Resumo

Este texto, de caráter ensaístico, pretende colocar em cena o diálogo entre o universo dos brinquedos cantados e o trato com cantar-dançar na Educação Infantil. Parte da ideia de que o uso dessas manifestações traz em seu bojo uma lógica disciplinar, a partir das cantigas tradicionais e do brinquedo cantado pedagógico. Contudo, na contemporaneidade este trato lida também com um outro produto que existe a partir da midiatização, que incorpora e mantém velhos discursos, ao mesmo tempo em que os ressignifica a partir de novos sentidos e estéticas, dentro da flexibilidade própria da sociedade de controle. O trabalho é construído a partir da articulação entre a experiência da autora na docência, debates com docentes em formação inicial e continuada na Universidade, colocados em perspectiva com a literatura a respeito das relações entre escola e poder, educação das infâncias e ensino da dança na escola. Ao final são apresentadas algumas propostas e experiências que buscam deslocar o cantar-dançar para fora dessa lógica prescritiva, vislumbrando a potência da criatividade das infâncias.

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