Resumo

O aprofundamento na discussão sobre o intelectual e sua função social pode ser verificado a partir do debate epistemológico ocorrido na revista Movimento, iniciado com os artigos de Gaya (1994) e Taffarel e Escobar (1994). No presente estudo, tal debate é analisado a luz de emblemáticos autores sobre a concepção de intelectual, como Mannheim (1982 e 1986) e, especialmente, Gramsci (1966, 1978, 1987 e 1995), onde discutimos o intelectual da educação física em conjunto com os conceitos gramscianos de intelectual e de hegemonia. Para tanto, foi utilizado o método dialético, através do conceito de concreticidade de Kosik (1995) na busca da essência do fenômeno, apoiado pela perspectiva teórica de Goldmann (1967 e 1980). À análise dos artigos, unimos entrevistas realizadas com seus autores, além do referido referencial teórico. Diante disto, obtivemos como resultado a importância do intelectual no desenvolvimento cultural e social. Estes intelectuais subsidiam inclusive a docência na EF, e, ao mesmo tempo, influenciam os rumos da sociedade, quer numa perspectiva hegemônica ou contra-hegemônica, construindo tais perspectivas buscando um consenso com o senso comum.

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