Educação física na educação infantil: O professor como principal agente motivador

Parte de Boas Práticas na Educação Física Catarinense 2016 . páginas 172 - 184

Resumo

A Educação Física costuma ser entendida, por muitos, como uma prática que privilegia o ato físico voltado à aprendizagem esportiva. Porém o termo educação remete para algo que transforma e que produz uma mudança de comportamento. Gonçalves (2010, p. 25) afirma que “a Educação Física deve ser abordada como uma ação planejada e estruturada que pode utilizar várias linguagens, como o esporte, a dança, o jogo, a brincadeira e a atividade psicomotora para produzir aprendizagem”. A mesma autora indica que a Educação Física escolar, principalmente na Educação Infantil, auxilia na preparação do alicerce psicomotor, funcionando “como ferramenta psicopedagógica possibilitando à criança utilizar o seu corpo para explorar, manipular, sentir, perceber, criar, brincar, relacionar, imaginar, planejar e pensar” (GONÇALVES, 2010, p. 25), tornando-se um facilitador e motivador para o aprendizado. Antes de qualquer outro tipo de comunicação, a criança utiliza a linguagem corporal, por isso se fala da importância desta via de aprendizagem: o corpo em movimento usado de uma forma lúdica e ainda proporcionando prazer pela atividade física. A Educação Física no currículo do Ensino Infantil deveria ocupar espaço de grande importância, se não a maior importância, já que vem proporcionar às crianças possibilidades diversas de aprendizagem. Para Gonçalves (2010, p. 15), a Educação Física pode “compensar déficits atribuídos à privação de movimento e da experiência lúdico-espacial, comuns nessa infância contemporânea”. De acordo com Fonseca (1993), é por meio da atividade motora que a criança vai construindo um mundo mental cada vez mais complexo, não apenas em conteúdo, mas também em estrutura. O mundo mental da criança, devido às ações e interações com o mundo natural e social, acaba por apresentar essas realidades por meio de sensações e imagens dentro de seu corpo e de seu cérebro