Resumo
Ao se estudar a aprendizagem dos nados crawl e peito, o objetivo foi verificar qual deles deve ser o primeiro nado a se ensinar, tendo como base aquele que apresente maior transferência sobre o desempenho dos nados borboleta e costas. A amostra foi composta por 32 alunos, de ambos os sexos, das escolas de primeiro grau, da rede escolar de Viçosa - MG, matriculados no período vespertino, faixa etária de sete a nove anos, que não sabiam nadar e não freqüentavam clube que tivesse piscina. Essa amostra, constituída de forma aleatória, foi distribuída, também aleatoriamente, em dois grupos de 16 alunos, compondo o grupo experimental 1(R1) e o grupo controle ou experimental 2 (R2). Após passar pela fase de adaptação ao meio líquido (15 aulas), o grupo experimental 1 recebeu o programa de aprendizagem do nado crawl (20 aulas), enquanto o grupo de controle ou experimental 2, recebeu o programa de aprendizagem do nado peito (20 aulas). A seguir, os grupos foram avaliados, cada um no nado que aprendeu, sendo, logo após, cada grupo subdividido em dois, para a aplicação dos programas de aprendizagem dos nados borboleta e costas. Na realização dos programas propostos, cada grupo teve um total de 50 aulas, sendo quatro por semana, com duração de 45 minutos cada uma. Os instrumentos utilizados para a avaliação dos resultados foram listas de checagem elaboradas pela autora. Os dados coletados foram analisados com a aplicação do teste "t" de Student para determinar a significância da diferença entre as médias dos pontos obtidos pelos subgrupos R1.1/ R2.1 e R l.2/ R2.2. Todas as hipóteses foram testadas em nível 0,05 de significância. De acordo com os resultados obtidos, para crianças na faixa etária de sete a nove anos, há maior transferência no desempenho dos nados borboleta e costas após a aprendizagem do nado crawl.