Sérgio, Demais Comunitários: de seu último comentário, sobre minha postagem, http://colunas.imirante.com/leopoldovaz/2010/01/16/treinador-desportivo-de-capoeira/ pergunto:

Finalmente, na última assembléia da FICA foi aprovado que não mais tratará da identificação ou não de quem é “Mestre de Capoeira”, a qual passará a se preocupar somente com quem é ou não “Treinador Desportivo de Capoeira”.     

Pois é, existem questões em aberto no se refere ao ’cada quá no seu cada quá"... a FICA, em seu último Congresso - já fiz referencia aqui - decidiu pelo acima em destaque, lembtrado pelo Sérgio Vieira, seu ex-presidente...

Aqui no Brasil me pergunto, então, como fica a ’roda’ e as ’pancadarias’ em relação à Capoeira - e às artes marciais em geral - com relação ao sistema CONFEF/CREF... se teremos, para registro do exercício de Treinador Desportivo (de Capoeira ou outra arte marcial, mas na função treinador esportivo...) e sendo a fun ção educação física regulamentada por lei... haverá necessidade para, aqueles com pedido de registro de treinador na FICA terem a exigencia de registro no Sistema CONFEF/CREF, também?

Parece-me que há um PL visando a regulamentação da função ’capoeira’ em tramitação no Congresso Nacional. Com essa determinação da FICA, mais com o fito re regulamentar o exercícios da ’mestria’, e o ensino/treinamento de Capoeira enquanto arte marcial - daí sua aceitação nos mais de 150 países mundo afora e uma possível inclusão, no futuro, enquanto modalidade olímpica... 

Quem poe esclarecer? 

Comentários

Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 16 de Janeiro de 2010 às 17:58.

Sérgio, me permito aqui reproduzir o comentário que fez na postagem em meu Blog http://colunas.imirante.com/leopoldovaz/2010/01/16/treinador-desportivo-de-capoeira/#comments, na tentativa de ampliar os debates...

Leopoldo

2 Comentários para “Treinador Desportivo de Capoeira”
  1. 1 Prof. Sergio Vieira:
    16 janeiro, 2010 as 14:55   editar

    Olá Leopoldo e demais companheiros

    Achei interessante que a discussão tenha se encaminhado para a questão dos Treinadores Desportivos de Capoeira e não para os “mestres reconhecidos por seus pares” que me parece uma situação muito mais problemática e que contribui para a desconstrução patrimonial da Capoeira, mas como ninguém quer por o dedo na ferida, vamos aos esclarecimentos….

    Comecemos pelo PL que se encontra no Congresso. Neste item tenho a esclarecer que a redação do PL é de minha autoria e entregue ao Deputado Arnaldo Faria de Sá. Tal texto NÃO prevê a regulamentação, mas SIM o reconhecimento profissional. Regulamentação e reconhecimento são coisas equidistantes. Não é a primeira vez que tomo esta iniciativa. A primeira foi com o Deputado José Coimbra, mas que depois da aprovação pela Câmara e pelo Senado sofreu veto total do Presidente Fernando Henrique Cardoso que argumentou na publicação no DOU que tal PL “era contrário aos interesses do povo brasileiro”. Mas como visto… “Eu sou brasileiro e não desisto nunca”, prova disto foi o uso de minha tese de doutorado pelo IPHAN para a reabertura do processo de reconhecimento da Capoeira como patrimônio imaterial do povo Brasileiro, mas isto vamos deixar para outro tema.

    No que tange aos aspectos dos Treinadores Desportivos de Capoeira seguiremos os mesmos critérios para a formação de Técnicos de Atletismo definidas pela Federação Internacional da modalidade. Ou seja, utilizaremos a Carta Olímpica. E em relação ao Brasil encaminharei um pedido de esclarecimento ao Ministério Público Federal, no qual juntarei todos os documentos de reconhecimento da Capoeira como prática desportiva existentes desde 1890. Pedirei para que o Ministério se posicione sobre a pertinência ou não da inscrição no sistema CONFEF/CREF, haja visto que as competências, saberes e habilidades dos Treinadores Desportivos são muito préximas das dos profissionais de Educação Física, e se for o caso todos aqueles que por “livre opção” e em respeito à “diversidade da Capoeira” praticarem a chamada “Capoeira Desportiva”, necessitarem ter a inscrição no CONFEF é o que será feito. Sendo assim, a palavra final estará com o Ministério Público Federal.

    Certo de haver esclarecido a pergunta,

    com os meus respeitos,

    Sergio Vieira

  2. 2 leopoldovaz:
    16 janeiro, 2010 as 17:54   editar

    Continunado o ‘papoeira’…
    Temos duas situações: os Mestres Capoeiras, consagrados pelos seus pares, com vários – muitos – anos de prática e conhecimento acumulado, muitos dos quais anteriores à regulamentação da Profissão Educação Física – 1998, mais os três anos anteriores à aprovação da Lei, 13 anos no mínimo de exercicio profissional, mas já caducado o prazo para registro…
    Abro aqui um parêntese: para o Dunga ser aceito como treiandor de futebol, abriu-se o prazo… fecha parenteses
    A questão dos ‘educadores de capoeira’ – Contra-Mestres, Formados, Instrutotres, para chegarem à esse nível, também pelo menos 10 an0os de prática…
    A grande maioria sem a escolaridade formal exigida por Lei – nível superior em Educação Física… a exceção, o Provisionado, com as limitações legais – caducidade do prazo para soloicitação de registro…
    Duas situações: os da Angola, que se referem pertencentes à área da Cultura – jogo/arte, e não Esportiva; os da Regional, a Capoeira Esportiva: jogo/luta…
    A aceitação da Capoeira – e sua disseminação mundo adfora, a partir da diáspora dos Mestres baianos, na década de 1950 e para o exterior, a partir da década de 1970, deve-se à sua semelhança com as Artes Marciais já existentes e consagradas; inclusive a regulamentação da capoeira enquanto esporte e sua aceitação e descriminização – Código Penal, década de 1940, Getulio Vargas – deve-se às adaptações por parte de Bimba das regras estabelecidas por Zuma… passa a ser tratada como esporte… essa a característica… daí, ser o seu instrutor um profissional da área do esporte – função educação física…
    Haverá exig~encia, então, para o exercício da função Capoeira, como Treinador Esportivo, de qualificação em nível superior, Graduação em Educação Física, para o exercício da função?

Por Sergio Luiz de Souza Vieira
em 17 de Janeiro de 2010 às 08:15.

Olá Leopoldo e demais companheiros

Há uma dúvida a ser sanada pelo Ministério Público Federal sobre a formação, mas isto será resolvido nos próximos meses, todavia acredito que no Brasil o caminho para os Treinadores Desportivos de Capoeira será a capacitação em pós-graduações a partir da Educação Física e com inscrição no Sistema CONFEF/CREF.

Em relação aos demais projetos que pedem a regulamentação da profissão (vários), acredito que devo fundamentar a todos os parlamentares a não os aprovarem pois seus textos são contrários à natureza cultural da Capoeira, a qual deve ser preservada.

A deontologia da Educação Física é imprescindível para os objetivos mundiais da FICA.

Com meus respeitos,

Sergio Vieira

Por Sergio Luiz de Souza Vieira
em 17 de Janeiro de 2010 às 08:20.

Olá Leopoldo

Quanto a ampliar os debates, sem problemas... Creio que isto deve ocorrer, todavia dentro dos princípios da ética, da moral e do respeito democrático à diversidade de opiniões.

Com meus respeitos,

Sergio Vieira

Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 17 de Janeiro de 2010 às 11:43.

Sérgio, desculpe... mas não consegui atinar e nem compreender o comentário acima... naquilo que se refere à respeitar os princípios da ética e da moral... chamar a atenção para um problema que aí está, e as divergencias das duas correntes da capoeira... seria isso? ou a baixa escolaridade da grande maioria dos ’educadores de capoeira’, atuando nos mais diversos núcleos de ensino da capoeira por esse inteior do País, e, em especial, do Maranhão? que conheço muitobem e tenho como parametro?

Voce deve ter acompanhado nossas tratativas no Jornal do Capoeira... acompanhei uma pesquisa, na capital do Maranhão,sobre geração de renda e trabalho na área da economia... voce deve conhecer seus resultados... em que foram ouvidos cerca de 60% dos Mestres e Contra-Mestres, Formados atuando nos diveros núcleos... e essa realidade não ´pe muito diferente daquelas que acompanho pelo Nordeste à fora... essa, a realidade: os ’educadores de capoeuira’, como se denominam, têm uma escolaridade formal - repito formal... - baixa, geralmente em nível de ensino fundamental, incompleto... poucos têm o fundamental completo, uns poucos o médio, hoje, e rarissimos os com nivel superior, não necessáriamente em educação física...

Voce teria dados diferentes destes? podemos começar por aí, a discussão...

Não me refiro ao conhecimento de capoeira, mas de didática (e muitos t~em uma excelente dídática...), de fisiologia do esforço, de planejamento de ensino... aquela parte formal, só conseguida em curso de formação de professores...

Voce fala de pós-graduação... mas como? lembro que fiz judô, como atleta; depois fiz judô na Escola de Educação Física; mas não me atrevo a dar aulas de judô, nem me intitulo professor de judô... embora, pelo meu cirrucklo escolar, possa o fazer... mesma coisa vai acontecer com a capoeira, ou outra arte marcial...

tomemos como exemplo o Judô... a graduação - sistema de faixas - até atingir a preta, e a possibilidade de virar ’instrutor’ (sansei...) da modalidade, e a partir daí, as graduações (DAN)...  sei que é o sistema usual da capoeira... as avaliações de conhecimento explícito, com a filosofia de vida implicita - normas éticas e morais - mas... como traduzir isso para a capoeira e o exercício profisional?

Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 17 de Janeiro de 2010 às 11:45.

[...] no Brasil o caminho para os Treinadores Desportivos de Capoeira será a capacitação em pós-graduações a partir da Educação Física e com inscrição no Sistema CONFEF/CREF [...]

também acredito nisso... mas fica aquela questão: como?

Por Edney da Cunha Samias
em 25 de Janeiro de 2010 às 22:00.

Prezados,

desculpe minha ingnorância, mas não concordo com Essa nomemclatura que estão querendo colocar ao Grandes Mestre, isso não é avanço cientifico, como poder um Mestre de Capoeira com mais de decadas com esse titulo, ser rebaixado a Treinador, não menospresando aos treinadores de outras modalidades. A Educação Física veio para somar esforço em favor da atividade fisica e da cultura corporal Mãe Capoeira. Reunimos com vários mestres em todo o Brasil e vejo que todos os verdadeiros mestres antigos não aceitam essa mudança. Respeito a opinião dos demais, ademais vivemos num país livre, mas falando de Capoeira, muito cuidado com tendencias sem fundamentação com bases na oralidade dos grandes mestre, coisa como mestrando em Capoeira, licenciatura em Capoeira, Treinador de Capoeira, faz morrer aquilo que se tentou unificar em séculos. Bom, fica aqui o meu total apoio aos que são contra a mudança para Treinador.

Com Mestre Bimba e Mestre Pastinha, os únicos que foram capoeira iluminado! Não existe outro estilo a não ser a Angola e a Regional! O resto é coisa de que não teve tempo de aprender capoeira!

Salve!

Mestre Dedão

Associação de Capoeira Ave Branca Mestre Kall

Por Edney da Cunha Samias
em 1 de Fevereiro de 2010 às 12:50.

Corrigindo: onde está escrito: ingnorancia, lê-se ignorância. E nomemclatura, lê-se nomenclatura.

Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 4 de Fevereiro de 2010 às 12:16.

Meu Mestre Dedão

enquanto a Capoeira(gem) esteve restrita aos grotões - país de terceiro mundo - e nos grotões do Brasil espalhada e se espalhando - lembrando que tem poucos anos de vida, efetivamente, não séculos... podemos discutir isso em outra instancia...

sim, enquanto ficou restrita às diferenças entre ’angolas’ e ’regionais’, depois ’contemporâneos’, a nomenclatura adotada de Mestre - e até chegar lá - era válida...

a Capoeira esportiva - diferente da ’angola’, da ’regional’, ’da conteporanea’ - precisa se adaptar às exigências das regras esportivas internacionais - o foot-ball fez isso lá pelos anos 186... com a sua board (regras); assim como as demais atividades esportivas de competição - incluindo, aí, o judô, o jiu-jitsu, etc.

As dificuldades no exercício profissional, de ensino de uma atividade física, e a tentativa de unificação de linguagem e a consequente aceitação como profissional habilitado, fizeram com que os dirigentes, mais de 150, presentes na última reunião - inclusive com a intenção de aceitação enquanto esporte 0olímpico - obrigaram a essa unificação de linguaem, e a mais aceita e compreendida, é a de treinador esportivo - de capoeira; já que é a esta modalidade esportiva a que nos referimos.

Não significa que, o angola ou o regional, ou outras derivações (seitas???, neocapoeiras???) no ambito interno - Brasil - não mantenham suas tradições, com as suas promoções... apenas, Dedão, para efuito de registro enquanto atividade esportiva, o Mestre Dedão será registrado como : Treinador: Mestre Dedão ( Edney da Cunha Samias) ou Treinador: Edney da Cunha Samias (Mestre Dedão)... ou outra denominação título) que tiver...

certo?

Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 28 de Fevereiro de 2010 às 15:46.

Pessoal, acho que já está na hora de colocarmos nessa página o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Javier Rubiera Cuervo, Presidente da FICA (Federaçao Internacional de Capoeira) - http://www.capoeira-fica.org/ e disponível em http://cap-ang.blogspot.com/. Javier vem desenvolvendo um trabalho de recuperação da memória dos movimentos da Capoeiragem. Quando me refiro aos "Movimentos da Capoeiragem" isto se dá de uma forma ampla, não ficando apenas nos golpes, sua identificação, mas buscando a ancestralidade - movimento de povos, de culturas, de usos e costumes, de lúdica e movimento... no sentido adotado, a lúdica e o movimento, por Dickert e Meringer quando estudaram as "Corrida de Toras" dos indios kanelas, do Maranhão.

DIECKERT, Jurgen & MEHRINGER, Jakob. A corrida de toras no sistema cultural dos índios brasileiros Canelas  (relatório de pesquisa provisório). Zeitgschift Muncher Beltrdzur  Vulkerkunde, julho, 1989.

DIECKERT, Jurgen & MEHRINGER, Jakob. Cultura do lúdico e do movimento dos índios Canelas. Revista Brasileira de  Ciências do Esporte, Campinas, v. 11, n. 1, p. 55-57, set. 1989.

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Primeiras manifestações do lúdico e do movimento em Maranhão. In SILVA, José Eduardo Fernandes de Sousa (org.). ESPORTE E IDERNTIDADE CULTURAL. Brasília : INDESP, 1996

  VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. O lúdico e o movimento em Maranhão. In LECTURAS: EDUCACION FISICA Y DEPORTES, Revista Digital, Buenos Aires, ano 7, n. 37, junio 2001, disponível em www.efdeportes.com.efd37/maranh.htm 

Jogo da Capoeira


FOTO: Annibal Burlamaqui, patrono de la Capoeira Deportiva.
(pag88)-Subsidios para a Historia da Capoeiragem no Brasil, Inezil Penha Marinho, Archivos da Escola Nacional de Educaçao Fisica e Desportos-Brasil.

Em 1687, sendo governador Matias da Cunha, o sertanejo, estacionado no sertao da Bahía, ofereceu os serviços ao governo para exterminar os palmares, exigindo como premio as terras conquistadas e os escravos que aprisionase. Aceita a proposta pelo governo, a 3 de Março de 1687, foi assinado o respectivo contrato. Domingo Jorge Velho, comandando 7.000 hombres bem armados e equipados, dirigiu-se á serra da Barriga, onde iniciu os primeiros combates com os negros..........................”O escravo se mostrava superior na luta...........................A causa dessa superioridade ,que ,na luta corpo a corpo mostrava o refugiado na capoeira, explicavam os da escolta,que diziam saber e aplicar o forajido um jogo estranho de braços, pernas ,cabeça e tronco ,com tal agilidade e tanta violencia,capazes de lhe dar uma superioridade estupenda.
Espalhou-se ,entao, a fama do “jogo do capoeira” que ficou sendo a capoeiragem.(18) "( MARINHO, 1.980:66 ).

(18)-Burlamaqui,A.-“Ginástica Nacional (Capoeiragem),Metodizada e reglada” ,Rio de Janeiro,1928.
http://www.docpro.com.br/Linkultural/Acervo/Acervo24.html Matias da Cunha (Portugal, 1??? - Salvador, BA, 24 de outubro de 1688), foi um administrador colonial português.
Exerceu as funções de Governador da Capitania do Rio de Janeiro, de 1675 a 1679.
Foi Governador-geral do Brasil de 4 de junho de 1687 a 24 de outubro de 1688 quando faleceu, sendo substituído interinamente pelo arcebispo Dom Frei Manuel da Ressurreição e pelo chanceler da Relação, em Salvador. Neste cargo, combateu os indígenas, sobretudo no sertão do Rio Grande do Norte e no da Capitania do Ceará, além do Quilombo dos Palmares. http://pt.wikipedia.org/wiki/Matias_da_Cunha

Por Fabio Cardias
em 28 de Fevereiro de 2010 às 22:59.

Fico contente com o debate

vou atrás do material e da tese do prof Sérgio. Eu respeito mas não apoio a esportivização e nem a olimpização da capoeira, inevitável no processo global, ainda que gere bom frutos nesta tendência esportiva, nem a incorporação de novas palavras como técnico, atleta, juiz, cd, aparelho de som e a saída de tantas outras importantes como berimbau, ritmo, ancestralidade, maestria, marcialidade. 

Eu defendo uma teoria das artes marciais, onde arte marcial não é esporte, arte marcial tem sido um termo achatado para caber no grupo esporte, mas interpreto e teorizo como sendo dois universos diferentes, ainda que com uma intersecção pequena possível, a competição. Não considero o judo e nem o jiu brasileiro arte marcial, devido sua origem, e sim lutas esportivas, não concordo com Kano chamar budo ao judo, não existe budô esportivo. Critico a inclusão do judô e reveria o sumô na Cartilha do budô japonês, é forçoso, visto que o judô não foi criado como arte marcial, somente temperado de. Agora vimos no que o judô se tornou, um esporte de combate, tal como o aikido esportivo(não me identifiquei com o que fizeram com aikidô), e o kendo esportivo, o karatê esportivo (karatê original é arte de resitência okinawana também, esportivizaram). Mas estes esportes são diferentes dos caminhos marciais que ainda resistem, como aikiju, kashima, maniwa ryu, etc, sem verbas, sem atletas, sem pódio, sem galinhas de ovos de ouro e sem medalhas de ouro, extremamente importantes na expressão de resistência e sobrevivência istórica delas no Japão, e sem maior apoio financeiro, porque não cairam no mercado internacional como esportes midiáticos, não dão votos.

Arte marcial, luta originária de jogo agonístico e esporte são coisas diferentes, seja na historia, seja na finalidade de cada. Nesta tendência, capoeira, luta marajoara e boxe olímpico não podem ser socadas num mesmo saco. A luta está mais propensa aa adaptção atlética moderna, mas arte marcial não, se a partir dela se cria um esporte, se cria tão só um esporte, caminho escolhido. A capoeira no molde esporte, para mim deixa de ser marcial. Mesmo o termo luta usado fequentemente na história da capoeira não se confunde com o que disse anteriomente, porque a base da capoeira é antes de tudo marcial, isso significa origem na necessidade de sobreviver, e para isto matar ou morrer ou ferir, disfarce e segredo da prática, silêncio: preceitos e princípios de qualquer arte marcial original, mesmo que não se usem os verbos citados, a prática incorpora saberes e posturas psicológicas enfatizadas que deixam de ser no esporte, não faltariam exemplos aqui. Assim, o jogo agonístico e esporte tem origens diferentes, ainda que esportivizar seja uma proposta, que grupos não apoiam, minorias ou não. Kano, Bimba, e Burlamaqui não representam esta tendência marcial, vide suas interpretações datadas do que pode vir a ser uma outra capoeira. Ainda que o termo arte marcial não seja usado no séc. XVI, XVII por aqui, capoeira era capoeira, e budoka era budoka antes da invasão ocidental no Japão, mas uma teoria da arte marcial cabe aos dois casos, ao caso chinês, e aos casos gregos e romanos onde ars martiali era martiali e luta atlética (origem em athlon) de exposição ao público da agonística (agon) já eram coisas bem distintas entre si. 

Respeito as tendências esportivizantes que surgiram, antes ou depois das institucionalizações de angola e regional, do judo kodokan, do jiujitsu pra MMA. Não é a data que impõe a importância da proposta, ainda que esteja valendo com justificativa na livre escolha de se fazer um novo esporte, mas sim a natureza intrínseca da capoeira, que resistirá como uma outra tendência, autônoma, genuína e que não precisa dos mandos internacionais do COI, Federações Internacionais, etc., para se renovar e redeterminar com tal.Respeito a esportivização, mas a capoeira que apresentaram a mim ainda é aquela onde tem que se aprender o berimbau, os ritmos de jogo, as chamadas, ladainhas, ancestralidade, saberes profundos e percepções refinadas da vida (ai só ouvi de mestres em suas artes), minizados em qualquer processo de esportivização, seja da capoeira, o mesmo fazem com o Muay Thai tirando-lhes até a música, o Pencak Silat Indonésio....enfim, são escolhas e caminhos diferentes onde cada escolha tem seu preço, seus encontros com seus ideias, seus ganhos materiais e imateriais.

Sinceramente sinto muito pelos mestres que ainda vivem no nosso imaginário márcio, pois ter segurado as diversas capoeiras na miséria como fizeram tantos, e agora dificilmente serão honrados, até porque se poderiamos fazer já não o fizemos, sempre esperamos os olhares de fora para se começar a fazer, isto é, os estrangeiros valorizam, então vamos valorizar também, bem colonial nossa herança, europeizante, e agora valem os personagens que escreveram documentos, os representantes de federações, uma nova ancestralidade baseada neste mercado do esporte onde tudo quer se tornar olímpico. Sendo escolhas, eu gostaria de construir documentos apoiando uma capoeira que nunca teve apoio nenhum e resistiu, onde renovar não é esportivizar, nem perpetuar a miséria dos mestres, muitos ainda vivos, e que estão fora deste discusso mais acadêmico, mas que nós nos mobilizemos para que nos reconheçam tanto quanto as outras, assim, marcial como é de origem.

são pequenas reflexões que defenderei na tese, seguindo o que aconteceu no Japão, guardadas as histórias de cada país e estilos, há mais de 200 anos por lá esta esta discussão e aqui retomamos e retomaremos muitas vezes e em outras rodas, obrigado pela atenção se leram até o aqui. 

Por Fabio Cardias
em 25 de Fevereiro de 2010 às 23:13.

esta discussão e cientificidade e a tecnicidade inevitável da modernidade, esta trajetória da querida capoeira e as exigências da contemporaneidade técnica, das legislaçoes esportivas, dos crefs, etc, me fazem refletir proundamente sobre a realidade e o futuro da prática da capoeira e do ser capoeira, da figura do mestre que remonta já um quadro secular e, me agrada a diversidade e os desafios inevitáveis. Mas venho através desta comunidade solicitar dos colegas por correio-e se possível e se possuem artigos ou teses que me apoiem na minha pesquisa doutoral envolvendo a capoeira, ficaria muito agradecido com o apoio dos professores daqui, obrigado fabio correio-e kironjbr@gmail.com

Por Sergio Luiz de Souza Vieira
em 26 de Fevereiro de 2010 às 20:49.

Olá a todos...

A inserção do "Treinador Desportivo de Capoeira" foi objeto de análise e deliberação nos três congressos técnicos internacionais já realidados e nas assembléias gerais que legitimaram o Código Desportivo Internacional de Capoeira. Nestes encontos só possuem direito de voto os representantes das entidades filiadas na Federação Internacional de Capoeira. Trata-se de uma ação de padronização de procedimentos técnicos, culturais, educacionais e desportivos requerida pelo Comitê Olímpico Internacional. Este procedimento se encontra implantado já há mais de cinco anos.

Não se trata de uma substituição dos mestres ou demais docentes, mas sim de uma nova qualificação profissional cuja certificação é emitida com base em parâmetros internacionais após o desenvolvimento de competências, saberes e habilidades exigidas para este perfil profissional, que é próxima da formação dos profissionais de Educação Física.

Desejo lembrar que no processo de institucionalização da Capoeira, a matriz cultural desportiva é mais antiga que a regional e a angola, portanto tem sua própria autonomia em relação às mais recentes. Ou seja, nossos referenciais são: Annibal Burlamaqui e Inezil Penna Marinho, e não Bimba, Pastinha e outros.

Com meus respeitos a todos,

Sergio Vieira

Por Edney da Cunha Samias
em 26 de Fevereiro de 2010 às 22:37.

Prezados,

não reconheço como capoeirístas aqueles que não tem base em Mestre Bimba ou nos Mestre da Capoeira Tradiconal, dentre os mais famosos Pastinha.

Se o tal "capoeira" tem bases em Annibal Burlamaqui e Inezil Penna Marinho, esses que em nenhuma roda nesse Brasil ou no mundo nas rodas não são citados ou cantados, ou ensinados nas escoals de capoeira conhecidas por todos, não considero como praticantes da arte-mãe capoeira, melhor que criem outra coisa e coloquem a nomenclatura que quizerem, criem seus toques, porque como disse, não conheço nem um toque criados por este citados por tal Sergio. Bimba e Pastinha, são os ícones da Capoeira, lembrandos de todos os mestre do passado da qual nossa capoeira está embasada. Por isso, pedimos a todos os verdadeiros praticantes, vamos nos reunir para dar um basta nessas coisas que não fazem parte de nosso mundo da verdadeira capoeira.

Cordialmente,

Edney da Cunha Samias

Por Sergio Luiz de Souza Vieira
em 26 de Fevereiro de 2010 às 23:32.

Calma Edney... Estamos em busca de um debate racional e não emocional...

Se você estudar melhor sobre a vida e a obra de Mestre Bimba, conseguirá descobrir que o próprio Bimba recorreu a Annibal Burlamaqui (Zuma) para criar a Regional, sendo assim, renegar Annibal Burlamaqui é renegar o próprio Mestre Bimba.

Há que se esclarecer também que Annibal Burlamaqui é o autor do Primeiro Código Desportivo da Capoeira, editado em 1928 e prefaciado em 1927, muito tempo antes da institucionalização da Regional e da Angola. Portanto para nós do segmento desportivo e aqui incluo o CEV (Centro Esportivo Virtual) esta é uma obra que deve ser muitissimo respeitada, tanto pelo seu pioneirismo, portanto uma referência histórica na Capoeira, quanto pela qualidade do trabalho, ainda hoje considerado de grande complexidade.

E quanto à sua expressão: "esse tal Sergio", foi ao tal Sergio que a Presidência da República, o Ministério da Cultura e o IPHAN foram buscar fundamentações básicas para o reconhecimento da Capoeira como patrimônio cultural imaterial do povo brasileiro, cujo processo estava arquivado.

Portanto... vamos ao debate das idéias e não ao das emoções... Os membros do CEV Capoeira merecem esta conduta.

Com meus sinceros respeitos,

Sergio Vieira

Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 27 de Fevereiro de 2010 às 08:20.

Mestre Dedão, Sérgio, Demais Comunitários:

Primeiro, alguém atendeu ao pedido do Fabio, ai em cima, sobre material que possa alimentar (mais) uma tese sobre a Capoeira(gem)?

Aqui, nesses poucos debates que têm aparecido, vemos a diversidade de correntes e opiniões que a Capoeira(gem) suscita. Angola? Regional? Contemporanea? Atual? qual Capoeira? ainda temos aquela ’briga de rua’ a qual Mestre Lacé prefere - e eu apoio! - Capoeiragem... aí incluidas aquelas ’formas primitivas de capoeira’, que já se perderam na memória, nos usos e costumes - a cultura é dinamica e se renova... - mas que ainda existem por esse imenso Brasil...

Lembro do batuque, da pernada, da punga, da umbigada, da tiririca... Bimba e Pastinha foram iluminados, na medida em que conseguiram sistematizar e incorporar essas diversas manifestações, incluindo artes marciais exogenas, como o jiu-jitsu e o judo, e a savate... mas tiveram precursores... ou alguém acredita que ela já nasceu ’pronta’ na mente dos Mestres Fundadores? devemos, sim, colocar entre os Fundadores a Anibal Bulamarqu- Mestre Zuma... e o incognito OCD... Inezil, com sua tentativa de (re)criar uma Ginástica Brasileira...

Para os ’dacademia’, os que estudam o movimento e a lúdica do povo brasileiro, ai incluida a Capoeira(gem) os antecedentes, os Precursores, têm tanta - ou mais! - importancia quanto os fundadores... estes se serviram de um conhecimento acumulado para estabelecer um novo paradigma... um corte... e as circunstancias do momento histórico.

Não se quer aqui, de forma alguma, retirar essa historicidade, mas a oralidade no ensino da capoeira, existente até hoje, precisa de uma base cientifica, que a sistematize e registre sua trajetoria. dai dizer que fora Bimba e Pastinha não existe nada, é ignorar essa Historia que se está construindo e sendo construida, a cada dia com mais e mais academicos busncao explicações e caminhos para a construção da realidade...

Se se quer a Capoeira(gem) como elemento unicamente pertencente à Cultura, como o fazem os Angolas, que assim seja; mas não se pode esquecer que há outro movimento, dentro dessa complexidade que vem se tornando a Capoeira, no movimento de sua desportivização - e não esquecer que foi iniciada por Bimba, tomando por base Zuma e Coelho Neto; e OCD, e Inezil, depois Lamartine, por fim, a aceitação da capoeira na CBP e agora na FICA...

Jogo/luta? a roda segue girando...

Apenas para ilustrar, vou colocar aqui a introdução de textículo que estou a escrever junto com o Javier Cuervo, para ver o que acontece... acredito que o Sérgio tem acompanhando essa construção...

Trata-se de CHRONICA DA CAPOEIRA(GEM)

Chronica (do latim) é termo que indica narração histórica, ou registro de fatos comuns, feitos por ordem cronológica; como também é conjunto das notícias ou rumores relativos a determinados assuntos [1].

Javier Rubiera, da “Agrupación Española de Capoeira” e Presidente da FICA[2] - Federação Internacional de Capoeira convida-me a fazer uma análise de imagens sobre a Capoeira(gem), a partir das gravuras de Rugendas[3], fazendo uma correlação entre os movimentos encontrados na(s) Capoeira(s) e outras manifestações da lúdica e do movimento, encontrada em outras terras. Vem reunindo uma série de “pranchas” buscando as raízes da Capoeira [4].  

         Informa-me Javier: Encontramos en nuestra pesquisa los artes marciales indicados en el mapa que se encuentran justamente en los lugares de las rutas de los navíos de los imperios coloniales así como en las ruta ancestra de los malayos e hindúes que poblaron Madagascar.[9]

Indo mais adiante, Rafael Rubirosa envia-me mensagem eletrônica em que provoca: [...]  Se você concorda que uma raiz da Capoeira ée a Ringa-Moringue malgache [10] depois dos fatos de minhas pesquisas relatemos num artigo. A partida da redação são as gravuras de Rugendas[...].” [11]

Respondi [12]Tenho escrito sobre Capoeira(gem). E de repente, me vejo na contingência de escrever sobre a relação da Capoeira(gem) e as ‘capoeiras’ [13], melhor, sobre a lúdica e o movimento das populações trazidas para o que hoje chamamos de Brasil, dos diversos recantos do antigo império português - hoje, a comunidade lusófona.

Tem-se que a Capoeira é uma atividade física - vamos chamá-la por hora assim - de criação nacional. Alguns Capoeiras buscam suas origens na África, considerando ser esta a terra de origem dos escravos para cá trazidos, esquecendo-se de que, aqueles a que se chamava de  ‘negros’ estavam para além dessa territoriedade - a Mãe-África! [1],

“Acompanhando as colocações do Mestre André Lacé Lopes - Quilombo do Leblon - e do Javier - FICA, e sua Sala de Pesquisa -, percebe-se que recebemos ‘negros’ não só da Mama-África, mas da Oceania e da Ásia - lembrando que Portugal foi o ‘primeiro império onde o sol nunca se punha’… depois, a Espanha, Holanda e, só depois, a Inglaterra…

“Além das características da lúdica e movimento existentes na África, identificadas as semelhanças com os movimentos da(s) Capoeira(s) - Angola, Regional, e/ou Contemporânea -, além daquilo que chamei de capoeiras primitivas - tiririca, batuque, pernada(s), punga, carioca, etc. e mais recentemente, o ‘agarre marajoara’… N´golo, savate, fado português, frevo, semba, samba...os movimentos encontrados nas Reuniões, nas Antilhas…

“Dá um bom caldo - traço de união? Portugal… Talvez aceite o desafio do Javier (FICA - Espanha) de verificar essa relação… material, ele já me mandou… se o Mestre André (Republica Independente do Leblon) ajudar a deslindar essas influencias (mutuas…) já que foi o primeiro a chamar a atenção.”

Essas manifestações aparecem na África – amplamente identificadas e estudadas – e em outras paragens, que pertenceu ao outrora Império português. Esse o amalgama que adotamos aqui para expor aos estudiosos da(s) Capoeira(s) uma possível correlação entre esses diversos movimentos.

O Império Português foi o primeiro império global da história, com um conjunto de territórios repartidos por quatro continentes, sob soberania portuguesa. Foi também o mais duradouro dos impérios coloniais europeus modernos, sob o nome "Império Colonial Português" na primeira metade do Estado Novo; abrangeu quase seis séculos desde a tomada de Ceuta em 1415 à independência de Timor, em 2002.[2]

 

[1]  DICIONÁRIO AURÉLIO, 1986, p. 502, citado por BORRALHO, José Henrique de Paula. Literatura e política em A Chronica Parlamentar, de Trajano Galvão de Carvalho. In GALVES, Marcelo Cheche; COSTA, Yuri. O MARANHÃO OITOCENTISTA. Imperatriz: Ética; São Luis: Editoras UEMA, 2009, p. 371-403.

[2] Federação Internacional de Capoeira

[3] Johann Moritz Rugendas (Augsburgo, 29 de março de 1802Weilheim, 29 de maio de 1858) pintor alemão que viajou por todo Brasil durante 1822-1825 e pintou povos e costumes. Rugendas era o nome que usava para assinar suas obras. Cursou a Academia de Belas-Artes de Munique, especializando-se na arte do desenho. Pintor de cenas brasileiras, nasceu em Augsburg, em 29 de março de 1802 e faleceu em Weilheim, em 29 de maio de 1858. De família de artistas, integrou a missão do barão de Georg Heinrich von Langsdorff e permaneceu no Brasil três anos. IN http://pt.wikipedia.org/wiki/Rugendas

[4] “[...] data a Capoeiragem, de 1770, quando para cá andou o Vice-Rei Marques do Lavradio. Dizem eles também que o primeiro capoeira foi um tenente chamado João Moreira, homem rixento, motivo porque o povo lhe apelidou de ‘amotinado’.” in VIEIRA, Sérgio Luis de Sousa. Capoeira – origem e história. Da Capoeira: Como Patrimônio Cultural. PUC/SP – Tese de Doutorado – 2004. Disponível em http://www.capoeira-fica.org/.

[5] Federação Internacional de Capoeira

[6] “[...] data a Capoeiragem, de 1770, quando para cá andou o Vice-Rei Marques do Lavradio. Dizem eles também que o primeiro capoeira foi um tenente chamado João Moreira, homem rixento, motivo porque o povo lhe apelidou de ‘amotinado’.” in VIEIRA, Sérgio Luis de Sousa. Capoeira – origem e história. Da Capoeira: Como Patrimônio Cultural. PUC/SP – Tese de Doutorado – 2004. disponível em http://www.capoeira-fica.org/.

[7] Johann Moritz Rugendas (Augsburgo, 29 de março de 1802Weilheim, 29 de maio de 1858) pintor alemão que viajou por todo Brasil durante 1822-1825 e pintou povos e costumes. Rugendas era o nome que usava para assinar suas obras. Cursou a Academia de Belas-Artes de Munique, especializando-se na arte do desenho. Pintor de cenas brasileiras, nasceu em Augsburg, em 29 de março de 1802 e faleceu em Weilheim, em 29 de maio de 1858. De família de artistas, integrou a missão do barão de Georg Heinrich von Langsdorff e permaneceu no Brasil três anos. IN http://pt.wikipedia.org/wiki/Rugendas

[8] O Império Português foi o primeiro império global da história, com um conjunto de territórios repartidos por quatro continentes, sob soberania portuguesa. Foi também o mais duradouro dos impérios coloniais europeus modernos, sob o nome "Império Colonial Português" na primeira metade do Estado Novo; abrangeu quase seis séculos desde a tomada de Ceuta em 1415 à independência de Timor, em 2002. in http://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Portugu%C3%AAs - The Portuguese Empire: 1415-1825 by Charles R. Boxer

[9] http://saladepesquisacapoeira.blogspot.com/;

http://asi-afri.blogspot.com/;

http://afroasia-bras.blogspot.com/ ;

http://asia-brasil.blogspot.com/;

http://cap-dep.blogspot.com/;

http://cap-ang.blogspot.com/;

http://cap-reg.blogspot.com/;

http://ladja-martinica.blogspot.com/.

http://moraingy-malgache.blogspot.com/;

 http://moringue-reunion.blogspot.com/;

[10] O malgaxe (malagasy) é uma língua malaio-polinésia falada por praticamente toda a população de Madagascar. Em Madagascar, a língua malgaxe é considerada a língua nacional, mas divide a condição de língua oficial com o francês, que continua sendo a língua principal nos meios escritos e na educação. Existem também alguns falantes de malgaxe na ilha francesa de Mayotte e em comunidades originárias de Madagascar assentadas em Reunião (França), Comores e outros países. IN http://pt.wikipedia.org/wiki/Malgache

[11] Correio eletrônico recebido de Javier Rubiera - Presidente, Vice-Presidente General de FICA www.capoeira-fica.org, Agrupación Española de Capoeira, http://aecfica.blogspot.com/,, NIF G74237405, através do endereço Vicepresidente - FICA. [capoeira.espanha@gmail.com], enviada dia 4/9/2009 13:30 para Leopoldo Gil Dulcio Vaz leopoldovaz@elo.com.br.

[12] http://cev.org.br/comunidade/lusofonia/debate/capoeira/

[13] VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Jornal do Capoeira http://www.capoeira.jex.com.br/, Edição 47: 30 de Outubro à 05 de Novembro  de 2005,

Jornal do Capoeira - www.capoeira.jex.com.br; Edição 64 - de 12 a 18/Mar de 2006, disponível em  http://www.capoeira.jex.com.br/noticias/detalhes.php?id_jornal=13170&id_noticia=905

Jornal do Capoeira - Edição 44: 22 a 28 de Agosto de 2005, EDIÇÃO ESPECIAL estendida - CAPOEIRA & NEGRITUDE, disponível em http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/ainda+sobre+a+punga+dos+homens+-+maranhao

Jornal do Capoeira - Edição 42: 8 à 14 de Agosto de 2005, disponível em http://www.capoeira.jex.com.br/cronicas/notas+sobre+a+capoeira+em+sao+luis+do+maranhao

[1] FALCÃO, José Luiz Cirqueira. Fluxos e refluxos da capoeira: Brasil e Portugal gingando na roda. In Análise Social, vol. XL (174), 2005, 111-133, disponível em http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aso/n174/n174a05.pdf

[2] BOXER, Charles. The Portuguese Empire: 1415-1825 in http://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Portugu%C3%AAs

Como se pode ver, é muito mais complexo do que se possa pensar, essa busca dos fundadores da capoeira(gem)... remete à Hstória, nãio só do Brasil, mas de Portugal, de vários países africanos, e dá a volta ao mundo - ao grande imperio portugues, do qual somos herdeiros e, ao juntar essas diversas culturas, memórias, histórias neste parte do mundo, a que chamamos, hoje, de Brasil, temos a... Capoeira como expressão máxima de sua cultura - além do futebol... também nascido alhures... - e que tem uma dinamica propria e renovada a cada diaspora... a ultima, deu-se a partir da decada de 1970, com a revoada de mestres da chamada corrente baiana - Angola e Rgional, que se tornatram hegemonicas - e vem se constiuindo em uma nova renovação, chamada de Capoeira Desportiva. Não se está negando nada, apenas registrando as mudanças que a cultura, em sua dinamica, provocam, com a integração e mistura com outras culturas e formas de pensamento.

Graças devemos dar, que esta sendo reconhecida como um mpvimento com origem no Brasil... tal qualo judô, o Jiu-Jitsu, e outras artes marciais... mantiveram sua origem, suas caracteristicas, mas souberam se renovar e se adptar ás exigencias de aceitação por parte de outas comunidades e outros pensmanetos e outras culturas...

Discutir-se o sexo dos anjos, neste momento, em que se busca o reconhecimento mundial, e a sua aceitaão como Esporte... é querer matar a ’galinha dos ovos de ouro’...

Segue a roda...

Por Fabio Cardias
em 28 de Fevereiro de 2010 às 11:10.

prezados colegas

convite torna-se público
defesa de doutorado

dia 12 de março na FEUSP

OLIVEIRA, Julvan Moreira de. Africanidades e Educação: Ancestralidade, Identidade e Oralidade no Pensamento de Kabengele Munanga, 2009. 298f. Tese de Doutorado – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.

Por Sergio Luiz de Souza Vieira
em 28 de Fevereiro de 2010 às 11:28.

Concordo plenamente com as palavras do Leopoldo.

Tenho apenas uma contribuição a fazer em relação a sigla OCD que citou, a qual na realidade é "O.D.C.". Esta sigla aparece em um opúsculo de 1904 denominado Guia do Capoeira, e muitos EQUIVOCADAMENTE, por desconhecimento de causa, por falha na pesquisa e outras tendências mirabolantes, pensaram se tratar das iniciais do autor. Chegaram até a publicar isto causando grandes confusões na cabeça dos capoeiristas desavisados. 

A sigla O.D.C. significa Ofereço, Dedico e Consagro e foi muito utilizada na maioria dos livros escritos na primeira metade do século XX e final do século XIX, conforme se poderá constatar em uma simples consulta na Biblioteca Nacional. Portanto o Guia do Capoeira é um opúsculo apócrifo e foi oferecido, dedicado e consagrado à distinta mocidade.

Há ainda que se esclarecer que esta obra foi utilizada como referência à tentativa de institucionalização e de higienização da Capoeira para ser transformada em Ginástica Nacional, uma vez que o autor considerava a todos os praticantes da Capoeiragem como: vagabundos, trouxas, otários, criminosos e vádios que mereciam ser presos nas piores cadeias, ou seja, eram considerados como uma doença que estava estragando os jovens brasileiros, conforme se poderá observar nas palavras iniciais desta obra.

Seguimos adiante...

Sergio Vieira

Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 1 de Março de 2010 às 09:13.

Fabio

Indico a voce, nessa discussão sobre as artes marciais, o capitulo primeiro do livro ABORDAGENS SÓCIO-ANTROPOLOGICAS DA LUTA/JOGO DA CAPOEIRA, do Paulo Coelo de Araujo, Maia, 1997

Por Fabio Cardias
em 1 de Março de 2010 às 22:46.

obrigado Leopoldo

já conheço a contribuição portuguesa. me baseio hoje mais em teoria marcial em autores como os japoneses Todo Yoshiaki, que e meu professor na área teoria marcial. E leitores mais clássicos como Nakabaysahi Shinji, Ichiro Watanabe, Kiyoshi Watatani, Yoshio Imamura...alguns defensores da esportivização do budô-como a própria Nippon Budokan, contrariando a Butokukai de Kyoto, outros defendem o esporte kendo como o dr.Koji Kazuma, da Kogakuin University, que esteve recentemente no Brasil, no campeonato mundial de kendo em Guarulhos e tivemos a oportunidade de conversar...ele se interessaria em um convenio sobre estudos comparados de artes marciais Japão Brasil, talvez possamos nos organizar, porque eles adoram material de capoeira, querem saber mais, do jiu, da nossa história marcial e as vertentes esportivas mesmo..talvez possamos nos conhecer com o tempo e estabelecer este tipo de colaborações com um país de forte tradições e histórico marcial...

mas eu to defendendo mesmo um etos marcial em paralelo ao etos desportivo, onde um nao cabe no outro, se interseccionam no maximo...baseados nos autores acima..bem, eh assunto infinito e polêmico, pois eh cada qual no seu cada qual mesmo, mas isso não impede as trocas e mesmo apreciar a idéia de voces do atlas, me parece iniciativa que contribui a um registro importante, parabéns...

fico por aqui, agradeço os artigos e teses citadas, vou atrás, abraços fábio, disposto a colaborar mesmo que nao assuma o projeto capoeira como esporte...


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