Determinação de Lactato Sanguíneo e Muscular de Ratos Treinados e Sedentários Submetidos a Teste de Carga Progressiva
Por Claudio Teodoro de Souza Clarice Y. Sibuya Eduardo Kokubun
Em Motriz v. 5, n 1, 1999. Da página 91 a -
Publicado em: 1 de Janeiro de 2000
Resumo
O metabolismo de lactato sofre alterações importantes com o treinamento crônico, em particular quanto à sua produção pelos músculos e a velocidade de transporte entre tecidos. A metabolização do lactato sofre influências da intensidade do exercício. Assim, o presente estudo teve como objetivo verificar os efeitos do treinamento sobre as concentrações de lactato sangüíneo e muscular em diferentes intensidades de exercício.. Para este experimento foram usados 22 ratos Wistar machos com 60 dias de idade, separados em treinados ( natação com uma hora de duração, 5 dias por semana, durante 5 semanas, com sobrecarga de 5 % do peso corporal) e sedentários. Todos os animais foram submetidos a teste de esforço que consistiu de 4 sessões consecutivas de 10 minutos de natação, suportando sobrecargas crescentes (3%, 5%, 7% e 9% do peso corporal). A concentração de lactato sangüíneo foi significativamente menor nos ratos treinados nas cargas 3% e 5% (respectivamente; 4.58 ± 1.33; 4.57 ±1.17 mmol/L. ); quando comparados com os ratos sedentários (6.13 ± 0.80; 6.24 ± 1.04 mmol/L). Não houve diferença significativa na concentração de lactato muscular, nem entre os grupos sedentário e treinado, nem entre as cargas (Treinado 18.23 ± 2.79; 17.53 ± 4.94 mmol/g. e Sedentário 15.99 ± 1.18; 13.29 ± 1.15 mmol/g ) A ausência do efeito do treinamento ou da carga sobre o lactato muscular sugere que a concentração sangüínea de lactato pode ser determinada pelos mecanismos de transporte deste metabólito entre os tecidos, e não reflete a sua produção intramuscular.