Resumo

O objetivo do presente estudo foi investigar os níveis de ansiedade de caratecas de alto rendimento e avaliar a influência da experiência competitiva, da modalidade que competem e do sexo nos níveis de ansiedade antes de iniciarem uma competição de nível nacional. Participaram do estudo 49 caratecas de ambos os sexos, com idade entre 18 e 50 anos (25,40 anos ± 7,17). Os atletas foram distribuídos em diferentes grupos, de acordo com a variável investigada: experiência competitiva (anos de prática competitiva), modalidade que competiu no campeonato e sexo. Utilizou-se o Competitive State Anxiety Inventory – 2r (CSAI-2r), respondido antes da estreia dos atletas na competição. Os resultados demonstraram que o sexo foi a única variável que influenciou os resultados (p<0,05), tendo os homens apresentado maiores escores de autoconfiança e menores escores de ansiedade cognitiva, comparados às mulheres. Além disso, os homens apresentaram escores superiores para autoconfiança em relação as subescalas de ansiedade (somática e cognitiva) (p<0,05), entretanto as mulheres não apresentaram diferenças entre as subescalas (p>0,05). Para as demais variáveis (experiência e modalidade), os resultados não demonstraram diferenças entre os grupos (p>0,05). Referente a experiência, o grupo com menos experiência não apresentou diferenças entre as subescalas (p>0,05), enquanto que os outros grupos apresentaram escores superiores para autoconfiança em relação as subescalas de ansiedade (somática e cognitiva) (p<0,05). Tratando-se da modalidade, os dois grupos apresentaram escores superiores para autoconfiança em relação as subescalas de ansiedade (somática e cognitiva) (p<0,05). Com base nesses achados, pode-se concluir que o sexo foi a única variável que influenciou os níveis de ansiedade antes dos atletas iniciarem a competição, mas devido ao baixo número de participantes, não é possível a generalização dos resultados para além da amostra investigada.

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