Integra

18-09-2013

18 de setembro. 2013. Hoje minhas filhotas Marina, Juliana e Luiza completam dez anos. Então, parem as maquinas, e comecem as celebrações! Parabens, queridas Lulu, Mama e Juju! Toda a felicidade do mundo e’ apenas um pouquinho de tudo o que desejo para vocês! Vocês são a essência e a razão de uma profunda transformação da minha vida nos últimos dez anos, sob todos os aspectos. Tornar-se pai e’, a cada dia, uma experiência de amor profundo, vibrante, apaixonante e diferente – e eu tenho a infinita sorte de aprender a ser pai com a ajuda de três meninas lindas, engraçadas, malandras, inteligentes e sensíveis, que me ensinam diariamente a ser o papai que elas querem e merecem.

Entre tantas outras, duas pessoas mais que especiais me ajudam muito a ‘me fazer pai’. Minha amada companheira, Selma, uma ‘idishe mami’ de primeira linha que cuida da filharada como mais ninguém poderia: basta dizer que ela defendeu seu mestrado aos quatro meses de gestação, e no dia seguinte entrou em repouso, permanecendo cinco meses em casa, com alimentação especial, para que as meninas nascessem sem nenhum problema tampouco prematuras – e conseguiu! Elas nasceram com 38 semanas, perfeitas, sequer conheceram a UTI neonatal – como parece inevitável para a maior parte dos bebes múltiplos; nasceram totalmente saudáveis, foram direto para o quarto e três dias depois, saímos da maternidade com três pessoinhas sorridentes e maravilhosas. Eu nunca seria um pai legal sem esta amada companheira ao meu lado. Claro, outro ‘ajudante top’ que tenho neste trabalho e’ o nosso querido filho Alezinho, que nasceu um ano e nove meses depois delas. Como sei isso com tanta exatidão? Ora, ele foi concebido – através de métodos do século XIX – exatamente enquanto comemorávamos um aninho das meninas! Meu amado filhote também me desafia a construir a minha melhor paternidade a cada dia.

Mas hoje e’ aniversario delas. Vou cantar e celebrar as “três meninas do Brasil, três corações democratas”[i]. Três meninas que me acompanharam para o outro lado do mundo, e que são radiantes, cheias de vida – e que fizeram e fazem estes os 10 anos mais felizes de toda a minha vida. Virar pai – papai ou papucho, como sou mundialmente conhecido aqui em casa  – foi a melhor coisa que jamais me aconteceu. Mas para a qual, confesso, eu não estava absolutamente preparado. Assim, aproveito esta data querida para beijar muito as minhas filhas e também para refletir sobre a paternidade do ponto de vista de um papucho de quatro filhos – que ama ser pai, mas acredita que as relações ‘sócio institucionais’ de gênero não facilitam, ou de fato atrapalham, e muito, o ‘ser papai’.

Drummond ou a arte de fazer-se pai

Paizar se aprende paizando. Em 2009[ii] eu parodiei Carlos Drummond de Andrade – mas vou ter que pedir licença e faze-lo de novo, agora de um jeito muito mais esdruxulo. Desculpas ao poeta-maior e a outras almas poéticas, mas não achei outro jeito de dizer isso. Paizar se aprende paizando.  E’ ai que a onça bebe agua, e a porca torce o rabo, ou qualquer coisa que o valha. Eu nunca aprendi a ser pai de antemão! Imaginem a situação: elas nasceram no dia 18, e três dias depois, estávamos de volta para casa, com três nenezinhas lindas para amar e cuidar… De repente, eu ‘virei pai’. Isso parece obvio, venho falando disto ao longo deste texto, de como vou me fazendo pai a cada dia. Mas acontece que, paradoxalmente, as mães parecem que já “sabem” serem mães há muito tempo! Ao longo da gravidez, elas conversam com outras mulheres, trocam experiências sobre as barrigas, fraldas, amamentação, etc e tal; tem as suas mães para conversar, tias, irmãs e provavelmente centenas de sites e livros de como mamãezar, do que fazer se acontecer X ou Y. Não quero nem falar de todo o processo de socialização das meninas, das bonecas, de ser mamãe nas brincadeiras de fantasia e todo o resto.  Mas, e os papais aqui? Bom, batem nas suas costas e esperam que você seja um bom pai, sem uma dicazinha… Eu lembro o que fazia durante a gravidez das meninas: trabalhava na USP com um contrato de 24 horas/semanais; no Mackenzie, 40 horas/semanais; arrancava umas aulinhas na UNIP (que depois larguei, pois estava ficando louco) e fazia doutorado! Sabe com quem eu trocava ideias sobre como ser pai? Niente.

Olha que eu participei bastante da gravidez – por ser uma gestação múltipla, de risco, tudo precisava de muito cuidado. Consultas medicas quinzenais, e eu dava nó em pingo d’agua para estar em todas, acho que só me ausentei em uma.

Não posso negar que tive bons espelhos para me mirar. Meu pai sempre foi (ainda e’) um paizão supimpa e presente, jogávamos botão, me ensinou a andar de bicicleta, me levava pra cima e pra baixo, conversávamos e brincávamos bastante. Porem, com quem conversar sobre seus sentimentos, duvidas, medos, felicidades em ser pai? E mais, como a maternidade e’ tão naturalizada, a força e o peso da socialização feminina nesta questão são de tal forma preponderantes, que os pais se sentem absolutamente de fora, deslocados. Assim, a paternidade já começa mal. Te excluem do processo logo de cara, meio que por ‘causas naturais’. Temos que brigar para sermos pais. Foi isso o que eu fiz: como eram três nenês, sempre tinha mulheres por perto dispostas a arrancar alguma dos meus braços, afinal, homens ‘não sabem’ balançar, ninar, dar mamadeira ou executar qualquer outra tarefa com nenês – coisa de mulher, vá fumar charutos lá fora. Eu sempre fugia – mas com uma menina comigo, que não era bobo não!

Bom, hora certa de fazer um ‘mea responsa’. Durante este período da gravidez e dos primeiros meses de paternidade, eu devia ter andado com mais homens femininos. Acabei convivendo com muita gente machista, ouvindo seus comentários rudes e babacas sobre serem três filhas meninas. Eu deveria ter procurado aprender mais sobre ser papai, e deveria também ter convivido mais com ‘paternidades feministas’ como meu comparsa lúdico Xandão[iii]; ou mesmo com outras ‘masculinidades bacanas’[iv], como meu parceiro poiético Cascão[v]·. Mas não foi o que rolou. Na minha vida paulistana insana, acabei ficando vulnerável e nervoso. Então, só tenho a agradecer a todas as pessoas – principalmente as vovós e o vovô – as quais, cada qual a seu modo, me ajudaram durante a gravidez e ao longo dos primeiros meses com minhas queridas, tempos que foram viscosos, mas gostosos[vi], digo, prazerosos mas trabalhosos. Mas continuo achando que precisamos construir mais estratégias de empoderamento psicossocial (nossa! Está correto isso aqui, Veroca?) para os papais. Isso tem que vir da gente mesmo, mas também do poder publico.

Aqui que eu vejo varias porcas torcendo seus rabicós; de fato, existem inúmeras questões político-sociais que não favorecem, ao contrario, que maltratam os papais. Além do cotidiano das relações de gênero que influenciam a paternidade/maternidade/cuidados de bebes, outra problemática tão grave quanto atinge diretamente os papais: a ausência de politicas institucionais publicas e privadas, de apoio a paternidade. No meu caso, isso ficou ridiculamente evidente.

Como disse, elas nasceram no dia 18 de setembro, uma quinta feira em 2003. Na terça seguinte, dia 23 de setembro, eu de volta ao batente, pois tive cinco (isso mesmo, 5, five, cinq, cinque) dias consecutivos de ‘licença – paternidade’. Precisa dizer mais? Cinco dias? Eu com três nenezinhas em casa, e voltando ao trabalho absolutamente zonzo… Pessoas me batendo nas costas – e perguntando por que eu não havia respondido aos e-mails, nem providenciado um substituto para dar as minhas aulas naqueles dias… Ou deixado minhas filhas com alguém para ir a uma reunião fundamental lá no centro da cidade…

Mas, de repente, recebo uma noticia boa! Logo descubro que um dos meus empregos, o Mackenzie, oferece um auxilio-creche de R$ 350,00 por criança por mês, do nascimento aos sete anos de idade. Com três, mais de mil reais por mês, muito bom para as fraldas. Entretanto, alegria de papai dura pouco… O tal auxilio era somente para as  mamães que trabalhavam lá … ‘Pais não compram fraldas?’ pergunto para a assistente social, que me devolve um belíssimo sorriso amarelo…

Sem desistir, obtenho a informação que a USP tem algo semelhante, cerca de R$ 200,00/filho – somente para funcionários que são 40 horas… De cara, deixei de ganhar mais de R$ 1500,00/mês, primeiro por ter o sexo ‘errado’, e depois por trabalhar bem mais que as 40 horas semanais… mas em outro lugar também… não me adequei aos critérios (sic) …

Neste período, eu fazia meu doutorado, tendo aulas com a Claudia Vianna, a Eva Blay, e tendo colegas como Sandra Unbehaum – mentes brilhantes, certamente craques brasileiras que sabem tudo sobre tópicos de gênero. Gostaria de perguntar para elas se houve algum avanço institucional para ajudar os papais – para mim foi difícil, e tenho clareza que pertenço a um segmento privilegiado da sociedade. Imagina na Jamaica, quer dizer, imagina para papais em situações mais desiguais que a minha…  Sei que a mudança nas consciências demora muito, este processo caminha lentamente – mas precisamos lutar para avanços nas politicas publicas para papais, se queremos uma sociedade mais igualitária em termos de gênero – e, sobretudo, pela saúde das nossas crianças – ter pai presente e’ muito bom! Acho também que isso humanizaria e harmonizaria muito as relações sociais em geral, mamães com certeza veriam muitos benefícios em terem papais presentes e atuantes na criação dos filhos e filhas. Talvez estas minhas queridas mestras e amigas avancem em alguma legislação bem forte de proteção aos papais, com os seguintes itens como conteúdo obrigatório: a) “paternidade feliz” seria disciplina obrigatória a partir do segundo ano da escola, com filmes, historias, livros, bonecos, games, círculos de discussão, e tudo o mais que se tem direito para se aprender a ser papai; b) Seis meses de licença-paternidade remunerada, sem discussão (o meu processador de texto, o  Word fica sinalizando que está errado escrever ‘licença-paternidade,  não reconhece, fica sublinhando e querendo mudar para ‘licença-maternidade’ – serio, ate o Word tem estereótipos de gênero contra os papais, e’ um complô globalizado!; c). Auxilio-creche e outros auxílios para quem tem filho. Mae, pai, e qualquer outra denominação cuidadora. Ponto. d) outras propostas que talvez ate já existam e eu desconheço… Mas tudo para dar suporte a esta figura tão importante para todas as nossas crianças… o papai.

Uma década de felicidade

Todas estas questões não invalidam em nada tudo o que senti e sinto pelas minhas filhas, ao contrario. Lutei e vou lutar sempre para ser um papai presente e bacana, que conversa muito com a filharada. Selma sempre conta que assim que elas nasceram eu passei um mês chorando. De felicidade. Qualquer coisa que acontecia, eu abria o berreiro. Continuo assim. Estou aqui escrevendo, e Juju chega perto para me mostrar o desenho do projeto para a escola que ela está fazendo. Elas têm que criar um ‘inventa-animal’ cheio de detalhes, habitat, alimentação, reprodução, e tudo o mais – e fazer um desenho do bicho. O dela ficou lindo, ela tem desenhado coisas muito legais. Não contenho as lagrimas. Adoro ver o desenvolvimento de cada uma delas. Sou privilegiado de nos últimos anos sempre vir para casa e jantar com minha família toda reunida. Os papinhos na janta são sensacionais, conversamos de tudo um pouco, com inclinação para temáticas sociais, historia antiga, causos familiares e problemas ambientais – também contamos muitas piadas e damos gargalhadas. Faço de tudo para acompanhar minhas filhas em seus jogos, ensaios de dança, teatro, coral – e acho o máximo ter presenciado e aplaudido quase todas as apresentações delas. Sempre que posso, me voluntario para ajudar na escola e nas atividades sociais delas – e’ um prazer indescritível estar perto delas, ver os sorrisos estampados nos rostos lindos, e fazer parte da vida cotidiana das minhas filhas.

Principalmente, sou o papai mais sortudo que existe – afinal, sou o único no mundo que a cada dia vai paizando sob o olhar atento, a batuta e os ensinamentos secretos de Luizinha, Juju e Marinoca.

Viva Viva, minhas filhotas adoradas!!!  Quero estar junto de vocês nos próximos dez, vinte, trinta, quarenta, cinquenta – cem anos!

Beijão do Papai.

[i] ‘Meninas do Brasil’, Moraes Moreira & Fausto Nilo

[ii] “Jogar se aprende jogando” escrevi no meu livro Handebol  (Odysseus, 2009)

[iii] Xandão que quando minhas filhas nasceram me mandou esta joia que guardei para sempre no meu coraçãozinho de papel: ‘Corra atrás quando sempre, desta lúdica fiança; conviver entre as mulheres, dá aos homens mais confiança’. Também conhecido nas quebradas como Luiz Alexandre Lara, pai definitivo de Julia e Michel, companheiro de Rachel.

[iv] ‘Paternidade feminista’ eu não sei, agora ‘masculinidades bacanas’ e’ definitivamente, um novo conceito sociológico! Adriano S., o que a Connell diria sobre esta inovação conceitual? O problema vai ser traduzir pro inglês… ‘cool masculinities’ não fica bom… se você não tiver outra tradução, vou deixar em português mesmo e apresentar no próximo ‘fazendo gênero’… ou escrever um ensaio sobre isso pra Estudos Feministas, o que você acha?

[v] Cascão – musico, poeta, escritor, professor de Educação Física nas horas vagas, autor de Tradição e criação de jogos-reflexões e propostas, o qual tive a honra de prefaciar. E sim, Monicão, poiético esta certo, vem de poiesis, que tem a ver com ludicidade em grego (uau!). Conhecido nas bocadas como Patrício Casco.

[vi] Só quem assistiu Rei Leão vai entender essa aqui – Hakuna Matata!

Por Jorge Knijnik
em 18-09-2013, às 4:08

43 comentários. Deixe o seu..

Comentários

Adorei tuas palavras, Jorge querido, tua emoção, tua sensibilidade, tua paternagem…..Muitas felicidades para todos vcs, muitos anos de vida pras meninas, muitos beijos

Por tia Alice
em 18-09-2013, às 4:43.

Obrigado Tia querida! Tao longe mas sempre tao perto! Um beijao a ti a as tuas meninas tambem!

Por Jorge Knijnik
em 18-09-2013, às 4:57.

Q lindo Knijnik!! Foi muito especial poder, de certa forma, participar d td essa euforia, planos e realizações!! Alias, caraca, ja se passaram 10 anos!! Parabéns imensos as meninas e a td familia, pelo amor entre vcs!! Saudades…bjs

Por Ju Miranda
em 18-09-2013, às 5:16.

Adorei!
veroca

Por Vera Paiva
em 18-09-2013, às 5:25.

ps- pouquissimos avanços, no ultimo CO tive que batalhar para passar a licença paternidade para posgraduandos…

Por Vera Paiva
em 18-09-2013, às 5:28.

Que loucura! que atraso de vida… Bom, pelo visto vao ter que passar a lei ‘JK’ de protecao aos papais…bjos!

Por Jorge Knijnik
em 18-09-2013, às 5:36.

Primão!
Parabéns pela data e pela linda família.
Anotei tudo, vou usar com a minha aqui.
Beijo!

Por bruno buys
em 18-09-2013, às 6:09.

Parabéns para as filhotas.
Só aí são 30 anos somados (fora Alezim).
Uma considerável experiência de paternidade.

Shaná Tová procêis!

Por Gabriel R
em 18-09-2013, às 6:48.

Jumi querida! Lembro de toda a sua participacao especial o tempo todo! Com fraldas e baguncas! Foi amor a primeira vista entre minhas meninas e voce! Beijo grande, sai de Portugal e vem pro sol!

Por Jorge Knijnik
em 18-09-2013, às 7:04.

Ae sim! Aula de papai a distancia, tou mandando bem! Um abracao pra voces todas!

Por Jorge Knijnik
em 18-09-2013, às 7:04.

Gabriel! R? Sim, muitcha experiencia…mas mudando de assunto, lembrei-me particularmente de voce hoje ao ler isso aquihttp://www1.folha.uol.com.br/colunas/vanessabarbara/2013/09/1341221-decifrando-letreiros-quase-ninguem-sabe-qual-a-logica-por-tras-da-numeracao-dos-onibus.shtml – finalmente a nossa musiquinha seria decifrada! pensei… mas ao chegar na conclusao do texto, a logica brasileirissima prevaleceu! Para alivio e alegria de tod@s! Umetuka! (LK)

Por Jorge Knijnik
em 18-09-2013, às 7:06.

happy birthday to the triplets.
ten! –they’ll be all grown up before you know it
–Lidia and Bob

Por Lidia & Bob
em 18-09-2013, às 7:12.

Cheers Bob and Lidia, thank you!

Por Jorge Knijnik
em 18-09-2013, às 7:14.

Jorge, texto lindo e emocionante como sempre!!!! Parabéns pelos 10 anos das filhotas e pelos 10 anos da luta por uma paternidade plena! Pode ter certeza que vale muito a pena e fará enorme diferença para os 4 pimpolhos! Por aqui esta chegando meu segundo meninão, o Gabriel fez 3 anos semana passada e o Lucas chega logo, então espero que até virem os deles a gente consiga algum avanço em todas essas questões! Grande beijo, Ju.

Por Juliana Sturmer
em 18-09-2013, às 12:40.

JuS querida, que visita gostosa! Sabe que eu me lembro direitinho o dia em que voce foi conhecer as meninas ,as tres deitadinhas naquele tapetao la em casa, e voce toda pimpona pegando elas! Genial!Mil beijocas nesta sua familia que esta crescendo, e espero em breve conhecer estes meninos fofos ao vivo!Quando chegam? Beijos!

Por Jorge Knijnik
em 18-09-2013, às 13:54.

Seu baba ovo de uma figa… só falta dizer que ser pai é padecer no paraíso, mas… vou dar um desconto. Você é marinheiro de quarta viajem… apenas… Querido Jorge, parece que estou lhe vendo com essa cara “enorme” de papucho, babando-se todo, impecavelmente enternecido pelas vidas que ajuda a formar, Selma querida vocês são coisa de loco, coisa de que, como diz o Zé “tafainômena” Eduardo – “se não existissem teria que fazer de taquara”! É engraçado pensar que de tão longe, se pode estar tão perto de alguéns, alguéns como vos, que sois tão afinados com a vida, basta ver com que amor seis falam das pequenas – como pequenas, com 10 devem estar moças – e do Xará, que só vi bebê, dormindo, minutos antes de atravessar o mundo. Que saudades… que saudades!! Sintam-se beijados pelo Xandão Paiacú, pois é eu também babo ovo pelos meus né meu!!!

Por Luiz Alexandre Lara
em 18-09-2013, às 14:12.

Baba ovo de uma figa foi o melhor eloXio que recebi em anos-luz! Vou celebrar com um wiske daqueles! Abracos pra Itape-maior!

Por Jorge Knijnik
em 18-09-2013, às 14:19.

Parabéns ás gurias e à linda família que construíste. E assim caminham os knijniks em todos os continentes.

Por Jair knijnik
em 18-09-2013, às 15:03.

Jorge, Selma e tropa toda: parabéns a todos. Sou testemunha da babação jorgiana, pois saía com algumas camisas babadas de lá do Embu (OK, é exagero, mas eu quis dramatizar) e sei que toda estruturação daquela casa foi sendo feita em função das crianças. Um brinde a vocês! Um beijão especial aos quatro pequenos, já não tão pequenos assim.

Por Julio Bahr
em 18-09-2013, às 15:13.

Ate’ a pe’ nos iremos – em todos os continentes! Abracao, de JK para JK!

Por Jorge Knijnik
em 18-09-2013, às 16:05.

Grande Julio, sempre presente! Sim, grandinhos,e mandam beijos e abracos pra ti e pra tropa Londrinense!

Por Jorge Knijnik
em 18-09-2013, às 16:05.

Querido Jorge (super paizão)
Muito gostoso ler seu texto. Sempre misturando a beleza da vida com as lutas por uma vida mais bela e justa para homens e mulheres em seus múltiplos papeis e desafios. Lendo seu texto lembrei de um evento onde adorei saber que a Noruega é um exemplo de avanço nesse sentido – licença paternidade.
Desejo muitas risadas e momentos “inesquecíveis” para vc e cia, durante essa dura e deliciosa tarefa de criar nossas crias.
Muitos beijos brasileiros,calientes e alegres!

Por Mônica
em 18-09-2013, às 16:37.

Olá Jorge, parabéns para suas meninas e para você pelo lindo depoimento. um beijo Renata Zuzzi

Por Renata Zuzzi
em 18-09-2013, às 17:14.

Impossível não se emocionar. Ainda quando passo na Raposo lembro das sextas que ia na sua casa dar aula para as crianças.
Aí que saudade bate! Saia de lá voando para fazer sapateado na Mooca. Fazia com um prazer enorme. E hoje já estão com dez anos.
Muitas saudades dessa família linda. Que Deus abençoe muito.
Beijos

Por Monize
em 18-09-2013, às 17:19.

Querido Jorge, você é uma dessas pessoas especiais que nos cativam para o todo sempre, amem!! Seu texto desnuda teu jeito de ser e pensar. Voce e Selma tinham mesmo que ser os pais dessa trinca de lindas gurias e, claro, o Ale, veio para bagunçar o seu reinado….pensou que seria facil?!
Tuas reflexoes mostram que mesmo do outro lado do planeta algumas mudanças são lentas….do ponto de vista de politicas publicas, a paternidade se traduz na produçao de riqueza, sendo assim a licença, meu caro, é um problema. No entanto, agua mole em pedra dura tanto bate ate que fura, reflexoes, pesquisas tem oferecido argumentos suficientes para que por exemplo, homens solteiros que adotaram um bebe, tenham conquistado o direito a mesma licença de um mulher….uma jurisprudencia que abri outras….algumas iniciativas privadas sao tambem pequenos passos. A Fundaçao Carlos Chagas ha quatro ou cinco anos oferece licença de 30 dias aos papais…é meio periodo, mas faz diferença, criando oportunidade de exercicio da paternidade. O Instituto Papai, como voce sabe, se mantem firme na bandeira de reconhecer o direito dos pais…..e divulga o direito dos pais serem aceitos como acompanhantes no momento do parto…
Sabe, nao sou pessiimista…de modo geral, ptimeiro mudamos no discurso….as mudanças atitudinais sao mesmo mais lentas….criar um nova ordem ou aceitar a desordem de uma sociedade liquida é sempre assustadora…mas nada segurara as mudanças…..e talvez elas venham porque a propria logica capitalista precise promove-las para sua sobrevivencia. Beijos dê muitos, muitos beijos nas gurias nessa data tao especial. Me dei conta que faz tambem 11 anos que nos conhecemos…estive na festa de um aninho delas e me lembro com encanto do despojamento seu e de Selma para acomodar a casa às necessidades das meninas…a sala era um grande playground…uma delicia.

Por sandra unbehaum
em 18-09-2013, às 19:16.

Opa, JK,
Tem vaga de avô adotivo nessa festa?
Felicidades a tod*s
Laércio

Por Laercio Elias Pereira
em 18-09-2013, às 22:02.

Jorge, querido amigo, adorei! Como sempre sensível e perspicaz, crítico e doce! Até hoje uso essa sua histórica em minhas aulas para escancarar a ausência de direitos quanto às relações de gênero, pois paternidade também é gênero! bjks saudosas

Por Cláudia Vianna
em 19-09-2013, às 2:22.

SandraU, querida! Bom te ver aqui neste blog, ‘toda pirilampa’ e otimista! Concordo contigo 1002%, mentes, discursos e acao, acredito muito no discurso, ele impulsiona a acao, caso contrario, ela fica meio vazia!Que bacana isso na Carlos Chagas, certamente tem nao apenas um dedo, mas uma mao inteira sua nesta conquista pros papais, lindo! Lembro direitinho da tua presenca com a Claudinha na festinha de um ano, a casa sempre foi – continua sendo – um playground gigante…alem de tudo, atualmente tem centenas de livros espalhados por tudo que eh canto…a ha pouco chegou uma remessa de ‘Monica Jovem’ que esta uma beleza…tudo pelo chao…eh otimo, eu leio tambem! Beijao, querida,valeu o comentario lindo, e espero que depois do doutorado voce venha relaxar por estas lindas bandas daqui!

Por Jorge Knijnik
em 19-09-2013, às 2:36.

Monicaoquinha! Obrigado pela presenca aqui, e voce viu que eu te citei no texto!? Sim, tarefa dura e gostosa – uops,isso aqui eh um blog de familia!
Beijos brasileiros
Abracos australianos
-somos todos humanos!

Por Jorge Knijnik
em 19-09-2013, às 2:38.

Monize! Das aulas de danca inesqueciveis! As meninas seguem dancando, o Alezinho tambem, sapateia que eh lindo, demais! Voce tem uma presenca inesquecivel na vida dancarina del@s todos!Vai casar, vem pra lua de mel aqui, ja tem onde ficar…!Beijao!

Por Jorge Knijnik
em 19-09-2013, às 2:40.

Uops, pra voce, so’ CEV-OVO!abracos!

Por Jorge Knijnik
em 19-09-2013, às 2:40.

Valeu, Z, um beijao!

Por Jorge Knijnik
em 19-09-2013, às 2:40.

Claudinha,querida!Que bom saber que minha experiencia de paternagem serve de ‘exemplo’ – mesmo negativo… tomara que venha o dia que voce nao a use mais!Beijao e saudades!

Por Jorge Knijnik
em 19-09-2013, às 2:42.

Delícia de texto, Jorge!
Parabéns para as meninas, para você e para a Selma!
Saudades e vontade de visitar, mas vocês estão muito longe!
Beijos

Por Gabi Rodella
em 19-09-2013, às 17:08.

Gabi Rods! Aqui e’ mais perto que a China, e tem mais sol! Venham logo! Um beijao, valeu!

Por Jorge Knijnik
em 20-09-2013, às 4:37.

Jorge,
Entendo a sua felicidade e também o que é estar do outro lado do mundo. Sei o que sente nessas horas.
Fiz um caminho parecido com o seu, e longe de casa, a necessidade de estar presente em todos os momento é maior. Como você, estive nas reuniões das escolas, nas gincanas esportivas, nas aulas de natação, tênis, futebol e basquete. Nos médicos e pediátras. Vou até hoje na escola de inglês dos meus filhos para ouvir os professoes.
Sei o que sente. Sei a alegria que vive.
Parabéns pelas filhas e saúde para a família. Do outro lado do mundo isso é muito importante.

Por Edison Yamazaki
em 23-09-2013, às 7:31.

Valeu, Edison!
Ser pai e’ mesmo uma aventura deliciosa e alucinante!
Forte abraco, e parabens pela paternagem!

Por Jorge Knijnik
em 24-09-2013, às 2:20.

Demorei um século, porque queria ler todo o texto com tempo. Adorei, Jorge. Realmente, desconheço políticas públicas de apoio aos pais (na verdade nem as mães tem sido devidamente apoiadas, né? – o “nem” é apenas porque elas seriam as obviamente apoiadas por políticas menos esclarecidas). Ainda temos um vasto caminho a trilhar! Beijos, curta suas meninas, que é bom demais!

Por Marília Carvalho
em 26-09-2013, às 23:39.

Querida Marilia,
Demorou nada…’pra que pressa?’, como diria o Milton Santos…nao me acostume mal, obrigado pelo comentario fofo, e sim, estamos curtindo, plenas ferias de primavera, fazendo jardim, andando de bike por ai…e vamos lutar pelos papais e pela paternagem amorosa, que todos e todas merecem@s!
Beijao,valeu!

Por Jorge Knijnik
em 28-09-2013, às 9:15.

Velinho… lendo essas coisas…sinto mais saudades suas, cara!!!! Velinho, vc me chorar de montão! Eu, depois de velho, me sucumbi aos apelos da vida e me tornei pai…quem sabe…um avô…. ainda não sei…fui tio-avõ antes da paternidade….. cara…estou com um filhote de 3 meses..aqui em casa..chorando de colicas….sorrindo quando elas se vão…ele veio antes…. nasceu em sp…prematurinho…com 30 semanas incompletas e com 1kg de força e braveza…. ficou 48 dias na uti neo-nateal do sta catarina…graças a Deus…só na engorda….hj esta em casa…super bem…. e eu ainda me perguntando essa de ser pai…ou avô…. só sei que é muito bom…trouxe outra dimensão a vida…ainda bem … ainda vou ler muitas vezes isso que escrevestes….tenha certeza disso!!! grande beijo carinha!!!!

Por Cacaco
em 7-10-2013, às 16:05.

Cacaco Veio!!!PARABENS!!! Dizer mais o que? Ser pai e’ tudo de bom, independente da decada ou da idade!!!Sensacional, depois me conta mais detalhes deste filhote lindo, que vai aproveitar muitcho a vidinha baiana que voce escolheu! Abracao e beijao, parabens de novo!

Por Jorge Knijnik
em 8-10-2013, às 4:12.

Oi Jorge,

Desculpa a demora para responder. Você me mandou esse texto enquanto eu estava no Fazendo Gênero. Acabei deixando para responder depois, mas nunca o abria. Estava aqui, em negrito, para eu ler. Adorei o texto! Mas temo não ter notícias muito positivas…

Encontrei a Sandra Unbehaum esses dias. Na semana passada, sentamos juntos e conversamos por um tempinho. Entre outras, ela comentou que a questão da paternidade não tem avançado muito no Brasil, não. Acho inclusive que se fala em “paternidade feminista”, coisa assim. Só que tá parado. Imagine, até os direitos das mulheres andam sendo questionados. O feminismo tá levando umas surras em âmbito institucional, mas tá batendo também! rs. Quando mais um feminismo que garanta direitos para… homens. Vixi, aí que para mesmo!

Agora, sobre “masculinidades bacanas”, rs, aí não sei. Certamente a Connell adoraria que existisse um conceito de masculinidade que fosse mais amigável à igualdade de gênero. Porque existem tais masculinidades, mas colocar isso sob um conceito – sem parecer lúdico! – é um desafio, kkk. Boa sorte no seu ensaio, vamos ver se as revisoras aceitariam! kkk

Abração,

Adriano

Por Adriano Senkevics
em 13-10-2013, às 18:22.

Salve Adriano! Seu blog tem arrebentado muito bacana! Ontem fui na piscina do centro de lazer perto de casa eles finalmente reabriram os vestiarioss que estavam em reforma ha meses…ficaram muitcho bons e,surprise! No masculino tem todo o esquema pra trocar fraldas de bebes, aquelas caminhas embutidas na parede,sabe? Quando eu tinha bebes sempre notava isso, as mamaes eram privilegiadas ate’ para trocarem fraldas em espaco publico…afinal papai nao aanda com bebes? De todo modo parece que nao sao apenas os feminismos que vem apanhando no Brasil, nao? Nossa pelo que leio sobre as maanifestacoes de rua e aa policia…a democracia esta sob um ataque feroz nem nos anos 80 era assim que merda! Quanto a sua ideia, gostei! Masculinidades ludicas eh por ai! Nada mais bacana e ludico que brincar e vicer com criancas!

Por Jorge Knijnik
em 16-10-2013, às 23:39.