A a influência da experiência, da modalidade e do sexo nos níveis de ansiedade de caratecas de alto rendimento
Por Leonardo de Souza Cardoso (Autor), Guilherme Henrique Cordeiro Xavier (Autor), Bruna Maria Genuíno Sousa (Autor), Vivian de Oliveira (Autor), Ivan Wallan Tertuliano (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 30, n 4, 2022.
Resumo
O objetivo do presente estudo foi investigar os níveis de ansiedade de caratecas de alto rendimento e avaliar a influência da experiência competitiva, da modalidade que competem e do sexo nos níveis de ansiedade antes de iniciarem uma competição de nível nacional. Participaram do estudo 49 caratecas de ambos os sexos, com idade entre 18 e 50 anos (25,40 anos ± 7,17). Os atletas foram distribuídos em diferentes grupos, de acordo com a variável investigada: experiência competitiva (anos de prática competitiva), modalidade que competiu no campeonato e sexo. Utilizou-se o Competitive State Anxiety Inventory – 2r (CSAI-2r), respondido antes da estreia dos atletas na competição. Os resultados demonstraram que o sexo foi a única variável que influenciou os resultados (p<0,05), tendo os homens apresentado maiores escores de autoconfiança e menores escores de ansiedade cognitiva, comparados às mulheres. Além disso, os homens apresentaram escores superiores para autoconfiança em relação as subescalas de ansiedade (somática e cognitiva) (p<0,05), entretanto as mulheres não apresentaram diferenças entre as subescalas (p>0,05). Para as demais variáveis (experiência e modalidade), os resultados não demonstraram diferenças entre os grupos (p>0,05). Referente a experiência, o grupo com menos experiência não apresentou diferenças entre as subescalas (p>0,05), enquanto que os outros grupos apresentaram escores superiores para autoconfiança em relação as subescalas de ansiedade (somática e cognitiva) (p<0,05). Tratando-se da modalidade, os dois grupos apresentaram escores superiores para autoconfiança em relação as subescalas de ansiedade (somática e cognitiva) (p<0,05). Com base nesses achados, pode-se concluir que o sexo foi a única variável que influenciou os níveis de ansiedade antes dos atletas iniciarem a competição, mas devido ao baixo número de participantes, não é possível a generalização dos resultados para além da amostra investigada.