Resumo

A escalada é uma modalidade complexa, envolvendo vários aspectos dentro de uma mesma prática esportiva. Ela ocorre em ambientes construídos e na natureza, nessa segunda opção há a escalada em rocha com alturas que variam de 2 a 1000 metros e a escalada em gelo que pode ocorrer em cascatas ou montanhas com ar rarefeito a mais de 4000 metros de altitude. Destacam-se também os movimentos realizados que envolvem todos os segmentos corporais e requerem a resolução de problemas. A preservação da natureza está no âmago da escalada, pois sua ética é de não destruir seu próprio local de lazer. Finalmente o risco inerente de quedas pode gerar lesão ou até a morte, o que levou ao desenvolvimento de técnicas e equipamentos sofisticados para domesticar o mundo selvagem. Essas técnicas verticais envolvem descer e subir por cordas, segurar o companheiro, ancorar-se a proteções na rocha, confeccionar nós etc. Essas características somadas à construção de uma cultura do montanhismo forjam o espírito do escalador pela convivência com a incerteza e o desafio que a ascensão proporciona. Isso nos leva ao objetivo de investigar os critérios de análise de risco objetivos e subjetivos que o escalador deve ter para uma prática segura. Baseamo-nos na epistemologia qualitativa utilizando como instrumento um questionário com perguntas semi estruturadas e uma conversação com quatro sujeitos que escalaram duas vias com 150 metros de altura no complexo do Baú, interior de São Paulo.

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