A aprendizagem ambiental promovida pela caminhada
Por Katia Mariele do Amaral Rolim (Autor), Newton Porfirio Moraes Soares (Autor), Thayane Visintainer (Autor).
Em VII Congresso Brasileiro de Atividades de Aventura - CBAA
Resumo
O Grupo de Estudos Movimento e Ambiente – GEMA, da Universidade Federal do Pampa, composto por acadêmicos da Educação Física promove caminhadas com o intuito de reconhecer a cidade em que a universidade está inserida, pretendendo construir um mapa socioambiental, a fim de levar às escolas a desenvolver projetos interdisciplinares. No 2º semestre de 2011 a atividade estendeu-se ao interior do Município, na localidade de São Marcos, para propor uma aproximação ao meio rural. O convite partiu da Secretaria Municipal de Indústria, Comércio, Turismo e Trabalho, que visava desbravar a área e contemplar um futuro potencial turístico. O grupo somou os objetivos e se dispôs ao descobrimento. O parque possui área de 3.000há e está à margem esquerda do Rio Uruguai, limitando-se ao norte com o Passo do Aferidor, ao sul com a localidade do Cantão e a leste com a Ilha do Japejú. Participaram da caminhada, servidores, acadêmicos e o coordenador do projeto. Partiu-se pela manhã, de ônibus em direção ao Parque Natural Municipal de Uruguaiana – o Bioma Pampa, cuja vegetação é original, sem invasão outras regiões do país. A caminhada iniciou na Associação dos Amigos do Cantão em direção ao rio, passando pelo Passo do Aferidor, onde se pode contemplar uma vegetação quase intacta, gado leiteiro, cavalo crioulo, banhado e lavouras confundindo-se com a imensidão negra de pássaros executores de um balé. Retornando ao Cantão os caminhantes seguiram para as ruínas da Estância Santiago, nas proximidades, de imensa riqueza cultural e história. Com a explanação do historiador Dagoberto, rumou-se vegetação adentro, realizando-se uma aula de História acerca de nossos antepassados indígenas e sua importância para o povoamento de Uruguaiana, São Borja, Itaqui, Alegrete e Barra do Quaraí – no Brasil; São Thomé – Argentina e Bella Unión – no Uruguai. Segundo Dagoberto, os povos antigos, compostos por índios Charruas, as ganaderias e as primeiras redenções da região por volta do século XVII deram início à nossa Fronteira Oeste.