Resumo

O objetivo deste estudo foi, através de uma revisão da literatura, fazer uma análise das exigências, benefícios e impacto do esporte de alto rendimento na vida do atleta portador de deficiência desde a iniciação até a aposentadoria. O papel do esporte de alto rendimento na vida pessoal e social de atletas portadores de deficiência física é bem conhecido nos países do primeiro mundo. No Brasil, o assunto ainda não tem recebido a mesma atenção por parte dos pesquisadores, em parte, por causa da recente implantação do campo da atividade física adaptada nas universidades e, em geral, porque o esporte adaptado no Brasil requer amplo investimento pessoal, de recursos tecnológico e financeiro e mudança de attitudes pela população geral que acompanha o esporte. Sabe-se que a participação do atleta portador de deficiência física no esporte influencia nas sua saúde, comportamento e personalidade, e, em contrapartida, reflete estes efeitos no ambiente esportivo (i.e., nos outros atletas) e nas situações sociais em geral (i.e., família, comunidade e expectador). Os benefícios do esporte como ferramenta para melhorar sua qualidade de vida, envolvendo aspectos pessoais e relacionais são inquestionáveis. Entretanto existem limitações neste processo que envolvem desde as lesões esportivas, doping até stress e aspectos motivacionais negativos. Enquanto tais fatores são amplamente discutidos durante o período ativo do atleta, pouco se sabe sobre a fase após a aposentadoria. De acordo com a literatura, muitos atletas de elite portadores de deficiência física que se engajaram no esporte de alto rendimento nos anos 70 e 80 estão se tornando a primeira geração de aposentados. No Brasil, o fenômeno esporte adaptado ainda está na sua infância. Palavras chaves: Esporte adaptado, carreira, aposentadoria, portadores de deficiência física.

Acessar