Cevnautas, nosso amigo e colaborador assíduo do CEV Edison Yamazaki (ele está também aqui na comunidade EF&F) comentou uma nota da Comunidade Ftness e Qualidade de Vida, explicando como é o empenho no Japão, onde ele mora. Parece que não precisa ser um país gordo para adotar a atividade física Basta ser inteligente. Abaixo o comentário do Edisom e a nota de origem. Laercio

... Edison Yamazaki enviou uma nova mensagem para a Comunidade Fitness e Qualidade de Vida

Para responder, entre em http://cev.org.br/comunidade/fitness/debate/niveis-atividade-fisica-sao-melhores-indicadores-mortalidade-que-obesidade-hipertensao/

Re: Níveis de Atividade Física São Melhores Indicadores de Mortalidade do Que Obesidade e Hipertensão

Aqui no Japão onde obesos são apenas 3% da população, hábitos alimentares com pouca gordura e carboidratos, existe uma campanha maciça para enquadrar a população em algum exercício. Essa prática começou faz uns 20 anos e os resultados espetaculares. O pessoal abraçou a causa e para onde se olhe existe gente correndo, jogando, nadando ou frequentando academias. Para os idosos e jovens (colegiais) os preços são bem mais em conta. As escolas também mudaram o currículo da Educação Física e estão tirando os alunos do sedentarismo. Aumentaram as práticas esportivas e corridas de rua para os estudando do primário ao colégio.

O governo conclui que é mais barato investir em campeonatos, jogos recreativos e outras atividades do que bancar o pessoal no hospital. Foram criados centenas de equipes de futebol infantil masculino e feminino, além de construções de campos com grama sintética. Aqui perto de casa existe um centro com mais de 15 campos de futebol construído pela J. League (Federação de futebol japonês), somente para a prática do futebol amador. O tênis está virando uma febre, assim como o vôlei e o futsal.

As escolas passaram a abrir suas instalações esportivas para o pessoal da vizinhança e aulas de várias modalidades são oferecidas para a populção depois que os alunos vão para casa. Acho que as informações que você e a Veja mostraram tem lógica e por aqui já são utilizadas há bastante tempo.

... um novo debate na Comunidade Fitness e Qualidade de Vida

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Níveis de Atividade Física São Melhores Indicadores de Mortalidade do Que Obesidade e Hipertensão

Níveis de atividade física são melhores indicadores de mortalidade do que obesidade e hipertensão
Essa é uma das conclusões de um estudo que procurou mensurar a influência dos esportes sobre a saúde da população dos países

Atividade física: países ainda não têm dados consistentes sobre níveis de exercícios praticados pela populaçao (Thinkstock)

Baixos índices de atividades físicas entre a população de um país são melhores indicadores de mortalidade do que problemas como obesidade ou hipertensão. Por isso, os níveis de exercícios devem ser considerados como um sinal vital, e o hábito precisa ser mais frequentemente aconselhado aos pacientes pelos profissionais de saúde. Essas são as conclusões de um estudo feito por um time de pesquisadores de universidades dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Noruega, que buscaram mensurar a influência do esporte sobre a saúde da população mundial. A pesquisa foi publicada nesta sexta-feira na revista The Lancet, e é o primeiro de uma série de artigos que o periódico vai divulgar sobre exercícios físicos, aproveitando a proximidade da Olímpiada de 2012, que começa neste mês em Londres.

Segundo os autores do estudo, ainda são escassos os dados dos países sobre os níveis de exercícios praticados pela população, mas as evidências existentes já mostram que, se as pessoas passarem a fazer mais atividade física, a saúde física e mental da população vai melhorar drasticamente. Eles acreditam que isso possa ser possível se os médicos e outros profissionais de saúde passarem a aconselhar o hábito — e recomendá-lo como parte do tratamento — aos pacientes. É o mesmo, de acordo com os pesquisadores, que ocorreu quando os médicos começaram a indicar o fim do tabagismo a pacientes com determinadas doenças — o que, segundo o artigo, reduziu as taxas de fumantes em muitos países.

No artigo, a equipe cita alguns estudos recentes que respaldam essas conclusões. Uma pesquisa feita em 2010, por exemplo, mostrou que pessoas sedentárias que passaram a jogar futebol de duas a três vezes por semana demonstraram significativa redução do risco de doenças cardiovasculares, diabetes e osteoporose. Além disso, segundo os pesquisadores, outros trabalhos indicaram que comprometer-se com algum esporte melhora a percepção e o conhecimento das pessoas em relação à saúde. “A evidência de que a atividade física é a principal e mais eficaz abordagem de saúde pública para a prevenção de doenças, além de uma potencial abordagem de tratamento, aumentou significativamente nos últimos anos. Nós acreditamos que pequenas mudanças nas políticas e iniciativas dos países para aumentar os n&i acute;veis de exercício físico entre a população são necessárias e suficientes para melhorar a saúde", concluíram os autores.

FONTE: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/niveis-de-atividade-fisica-sao-melhores-indicadores-de-mortalidade-do-que-obesidade-hipertensao-e-outras-doencas

Comentários

Por Edison Yamazaki
em 12 de Julho de 2012 às 00:10.

Laércio,

Conheci recentemente o sr. Ishi. Ele é proprietário da Edith Sports Club que é está terceirizando aulas de esportes. A coisa funciona assim: ele oferece toda a estrutura para organizar aulas de esportes em pré-primários e escolas particulares do primeiro grau (6 a 12 anos).  Na parte do futebol, a Edith entra com o material (bolas, cones, coletes, etc) e os instrutores. As escolas entram com os campos ou quadras. A Edith recebe diretamente dos pais e fica com todo o lucro. As escolas passam a ter um diferencial para os seus alunos e ainda não precisam se preocuparem com as atividades extraclasses. Eles possuem instrutores de natação, basquete e ginástica olímpica. Nas férias escolares programam cursos intensivos de futebol (3 dias inteiros num local apropriado, normalmente no meio das montanhas), além de escaladas em montanhas, acampamentos com caiaques e corredeiras, além de "voôs" em paraquedas.

Promovem também gincanas esportivas no decorrer do ano envolvendo os familiares dos alunos, bem como organizações de campeonatos entre as escolas contratadas.

É uma maneira de massificar a prática esportiva e aliviar as escolas, que podem se concentrarem em melhorar outras áreas.

 

Por Roberto Affonso Pimentel
em 12 de Julho de 2012 às 11:24.

Edison,

Pelo que foi relatado, se eu estivesse no Japão ficaria rico. Explico>

Há algum tempo oferecia cursos gratuitos na praia de Icarai (Niterói) para 400 crianças (2 aulas semanais, alunos de 8-13 anos de idade). Um outro curso paralelo em Copacabana (300 alunos, também 2 aulas semanais). Oferecia toda a estrutura, inclusive remunerava os professores.

Contei isto para alunos de universidades, e disse-lhes que poderiam els próprios administrarem cursos similares. Citei um exemplo: alugariam duas quadras em um clube e produziriam cursos regulares para turmas de 40 alunos em cada quadra (1h30min). Poderiam realizar 3 aulas por dia e se o fizessem duas vezes semanais, poderiam auferir lucro fantástico. Ninguém se apresentou até hoje. Em suma, seriam 240 alunos pagantes.

A explicação: não têm criatividade, não foram "ensinados" a pensar, e sim a copiar, e pouco conhecimento da matéria. Simplesmente, repetem (e mal) o que já viram, não conseguindo imaginar ou sonhar. Preferem aulas de futebol para dividir a receita com a escola, e se deixam conduzir com um apito na boca, sentados num banco. Já vi até deitado...!

Não deixe de acompanhar o http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie/  É imperdível para quem quer ganhar dinheiro (honestamente) e "Aprender a Ensinar". Este é um programa com Qualidade e piioneiro, que pode ser ampliado com a Criatividade de cada professor.

 

Por Roberto Affonso Pimentel
em 12 de Julho de 2012 às 11:33.

Edisom,

Acrescento mais um detalhe. Há muito tempo um grupo de professores apresentou às escolas um serviço de terceirização da Educação Fisica, log rechaçado pelos seus colegas efetivos. Alegavam que o serviço realizado por outros (estranhos à escola) comprometeria o projeto pedagógico da mesma. E, assim, nada se realizou, continuando tudo como dantes. Hoje, promovem as "escolinhas", o que parece ser uma grande novidade e um grande passo para o progresso pedagógico da instituição.

Verdadeira pobreza! 

Por Edison Yamazaki
em 12 de Julho de 2012 às 20:50.

Roberto,

Terceirizar a prática esportiva é bem comum por aqui. Assim as escolas podem focar na melhora dos métodos de ensino e outras coisas. O esporte fica à cargo de outra empresa. O problema é que, como disse anteriormente, existem poucos profissionais da Educação Física e as aulas são minstradas por jovens comunicativos, gentis e educados, mas com pouco conhecimento de bons métodos de ensino. O pior, é que isso não parece que irá mudar tão rapidamente.

Sei que a realidade brasileira é outra, principalmente se o esporte for o futebol. Aí, todo mundo é "professor de futebol", entendido da matéria. Acho que nos clubes sociais é pior ainda, pois ter sócios como diretores e com direito a interferir no trabalho técnico, deve ser dose.

No fundo, poucos são os que buscam a excelência, no intuíto de melhor servir aos jovens e crianças, que aí estão dispostos e esperançosos de que apareça um profissional que lhes, além de ensinarem o esporte desejado, deixem uma mensagem de otimismo e perseverança.

Roberto... chegaremos lá.


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