A Atividade Fisica Como Efeito Aditivo no Tratamento da Depressão em Mulheres Idosas
Por Diogo Barbosa Albuquerque (Autor), Jones Henrique dos Santos (Autor), Daniel Felipe Ferreira dos Anjos (Autor).
Em XX Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte e VII CONICE - CONBRACE
Resumo
INTRODUÇÃO
A população idosa brasileira encontra-se em crescimento, estando associado a uma maior incidência de doenças crônicas (COSTA, J., 2002), especialmente hipertensão, diabetes, colesterol alto e depressão (MINISTÉRIO DA SÁUDE; IBGE, 2014). A depressão é marcada por diversos fatores: idade, estado civil, imagem corporal, influências genéticas, psicológicas e socioculturais, que retratam uma relação positiva entre essa doença e o público idoso (CAMARANO A., 1999). Alguns desses são preditores para a depressão no gênero feminino, como a imagem corporal. O tratamento dessa doença tem por finalidade melhorar a qualidade de vida, podendo ser utilizadas estratégias, como: intervenção psicofarmacológica, psicoterapia e atividade física (F. STELLA ET. AL, 2002). A Atividade Física é uma ferramenta terapêutica não farmacológica para o tratamento da depressão (BLUMENTHAL ET AL, 1999). Nosso objetivo é apresentar e discutir de que maneira a atividade física pode ser utilizada como efeito aditivo no tratamento da depressão em mulheres idosas.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de Revisão Sistemática, o qual visa abordar de quais formas a atividade física pode ser utilizada como efeito aditivo no tratamento de mulheres idosas com depressão. A busca dos artigos foi realizada nas bases de dados científicos: PubMed e SciELO, empregando os descritores “physical activity”, “ depression”, “ elderly”. Os critérios de inclusão utilizados foram: artigos publicados nos últimos cinco anos, idiomas em inglês, espanhol e português, estudos com seres humanos, indivíduos com idade acima de 60 anos (foram usados três faixas de idade, 45-65 anos; média de 65 anos; acima de 80 anos) e gênero feminino. A seleção dos artigos foi segmentada em três etapas, realizadas separadamente, nos quais, a primeira correspondeu à leitura dos títulos, a segunda à leitura dos resumos e a terceira à leitura dos textos por completos.
RESULTADOS
A busca inicial resultou em 5215 estudos. Após aplicação dos critérios de inclusão restaram 210. Na leitura dos títulos fez-se necessário agrupar a leitura dos resumos, culminando em 65. Na leitura dos textos completos restaram 4 artigos que compuseram a amostra final do presente estudo, ou seja os descartados não possuíam dados conclusivos sobre o efeito da atividade física nos sintomas de depressão e/ou não apresentaram dados do público feminino separadamente, ou mesmo não tratavam desse gênero. As modalidades de atividade física apresentadas nos estudos foram: exercício resistido, jogos pré-desportivos e exercícios cognitivos, os quais revelaram redução nos níveis da depressão, ansiedade e um retardo nas percas de qualidade de vida e saúde mental (condições inerentes à doença de Alzheimer) nos grupos intervenção, sendo o exercício resistido a atividade física mais presente nos estudos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Há uma relação positiva entre a prática regular de atividade física com a redução nos sintomas de depressão em mulheres idosas, evidenciando o exercício resistido como a atividade física mais apresentada, haja visto revelados resultados mais significativos em detrimento à outros tipos de atividade física estudada. Vale ressaltar a importância de mais estudos seres realizados com este público, já que a incidência da depressão é muito maior em indivíduos do sexo feminino.
REFERÊNCIAS
BLUMENTHAL, J.A.; BABYAK, M.A.; MOORE, K.; CRAIGHEAD, W.E.; HERMAN, S.; DORAISWAMY, M.; KRISHNAN, K.R. Effects of exercise training on older patients with major depression. Archives of Internal Medicine, v. 159, p. 2349-2356, (1999).
CAMARANO AA. Considerações finais. In: Camarano AA, organizador. Muito além dos 60: os novos idosos brasileiros. Rio de Janeiro: IPEA; p. 369-82, 1999.
COSTA, J. L. R. Em Busca da Idade Perdida: O Município e as Políticas Públicas Voltadas à População Idosa. Tese de Doutorado- Saúde Coletiva / FCM-UNICAMP Campinas, SP, 2002.
F. STELLA, S. GOBBI, DANILLA I. CORAZZA & J. L. R. COSTA (2002). Depressão no Idoso: Diagnóstico, Tratamento e Benefícios da Atividade Física. Motriz, Rio Claro, vol.8 n.3, pp. 91-98. Universidade Estadual Paulista - UNESP Rio Claro, SP, Brasil.
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014. Acesso em 25/03/2017, disponível no site: http://www.brasil.gov.br/saude/2014/12/pesquisa-revela-que-57-4-milhoes-de-brasileiros-tem-doenca-cronica