Integra

As Ciências do Esporte se desenvolveram a partir do crescente interesse de pessoas,
governos e corporações nos esportes de competição. Formalmente regulamentadas,
e particularmente após a popularização da televisão, as competições esportivas
passaram a atrair multidões e muitos negócios.
Foi durante a Guerra Fria (o mundo comunista, liderado pela União Soviética X o
mundo capitalista, liderado pelos EUA) estabelecida com o realinhamento geopolítico
após a Segunda Guerra Mundial, que o esporte olímpico passou a ser uma arma
poderosa de propaganda em todo o planeta. Cada medalha de ouro era comemorada
como uma confirmação de superioridade por ambos os lados. Nesse contexto,
cientistas de diversas áreas do conhecimento foram chamados para transformar
seres humanos em heróis. Áreas como a genética, a antropometria, a fisiologia e a
bioquímica, a biomecânica e a psicologia começaram a investigar os limites humanos
(e como ultrapassá-los). Tudo isso foi facilitado pelo grande desenvolvimento das
ciências em função da própria guerra e das disputas comerciais.
Cada vez que um atleta (ou uma equipe) entra em campo, pista, piscina ou outro
ambiente para competir, a maioria das pessoas não tem uma noção clara do que
antecede àquele momento. As ciências do esporte e os negócios por trás do
treinamento e da competição desenvolveram-se de tal maneira que limites
impensáveis são permanentemente ultrapassados (tanto no desempenho atlético
quanto nos valores monetários envolvidos).
Todo esse desenvolvimento esportivo teve o avanço tecnológico como grande
parceiro. Primeiro, o computador; depois a evolução na indústria de materiais
esportivos; o avião à jato facilitando as viagens internacionais; a televisão, os satélites
e a internet; os softwares no planejamento e avaliação de desempenho, os avanços
nos recursos ergogênicos/doping e na psicologia do comportamento... até chegarmos
aos algoritmos e à inteligência artificial (IA) generativa.
Perguntei ao ChatGPT como a IA influencia as ciências do esporte. A coisa respondeu:
“na análise de desempenho, gestão de carga e prevenção de lesões, na recuperação,
alimentação e sono, na análise de adversários, estratégia e tática, no
desenvolvimento de talentos e recrutamento, e na saúde mental e bem-estar dos
atletas”. Só isso??? Não, acrescentou a coisa: “considerações éticas, legais e
governança, desafios práticos e como começar um projeto simples de IA em esportes
também”. Então tá.
Grande abraço.

Markus Nahas