Resumo

Nas últimas décadas, diferentes experiências pedagógicas com Circo na Educação Básica (DUPRAT, 2007; TAKAMORI et al, 2010; CARAMÊS, 2014; CARDANI et al, 2017) transitam na produção acadêmica que se encontra em plena expansão (ONTAÑÓN; DUPRAT; BORTOLETO, 2012). Entretanto, sabemos que boa parte das práticas pedagógicas desenvolvidas na escola são pontuais, ou ainda, voltadas para datas comemorativas com escasso rigor teórico-metodológico. Outros projetos, porém, são frutos de escolhas, motivações individuais de docentes interessados na temática que visualizam sua relevância, incluindo as atividades circenses como conhecimento a ser tratado na escola (ONTAÑÓN, 2016). Por certo, a Educação Infantil tem sido um cenário privilegiado, fomentando a busca por compreendermos como os docentes sistematizam tais práticas, superando as dificuldades para o seu trato pedagógico. Ehrenberg (2014) já sinalizava a preocupação e até mesmo a resistência de professoras da Educação Infantil ao tratarem os conhecimentos advindos da cultura corporal. O presente trabalho analisa uma experiência deimplementação de um projeto de ensino em uma escola municipal de Educação Infantil de Monte Mor/SP, junto à temática do Circo. Atuando na perspectiva de projetos, a equipe escolar optou por trabalhar esta temática durante o ano de 2017 em suas seis turmas de creche e seis turmas da pré-escola, envolvendo 230 crianças e 18 professoras. Foram abordados quatro grupos de modalidades para as vivências corporais: equilíbrios, aéreos, manipulação de objetos e acrobacias, de forma similar a proposta de Duprat e Bortoleto (2007).

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