolvidos com o seu fazer. Parabéns, ainda mais quando se diz que "ensinar é uma arte", e que não basta todo o conhecimento do mundo. 

Concordo com suas colocações - "dedicação total e interesse". Todavia, deixou em mim uma ponta de dúvida quando acrescentou: "Imagino que..." Percebo que quer crescer em conhecimento para produzir mais e melhor para os seus alunos. Este sentimento é raro e tenho certeza de que está no caminho certo. Procure aprofundar-se nas leituras pedagógicas e também em outras metodologias. A Educação não é estável, muito pelo contrário. Infelizmente, poucos promotores de cursos não entendem assim e permanecem estagnados, sem buscar outras fontes, até mesmo as que lhe sirvam de contra-ponto.

Quando me disse certa vez que os seus colegas não se interessam por cursos de atualização, não lhes tiro a razão. Existem cursos e CURSOS. Normalmente, são desinteressantes, monótonos e repetitivos, quase sempre interpretados por gente não ligada ao ensino escolar, como é o caso da CBV. Todavia, mais adiante você descortinará alguém que possa contribuir para o seu desenvolvimento. Tenha paciência. Repare e observe: quem está dizendo, sabe fazer? Isto é, consegue passar da teoria para a prática todos aqueles ensinamentos? Não é o professor de voleibol que vai ensina-lo, mas o pedagogo. Todos sabem (ou deveriam saber) teoricamente o que deve ser ensinado, contudo pouquíssimos conseguem transmitir tanto conhecimento. Aqui, concordo que "Ensinar é uma Arte".

" (...)  A metodologia deve estar associada com o nível de prática dos alunos." É claro que está certo! De que adiantaria proceder de outra forma? No seu caso, o ensino de voleibol voltado para as competições escolares, traduz-se por um comportamento que deve ser adequado às SUAS necessidades. O problema é o que e como fazer com os demais? Só praticam voleibol na escola?

Por fim, peço-lhe manter esse diálogo somente neste CEV.

Roberto Pimentel.  

Por Roberto Affonso Pimentel
em 5 de Setembro de 2009 às 17:22.

Prezados colegas,

Transcrevo noticiário preocupante publicado no site de revista Veja, Educação, blog da Monica Weinberg: “O problema está nas faculdades”, 22.4.2009.

O Ministério da Educação (MEC) vai divulgar nas próximas semanas um pacote que mira um problema central do ensino no país: o nível dos professores de ensino básico é baixíssimo, tanto que chama a atenção no cenário internacional – mesmo que a comparação seja com países até mais pobres que o Brasil. Significa que a maior parte não apenas desconhece as matérias sobre as quais tem responsabilidade direta, como, pior ainda, revela dificuldade em ensinar. Não se sabe exatamente o que inclui o tal pacote oficial, mas já se fala na criação de uma prova, aplicada pelo próprio MEC, que se encarregaria de estabelecer um padrão mínimo – e nacional – para a escolha dos professores. Caberia a cada estado a decisão sobre a adoção dessa prova. Eles também ficariam livres para incluir questões mais focadas na realidade de suas regiões. Não se trata, portanto, de nada compulsório nem tampouco inflexível. Mas, embora bem-intencionada, a medida não ataca a raiz do problema.

Ele reside, em grande parte, nas faculdades que formam tais professores. Nessas instituições, o teorol se sobrepõe à didática propriamente dita. A maioria sai de lá com um diploma sem jamais ter experimentado pisar numa sala de aula. Isso indica que, mesmo com uma prova que estabeleça critérios mínimos para o exercício da profissão, a demanda por bons profissionais não será plenamente atendida. Ela é, sem dúvida, maior do que a oferta deles. Restarão a estados e municípios duas opções: diminuir a nota de corte e contratar também os maus professores (como já acontece) ou deixar as vagas vazias. Ou ainda uma terceira, que, quem sabe, estará contemplada no novo pacote do MEC. O governo bem que poderia cobrar mais resultados das faculdades que formam professores, pelo menos nas instituições federais que estão sob sua alçada. Esse, sim, seria um ótimo começo. 

 

Professores (mais uma vez) reprovados 3.3.2009

 

O roteiro é conhecido. Professores fazem uma prova e revelam desconhecimento sobre o básico do básico. Dessa vez, a história se passou no Rio de Janeiro, onde 78 000 profissionais responderam a um teste aplicado pelo governo do estado. Apenas 18% tiraram a nota mínima. Eles não acertaram questões simples de leitura e escrita. Também patinaram naquelas matérias que pretendiam ensinar. Novo vexame. 

A indignação com o resultado teve um efeito prático. É raro e merece atenção. Um grupo de especialistas contratado pela Escola de Governo do Rio, ligada à secretaria de planejamento, está debruçado sobre um projeto para melhorar o péssimo nível dos professores. A idéia é boa.

Se for adiante, vai significar treinamento extra para professores que, não importa o indicador para o qual se olhe, vão mal – muito mal. Uma vez aprovados no concurso, eles passariam um ano recebendo reforço nas matérias, lições de didática e (fundamental, mas exceção no país) teriam uma experiência prática em sala de aula, sendo orientados por alguns dos bons professores da rede. Uma espécie de residência pedagógica, tal qual ocorre com os estudantes de medicina. Aí sim, assumiriam uma classe. Até o final de março, o projeto será apresentado à secretaria estadual de Educação do Rio. Pode interessar a mais gente. Basta lembrar o recente fiasco dos professores-nota-zero em São Paulo.

Roberto Pimentel.

 

Por Roberto Affonso Pimentel
em 5 de Setembro de 2009 às 17:48.

Perdoe-me o colega João Batista, mas interessei-me por sua narrativa suficientemente franca, e por isso admirável, a respeito de sua inclinação para se tornar um professor de Educação Física. Poucos teriam a coragem de consignar tal depoimento. Como acho que se coaduna com o título dessa comunidade, transcrevo:

 Por João Batista Freire da Silva
em 10-08-2009, às 11h14.

"No comecinho dos anos 1970, minha vida se dividia entre me entediar na faculdade de administgração de empresas e respirar tinta o dia inteiro numa fábrica em São Paulo. Nas horas vagas, não tão vagas assim, entre a fábrica e a faculdade, dava minhas corridinhas. Um dia, cansado de tanto respirar tinta, pensei: não deve ter coisa melhor que fazer faculdade de Educação Física; a gente ganha um diploma e passa o tempo jogando bola, correndo e nadando. E fui lá na secretaria da escola, fiz minha inscrição, pedi demissão do emprego, abandonei a faculdade de administração de empresas e me tornei um estudante de Educação Física desempregado. A faculdade era tudo aquilo que eu imaginava: a gente não aprendia quase nada, mas se divertia um monte. Foi aí que arrumei um emprego, no desespero, para ensinar meninos e meninas a praticar atletismo, no Volkswagen Clube de São Bernardo. E minha vida de lambanças teve que mudar. A faculdade continuou a mesma, mas, trabalhando com as crianças, depois os adolescentes, comecei a aprender o que era Educação Física. Depois eu conto mais".

Por Roberto Affonso Pimentel
em 7 de Setembro de 2009 às 20:07.

Prezados colegas,

Proponho um diálogo pertinente, abrindo horizontes para a solução de nossos problemas. Trata-se da MERITOCRACIA. Para tanto, sirvo-me dos dizeres contidos no blog do meu amigo Arlindo Lopes Corrêa, cujo passado o credencia a nos envolver com os seu conhecimentos; Ei-lo:

"Uma interessante discussão educacional está sendo travada nos Estados Unidos da América. A questão central é se os professores devem ser pagos de acordo com os graus acadêmicos obtidos e aumentados em função dos cursos que completarem posteriormente ou se sua remuneração deve ser função também - ou até principalmente - dos resultados escolares obtidos pelos seus alunos. A administração Obama se inclina por privilegiar a performance dos estudantes como parâmetro de valorização dos mestres. A tradição em educação é pagar com base em ’treinamento e experiência’ que são, porém, indicadores débeis da eficiência, eficácia e efetividade do sistema escolar.
Há argumentos dos dois lados a considerar. Katherine Merseth, que dirige a Harvard Graduate School of Education, afirma que nos EEUU apenas 100 dos 1.300 programas de treinamento de professores fazem um bom trabalho e que os restantes deveriam ser fechados. Por outro lado, a ’burocracia’, sempre apegada rigidamente às ’regras’, prefere contratar um docente medíocre com muitos diplomas do que um candidato brilhante, mas sem os cursos considerados ’adequados’. Além disso, qualquer professor sempre argumentará que o binômio ensino-aprendizado não é coerente, pois o mestre pode ser muito bom mas o aluno não corresponder (e vice-versa). Autoridades e educadores brasileiros deveriam acompanhar atentamente essa discussão..." 

Que lhes parece?

 Roberto Pimentel.

Por Roberto Affonso Pimentel
em 10 de Setembro de 2009 às 14:49.

Perigos do "alto nível".

(blog do Arlindo, 22/08/2009)

O esporte de competição de alto nível está no auge de seu prestígio, levando grandes multidões ao delírio e até fanatizando-as, ocupando crescentemente os principais espaços da mídia, movimentando cifras cada vez mais expressivas. E funcionando como fator relevante de mobilidade social e econômica de jovens talentosos nascidos nas famílias mais pobres. Ao mesmo tempo, infelizmente, o esporte está enveredando por caminhos tortuosos. Os fatos são eloquentes. A saúde dos praticantes é apenas uma preocupação conjuntural - enquanto necessária à performance vencedora - e o aperfeiçoamento da formação educacional e cultural dos atletas nem é cogitado, o que prejudica seu futuro. Muitos ídolos esportivos tornam-se péssimos exemplos de caráter e comportamento para as novas gerações e isso é muito negativo. Quando as motivações originais do esporte forem recuperadas e a ética voltar a ser o princípio basilar dessa atividade humana – e isso é inevitável como reação ao que anda por aí - a vitória a qualquer preço será condenada e o esporte perderá adeptos e talvez sua atual importância. Dificilmente a tendência da opinião pública mundial para privilegiar a qualidade de vida da pessoa humana se omitirá eternamente diante da inversão de valores que o esporte profissional mafioso impõe: doping, suborno, violência, ídolos estroinas, viciados e desonestos... Nada disso tem futuro. Esporte é saúde, crescimento psicológico, superação, disciplina e pertinácia, sempre tendo a ética como paradigma inabalável. Fora dessa trilha não há salvação.

Perigos de uma formação voltada para o Esporte de Alto Rendimento.

Valho-me uma vez mais dos dizeres do blogdoArlindo e de meu comentário a respeito desse assunto. Imagino que são atitudes que os profissionais do assunto devem se conscientizar e, se tiverem alguma ética, procurar esclarecer os candidatos e seus responsáveis. Sabemos todos o que representa um passo mal dado especialmente na adolescência.

Lesões no esporte - No que se refere ao esporte de competição, a preocupação em proteger a população dos seus malefícios vem de longe. Infelizmente, não é a preocupação primacial daqueles que estão no poder (esportivo). Nos congressos médicos patrocinados pela UNESCO realizados juntos com os Jogos Olímpicos, todas as atenções se voltam para os grandes campeões e o impacto que o exercício físico provoca na pessoa que foi muito exercitada. Contudo, não se deixa de estudar qual o nível ideal de exercício físico para cada ser humano. Portanto, é importante que os responsáveis acompanhem o treinamento de seus filhos e se informem com especialistas sobre as condições ideais a serem aplicadas. Quanto aos cuidados com a educação e desenvolvimento cultural, tenham certeza que não são compatíveis com esporte de alto nível, estão totalmente ausentes de qualquer quadra ou campo desportivo. Ali são produzidas peças de uma engrenagem, substituíveis a qualquer momento... e “lançadas ao vento”.
Formação pedagógica - A formação dos profissionais do esporte de competição (quase sempre ex-atletas) através dos cursos oficiais das Confederações é totalmente diferenciada daquela que as universidades apregoam para as escolas. Diga-se de passagem, muito mal. Daí a influência nefasta da mídia ao noticiar os grandes feitos de nossos “heróis nacionais”. O paradigma e consenso geral entre professores e novos treinadores será sempre o treinador campeão. Parece que os “ex-medalhistas” que assumiram o poder de decisão têm esta síndrome faraônica, uma volúpia em aparecer (e esbanjar), esquecendo-se, ou não sabem, que o papel principal é o do professor, como facilitador do processo de inclusão da criança no esporte.
Universidade - Ter o esporte como projeto de crescimento, de desenvolvimento físico, psíquico, social, deveria ser a meta maior para todos os indivíduos de uma sociedade. A escola poderia contribuir para tanto, mas temos deficiências na formação de nossos docentes. As universidades brasileiras estão muito aquém na formação (prática) científica e pedagógica de seus alunos. Chega a constituir-se uma aberração. Basta ter a paciência de frequentar uma aula de Educação Física em qualquer educandário. 
Esporte de alto nível ou esporte para todos?
Além disso, ainda não se definiu o lugar a ser ocupado pelo esporte de alto nível em relação ao esporte para todos (um direito), bem como em relação às atividades físicas e desportivas praticadas nas escolas e constantes dos programas de educação informal.

Importância do professor - Enquanto isso haja criatividade para aqueles que desejam o melhor na sua função – o professor. A atitude dele é determinante para o modo de estruturação do grupo. Se estiver “centrado na realidade do grupo” ele se torna condutor-participante, engajado no processo grupal, o que facilita uma aprendizagem significativa. A concepção (errônea) atual é compreender os movimentos somente em sua eficiência prática (aspecto transitivo), uma vez que também traduzem certo modo de ser da pessoa e são reveladores de suas emoções e sentimentos.

Roberto Pimentel.

Por Roberto Affonso Pimentel
em 13 de Setembro de 2015 às 10:52.

Por que ENSINAR a outrém é difícil? Existem atividades mais difíceis do que outras? Quantos professores conseguem ter sucesso em várias práticas de ensino? O professor se sujeitaria a ser avaliado pela totalidade de sua turma na escola? 

Muito embora não tenhamos os resultados que almejávamos com o tema, permaneço fiel e coerente à missão de que estou imbuído. Propugno a valorização do professor de educação física visando a meritocracia, isto é, o seu pleno desenvolvimento profissional. Para tal, creio que aperfeiçoar-se constantemente é inevitável, até mesmo porque a Educação é extremamente "volátil", ou seja, se renova e exige níveis de contemporaneidade. Lembram-se da frase do professor José Pacheco?... "Temos escolas do séc. XIX, professores do séc. XX, e alunos no séc. XXI". Para o bom entendedor isto basta para mexer com os brios de quem pretende ser um BOM profissional.

As universidades permanecem estagnadas em seus currículos, especialmente no que se refere à maneira mais adequada nos dias atuais de "Como ensinar". Constata-se a aversão por estudos sobre Métodos, Psicologia Pedagógica e até mesmo Didático (a Práxis). Isto nos leva á formação precária (deficiente) dos novos mestres, afora o descaso com a necessidade de seus estágios obrigatórios supervisionados.

Apresento-lhes um caso recente, ouvido em uma entrevista na tv. Diante da indagação... "O que é mais difícil, ensinar ou aprender os golpes"? O entrevistado, um professor de karatê foi breve em sua resposta: "Os dois"! Independentemente da modalidade, é voz corrente que "Ensinar é uma Arte". E podemos acrescentar uma indagação que os motive a compartilhar ideias sobre o tema. Seria... "Arte é Ensinável"?

Outra consideração, no campo da ética, "A quem o professor deve ensinar"? Digo isto porque vemos a todo instante que o ensino é 'dirigido' para obtenção de recompensas, vitórias, medalhas. Isto o torna excludente da imensa maioria, causa do absenteísmo, repulsa pela atividade física, fato esse que se realimenta a cada geração, exclusivamente pela má formação ao novos professores. Basta indagar das mulheres como foi sua participação colegial e como é ainda hoje. 

Gostaria que externassem suas opinões. Acredito que o nosso crescimento passa por esse diálogo.


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