Educação Física e Esporte

Talvez seja uma bobagem, não sei... Mas sempre tive a impressão de que qualquer iniciativa do governo para solucionar um problema ligado à educação, não funciona. Não sei se é incompetência de quem planeja, politicagem barata, enganação com dinheiro público ou projetos para ganhar votos. O que sinto que tudo isso é uma enrolação danada.

Como bem disse o Roberto... "quando não se quer resolver nada, criam grupos de trabalho". Infelizmente não dá para acreditar que esse projeto será bem sucedido.

No Brasil diz-se que quando NÃO se quer resolver um problema cria-se um "Grupo de Trabalho". Fui vítima de um deles enquanto trabalhava. A coisa é ridícula!

Agora, o cavalheiro dos longos bigodes, papagaio de pirata da presidente, aparece do nada para nos garantir que está atento à voz do povo e destinará milhões em recursos para a Educação. E pelo visto, também para os Esportes, garantindo-se em uma equipe técnica, com especialistas em várias áreas. Assim, o que durante séculos nada se fez, nesse momento surge a luz e em 100 dias tudo estará resolvido. Parece que anteriormente se esqueceram do legado do Pan-Americano e de outros eventos.

Respndendo ao Laércio, creio que os candidatos a colaboradores dessa efeméride deverão antes se filiar ao partido governamental, e assim, serem recompensados por sua colaboração fiel e incondicional. Não atrapalhem as suas propostas atuais, pois o povo clama (ou chia) demais! Eis aí mais um balão de ensaio para calar o povo que nada sabe a respeito de adminitração pública (segundo eles). 

 

Breve contribuição para análise de comportamentos e pensamentos dos seres humanos.

Especialistas ficam deslumbrados com seu próprio brilho e odeiam estar enganados. Os especialistas são iludidos não pelas coisas em que acreditam, mas pelo modo como pensam.  A máxima de origem grega nos diz algo como: “A raposa sabe muitas coisas; o porco-espinho, apenas uma, mas muito importante.” Porcos espinhos sabem uma grande verdade e têm uma teoria sobre o mundo, ficam eriçados de impaciência com quem não enxerga as coisas da mesma maneira que eles e são confiantes em seus prognósticos. Também se mostram relutantes em admitir o erro. São cheios de opiniões e segurança. Raposas, pelo contrário, são pensadoras complexas. Não acreditam que um único grande fato conduza a marcha da história. Em vez disso, as raposas reconhecem que a realidade emerge das interações de muitos agentes e forças diferentes, incluindo o acaso cego, muitas vezes produzindo resultados grandes e imprevisíveis.

Cabe a cada um identificar se é porco-espinho ou raposa. Isto facilita o diálogo e o compartilhamento de ideias que ajudam a planejar a própria vida. 

 

 

                            CRÔNICAS ESPORTIVAS

 

CONTAGEM REGRESSIVA PARA OS JOGOS OLIMPICOS DE 2016 NO BRASIL

 

CRÔNICA N.  320 DE 26 DE JUNHO DE 2013.

 

MEGAEVENTOS E A UNIVERSIDADE DO ESPORTE

 

Por: Celi Nelza Zulke Taffarel

 

Faltam 1.140 dias para a abertura dos JOGOS OLIMPICOS de 2016 no Rio de Janeiro/Brasil. Até lá veremos universidades serem criadas, reitores assumindo. Um caso de universidade a ser criada é a universidade do Esporte. Segue na integra a Portaria Ministerial que institui o Grupo de Trabalho.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

GABINETE DO MINISTRO

PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 5, DE 7 DE MAIO DE 2013

O MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E O MINISTRO DE ESTADO DO ESPORTE, no uso da atribuição que lhes confere o art. 87, parágrafo único, inciso II da Constituição, resolvem:

Art. 1º- Fica instituído Grupo de Trabalho Interministerial para elaborar projeto da Universidade do Esporte voltada à excelência esportiva e ao esporte de alto rendimento, tendo como referência o legado da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016.

Parágrafo único. Os resultados do grupo de trabalho interministerial deverão ser apresentados aos Ministros de Estado da Educação e do Esporte no prazo de 100 (cem) dias.

Art. 2º- Ficam designados para compor o grupo de trabalho os seguintes membros:

I - pelo Ministério da Educação:

a) PAULO SPELLER, Secretário de Educação Superior;

b) ADRIANA RIGON WESKA, Diretora de Desenvolvimento da Rede das Instituições Federais de Ensino Superior; e

c) ANTÔNIO SIMÕES, Coordenador-Geral de Expansão e Gestão das Instituições Federais de Ensino Superior.

II- pelo Ministério do Esporte:

a) RICARDO NASCIMENTO DE AVELLAR FONSECA, Diretor do Departamento de Excelência Esportiva e Promoção de Eventos; e

b) ANDRÉ ALMEIDA CUNHA ARANTES, Diretor do Departamento de Esporte de Base e de Alto Rendimento.

III- como professores especialistas:

a) ANDRÉ LUIZ FELIX RODACKI, da Universidade Federal do Paraná;

b) ANNA PAOLA TRINDADE ROCHA PIERUCCI, da Universidade Federal do Rio de Janeiro;

c) CARLOS UGRINOWITSCH, da Universidade Federal de São Paulo;

d) FERNANDO MARINHO MEZZADRI, da Universidade Federal do Paraná;

e) IGUATEMY LUCENA, da Universidade Católica de Brasília;

f) MARCO TULIO DE MELLO, da Universidade Federal de São Paulo;

g) OTAVIO GUIMARÃES TAVARES DA SILVA, da Universidade Federal do Espírito Santo;

h) RINALDO ROBERTO DE JESUS GUIRRO, da Universidade de São Paulo; e

i) LENEMAR FIORESI VIEIRA, da Universidade Estadual de Maringá.

Art. 3º- O Grupo de Trabalho será coordenado pelo Ministério da Educação, sob a presidência do Secretário de Educação Superior.

Parágrafo único. A Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação viabilizará a infraestrutura física e material para o desenvolvimento das atividades do grupo.

Art. 4º- Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

ALOIZIO MERCADANTE OLIVA

Ministro de Estado da Educação

ALDO REBELO

Ministro de Estado do Esporte

 

Frente a esta medida pergunto: e os recursos para melhorar as condições de trabalho das universidades federais? E os recursos para criar o Complexo Esportivo Educacional da UFBA e o Instituto de Educação Física Esporte e Lazer (IEFEL) ou Instituto de Ciências do Esporte (ICE) da Universidade Federal da Bahia?

Faço este questionamento porque não podemos nos manter neutros neste processo. Temos que lutar e nos engajar nos rumos das universidades públicas brasileiras. Foram quareo meses de greve em 2012 por melhores condições de trabalho, carrreira e salários.

         Neste sentido, para dar rumos a formação humana, a educação, a educação superior e em especial a universidade Pública é que me posiciono reivindicando  a construção do Complexo Esportivo Educacional da UFBA que teria um estádio com arquibancadas, com setores para as praticas das modalidades atléticas, com parque aquático, com três piscinas e setor de saltos, um ginásio com três pavimentos – uma para esportes de       quadra, outro para as modalidades ginásticas e atividades circenses, dança e outro  para as lutas-. Um módulo de aulas, laboratórios, auditórios, enfim espaços e equipamentos para realização de eventos técnico-científicos e culturais que abrigariam a formação continuada tanto na área do esporte quanto da Educação do Campo. Instalações com refeitório, restaurante e alojamento para estudantes, professores, atletas, enfim para as pessoas envolvidas em atividades de ensino, pesquisa e extensão vindas de outras regiões para participar de eventos. Além disto um moderno módulo de gestão e administração de programas e projetos para a população em geral. Um espaço para o ensino e a pesquisa de qualidade no interior da UFBA. Um espaço multifuncional aberto ao público. Um espaço para o desenvolvimento cientifico e tecnológico das diversas manifestações do esporte – educacional, saúde, lazer, alto rendimento.

Esta proposta está no Conselho Superior da UFBA.  O INSTITUTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE E LAZER (IEFEL) ou INSTITUTO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE (ICE) e a construção do COMPLEXO ESPORTIVO EDUCACIONAL, patrimônio, legado, que beneficiaria, milhões de pessoas por muitos e muitos anos. A construção do Complexo Esportivo Educacional da UFBA viria suprir uma deficiência  da UFBA que é abrigar em seu interior os professores do campo que necessitam trabalhar durante o semestre letivo e nos períodos de recesso estudar na Universidade para obterem seus diplomas em curso superior. Abrigar os atletas de todos os níveis e modalidades que venham a competir na Bahia, em especial em Salvador.

Por enquanto não conseguimos 100 milhões que é o custo aproximado deste grande e útil empreendimento esportivo educacional na UFBA para servir a população de Salvador, Bahia, Nordeste, Brasil. Servir a estudantes, professores e técnico-administrativos, servir a população em geral. Servir como centro de referência popular de desenvolvimento da Cultura Corporal. Contribuindo para a elevação do padrão cultural esportivo da população soteropolitana, baiana, nordestina, brasileira.  

A construção do Complexo Esportivo Educacional da UFBA e a criação do INSTITUTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE E LAZER (IEFEL) ou INSTITUTO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE (ICE) enquanto centro de referência popular da cultura corporal, é vital não somente para os que fazem e se formam na UFBA hoje, mas para as futuras gerações e em especial para as novas Universidades que estão sendo instaladas no Brasil. Vital para o desenvolvimento cientifico e tecnologico da área da Ciência do Esporte e não somente para o alto rendimento esportivo.

Volto a trazer este problema porque a UFBA precisa se posicionar.

Precisamos criar o Instituto de Ciências do Esporte (ICE) ou Instituto de Educação Física, Esporte e Lazer (IEFEL) e construir o Complexo Esportivo Educacional da UFBA. A UFBA precisa reagir e rápido. Acorda UFBA, assim como o Brasil está acordando. Vamos disputar os recursos públicos para o bem público, para a Educação pública, para a formação de bons professores para as escolas do campo, para a população em geral. Para o esporte educacional e de lazer conforme prevê a Constituição da republica Federativa do Brasil. ….Continuemos.

 

Celi,

Como bem lembrou, foram 4 meses de greve em 2012 por melhores condições de trabalho, carreira e salários. Enquanto isto, o nosso ministro bigodudo se aculturava em Londres, a reboque de nossa presidente, verificando tudo o que ocorria nas Olimpídas. Aliás, não sei se já retornou... Tomara que continue a não fazer absolutamente nada, pois assim não haverá gastos e inevitáveis compensações financeiras para a turma encastelada em Brasília. Ainda bem que não trabalham aos sábados e domingos. Já pensou?

Gostei de seu clamor e de sua convocação, revela-se batalhadora e sonhadora. Nunca perca essa força! Contudo, nem tudo deve vir de uma só vez, especialmente em um país como o nosso. O problema maior na Educação não está na falta de recursos, mas em COMO gastá-lo.

Um segundo aspecto a considerar trata-se do que disse, BONS PROFESSORES. Quem seriam esses? Os professores universitários, formadores de tantos outros? Duvido muito que os docentes universitários estejam atualmente preocupados com melhor ensino para seus acadêmicos. É certo que há exceções, mas historicamente preocupam-se com a agenda de greves somente por melhores salários e nada mais, e quanto tempo lhes resta até a aposentadoria.

Dê um pulinho em www.procrie.com.br/procrienoprezi/ e veja como se pode fazer muito com tão pouco nesse país. Afinal, quem não tem cão, caça com gato! 

Tomara que o sistema vigente nas universidades não a faça desistir de lutar!